segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O domínio da agricultura, indústrias e tecnologias por estrangeiros, que gera o estelionato por prescrição das dívidas fiscais e trabalhistas, o solo contaminado por glifosato, abamectina, e a justiça cega frente às punições.

Motivo da minha pesquisa: "a Incobrasa S.A fundada por Deh Chen Chang chines trazidos pela Bungue y Born para o Brasil, com sede fixa  no Est. Do RGSul, é empresa bastante conhecida em nosso Estado e bastaria, se fosse interesse, persistindo dúvidas a respeito dos diversos endereços indicados no processo administrativo, lançar mão de meios recorrentes para encontrá-la para fins de identificação do endereço das pessoas jurídicas, como, por exemplo, mediante consulta à Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul, sem falar da pesquisa na lista telefônica impressa, ou ainda, em sites de busca na Internet” (jamais no exterior porque a encontrariam)
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Renato Bastos Ribeiro é um economista e empresário brasileiro de soja do Rio Grande do Sul.  Foi presidente da Companhia Jornalística Caldas Júnior de 1986 até sua venda
 ao Grupo Record, em 2007 por R$ 100 milhões . 
É  o controlador da Incobrasa S.A -Wikipédia.  (ao lado direito Fogaça)
  • Por 2 votos a 1, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul declarou, a prescrição de dívidas de ICMS da Industrial e Comercial Brasileira S/A (Incobrasa) em 3 de fevereiro de 2003 (segundo mês do governo Germano Rigotto, ou seja, o caso vem do governo Olívio Dutra, que por omissão não tomou as providências necessárias). Em 2005 foi feito novo cálculo cálculos feitos pelo site Espaço Vital (http://www.espacovital.com.br) apontaram em dezembro de 2005 a R$193 milhões. O julgamento teve início em 14 de novembro com o voto do desembargador Irineu Mariani, reconhecendo a não-incidência da prescrição e, no caso, reformando sentença da juíza Giovanna Farenzena. Na sessão do dia 24 do mês passado, o desembargador Carlos Roberto Lofego Caníbal abriu divergência, entendendo ter ocorrido a prescrição. O último voto, proferido  pelo desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, concluiu no mesmo sentido. Para Difini, “a constituição definitiva do crédito tributário ocorreu em 8 de outubro de 1998, data em que foi intimada a empresa da última e definitiva decisão administrativa”https://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/1680069/stj-manda-subir-recurso-especial-em-executivo-fiscal-que-discute-debito-tributario-de-r-193-milhoes [3]
  • Levaram a tecnologia brasileira para fora do país: 
    14 dez de 2006  Incobrassa empresa controlada pelo empresário gaúcho Renato Bastos Ribeiro, deverá inaugurar em janeiro uma planta de biodiesel em Illinois, nos Estados Unidos. A esmagadora de soja da Incobrasa está em operação em Illinois desde 1997, quando Ribeiro decidiu vender suas operações com soja no Brasil e jogar suas fichas nos Estados Unidos - mercado dominado pelas gigantes ADM, Bunge e Cargill, conhecidas no segmento como "ABC". Além das operações nos Estados Unidos, a Incobrasa atua no mercado imobiliário no Rio Grande do Sul e em mídia. A família Ribeiro é proprietária da Empresa Jornalística Caldas Júnior, que controla o jornal "Correio do Povo" e a rádio e TV Guaíba, adquiridas na década de 80 vendida em fev de 2007 para o grupo Record por 100 milhões de dólares. Na metade da década de 90, o empresário vendeu todos os seus ativos no segmento de soja para a Santista Alimentos (depois Bunge), 
    https://www.biodieselbr.com/noticias/biodiesel/incobrasa-primeira-empresa-brasileira-fazer-biodiesel-eua-14-12-06.htm
  • Renato Bastos Ribeiro abril de 2006 fundó la empresa RAR Energia.  e demais sócios, Aluizio Merlin Ribeiro e Rogério Merlin Ribeiro; en Porto Alegre, y posteriormente, otro idéntico en Illinois. 
  • 06 dez. de 2007 -  A 1ª Câmara Cível do TJRS declarou a prescrição de dívidas de ICMS no valor de R$193 milhões, da Industrial e Comercial Brasileira S/A (Incobrasa) (Proc. 70019969229)  Fonte: TJRS Rodney Silva Jornalista - MTB 14.759
  • Incobrasa será a primeira empresa brasileira a fazer biodiesel nos EUA.(desvio de tecnologia e dos recursos?!?)
  • 2007 
    Renato Ribeiro está hospitalizado em estado gravíssimo.(Políbio Braga)
Os fatos desde o início:
O que mais pesou no deslanche da soja foi de fato a atividade da indústria, sobretudo a de origem estrangeira. Desde fins de 1953, aparecia com freqüência no gabinete da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, o pessoal da Samrig, até então identificada exclusivamente como se fosse para o trigo. Por meio da aproximação com a estrutura da Secretaria, a empresa da curso a uma nova estratégia de abordagem dos agricultores, escolhidos como elo fundamental de uma cadeia de negócios de dupla face: de um lado, eles eram vistos como produtores de matéria-prima para a indústria de alimentos; de outro, começavam a ser encarados também como consumidores de máquinas agrícolas, sementes e adubos. 
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Ninguém abria o jogo, mas tudo era parte de um novo esquema internacional montado em Nova York, onde o grupo Bunge y Born tinha uma sólida base de operações. Em Porto Alegre, os funcionários “internacionais” da Samrig pleiteavam a liberação de uma licença especial para a importação de equipamentos industriais. Para todos os efeitos, seria para o trigo. MAS NÃO, Era e secreto  para “o” feijão-soja. aos olhos de Antonio Mafuz, chefe de gabinete do secretário Maneco Vargas (filho de Getúlio), repórter do Diário de Notícias e narrador de futebol da Rádio Farroupilhas, Mafuz fora colocado no cargo por um acordo entre o presidente Getúlio Vargas e Assis Chateaubriand, dono da rede nacional de jornais e emissoras de rádio. Mafuz  ao deixar a Secretaria, em 1954, tinha na Samrig da soja um dos primeiros clientes de sua agência, inicialmente chamada Sotel e mais tarde denominado MPM Propaganda. A propaganda não era só para o homem do campo, mas também para a mulher rural, Orientada pela Samrig, e encarada como uma espécie de missão pela Secretaria da Agricultura no primeiro mandato do governador gaúcho Ildo Meneghetti (1955-58) as mães de família eram instruídas a trocar o leite de vaca pelo de soja...e a banha de porco pelo óleo de soja (prejudicado com adição de solvente químico pelos chineses para aumentar a produção sem nada divulgar para os consumidores [*])

