Barão Rothschild, Mario Garnero, e a Família Monteiro Aranha do RJ O Banco Icatu de Daniel Dantas tem como sócio o grupo Monteiro Aranha de Olavo Monteiro de Carvalho, ligado ao presidente Collor, por laços familiares. [3] https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/03/barao-rothschild-mario-garnero-e.html
- Pergunto aos militares: que final teve a partilha das terras adquiridas por Ludwig no Jarí Pará/Amazonas, que os militares no período da ditadura militar, encarregaram o Ministro da Economia Delfim Netto, à escolher consórcio de 28 empresários para a partilha das terras, entre eles Olavo Monteiro de Carvalho, Sérgio Amoroso, do grupo Orsa presidente da WWF no Brasil, ficando para o Banco do Brasil, todo o custo desse projeto?
O marquês de Salamanca meteu-se em um embrulho muito além da sua vã filosofia. Para os neófitos, o título nobiliárquico pertence ao empresário Olavo Monteiro de Carvalho, presidente do Grupo Monteiro Aranha, que, junto com o Pão de Açúcar, Corcovado, Maracanã e outros monumentos mais e menos votados, é um dos símbolos do Rio de Janeiro. Olavo é presidente do Conselho da Rio Negócios, uma agência sem fins lucrativos, criada como um satélite independente da gestão Eduardo Paes e voltada para a promoção de novos empreendimentos, meio ambiente e desenvolvimento urbano, depende da qualidade do seu entorno. Paes e Sérgio Cabral não são o melhor exemplo de parceria para qualquer agência. E o marquês de Salamanca, pendurado com a brocha na mão. Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios. A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes, forma um conjunto vazio. Mas os dedos das duas mãos teriam de ser multiplicados para enumerar o número de viagens ao exterior de Marcelo Haddad, seu superintendente-geral, diretor-executivo da Rio Negócios,[4]
Paulo Guedes era sócio de Daniel Dantas nas Privatizações do governo neoliberal de Fernando Collor de Mello[2]
Jornal do Brasil - Política e Governo
quarta-feira, 20/5/1992 - 1° caderno -3 [1]
Modiano
fica na privatização e na presidência do BNDES:
BRASÍLIA
— O presidente da Comissão Diretora do Programa Nacional de Desestatização e do
BNDES, Eduardo Modiano, tem a confiança e 0 respaldo do presidente Fernando Cóllor,
afirmou ontem o secretário de imprensa do Palácio do Planalto, Pedro Luiz
Rodrigues, ao classificar de ''absolutamente inverídicos" os rumores sobre
sua demissão do governo.
"Modiano
continua no comando do Programa de Desestatização e do BNDES, á frente dos
quais tem realizado um trabalho eficiente", declarou o secretário de
Imprensa da Presidência da República, Segundo ele, a estrutura do programa não
muda e as alterações previstas, discutidas no Seminário de articulação das
ações do governo, no fim ' de semana passado, prevê a possibilidade de incluir
na privatização Também a venda das participações acionárias minoritárias da
União e ramais empresas, como o Banco Meridional e a Petrobrás Distribuidora.
Segundo informação publicada pelo 'jornal O Estado de S.Paulo, Modiano 'estaria com os dias contados e seria substituído pelos economistas Daniel Dantas, no Programa de Desestatização, e Paulo Guedes no BNDES.
Também
o ministro da Economia, " Marcílio Marques Moreira, ao qual Modiano está
formalmente subordinado, desmentiu mudanças no BNDES ou no Programa de
Privatização. "O ministro gosta do trabalho de Modiano e acha que não há o
que mudar, no momento, no programa de desestatização. O ministro garante que Modiano não sai", afirmou o porta-voz
do Ministério, Luiz Fergirando Martins.
Apesar
dos desmentidos, os boatos sobre a demissão de Modiano tiveram muita
repercussão no governo. Os nomes dos economistas Daniel Dantas e Paulo Guedes
como
possíveis
substitutos de Modiano, por exemplo, surgiram nas especulações porque ambos, ao
lado de outros economistas independentes, estiveram com Bornhausen na
quinta-feira
passada.
Dantas e Guedes foram ao gabinete do secretário de Governo para lhe dar
informações sobre o programa de privatização, na preparação de Bornhausen para
o Seminário de Articulação das Ações do Governo. Avaliação isenta — Assessores
de Bornhausen explicaram que seus nomes foram escolhidos porque o ministro
queria uma avaliação isenta do programa, a partir de técnicos de fora do
governo. Foi de Dantas e Guedes a sugestão da "negociação direta" com
cada interessado, na venda das estatais, descartada de pronto
pelo
secretário de Governo, em nome da transparência do programa de desestatização.
Os
mesmos assessores garantem que se engana quem pensa que Bornhausen tenha
interesse em levar o programa de privatização para o Palácio do Planalto.
Consideram ainda que os boatos sobre a saída de Modiano começaram por causa das
interpelações de Bornhausen na super reunião ministerial da semana passa-, da.
