sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Nelson Jobim acusado na Itália de corrupção em uma malograda venda de fragatas italianas ao Brasil



Naquele ano – em que a Itália insultava publicamente o Brasil devido ao Caso Battisti – já causara estranheza a  carona aceita pela Marinha Brasileira, ao embarcar, em Fortaleza, em um navio aeródromo italiano, helicópteros e marinheiros brasileiros destinados ao Haiti.
Agora, estoura na imprensa italiana, com grande destaque, a investigação sobre a projetada venda de fragatas FREMM, franco-italianas, ao Brasil, o “canal direto” que  existiria entre o ex-ministro do Desenvolvimento do Governo Berlusconi, Claudio Scajola – acusado de propósito de corrupção em uma malograda venda de fragatas italianas ao Brasil – depoentes confirmaram que Scajola era muito ligado ao peemedebista gaúcho Nelson Jobim, que ocupou o Ministério da Defesa no governo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva em 2010.



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Brasília - O subsecretário de Defesa da Itália, Guido Crosetto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinam acordo dos dois países para a troca de "tecnologia" na área de defesa 2010.



Explicou o ex-ministro, em entrevista ao jornal italiano La Stampa: navios de logística e transporte de combustível, foi cancelado”. 
“Você acha que se tivesse recebido algo como 225 milhões de euros, eu passaria meus dias entre papeladas e tribunais?”, questionou Jobim, que voltou a exercer a profissão de advogado.
A única certeza é que não foi assinado “nenhum acordo com a Itália sobre fragatas e que sobre a ‘comissão’ nunca se falou nada da nossa parte”, completou Jobim.
Sobre o suposto envolvimento do ex-ministro brasileiro com o ex-ministro italiano Claudio Scajola, Jobim admitiu ter encontrado “duas” vezes com Scajola, e sabia que ele “passeava pelo Rio procurando empreendedores brasileiro nos negócios das fragatas antes que tudo naufragasse”.
O TEMPO NOS MOSTRARÁ A VERDADE...

Que Dívida Pública e Juros da Dívida são estes?


SERÁ QUE NÃO EXISTE NO BRASIL UM "INTELECTUAL NACIONALISTA" PARA ENTRAR COM REPRESENTAÇÃO PARA VALER JUNTO AOS ÓRGÃOS INSTITUCIONAIS PEDINDO A AUDITORIA DA DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA?

Prezado Professor Benayon. 26/10/2012
Em 08/12/2008 acompanhei  na câmara o protocolo da CPI da dívida publica sacramentada meses depois com assinatura do Dep.Caiado. Iniciada CPI pela nobre auditora cidadã Maria Lúcia Fatorelli.  Porém, o andamento da mesma foi mantido em segredo pelo seu relator  Dep. Ivan Valente PSOL+ Plínio de Arruda, (estratégia pleiteando eleições 2010)  isso me deixou muito aborrecida; centenas de e-mails enviei ao Dep. Caiado para que assinasse a CPI e “pensei”  pela lógica, que a  auditoria da dívida partiria  de 1932 quando Getúlio Vargas realizou a última em que  o banqueiro Rothschild  pela primeira vez  foi convocado a prestar esclarecimentos no Brasil.  Li nota que Lula não liberou parte da documentação, e outra parte não estava disponível no Senado. Mediante falta da documentação sequencial,  a dívida pública foi auditada partindo de 1980. Lastimável, perda de oportunidade... Os resultados obtidos foram apenas demonstrativos, comparativos,  ilustrativos,  NÃO, uma auditoria internacional independente, nos números da divida publica (interna e externa), onde muitos bilhões ou até mesmo trilhões, já foram pagos aos credores do governo e a divida continua aumentando e em breve deverá ultrapassar dois trilhões.
Com estas governanças omissas, corruptas utilizando o Art.166 da CF/88 fraudado, como conseguir tal auditoria?

Eu, tenho a salientar:

