Mostrando postagens com marcador Sionismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sionismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Eugenia e Racismo em Israel

Ao migrarem para Israel, os psiquiatras judeus não abandonaram as teorias que haviam aprendido [na Alemanha nazista], e sim as adaptaram à sua nova situação.

Um breve histórico sobre Eugenia e Racismo em Israel
"Os deuses fizeram os homens diferentes e os ordenaram a respeitar a trincheira nos campos. É um pecado para os homens misturar o que Deus separou." (Vladimir Jabotinsky)

Cleópatra negra e Moisés caucasiano. 
o Antigo Egito que estudamos em livros de história era habitado por um povo africano.  Conquistadores sempre buscam apagar a memória dos povos conquistados para enfraquecer seu senso de identidade e orgulho nacional; isso tem acontecido através dos tempos, inclusive na história de formação dos povos americanos.
Alguns dos faraós do Egito foram cuchitas. Também chamados cusitas ou cuxitas, o termo se origina da palavra hebraica "kush" que significa "negro" e é também o nome de um personagem bíblico descendente de Cam, também considerado patriarca dos africanos. A palavra "cuxita" se refere a africanos em geral e é às vezes traduzida como "etíope" (vale lembrar que toda a África já foi chamada Etiópia e o Oceano Atlântico era chamado Mar Etíope).

EUGENIA EM ISRAEL: OS JUDEUS TAMBÉM TENTARAM "MELHORAR" A RAÇA HUMANA?

Por Yotam Feldman - 15/05/2009

Do jornal israelense HAARETZ

Em 1944, o psiquiatra judeu Kurt Levinstein deu uma palestra em Tel Aviv, Israel, na qual ele defendeu que pessoas com vários problemas mentais ou neurológicos (como alcoolismo, mania, depressão e epilepsia) fossem impedidas de ter filhos.

Os meios proposto por ele para tanto - proibição de casamento, contracepção, aborto eugênico e esterilização - eram considerados aceitáveis na Europa e nos EUA nas primeiras décadas do século 20, no contexto do movimento eugênico: a ciência voltada ao objetivo de aperfeiçoar geneticamente a raça humana.

Na década de 30 do século 20 os nazistas usaram esses mesmos métodos nos estágios iniciais de seu projeto para fortalecer a raça ariana. O Dr. Levinstein sabia disso, é claro. Sabia das conotações políticas dúbias implícitas em suas recomendações eugênicas mas acreditava que os princípios sólidos e salutares da eugenia podiam ser isoladas de seu uso pelos nazistas.

Estudos recentes da historiadora Rakefet Zalashik sobre a história da psiquiatria na Palestina durante o período do Mandato e posteriormente à fundação do Estado de Israel mostra que o Dr. Levinstein não era uma voz solitária. Na verdade, Zalashik afirma em seu livro de 2008 ""Ad Nefesh: Refugiados, Imigrantes, Recém Chegados e o Establishment Psiquiátrico Israelense" (Hakibbutz Hameuchad; em hebreu) que o conceito eugênico de "engenharia social" era parte integrante do discurso oficial psiquiátrico judeu da década de 30 até os anos 50.

Psiquiatras judeus em Israel não eram os únicos a tentar distinguir entre a ciência da eugenia - que elas achavam ser útil - e a aplicação nazista dela. O que distinguia os especialistas locais israelenses era que eles na verdade TINHAM ESTUDADO OS PRINCÍPIOS DA TEORIA EUGÊNICA NA ALEMANHA ANTES DE MIGRAREM PARA A PALESTINA. E TINHAM ESTUDADO EUGENIA DIRETAMENTE COM CIENTISTAS ALEMÃES que usavam a eugenia para defender a esterilização forçada de alemães com problemas mentais ou deficiências físicas - e subsequentemente para defender e justificar o assassinato dessas pessoas [eugenia]. Dentro de poucos anos, os cientistas alemães começariam a usar a mesma justificativa para a matança de judeus.

Muitos desses psiquiatras judeus ACEITAVAM A IDÉIA DE SEUS COLEGAS ALEMÃES DE QUE OS JUDEUS ERAM UMA RAÇA, apoiando-se na teoria que foi desenvolvida na Europa, afirma Zalashik. No entanto, ao chegarem na Palestina, eles se depararam com judeus de diferentes tipos e começaram a distinguir entre a raça dos judeus europeus e a dos judeus sefarditas e mizrahi (do Oriente Médio e de origem norte-africana).

Assim, o psiquiatra Avraham Rabinovich, por exemplo, que trabalhou no hospital Ezrat Nashim em Jerusalém e depois dirigiu um manicômio em Bnei Brak, fazia uma distinção em seus relatórios sobre pacientes entre 1921 e 1928. Ele distinguia a população geral de judeus [askenazim] dos outros judeus de ascendência persa, georgiana ou bukharan, os quais ele descrevia como "RAÇAS PRIMITIVAS".