Nela, Bornhausen chegou a
perguntar
por que o programa não estava caminhando mais depressa e indagou por que o
governo não privatizava a Petrobrás Distribuidora e o Banco Meridional.
Modiano, por
sua
vez, se queixou de que ministros e secretários não estavam colaborando
a
contento com a desestatização ao não lhe enviar sugestões de mais estatais a
serem vendidas. Bornhausen, então, garantiu-lhe que, como interlocutor
freqüente de ministros e secretários, cobrará tal providência.
Por via
das dúvidas, num encontro ontem com o presidente Collor, Marcílio manifestou
total confiança em Modiano. Segundo assessores do ministro, Marcílio agiu assim
para abortar pressões para que o cargo fosse entregue a pessoas indicadas por
partidos políticos, ao perceber manobras de bastidores para mudar o programa de
venda de estatais. Segundo os assessores de Marcílio, o ministro ouviu do
presidente a afirmação de que também ele gostava de Modiano. Pouco depois do
encontro
com
Collor, Marcílio recebeu em audiência o presidente do BNDES, para acertar
detalhes da reunião sobre privatização, na próxima semana, com o próprio
presidente da República,
uma conseqüência da super reunião ministerial da semana passada.
Daniel Dantas sugeriu algumas mudanças:
O
economista Daniel Dantas, diretor do Banco Icatu, garante que é totalmente
contra a idéia de mudar o processo de privatização para um método menos
transparente. "Eu nunca pensei em sugerir um sistema mano-a-mano, com cada
empresa sendo privatizada como se fosse uma ' concorrência. Isto não saiu da
minha cabeça", assegurou ontem, no início da noite.
Ele não
desmente, porém, os encontros com os secretários Jorge Bornhausen e Eliezer
Batista. No começo da semana passada, Dantas esteve em Brasília, para mais uma
reunião com * Bornhausen: "Ele é uma pessoa fascinante e já nos falamos
outras vezes"
No
último domingo foi a vez de com versar com EÍiezer Batista. O economista
Rudiger Dornbush, especialista
americano
em hiperinflação, também participou dessa conversa.
Dantas
admite, porém, modificações em alguns pontos. Para trazer mais investidores
estrangeiros, ele sugere a criação de um certificado de privatização que
poderia ser comprado por qualquer um. Ele nega, mas esta idéia está sendo
interpretada por especialistas financeiros como uma jogada para incluir no
processo os bancos, que passariam a ser intermediários na privatização.
"Não sei se as vendas poderiam ser mais rápidas. Mas mudar o sistema poderia gerar suspeitas indesejáveis". completou o diretor do Banco Icatu. Daniel Dantas dissimula a importância dos dois encontros — "falamos de vários assuntos"—. mas não desmente sua influência no governo: é baiano, conhece o governador Antônio Carlos Magalhães, sem contar que o Banco Icatu tem como sócio o grupo Monteiro Aranha, ligado ao presidente Collor por laços familiares. O Banco Icatu tem como sócio ainda Eike Batista. Olho do secretário Eliezer Batista.
O
economista Paulo Guedes, diretor do Banco Pactual, garante que não esteve na
reunião de Brasília,
nem apoiou
uma mudança no processo de privatização. "Sou contra este sistema de
mano-a-mano. Seria um foco
para
grandes irregularidades", critica.
Telebrás
— No BNDES, a proposta de mudança na privatização
também
foi mal recebida. Técnicos do banco detectaram um foco de interesses claro no
meio do tiroteio: a privatização da Telebrás, holding do sistema de telefonia,
estaria por trás
da
polêmica. Especula-se no banco que Dantas estaria operando para um forte grupo
com interesse em acelerar
o passo
da privatização. Mudando o sistema de venda, seria possível incluir a Telebrás
na lista das estatais a serem privatizadas. "Não é verdade.
Acho
que a Telebrás nem deveria ser privatizada", assegura o economista.
Mas no
mercado financeiro especula-se que o Banco Icatu, do qual Dantas é diretor, tem
comprado uma quantidade expressiva de ações da estatal e contaria ainda com
muitas
debêntures
(títulos que correspondem à dívida da empresa). Investidores estrangeiros estariam
seguindo o mesmo caminho, aconselhados pelo banco. Privatizando a Telebrás,
este grupo passaria a ser sócio da estatal considerada a maior blite-cliip
(ação com grande liquidez) do momento.
Seu
valor de mercado, em bolsa, é de USS 8,1 bilhões, mas analistas financeiros
estimam que, na verdade, a holding valeria cerca de US5 30 bilhões. O principal
empecilho, porém, é que a Constituição garante o monopólio estatal para a
empresa.
Notas:
[1] http://memoria.bn.br/pdf/030015/per030015_1992_00042.pdf
[2] Adendo: https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2019/06/paulo-guedes-era-socio-de-daniel-dantas.html
[3] https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/03/barao-rothschild-mario-garnero-e.html
[4] https://relatorioreservado.com.br/assunto/grupo-monteiro-aranha/
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