O cessamento do cultivo da soja em lllinois trazendo estrangeiros à cultivá-la  em terras brasileiras, se deu:
Em 1763, os britânicos venceram a Guerra dos Sete Anos. A região de Illinois passou a ser controlada pelos britânicos. Em 1778, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, o Illinois foi capturado por forças americanas. Em 3 de dezembro de 1818, o Illinois tornou-se o vigésimo primeiro estado dos Estados Unidos

[2] Pág. 01 à 09 os  estrangeiros no cultivo da soja no Brasil, Pág. 10 segue o motivo da minha pesquisa:

Em 1942 já existia a Sociedade Anônima Moinhos Rio Grandenses (Samrig), mas ela só beneficiava o trigo. Fundada em fevereiro de 1929 por capitais argentinos (Bunge Y Born), também proprietários da Sanbra, a Samrig começou comprando dois moinhos em Porto Alegre e outros cinco no interior (Pelotas, Guaporé, Passo Fundo, Cruz Alta e Uruguaiana). A soja era então um dos “outros” produtos agrícolas comprados pela empresa junto aos colonos do interior. Carlos Goidanich, que entrou em 1931 na Samrig, da qual seria o presidente de 1977 a 1983, fez o primeiro negócio de exportação de soja m grão em 1945. Acondicionado em sacos, o produto ia em navios de até 10 mil toneladas, a capacidade máxima no cais de Porto Alegre. Foi a partir desse negócio que a Samrig começou a encarar a possibilidade de, além de trigo, moer também soja em larga escala.