Ocorre que aparentemente esses últimos eram menos afetados por doenças mentais [do que os judeus askenazim de origem alemã]; o Dr. Rabinovich tentava explicar isso da seguinte maneira:

"A consciência desses indivíduos, com seu conteúdo primitivo, não tem muitas expectativas da vida, e servilmente se submete às condições exteriores. Por esse motivo não entra em conflito e é por isso que há tão pequena percentagem de doenças funcionais no sistema nervoso e doença mental nessa população"

Os pontos de vistas desses psiquiatras COINCIDIAM COM OS OBJETIVOS DO MOVIMENTO SIONISTA, que naquele período propunha uma política de migração seletiva.

"Eugenia era parte da FILOSOFIA NACIONAL da maior parte dos psiquiatras israelenses", escreve Zalashik. "A teoria era de que uma nação saudável era uma necessidade para realizar o sonho sionista em Israel. Havia também uma questão econômica: a idéia de que era preciso evitar o nascimento de pessoas vistas como um fardo para a sociedade. E HOMOSSEXUAIS e MULHERES FRÍGIDAS também entravam nessa categoria.

O psiquiatra Kochinsky, por exemplo, afirmou em 1938 no jornal Harefuah que os resultados de um censo sobre doença mental na Palestina deveriam servir como base para um "MÉTODO PARA MELHORAR A RAÇA".

Zalashik afirma que tais pontos de vista, bem como outras teorias errôneas e perigosas nas quais se baseava a psiquiatria israelense naqueles anos, levou à adoção de forma de tratamento inapropriados e às vezes cruéis, cujos efeitos no sistema de saúde do país ainda estão sendo sentidos até hoje.

Em seu novo livro, Zalashik documenta a história da comunidade psiquiátrica, que começou a se formar na década de 30 com a chegada de vários psiquiatras judeus vindos de países de língua alemã após a ascensão nazista. (...) Esses psiquiatras foram influenciados pelas hipóteses e resultados de extensa pesquisa levada a cabo nos seus países de origem [de língua alemã] sobre problemas mentais que eram peculiares aos judeus. ESSA PESQUISA ERA PARTE DA TENTATIVA ALEMÃ DE EXPLICAR O "PROBLEMA JUDAICO" EM TERMOS BIOLÓGICOS E MÉDICOS.

"Tanto médicos não-judeus quanto médicos judeus tendiam a pensar que os judeus tinham uma maior tendência a desenvolver problemas mentais do que outros povos", afirma Zalashik. "O debate era se isso se devia à raça ou a fatores ambientais: os judeus afirmavam que o povo judeu sofria de problemas mentais devido às dificuldades e pogroms, e por viverem em áreas urbanas, onde há mais estresse do que na área rural. Os não-judeus chegavam à mesma conclusão mas a baseavam no argumento de que judeus eram diferentes biologicamente e geneticamente.(...)

Ao migrarem para Israel, os psiquiatras judeus não abandonaram as teorias que haviam aprendido [na Alemanha nazista], e sim as adaptaram à sua nova situação.

Escreve Zalashik: "Se na Europa a tendência era ver as doenças mentais típicas dos judeus como uma prova da inferioridade judaica, na Palestina os médicos judeus achavam que ela pela contrário mostrava a superioridade dos pioneiros judeus em comparação com os velhos Yishuv (a comunidade judaica local anterior à fundação de Israel): os psiquiatras afirmavam que os pioneiros judeus migrantes vinham da civilização, e que povos civilizados sofrem mais de problemas mentais do que povos do velho Yishuv, que viviam num simples ambiente rural."

Os psiquiatras iam mais longe e afirmavam que os pioneiros também podiam desenvolver problemas mentais devido ao estresse envolvido no processo migratório e devido à sua idade jovem (entre 20 e 30 anos), conhecida como um período de maior incidência de problemas psíquicos

Uma das principais soluções propostas por esses psiquiatras era a engenharia social da população judaica em geral, chamada por eles de "higiene mental". (...)

Psiquiatras não eram os únicos seduzidos pela eugenia; outros médicos no país, incluindo autoridades de saúde também tentaram adotar seus métodos. Entre os mais influentes durante o Mandato estava o Dr. Yosef Meir, que serviu por 30 anos como diretor da organização de saúde Clalit (o hospital Kfar Sava Meir tem seu nome em homenagem a ele). Em 1934, em um artigo de primeira página no "Ha'em Vehayeled" ("Mãe e filho"), um guia para pais divulgado pela OMS, o Dr. Meir escreveu o seguinte:

"QUEM TEM O DIREITO DE TER FILHOS? A busca pela resposta correta é preocupação da eugenia, a ciência que busca melhorar a raça humana e protegê-la da degeneração. (...) "Para nós, eugenistas em geral, e principalmente aqueles encarregados de proteger a nação contra a transmissão de doenças hereditárias, A EUGENIA EM ISRAEL TEM MAIS ALTO VALOR DO QUE EM OUTRAS NAÇÕES! (...)

