- Enquanto a CPI da Covid se concentra apenas nas denúncias de corrupção da compra de insumos, vai sendo urdido um ataque avassalador ao sistema de saúde brasileiro. O Brasil segue imerso no maior fracasso de saúde pública da sua história. A crise sanitária aqueceu a voracidade de vendedores de ilusões e a crise política gerou oportunidades para a ação orquestrada de ministros, parlamentares e empresários comerciantes de serviços de saúde.
Que segredo existe entre o Ministério da Economia (Paulo Guedes) e a Operadora de Saúde Prevent Senior (Eduardo e Ricardo Parrillo) "entre outras", cobrar plano barato dos idosos e aplicar o hino: 'ÓBITO TAMBÉM É ALTA"? A CPI DEVE ABRIR INVESTIGAÇÃO PARA TODOS OS PLANOS DE SAÚDE, e o tratamento que estão ministrando nos idosos e pacientes com comorbidades para sua "ida". Esse governo já mostrou e a cada dia mostra mais, que chegou para facilitar a "ida" dos idosos, doentes, que não mais contribuem para o assumido Estado neoliberal autoritário e destruidor, que tomou o Brasil de assalto.
- O lobby ativo das operadoras
- Com 48 milhões de pessoas conveniadas, os planos de saúde movimentaram R$ 217,4 bilhões em 2020.
- Trata-se de um dos poucos setores da economia que lucrou com a crise sanitária, principalmente as grandes operadoras – 20 delas dominam 50% do mercado.
- Embalados em créditos públicos, isenções fiscais e menor uso de serviços pelos usuários, os planos assistem a pandemia de camarote. Tiveram autorização da ANS para manter reajustes abusivos de mensalidade, negaram testes de covid até agosto de 2020 e se omitiram de compartilhar leitos nos momentos de colapso do SUS.
- Neste instante, o lobby das empresas de planos de saúde corre solto, de maneira coordenada no Executivo e no Legislativo. Para isso, conta com o silêncio de burocratas e de políticos céticos em relação ao SUS.
- Disseminou-se fake news recorrente, de que o aumento do tamanho do mercado de planos de saúde vai gerar a “desoneração” do SUS. Essa mentira, recontada tantas vezes por lobistas, é facilmente desmontada com uma simples conferência.
- 1. Conselho de Saúde Suplementar – Consu. A instância, antes figurativa, agora foi transformada em órgão deliberativo do Ministério da Saúde. Do primeiro encontro do Consu, em abril, saiu a afirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o “setor público não vai conseguir acompanhar a questão da saúde, o setor privado é a solução”.
- 2. Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), atendeu o pleito das operadoras de planos de saúde e convocou, para esta terça-feira, 6 de julho, a instalação de uma comissão especial destinada a propor nova lei dos planos de saúde. Retoma-se, assim, o mesmo caminho trilhado pelas empresas em 2017, quando outra comissão especial da Câmara, relatada pelo ex-deputado Rogério Marinho, atual Ministro do Desenvolvimento Regional, tentou impor mudanças substantivas no marco legal dos planos de saúde.
- 3. Senado Federal. Consta da pauta oficial da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, prevista para 7 de julho, a sabatina do nome encaminhado pela Casa Civil da Presidência da República para ocupar o cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regulamenta e fiscaliza os planos de saúde. Antes reservada para Marcelo Queiroga, que acabou assumindo o ministério da Saúde, a presidência da ANS deve ser entregue ao advogado Paulo Rebello, que já ocupa cargo de diretor na agência. Rebello, indicado pelo Partido Progressista (PP) para presidir a ANS, foi chefe de gabinete de Ricardo Barros, entre 2016 e 2018, quando o deputado foi ministro da Saúde.
- https://www.youtube.com/watch?v=qLk_gUJZ4vs
- Prevent Senior obrigava médicos a cantar com a mão no peito, hino da empresa LEALDADE, OBEDIÊNCIA
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