O grupo Bunge y Born era apenas uma dos estrangeiros situados na intermediação de produtos agrícolas no Brasil. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), já operavam no país todos os gigantescos “grain trades” do mundo: André lausanne (Refinações de Milho Brasil), Cargill, Continental, cook, Louis Dreyfuss e Nidera. Isso sem falar de outros gigantes mais especializados como a Anderson Clayton e a Nestlé. Entre os comprados, vendidos ou incorporados nessa fase pioneira da industrialização brasileira, praticamente todos continuaram presentes no palco onde “PERMITIAM” pequeno espaço para os  empresários nativos.

Em 1950, desembarcou em Porto Alegre, o chinês Deh Chen Chang. Ele tinha trabalhado como diretor industrial da China Vegetable Oil Corporation, uma das maiores fábricas de óleo vegetal  da China, e desde 1949 estava em São Francisco, na Califórnia, tentando implantar uma firma de importação e exportação de óleos vegetais em sociedade como o amigo Long Sem Wong, também exilado.
Chang foi direto à Samrig e procurou o gerente, Gustavo Openheimer [1], a quem apresentou uma carta de recomendação assinada por gente da Bunge y Born de Nova York, Na Samrig da marca Primor, não havia lugar para um especialista em soja, mas Openheimer [1] o encaminhou ao vereador porto-alegranse o gaúcho Ildo Maneghetti, um dos mais promissores políticos do Rio Grande do Sul (seria governador por duas vezes).
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O gaúcho Ildo Maneghetti no centro  e Ademar de Barros
  • Ildo Meneghetti nasceu em Porto Alegre no dia 20 de junho de 1895, filho de João Meneghetti e de Ana Rosso Meneghetti, imigrantes italianos. Seu irmão, Mário Meneghetti, foi ministro da Agricultura entre 1956 e 1960, no governo de Juscelino Kubitschek. Nas eleições de outubro de 1954 — pouco depois do suicídio do presidente Getúlio Vargas (24/8/1954) e a posse do vice-presidente João Goulart — Meneghetti conseguiu eleger-se governador , apoiado pela Frente Democrática do Rio Grande do Sul —   http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/meneghetti-ildo
Adquirida como desdobramento de outro negócio, a pequena refinaria de óleo de Porto Alegre –  situada à margem do rio Gravataí, no município de Canos, nas vizinhanças de Porto Alegre
Meneghetti e Chang fecharam negócio, constituindo uma empresa lembrada apenas pelo nome Indubras (Indústria Brasileira de Soja). Nessa sociedade, mais tarde denominada Industrial e Comercial Brasileira S.A (Incobrasa), Meneghetti ficou com 50%, enquanto a metade restante 50% era dividida em percentuais diferentes entre Chang e alguns amigos que chegariam meses depois: Sheun Ming Ling, Charles Tse, S.P. Wang, D.C. Chang, K.C. Hsieh e T.C. Yang.

[*] Para tirar a empresa da paradeira,os chineses para extração de óleo em lugar da prensagem  usada até então   para Óleos e Graxas, o chinês deu a ajuda comunista, foi adotado o método do solvente químico para extração do óleo da soja, desenvolvido  desde os anos  1930  nas  indústrias oleaginosa da China comunista. O rendimento passou de 12% para 17%, e a  Indrusbras/Incrobrasa deu a partida em 1951, lançando o óleo de soja Santa Rosa, (solvente químico no óleo de soja?)
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Sheun Ming Ling e Charles Tse
Em 1951,  o aumento da procura logo fez Chang ver que seria arriscado demais continuar dependendo dos representantes das casas atacadistas de Porto Alegre baseados em cidades do interior. Era preciso ter gente de absoluta confiança nas zonas de produções. Por isso ele mandou os sócios Sheun Ming Ling e Charles Tse para Santa Rosa, o berço da soja. Deu certo, mas não por muito tempo, Ling e Tse logo perceberam que,
além de garantir o negócio da Incobrasa, poderiam eles próprios ganhar dinheiro com uma fábrica local. Já havia em Santa Rosa uma pequena indústria de óleo de linhaça instalada por Henrique Engel em dificuldade,  aos cuidados de um cunhado de sobrenome Leuzin, Ming Ling, e Charles Tse ficaram com a fábrica, transformada, em 1995, na Indústria Gaúcha de Óleos Vegetais (igol), embrião da Olvebra, a segunda grande indústria brasileira de soja (formalizada em 1971), responsável pelo óleo de soja Violeta.
Gaúcho que aproximou Guedes e Bolsonaro
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  • Winston Ling, nascido em Santa Rosa, é filho de Sheun Ming Ling, chinês que  chegou no R.G. do Sul por chamado  do chinês  Deh Chen Chang enviado ao Brasil  em 1950 com apresentação da  Bunge y Born de Nova York, vindo a ser sócio da Incobrasa. 50%  dividida em percentuais diferentes entre Chang e alguns amigos: Sheun Ming Ling, Charles TseS.P. Wang, D.C. Chang, K.C. Hsieh e T.C. Yang.  https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2018/11/jair-bolsonaro-e-winston-ling_95.html
A Indubras/Incobrasa Indubras: em 1951, lança o óleo de soja Santa Rosa. 