COMITÊS DE SELEÇÃO

Os psiquiatras judeu-alemães em Israel TINHAM CONSCIÊNDIA DE QUE SUAS RECOMENDAÇÕES SE ASSEMELHAVAM À POLÍTICA NAZISTA que estava sendo implementada naquela mesma época.

Kurt Levinstein chegou a concluir uma palestra em 1944 COM UMA CITAÇÃO DO PSIQUIATRA E GENETICISTA ALEMÃO [nazista] HANS LUXENBURGER, que estava participando do processo legislativo de criação de leis eugênicas raciais no Terceiro Reich (...)

A política [racista e eugênica] de migração seletiva só foi terminada oficialmente em Israel em 1950 com a Lei do Retorno (...) porém Zalashik lembra que resquícios do ponto de vista eugênico ainda podem ser encontradas no sistema médico israelense até hoje.

[Faz alguns anos que trabalhadores chineses foram forçados a assinar um contrato para não manter, sob hipótese alguma, relações sexuais - incluindo prostitutas - nem casar-se com mulheres judias. Além disso, suspeitos de não terem ascendência judaica são obrigados a fazer humilhantes testes de DNA para provarem de fato que são judeus racialmente.]

FONTE:

http://www.haaretz.com/hasen/spages/1085596.html

ARTIGOS RELACIONADOS:

"TESTE RACIAL EM ISRAEL":

 https://secure.haaretz.co.il/hasen/spages/1045035.html

"TRABALHADORES CHINESES ASSINAM CONTRATO DE NÃO-SEXO EM ISRAEL":

 http://www.guardian.co.uk/world/2003/dec/24/israel1

"ISRAEL SUBMETE IMIGRANTES A TESTE DE DNA PARA PROVARAM QUE SÃO JUDEUS":

 http://community.seattletimes.nwsource.com/archive/?date=19980703&slug=2759279

JABOTINSKY - O JUDEU NAZI-FASCISTA:

 http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/01/438146.shtml

 http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/05/26312.shtml

 URL:: http://www.haaretz.com/hasen/spages/1085596.html

http://brasil.indymedia.org/pt/blue/2009/06/448137.shtml

https://omouro.weebly.com/blog/histria-negra-antigo-egito


sábado, 30 de maio de 2009

Jovens de Israel contra o fascismo sionista de Israel

http://www.anovademocracia.com.br/52/15a1.jpg
Em 8 de junho de 2008, 1500 ativistas israelenses marcharam
em Tel-Aviv contra a ocupação sionista na Faixa de Gaza
No Estado criminoso e ilegítimo de Israel, o serviço militar é obrigatório para homens e mulheres, geralmente recrutados após o término do ensino médio. Os homens são obrigados a cumprir três anos; as mulheres, dois. Depois, os homens ficam na reserva até os 51 anos, e as mulheres até os 24. Tamanho rigor reflete a imensa demanda de gente disposta — ou simplesmente resignada — a integrar a máquina assassina do exército israelense; de cada vez mais pessoas sendo necessárias para fazer frente à indomável Resistência Palestina e ao descontentamento de outros povos do Oriente Médio, que nunca engoliram a invasão sionista. No entanto, há quem se recuse a pegar em metralhadoras, pilotar aviões e dirigir tanques para cumprir as ordens dos senhores da guerra de Israel, ou seja, ordens para exterminar o povo palestino.

Há vários movimentos em Israel de jovens que se negam a cumprir o serviço militar obrigatório, alegando objeção para com as políticas de morte movidas pelo Estado sionista. Alguns destes movimentos têm caráter verdadeiramente radical, condenando veementemente a invasão da Palestina empreendida por seus pais e avós, e rechaçando a subsequente política de limpeza étnica dos palestinos que permaneceram em Gaza e na Cisjordânia.

Uma moça de apenas 18 anos ouvida recentemente por um jornal europeu é uma das que não se ilude. A dissidente contou que "há uma expressão que é 'O bom soldado no posto de controle'. É algo do tipo: 'Vou me alistar para ser gentil com os palestinos e melhorar as coisas'. Eu não acho que isto seja possível. No Exército, seguem-se ordens. Fazer a ocupação sorrir não resolve nada. Pode-se sorrir para o palestino, mas ele vai ficar na mesma. O que quero não é uma ocupação melhor, iluminada. Não quero a ocupação, e ponto".

Outros ainda nutrem ilusões pacifistas, muitas vezes acreditando na solução dos dois Estados. O fato é que, sejam eles mais ou menos conscientes e comprometidos com a justiça histórica, as autoridades de Israel vêm perseguindo e trancafiando os que se negam ao papel de genocidas e por isso são considerados desertores — desertores de um corpo militar instituído e organizado para obedecer a uma elite fascista e respaldar suas políticas de extermínio.

