Escritor Olavo de Carvalho e a editoria Cedet (Foto: Reprodução)
É Realizações e Cosac. Charles Cosac, dono da Cosac Naify e Edson Filho, dono da É Realizações são brasileiros que não desistem nunca. Ambos são donos de editoras em um país em que presidiários lêem mais do que universitários. Ambas as editoras apostam em títulos que são, por excelência, fracassos de vendas. No caso da Cosac, obras sobre arte, design, fotografia e clássicos da literatura com projetos editoriais ousados e acabamentos de luxo. Já a É Realizações trabalha com uma linha editorial um pouco mais simples e mais inteligente: lança as obras mais importantes de autores que Olavo de Carvalho cita e/ou recomenda em suas aulas e que nunca tinham sido traduzidas antes no Brasil ou estavam fora de catálogo há décadas. 'É' e Cosac guardam outra semelhança: ambas são financiadas por fortunas de família. Charles Cosac vive da mesada do falecido avô que veio da Síria e fez dinheiro explorando cristais de quartzo e outros minérios no Brasil. Edson Filho, da É Realizações, recebe investimentos financeiros da rica família de empresários e banqueiros da esposa, Angela Zogbi de Oliveira.
Não são apenas teorias da conspiração que unem os bolsonaristas Olavo de Carvalho, Allan dos Santos, Bernardo Küster e Sara Winter, o defensor de armas Bene Barbosa, os jornalistas Luís Ernesto Lacombe e Leda Nagle e portais como Terça Livre, Senso Incomum e Folha Política. Todos têm negócios com uma editora de Campinas, no interior de São Paulo, chamada Cedet. - O Cedet é uma empresa que tem sete selos editoriais próprios e parcerias com outras 20 editoras, além de gerenciar 72 livrarias virtuais. A maioria delas opera sob os nomes de personalidades ou de sites conhecidos da extrema direita, aí incluídas as figuras que abrem este texto, além de Ana Campagnolo, Antonia Fontenelle (Será parente do coronel Enio Fontenelle dos vídeos o doutor escuta?), Italo Marsili, Alexandre Costa, Rodrigo Gurgel, Rodrigo Constantino e o jornal online Brasil Sem Medo, de Olavo de Carvalho. Só Olavo recebeu mais de R$ 106 mil do Cedet, em 2017, como ele mesmo informou na declaração de imposto de renda disponível nos documentos de um processo movido contra ele pelo músico Caetano Veloso. Segundo o Cedet, trata-se do pagamento de direitos autorais do guru bolsonarista.
Os nomes do Cedet:
César Kyn D’Ávila (ex-aluno de Olavo de Carvalho) Adelice Leite de Godoy D’Ávila (integrante de movimento católico conservador) Vinicius Belandrino Bardella (ex-aluno de Olavo) Deise Fabiana Ely (professora universitária, casada com Silvio Grimaldo, do Brasil Sem Medo, ex-aluno e administrador do curso de Olavo).
Autores como: Ana Campagnolo (Vide), Alexandre Costa (Vide), Bene Barbosa e Flávio Quintela (Vide), Fausto Zamboni (Kírion), Rodrigo Gurgel (Vide), Italo Marsili (Auster), Paulo Ricardo (Ecclesiae), o atual secretário de alfabetização Carlos Nadalim (Kírion) e o ex-ministro Ricardo Vélez Rodriguez (Vide)
O Foro de Paraty: César Kyn D’Ávila, Silvio Grimaldo, Bernardo Küster, Arno Alcântara Junior, Carlos Nadalim e Henrique Lima
Aliados como: Paulo Briguet (Brasil Sem Medo) e Filipe Barros (deputado federal pelo PSL do Paraná), além de editores e influenciadores digitais de extrema direita como o Terça Livre
VEJAM O RESTANTE EM: https://theintercept.com/2021/08/28/cedet-vendas-sites-olavo-de-carvalho-extrema-direita/?fbclid=IwAR1wEkK1qCCuBpu_DBscSgsZrc7mFNJ_rZgbzy78G8zm4kzm880yrt2rBWY
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