  • Indubras (Indústria Brasileira de Soja). PARA   Industrial e Comercial Brasileira S.A (Incobrasa),
A Incobrasa seria comprada em 1982 por Renato Ribeiro, genro de Alcides Merlin, que já havia entrado no ramo, anos antes, quando adquiria a fábrica de óleo Taquarussu, no município gaúcho de Frederico Wesrphalen

Em 1997. A Santista Alimentos deu um salto de 4º para o 2º posto no processamento de soja no País em apenas um mês. A empresa fechou ontem a compra da Incobrasa (Industrial e Comercial Brasileira SA), a maior processadora de soja no Estado do Rio Grande do Sul, com um faturamento anual de R$ 300 milhões e 400 funcionários. O negócio, cujo valor não foi anunciado, é um dos maiores já realizados no segmento.
  • A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que a Incobrasa – Industrial e Comercial Brasileira S.A. – cujas instalações em Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, foram vendidas para a Santista – seja excluída de processo trabalhista movido por um ex-empregado. A decisão, aprovada por unanimidade conforme o voto do ministro Vieira de Mello Filho, dá provimento a recurso da empresa que, inconformada com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), apelou ao TST para deixar de fazer parte do processo como responsável solidária. O caso refere-se a ação de um ex-empregado que, contratado pela Incobrasa.  http://www.fesdt.org.br/web2012/noticia_det.php?id=4057
Em 1971, a abertura do capital da Olvebra, criada sob a liderança dos chineses que haviam prosperado com o beneficiamento da soja em Santa Rosa. Apesar desse ensaio de concentração industrial – de uma só vez a Olvebra incorporou a Igol, a Sorol e a Rizóleo -, tanto no interior gaúcho como em outros estados continuou a proliferação de novas fábricas de óleos vegetais, abertas por cooperativas, empresários nativos e grupos estrangeiros.
Governador Germano Rigotto durante assinatura de protocolo com a Fitesa, empresa do grupo Petropar, que produz não-tecidos e fibras cortadas de polipropileno. Presentes: Secretário do Desenvolvimento, Luiz Roberto Ponte, senhor diretor presidente do Grupo
21/02/2005, todo continua,... O governador Germano Rigotto e o presidente da Petropar, William Ling, assinaram, hoje (21) à tarde, no Palácio Piratini, protocolo de intenções para a instalação de uma unidade da subsidiária Fitesa, em Gravataí, com investimento de R$ 146 milhões e geração de até 80 empregos diretos. A empresa já possui uma unidade no município com capacidade de produção de 16 mil toneladas de polipropileno usadas em não-tecidos para fraldas descartáveis, absorventes femininos, produtos hospitalares descartáveis e lenços umedecidos. A nova planta terá capacidade de 15 mil toneladas. É uma empresa de capital majoritário do Rio Grande do Sul. Agradeço pela confiança que depositam em nosso Estado, pela decisão de, podendo investir em outros estados, investirem aqui, destacou Rigotto

Petropar adota nova marca e passa a se chamar Évora [!!]