A Nova Democracia mostrou em sua edição 43 como agem os esquadrões da morte de Israel, milícias armadas até os dentes para levarem a cabo sua missão de praticar assassinatos seletivos entre os membros da Resistência. Pois, recentemente um ex-franco-atirador que integrava estas milícias veio a público contar o que fazia a mando de Israel — e que lhe deixou traumas psicológicos —, em entrevista ao jornal britânico The Independent e em depoimento à organização de ex-soldados Rompendo o Silêncio.

Ele relatou, por exemplo, o que lhe disse o comandante da sua unidade logo depois de uma emboscada onde dois membros da Resistência Palestina foram executados:

"Parabéns. Recebemos um chamado telefônico do Primeiro Ministro, do Ministro da Defesa e do chefe de Estado Maior. Todos nos felicitaram. Tivemos um resultado perfeito em nossa missão. Obrigado".

Isto mostra que o discurso oficial do sionismo lamentando os "excessos" cometidos por seus soldados ou os "efeitos colaterais" de suas ofensivas em Gaza não passam de empulhação. O que há é a rotina deste Estado facínora e anti-democrático: os comandantes de Israel mandam, e a gente ao seu serviço executa — literalmente — com precisão.

Aliança entre partidos, pacto entre fascistas

Na mais recente demonstração da unidade sionista das classes dominantes em Israel, o fiel da balança para a formação do novo gerenciamento serviçal dos interesses ianques foi nada menos do que uma agremiação política que prega abertamente, sem meias palavras diplomáticas, a segregação dos árabes e o extermínio do povo palestino. O partido de ultradireita Yisrael Beitenu vendeu seu decisivo apoio ao não menos reacionário Likud, de Binyamin Netanyahu, que no teatro eleitoral armado em fevereiro entre os invasores da Palestina havia empatado em número de deputados no Knesset (Parlamento de Israel) com o Kadima, legenda da atual ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni.

Sim, não se pode dizer que o partido Yisrael Beitenu é mais reacionário do que o Likud, o Kadima, ou mesmo do que o Partido Trabalhista de Israel, dos históricos líderes do terrorismo sionista Ben Gurion e Golda Meir. A legenda apenas agrupa uma vertente mais verborrágica dos fascistas que planejaram, fundaram e dirigem o Estado e a máquina de guerra de Israel desde o processo de expulsão da gente palestina do seu próprio chão, anterior ao Dia da Tragédia, que é como os palestinos se referem ao 14 de maio de 1948, quando os invasores fundaram um país em terra roubada, tudo com as bençãos das chamadas "grandes democracias ocidentais".

A prova maior disso é que Netanyahu, que está formando o novo governo sionista, não pestanejou ao pagar o preço cobrado pelo apoio do Yisrael Beitenu, (Yisrael Beiteinu é um partido político secularista e nacionalista de Israel, situado na área da centro-direita ou da direita. O seu eleitorado é constituído essencialmente por imigrantes oriundos da antiga União Soviética)  entregando-lhe de uma tacada só quatro ministérios considerados estratégicos pelos dirigentes de Israel: Segurança Interna, Turismo, Integração e Relações Exteriores. Esta última pasta, a mais importante do lote, está ocupada por Avigdor Lieberman, fundador e líder do Yisrael Beitenu, que disse o seguinte logo depois que a Resistência Palestina obrigou os senhores da guerra a mandarem seus tanques e aviões que massacravam a Faixa de Gaza de volta para os quartéis: "Os soldados tiveram êxito, mas os políticos fracassaram. Eles não deixaram que o exército completasse a sua missão".

Ao criticar o recuo das tropas sionistas, Lieberman deixou bem claro que a matança dos palestinos é mesmo uma política de Estado em Israel. Além de demonstrar seu próprio apoio ao extermínio, pregando esta espécie de "solução final", ele deixa à mostra que seus princípios e os do seu grupo não estão em contradição com os do Likud, do Kadima e do Partido Trabalhista; o que ele reivindica é exatamente que as políticas de morte sejam admitidas às claras por seus comparsas, e que a limpeza étnica dos palestinos, objetivo que há seis décadas vem sendo perseguido pelos auto-proclamados "democratas", seja de uma vez por todas levada às últimas consequências.

Em suma, Lieberman diz com um megafone o que os polidos diplomatas de Israel na ONU dizem ao pé do ouvido. Diante dos esforços para ceifar a liberdade de todo um povo, arrasar sua dignidade e mutilar seus corpos, qual a diferença?

Que os trabalhadores brasileiros não se iludam com a demagogia que desfilou solta na chamada "Conferência dos Doadores em Apoio à Economia Palestina para a Reconstrução de Gaza", onde estiveram o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e a secretária de Estado ianque, Hillary Clinton, e onde o fascista italiano Silvio Berlusconi chegou a conclamar um "Plano Marshall para a Palestina", numa referência à ofensiva econômica imperialista levada a cabo pelo USA na Europa do pós-guerra. Trata-se de uma crônica já conhecida: reconstruir Gaza para voltar a destruí-la.

