segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Roberto Campos na ditadura de 1964 criou o Banco Central do Brasil, seu neto em 2019 eleito presidente do Banco Central. Será a finalização do Banco Central?


O ministro da Economia, Paulo Guedes,  admirava tanto Roberto Campos, que sugeriu que seu neto comandasse o Banco Central. O presidente Jair Bolsonaro, concordou.
Ignorante em Economia, o presidente eleito afirmou: “quem ferrou o Brasil foram os economistas”. Já tirou da tumba os “Chicago boys” da Era Pinochet. Há uma combinação histórica entre os militares e a Escola de Chicago. No caso brasileiro, os monetaristas passam por reciclagem na FGV-Rio e nos bancos de negócios. O “posto Ipiranga” (PI) centralizará todo o poder governamental em um superministério de Economia. Cirurgicamente, estão nomeados “raposas para cuidar do galinheiro”. Os novos dirigentes das principais empresas estatais (BNDES, BB, Caixa, Petrobras, etc.) são nomes do mercado de compra-e-venda de ativos com passagens pelo antigo banco Bozano, Simonsen, BTG Pactual e Brasil Plural. São todos economistas egressos de Chicago e da FGV-RJ. Por exemplo, para presidir o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), foi escolhido o economista Carlos Von Doellinger (ex-FGV). Ele também prestou serviços à ditadura militar, quando foi secretário da Comissão de Programação Financeira entre 1980 e 1983, órgão antecessor da Secretaria do Tesouro.
 
O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn de Haifa Israel (à esquerda)[1] e indica o seu sucessor Roberto Campos Neto escolhido por Bolsonaro. (Adriano Machado/Reuters) [1]

Roberto Campos e militares:
Seu avô, Roberto Campos afilhado dos militares,  serviu como embaixador do Brasil em Washington e Londres. Esses trabalhos lhe valeram o apelido de “Bob Fields” – uma tradução exata do inglês usada como uma maneira de criticar sua afinidade com o capital estrangeiro.
ADENDO: AGOSTO/2019

O Processo da Basileia | A armadilha do BIS para todas as Nações

O avô de  Roberto de Oliveira Campos Neto atual presidente do Banco Central, era tão americanista, vaidoso e egocêntrico que gostaria de ter sido presidente do FED, o Banco Central dos Estados Unidos, simpatizante do BIS, estudou filosofia, um sujeito literário, frascista e metido a engraçado. Foi ajudante dos generais na ditadura militar, ministro do Planejamento de Castelo Branco, assinou o decreto que criou o Banco Central do Brasil em 1964. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas, junto com Delfim Netto, Simonsen, Bulhões, Severo Gomes, Jarbas Passarinho, Leitão de Abreu, Reis Veloso, Andreazza. 

O neto Campos Neto, de 49 anos, foi um dos principais executivos na tesouria das Américas no Banco Santander, banco no qual trabalhou por um total de 16 anos – seu trabalho como responsável pela tesouraria do Santander nas Americas, com escritórios nos EUA, México, Chile, Peru, Brasil e Argentina.  Também era responsável pelo trading proprietário e market making local e internacional do banco, um trabalho que o levou a conhecer gestores de fundos e executivos de empresas que queriam investir no Brasil.

sócio-fundador da empresa de investimentos Vectis Partners, em São Paulo. “Como trader e chefe de tesouraria de bancos e gestor de fundos, ele tomou decisões certas a maior parte do tempo.”

O avô Roberto Campos montou no Brasil nos anos 1950/60, o "econômico" liberalismo de mercado, a banca.  O neto Roberto de Oliveira Campos Neto no ano 2019, enfiou-se numa equipe de medíocres, com Paulo Guedes, Damares Alves, Onyx Lorenzoni, Sergio Moro, Ernesto Araujo, Augusto Heleno, Abraham Weitraub, Ricardo Salles, Jair Bolsonaro. "Liberar para o BIS, usando o BC e  medíocres". 

O avô, Roberto Campos, debochava do atraso do Brasil e via no que seria uma esquerda iletrada a expressão de um país retardatário em relação às modas da economia mundial. O que diria hoje o avô do governo terraplanista que acolheu o neto como gestor da moeda e dos juros de uma economia morta. O que diria o avô ao saber que o neto é autor de um plano de socorro aos bancos que ameaçaram quebrar,  com uma rede de proteção com dinheiro público.

[1] 2018: Ilan Goldfein, nascido em Haifa – Israel sócio do Itaú/Unibanco é o novo presidente do Banco Central brasileiro

[2] https://www.bcb.gov.br/historiacontada/

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