Em março de 1979, pouco antes de encerrar o seu mandato, Geisel (na inocência) fez um discurso nacionalista em Palmeira das Missões, onde fora assistir ao início simbólico da colheita da soja. Depois de lembrar que 30 anos antes vira toda aquela região praticamente tomada por capim barba-de-bode e um gado de péssima qualidade, ele elogiou a “extraordinária transformação” ali produzida e concluiu: “O Brasil só será grande economicamente, e depois socialmente, e mesmo politicamente, no dia em que sua produção rural, na agricultura e na pecuária, tiver a expressão que realmente deveria ter.
Recordes freqüentes nas colheitas de soja e de outros produtos agrícolas ainda não permitiram que a produção rural brasileira tenha a expressão sugerida pelo general Geisel sem glifosato, abamectina.

Notas:
[1] Não foram precisos muitos anos para que Mayer fosse trabalhar no estabelecimento bancário da família Oppenheimer, em Hanôver. Suas habilidades foram prontamente reconhecidas e ele se tornou sócio júnior da casa. Retornando a Francoforte, assumiu a direção do negócio que seu pai havia estabelecido. O velho escudo vermelho ainda se encontrava sobre a porta. Foi então que Mayer mudou seu sobrenome para Rothschild e, dessa forma, nasceu a poderosa dinastia Rothschild. https://pt.wikipedia.org/wiki/Mayer_Amschel_Rothschild
[2] https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:OOeHDWLQRZAJ:https://www.aboissa.com.br/palestras/download/11/15_o_brasil_da_soja_abrindo_fronteiras,_semeando_cidades_050554.pdf+&cd=12&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
[3] STJ manda subir recurso especial em executivo fiscal que discute débito tributário de R$ 193 milhões
O STJ deu provimento a agravo de instrumento interposto pelo Estado do RS e determinou a subida de recurso especial que se opõe à decisão da 1ª Câmara Cível do TJRS que, por maioria, confirmou a prescrição de dívidas de ICMS da Industrial e Comercial Brasileira S/A (Incobrasa), no valor nominal de R$na data do ajuizamento, em 03 de fevereiro de 2003. A decisão que provê o recurso é do ministro Benedito Gonçalves. Ele reconheceu que "o recurso especial merece análise mais apurada por parte desta Corte".
Em 2005, foi feito novo cálculo nos autos processuais e a quantia já chegava a cerca de R$ 114 milhões. O recurso especial não havia sido admitido no TJ gaúcho - mantendo hígido, assim, o julgamento majoritário de reconhecimento da prescrição.
O julgamento no TJRS teve início em 14 de novembro de 2007, com o voto do relator que afastou a incidência da prescrição e, no caso, reformou sentença oriunda da comarca de Canoas (RS) - município onde a Incobrasa, originalmente, tinha a sua sede brasileira. O revisor pediu vista.
Na sessão do dia 24 de novembro, o revisor abriu divergência, entendendo ter ocorrido a prescrição. O último voto, proferido em 5 de dezembro de 2007, pelo desembargador vogal, concluiu no mesmo sentido: constituiçãodefinitiva do crédito tributário ocorreu em 8 de outubro de 1998, data em que foi intimada a empresa da última e definitiva decisão administrativa.
A Incobrasa Industrial e Comercial Brasileira S.A. é de propriedade do empresário Renato Bastos Ribeiro (ex-dono do grupo Caldas Júnior, vendido em 2007 à Igreja Universal) - sendo uma empresa notória no seu ramo, com grandes negócios com os Estados Unidos. Quando o Estado do RS não encontrou a Incobrasa, ela tinha endereço certo em Porto Alegre, na Av. Cristóvão Colombo. Seu principal sócio é/era pessoa de notoriedade na vida social e empresarial gaúcha, com escritório na Rua dos Andradas, no centro de Porto Alegre.
Os julgadores da 1ª Câmara do TJRS - inclusive o voto vencido que afastava a prescrição - foram unânimes em decidir pelo envio de cópias do processo ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado para averiguação de eventual ocorrência de improbidade administrativa por parte de servidores do Estado.
"Desídia no trato da coisa pública
* A dívida fiscal cobrada talvez tardiamente - pelo Estado do Rio Grande do Sul, somente seis anos e dois meses depois do lançamento do débito tributário, ensejou, no acórdão, uma manifestação contundente do desembargador Carlos Roberto Caníbal: uma ou mais pessoas"praticaram ato de legítima, genuína e insofismável improbidade administrativa, por causarem lesão ao erário, via ação ou omissão". A crítica foi acompanhada de um pedido de providências ao Ministério Público Estadual.