Que também não encontre eco nos ouvidos do povo de cá a falácia dos oportunistas e traidores de lá, como o discurso sem vergonha e colaboracionista de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, para quem o Hamas precisa "respeitar o princípio de dois Estados para dois povos", ou seja, resignar-se com a invasão da Palestina pelos sionistas e se conformar com a expulsão e o extermínio há seis décadas praticados contra os verdadeiros donos daquela terra.

A "democracia" sionista transforma seus próprios cidadãos em párias

Os dois testemunhos a seguir são sobre a perseguição a cidadãos israelenses que se recusam a integrar a máquina de guerra sionista, braço armado de um Estado criminoso e ilegítimo. Foram publicados em meados de março pelo jornal Público, de Portugal. Nos desabafos destes dois homens, transparecem o desânimo do mais velho quanto ao futuro da Palestina, e muitas ilusões no depoimento do mais novo — principalmente quanto à paz e à religião —, mas são de grande valia porque ajudam a derrubar algumas mentiras, como a de que os palestinos usam seus velhos, mulheres e crianças como escudos humanos, quando a realidade é que são os sionistas quem têm o hábito — e a ordem — de se esconder da Resistência atrás de reféns; e a reforçar outras verdades que os trabalhadores mundo afora conhecem bem, a de que a "democracia" sionista é um dos maiores engodos, uma das maiores trapaças da história recente.

"Só a minha família me apóia"

Arik Diamant, 35 anos, engenheiro de software, casado e pai de dois filhos, vive em Tel-Aviv. Serviu três anos como pára-quedista, entre 1993 e 1996, incluindo ações nos territórios palestinos e no Líbano.
http://www.anovademocracia.com.br/52/15a1box.jpg"Sou membro da organização Coragem para Recusar. Durante a Segunda Intifada recusei-me a servir como reservista nos territórios. Fui chamado para Nablus e disse ao meu comandante que não faria parte da ocupação. Retiraram-me da minha unidade para outra que não vai aos territórios. Ficaram muito zangados. Perguntaram-me: ‘No mesmo dia em que dois soldados morrem em Gaza, como você pode dizer uma coisa dessas?’ Respondi: ‘Eu ia perguntar o mesmo, porque foram vocês que os mandaram para lá’. E ele mandou-me sair da sala.

Não fui julgado. Desde o começo da Segunda Intifada, 300 pessoas foram julgadas e enviadas para a prisão por se recusarem a servir nos territórios, e 100 eram oficiais. No meu tempo de recruta, recusar, contra os amigos, a família, era quase impossível, eram dias de esperança, os anos de Oslo, achávamos que em breve estaríamos fora dali. Era o que nos diziam. Eu conduzi patrulhas conjuntas com a polícia palestina e preparei transferências de poder em Nablus.

Passaram os três anos obrigatórios, e vivi no estrangeiro. Depois, na Segunda Intifada, foi claro que eu não podia fazer parte daquilo. Não volto a combater aquelas crianças.

Desde o princípio, sabíamos que esta guerra de Gaza seria triste, mas não sabíamos quanto. Fizemos manifestações, apelando aos soldados reservistas para recusarem. Mas dos que foram chamados houve só uns 12 que recusaram. A propaganda foi muito eficiente. Nos territórios se vêem as caras, porta a porta, tem-se noção da dor, mas nesta guerra não. Não houve combate. Foi do ar, de longe. Muito poucos soldados viram realmente o que estava acontecendo.

A maioria das pessoas acha que somos a vítima e não o agressor, e nesta atmosfera há muito pouca legitimidade para um soldado recusar. As consequências mais graves são sociais. Eu passei um mau bocado no trabalho. Todo mundo está convencido de que foi a melhor guerra que tivemos em anos, e quando nos opomos a isto somos tratados como párias. E é difícil sentarmo-nos para almoçar com quem nos acusa de sermos traidores e insensíveis às vidas em Sderot [povoação israelense junto a Gaza, que fica no raio de alcance dos foguetes palestinos]. Tenho amigos que lutaram nesta guerra, estou rodeado de gente que não me aprova. Só a minha família me apóia".

"Não é defesa, é ocupação"

Yitzhak Ben Mocha, 25 anos, solteiro, formando em Filosofia na Universidade de Tel-Aviv, onde vive. Serviu três anos como soldado de combate numa unidade de elite, incluindo ações por toda a Cisjordânia.
http://www.anovademocracia.com.br/52/15a2.jpg"Como reservista me recusei a servir duas vezes. Tentaram me convencer, ofereceram-me outras funções, mas recusei tudo. Expulsaram-me da unidade. Nesta unidade não tenho funções. O Exército nega que eu tenha recusado. Dizem que eu estive quatro dias de serviço nesta guerra de Gaza. Mentem, mentem e mentem. Fazem tudo para negar.

Não sou um pacifista. Compreendo que às vezes é preciso usar o poder, sobretudo para fins defensivos. Mas acho que o que acontece em Israel há mais de 40 anos não é defesa, é ocupação. É por isso que me recuso a participar em qualquer atividade do Exército. Estou pronto a fazer treinos, mas não combato, nem faço nada que ajude a ocupação.

Aos 18 anos pensava que até os líderes conseguirem fazer a paz tínhamos de servir o país, dar-lhes tempo. Depois aconteceu a guerra do Líbano. Não posso identificar um acontecimento específico que me tenha feito mudar de idéia. Foi pouco a pouco. Eu era uma criança muito ingênua. Grande parte da sociedade israelense nem compreende que é uma ocupação.

Usar palestinos como escudos, pôr mulheres, velhos e crianças em risco, mesmo quando o Supremo Tribunal dizia que era proibido, tudo isso continuava a acontecer. E não era a decisão de um soldado, era institucional, do sistema. Todos fazem isso. E quando eu me queixava aos meus chefes, eles argumentavam: se estivermos em risco podemos fazer isso. Como se eu não tivesse visto com os meus olhos. Foi duro experimentar isso e contou para a minha decisão. É preciso dizer um não claro.

Digo sempre o que penso, não tenho medo. O Exército tem um papel central na sociedade, e é difícil quando a nossa imagem é a de quem o prejudica. Eu prejudico definitivamente o Exército, mas a longo prazo acho que essa é uma coisa boa para a sociedade. Tenho muitas discussões com amigos e alguns deixaram de me falar. Quando comecei a falar com os meios de comunicação, telefonaram-me dizendo que eu trazia má reputação para minha unidade, e ficaram muito zangados. Mas a ocupação é que põe os soldados nesta posição.

A Universidade de Tel-Aviv é muito liberal, a maior parte dos meus colegas concorda comigo, não me sinto isolado, e a minha namorada é alemã e não integrou o Exército. Mas a minha família discorda completamente de mim. Acha que a paz não é possível, e achou que a guerra em Gaza foi justa, defensiva. A minha mãe pediu-me para eu parar de falar com os meios de comunicação. É muito difícil para ela, sente-se desconfortável, tem que pedir desculpa a amigos da família. É ‘ok’ ser contra a ocupação, mas quando nos recusamos ativamente não é nada popular".

Por que muitos judeus insistem em defender o sionismo? o não saber político nos anos 1890/1900, os levou para o centro do conflito! 

https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/02/por-que-os-judeus-insistem-em-defender.html


domingo, 25 de janeiro de 2009

"O Sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial."

A Resolução 3379 da Assembléia Geral das Nações Unidas, adotada em 10 de Novembro de 1975 por uma votação de 72 votos contra 35 (com 32 abstenções) pela Assembléia Geral das Nações Unidas, considerou que o sionismo equivale a racismo. A resolução foi anulada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 16 de Dezembro de 1991, e é frequentemente referenciada nos debates que decorrem das acusações ao sionismo de racismo.

A resolução de 1975 foi um de muitos incidentes que refletem a antiga condenação da ONU do sionismo, que muitos consideram irônico e hipócrita, considerando que foi o Plano de Partição de 1947 das Nações Unidas que estabeleceu o estado de Israel.

Após a Guerra dos Seis Dias, na qual os aliados da União Soviética tinham sido derrotados, a intensidade de propaganda soviética contra Israel aumentou (ver Sionologia). Por outro lado, o boicote do petróleo árabe que se seguiu à Guerra do Yom Kippur de 1973 aumentou os fundos disponíveis para os esforços anti-sionistas.

Em 12 de Setembro de 1972, o presidente do Uganda, Idi Amin enviou um telegrama ao secretário-geral das Nações Unidas no qual ele elogiou o Holocausto e propunha contruir uma estátua a Adolf Hitler no Uganda, uma vez que não tinha sido erigida qualquer estátua na Alemanha.

Em 1 de Outubro de 1975, as Nações Unidas ofereceram uma recepção de boas-vindas a Idi Amin, que presidia na altura à Organização da Unidade Africana

Foi aplaudido de pé pelos presentes antes do seu discurso. Quando terminou o discurso foi também aplaudido e foi mesmo interrompido por aplausos durante o seu discurso. Nesse discurso, ele condenou a "conspiração Sionista-Americana" e exortou à expulsão de Israel das Nações Unidas e a "extinção" de Israel.

No dia seguinte, o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente da Assembleia Geral ofereceram um jantar
público em sua honra.

A resolução de 1975

A resolução afirmava na sua conclusão que:

"O Sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial."

A resolução "tomou nota" de várias afirmações prévias em encontros internacionais pela eliminação do Sionismo.
A Declaração do México sobre a Igualdade da Mulher e seu Contributo para o Desenvolvimento e Paz, afirmava que ...“a cooperação e paz internacionais requeriam [...] a eliminação do [...] Sionismo."

A Resolução 77 da Assembléia de Chefes de Estado e do Governo da Organização da Unidade Africana considerava que „o regime racista na Palestina ocupada e o regime racista no Zimbabwe e na África do Sul têm uma origem imperialista comum, formando um todo e tendo a mesma estrutura racista e sendo orgânicamente ligados na sua política destinada à repressão da dignidade e integridade do ser humano“.