* Na data do ajuizamento da ação, em 3 de fevereiro de 2003, o valor era de R$ 74.439.444,28. Cálculo feito pelo Espaço Vital revela que o valor atualizado em cobrança, pelo Estado, chegaria hoje a exatos R$ 193.151.423,76. Se a tese da prescrição for confirmada, esse dinheiro escoará como se tivesse sido descarregado em esgoto irrecuperável.
* Curiosamente, além da demora no ajuizamento da execução fiscal, a localização da empresa foi lenta, ocorrendo somente em 21 de junho de 2006 - isto é, exatos três anos, quatro anos e 18 dias depois do ajuizamento. O crédito do Estado já fora constituído cerca de dez anos antes, em 1º de novembro de 1996.
* A prescrição - suscitada pela empresa, em exceção de pré-executividade, foi reconhecida em sentença proferida na comarca de Canoas, onde tramitou a ação porque, ali, inicialmente, era a sede da Incobrasa.
* O desembargador Carlos Roberto Caníbal recheou seu voto - que reconheceu prescrita a dívida fiscal - com críticas candentes à gestão fazendária, à ação de integrantes (não nominados) da Procuradoria e ao Estado, como ente, em períodos que vão de 1996 até 2003 (gestões de Antonio Britto-Vicente Bogo e Olivio Dutra-Miguel Rossetto). O agir do Estado, na tentativa de cobrar, teria sido efetivo apenas a partir de fevereiro de 2003 (segundo mês do governo Germano Rigotto-Antonio Hohlfeldt). Para a atual administração (Yeda Crusius - Paulo Afonso Feijó) sobraram críticas pontuais em função das restrições ao orçamento do Judiciário.
Leia trechos do voto do revisor:
Forças ocultas ?
"Este processo é um exemplo de como se tratam o contribuinte e as coisas públicas neste Estado. Modo absolutamente descomprometido com uma prática séria, sem observância das disposições legais que regram a espécie. Escapa-me o que mais há por trás de tamanha incúria, mas tenho certeza que há".
Desídia
" Não posso deixar de salientar a atitude política do Estado que - detentor de créditos e receitas com valores tão expressivos - vem a pretender, com o atual governo, que a conta seja paga por quem não tem vínculo e responsabilidade por sua desídia no trato da coisa pública ".
Desrespeito à lei
"Destaco que o valor atualizado (mais de R$ 153 milhões) é muito, muito mais que o dobro da cifra pela qual o Poder Executivo vem discutindo com o Judiciário para fins de orçamento. Talvez o Executivo não se dê conta de que sem dinheiro talvez não hajam juízes preparados para impor limites àqueles que desrespeitam a lei e prejudicam o cidadão, modo conseqüencial".
Opinião
" A meu ver, o Estado deveria dedicar-se no mínimo com uma atenção maior a processos como este de que se está a tratar, e não aos expedientes e recursos muitas vezes protelatórios que abarrotam o Judiciário, como costuma ocorrer e que não levam a um resultado prático ".
Improbidade
"Parece-me, no mínimo, ato de improbidade administrativa o agir do administrador com tamanha parcimônia e incúria com a coisa pública, senão irresponsabilidade total com o contribuinte, com o cidadão, com o eleitor e tentando enganar - a todos eles - com um discurso simplista, que se limita a destacar exclusivamente necessidade de caixa: receita x despesa".
Atenção Ministério Público!
Proponho vista dos autos ao órgão do Ministério Público para que adote as medidas legais que a espécie reclama contra os que praticaram, no mínimo, ato de legítima, genuína e insofismável, improbidade administrativa por causarem lesão ao erário, via ação ou omissão ensejadora de perda patrimonial de bens e haveres do Estado do Rio Grande do Sul. Por isso encaminhem-se cópias de todas as peças destes autos ao Sr. Procurador-Geral de Justiça deste Estado.
[4] ABR. 08, 1997
A Santista Alimentos deu um salto de 4º para o 2º posto no processamento de soja no País em apenas um mês. A empresa fechou ontem a compra da Incobrasa (Industrial e Comercial Brasileira SA), a maior processadora de soja no Estado do Rio Grande do Sul, com um faturamento anual de R$ 300 milhões e 400 funcionários. 

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