A Declaração Política e Estratégia para Fortalecer a Paz Internacional e Segurança e Intensificar a Solidariedade e Assistência Mútua entre Países Não Alinhados, na conferência de ministros dos negócios estrangeiros dos Países não alinhados, em Lima,

Peru, condenou o Sionismo como racismo, imperialismo e uma ameaça para a paz e segurança mundiais.

O embaixador israelita imediatamente condenou a resolução das Nações Unidas: „Para nós, o povo Judeu, esta resolução baseada no ódio, falsidade e arrogância é destituída de qualquer valor moral ou legal“.
Registo das votações ( Mapa)


Mapa dos resultados da votação
Patrocinada por: (25 países) Afeganistão, Argélia, Bahrain, Cuba, Daomé, Egipto, Guiné, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Iémen do Norte, Oman, Qatar, Arábia Saudita, Somália, Iémen do Sul, Sudão, Síria, Tunísia e Emiratos Árabes Unidos.

Votaram sim: (72) Os 25 países patrocinantes e adicionalmente 47 nações: Albânia, Bangladesh, Brasil, Bulgária, Burundi, Cambodja, Camarões, Cabo Verde, Chade, República Popular da China, Congo, Chipre, Checoslováquia, Guiné Equatorial, Gâmbia, República Democrática Alemã, Granada, Guiné-Bissau, Guiana, Hungria, Índia, Indonésia, Irão, Laos, Madagáscar, Malásia, Maldivas, Mali, Malta, México, Mongólia, Moçambique, Níger, Nigéria, Paquistão, Polónia, Portugal, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sri Lanka, Tanzânia, Turquia, Uganda e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Votaram não: (35) Austrália, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Dinamarca, El Salvador, Estados Unidos da América, Fiji, Finlândia, França, Haiti, Honduras, Islândia, República da Irlanda, Israel, Itália, Costa do Marfim, Libéria, Luxemburgo, Malawi, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Países Baixos, Panamá, Reino Unido, República Centro-Africana, República Dominicana, República Federal Alemã, Suazilândia, Suécia e Uruguai.

Abstiveram-se: (32) Alto Volta, Argentina, Butão, Bolívia, Botswana, Birmânia, Chile, Colômbia, Equador, Etiópia, Filipinas, Gabão, Gana, Grécia, Guatemala, Jamaica, Japão, Quénia, Lesotho, Maurícia, Nepal, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Peru, Serra Leoa, Singapura, Tailândia, Togo, Trinidad e Tobago, Venezuela, Zaire e Zâmbia.

United Nations General Assembly Resolution 3379 (November 10, 1975)
Israeli Ambassador Herzog's response to Zionism is racism resolution (November 10, 1975)
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Resolu%C3%A7%C3%A3o_3379_da_Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas"
Categorias: Resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas | Diplomacia de Israel | História de Israel

O sionismo não representa o judaísmo nem todos os judeus


Breve história do sionismo (onde se mostra como o sionismo não representa o judaísmo nem todos os judeus )

O sionismo é um movimento político nacionalista judaico surgido na Europa, no século XIX, que defende a existência de um Estado exclusivo para judeus na Palestina, de que é expressão actualmente o Estado de Israel. A partir de 1948, ano da criação do Estado de Israel, o sionismo passou a ser um movimento de apoio à expansão do Estado de Israel e de encorajamento à integração dos judeus em Israel.

Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento que se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e da Europa de Leste

Em 1896, o livro "Der Judenstaat" ("O estado judaico") de Theodor Herzl, líder do Movimento Sionista, foi traduzido para o inglês. Herzl pregava que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem reunir-se e estabalecer-se num Estado nacional independente.

Theodore Herzl promoveu então o I Congresso Sionista Mundial, em Bruxelas, na Suíça, em 1897, onde se proclamou a decisão de restabelecer pátria judia antiga em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era uma parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque os seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua vasta maioria não era por eles habitada, facto que foi ( e é ) objecto de grande debates entre os próprios judeus.

Na verdade, formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propícios.
Prevaleceu o argumento de ordem religiosa a reivindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina. Argumento discutido até dentro do próprio sionismo, pois é um dado histórico, geralmente aceite, que a grande maioria daquilo que se chama povo judeu nunca mais retornara à Palestina, depois do cativeiro da Babilónia, tendo-se helenizado e imigrado espontaneamente para vários territórios.

A interpretação que prevaleceu fundou-se, pois, em argumento de carácter religioso, embora outras correntes a tivessem considerado uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovassem duramente alegando que esta ?redenção? teria de ser obra de Deus e não o estabelecimento do estado judeu por acções políticas que contraria o messianismo, que é aspecto central da religião judaica.

O movimento, já sob o comando de Chaim Weizmann, ganhou significativo impulso com a Declaração Balfour, de 1917, que trazia a promessa do Império Britânico de permitir a construção de um Estado nacional judeu na Palestina, então sob o poder do Império Otomano que, junto com a Alemanha, estava em guerra contra os britânicos.

A partir de 1917 o movimento opta, então, definitivamente pelo estabelecimento de um estado na Palestina, onde pretensamente se localizaria o antigo Reino de Israel.

Acontece que a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja, era habitada por uma população de esmagadora maioria árabe, lá enraizada por uma longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 350 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e Fatímida e que, apesar de dominações posteriores, manteve as suas principais características.

Era, pois, evidente que, para o estabelecimento de um estado judeu, os sionistas teriam de fazer uma grande alteração para mudar o equilíbrio étnico e demográfico da região.

O objectivo principal do sionismo ? a criação de uma pátria judaica ? foi sempre bem visto pelas organizações internacionais, como a Liga das Nações, simpatia que aumentou grandemente com o fim da II Grande Guerra, quando se descobriu o genocídio perpetrado pelos nazis contra os judeus

A Inglaterra, depois de mostrar o seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, começou logo concretizá-lo quando é investida de um mandato sobre a região da Palestina, por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Dá-se então início a um aumento substancial da migração de judeus para a Palestina ao longo de duas décadas até 1945.

Recorde-se ainda que, tendo os britânicos vencido a I Grande Guerra, grande parte da população alemã acreditou numa colaboração dos sionistas para a derrota da Alemanha, o que foi bem explorado pela propaganda nazi, que passou a acusar indiscriminadamente todos os judeus alemãs de traição. O sucesso da propaganda nazi permitiu a execução do projecto da pureza ariana de eliminação sistemática dos judeus que, junto a vários grupos hostilizados, como os ciganos, eslavos, católicos, homossexuais, comunistas, testemunhas de Jeová, e outros, foram mortos em grande número - o que foi posteriormente denominado Holocausto.

A organização sionista soube explorar politicamente esse massacre, acelerando a migração de judeus para a Palestina (Vide Hannah Arendt), ao mesmo tempo que combatia as forças britânicas locais, que administravam o território da Palestina, por meio de actos terroristas.
Acontece que, desde o início da ocupação sionista das terras palestinianas, foi bem patente a conflituosidade entre os recém-chegados judeus, que proclamavam ser aquela a sua Terra Prometida, e a população palestiniana residente, conflituosidade que numa mais veio a cessar e que, inclusivamente, originou várias guerras.

Em 1947, no fim do mandato britânico sobre a região, já era visível a violência mútua e descontentamento recíproco entre palestinianos e judeus-sionistas. Para resolver o diferendo, a ONU propôs um Plano de Partilha da palestina, para a formação de dois estados um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe.A representação judaica aceitou o plano mas a representação árabe alegou-se prejudicada e espoliada não aceitando a partilha, iniciando-se os conflitos.

No dia 14 de maio de 1948, quando expirou o mandato britânico sobre a Palestina, o Estado de Israel declarou independência, deflagrando a chamada Primeira Guerra árabe-israelita na qual seis estados árabes vizinhos iniciaram movimentos de exércitos regulares para ingressar na região.

Desta guerra, seguiram-se mais três guerras: a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973).

Entretanto, os esforços sionistas tiveram sucesso ao conseguirem que a ONU, em 1948, aprovasse a criação do Estado de Israel, com o apoio dos EUA, país onde a propaganda sionista teve sucesso, ao que não foi estranho o facto de os Estados Unidos terem uma população judaica, não só muito numerosa, mas também muito influente.

Com o reforço dos laços entre Israel, os Estados Unidos da América o regime racista do apartheid da África do Sul vai emergindo uma forte corrente de países não-alinhados, que é acompanhada pelos países do bloco soviético com a URSS à cabeça, a colocarem-se ao lado dos países árabes, sucessivamente derrotados na guerras desencadeadas contra Israel, e que faziam valer as suas teses na Organização das Nações Unidas. Foi assim aprovada em 10 de Novembro de 1975 a Resolução 3379 da Assembleia Geral das Nações Unidas, por uma votação de 72 votos contra 35 (e 32 abstenções) em que se considera o sionismo uma forma de racismo e discriminação racial.

A Resolução 3379 foi, todavia, revogada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovada a 16 de Dezembro de 1991 com 111 votos contra 25 (e 13 abstenções). Esta nova resolução revogatória fica-se a dever ao facto de Israel ter imposto a sua aprovação como condição da sua participação na Conferência de Paz de Madrid de 1991 , em plena Administração Bush (pai)


Consultar:
 http://pimentanegra.blogspot.com/
 http://en.wikipedia.org/wiki/Zionism
 http://www.palestinefacts.org/index.php


Judeus contra o sionismo:

 http://www.jfjfp.org/ jews for justice for palestinians
 http://www.jewsagainstzionism.com/
 http://www.nkusa.org/
 http://www.jewsnotzionists.org/
 http://www.israelversusjudaism.org/
Por http://pimentanegra.blogspot.com/ 04/01/2009 às 01:05