01. Hoje, no Brasil, uma auditoria internacional independente provaria muitas ilegalidades e até crimes de lesa pátria. Como explicar, por exemplo, que se pague 12% ao mês aos investidores enquanto o Banco Central brasileiro aplica suas reservas em bancos estrangeiros, que pagam juros pífios? Como aceitar que o Banco Central acumule prejuízos enquanto encha as burras dos investidores dos papéis podres? Por isso que a tão falada crise não pode ser vista como uma mera crise financeira. Ela é social e ambiental, pois coloca o salvamento dos bancos acima até da vida do planeta.
2. No artigo 166, estabelece que um deputado só pode pedir aumento no orçamento se indicar de onde virão os recursos. Mas se o aumento do orçamento incidir sobre o pagamento do serviço da dívida isso não é necessário. “Isso configura claramente um privilégio e foi aprovado. Está lá, na Constituição”. Da mesma forma, a Lei de Diretrizes Orçamentárias define que o orçamento deve ser compatível com o superávit, assim como a famigerada Lei de Responsabilidade Fiscal obriga os governantes a cortar gastos no social, mas não os dispensa do pagamento da dívida. Ou seja, a dívida sempre em primeiro lugar, pois, se o governante não pagar, vai preso. “Mas ninguém vai preso se as pessoas morrem nas portas dos hospitais, se as crianças não têm escola”.
3. A taxa Selic, a qual boa parte da dívida esteve e está atrelada. Essa taxa sempre é elevada, cada vez que há um suposto perigo para os investidores. Isso significa que quem investe nos papéis da dívida nunca vai perder.
4. Aumentar a taxa Selic não controla a inflação nos preços existentes, porque eles decorrem da privatização. A luz privatizada, a água privatizada, a saúde, etc. O aumento dessa taxa só serve aos que têm papéis da dívida”. Outra conversa furada é a de que o excesso de moeda provoque inflação. “A montanha de dólares que entra no país só acontece porque o próprio governo isenta as empresas multinacionais de imposto. Não é decorrente da circulação de mercadorias reais. É fruto do movimento virtual de papéis”.
 5. A auditora cidadã Fatorelli insiste em dizer que os gestores do Estado são responsáveis sim por essa política que arrocha cada dia mais a vida do povo. Os bancos lucram e o povo é quem paga a conta.
6. Outra coisa que muito pouca gente sabe  - porque a mídia não divulga – é que todo o lucro das empresas estatais é direcionado, por lei, para pagamento da dívida. O mesmo acontece com os recursos que os estados da federação pagam ao governo central. Toda e qualquer privatização que acontece carrega o valor da venda para pagamento da dívida, assim como os recursos que não são utilizados no orçamento também passam para o bolo do pagamento da dívida.
7. Maria Lúcia Fatorelli afirma que essa é uma estratégia de manutenção de poder e acumulação que não mudou sequer um centímetro com o governo de Lula ou Dilma. Os papéis da dívida rendendo 12% ao mês são o melhor negócio que alguém pode ter. Tanto que em 2010 houve um acréscimo de mais 12 bilionários no Brasil e desse número, oito são banqueiros. A lógica do pagamento da dívida garante risco zero aos investidores, que são os mesmos que financiam as campanhas eleitorais e patrocinam a mídia. Assim, tudo está ligado.
 8. “Quem ganha até dois salários mínimos tem uma carga tributária bem maior do que os demais trabalhadores. E os ricos, no geral, são isentos de imposto. Já os empresários são frequentemente presenteados com deduções generosas, inclusive sobre despesas fictícias, que nunca foram feitas, enquanto os trabalhadores não podem deduzir do imposto despesas reais como aluguel, remédios, óculos”.
9. A ilusão de que as contas estão boas também se dá na espalhafatosa decisão de pagar adiantado ao FMI, que trouxe dividendos políticos a Lula, mas acarretou em mais rombos aos cofres públicos, tirando dos gastos sociais para colocar no bolso dos banqueiros. Foi um resgate antecipado de títulos da dívida, feito com ágio de até 70%, para que não houvesse qualquer perda aos investidores.

O Brasil necessita urgente realizar uma auditoria internacional da dívida pública (interna e externa)

Saudações,
Marilda Oliveira -SP

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Holocausto na Palestina

Eu não estou preocupada em ter razão, quem me dera se eu estiver totalmente enganada.
Mas caso não esteja, isso sim é motivo de preocupação, e que quis compartilhar com vocês para que, juntos, tentemos fazer alguma coisa.
Porque o sofrimento dessas pessoas, tanto dos palestinos quanto dos judeus que acabam pagando pelo desespero deles e pela manipulação dos sionistas, tem que acabar.
A ONU Organização das Nações Unidas assumiu a tarefa de tentar resolver a questão palestina após o fim da II Guerra Mundial.
Acontece que aqueles eram tempos muito favoráveis aos sionistas, pois os verdadeiros judeus tinham acabado de serem massacrados pelo nazismo de Hitler na Alemanha. O holocausto, sem querer desmerecer o que houve — embora ultimamente estejam surgindo questionamentos sobre sua existência –, tornou-se a desculpa perfeita para legitimar perante o mundo a ambição da criação de um estado judeu — ou sionista, melhor dizendo.
A situação dos árabes da Palestina é tão descaradamente desumana e vergonhosa para as nações e oligarquias do mundo, que nem mesmo nesses poucos mais de 100 anos não há nada, absolutamente NADA que justifique tamanho sofrimento. Muito menos coisas de sabe-se lá quantos mil anos atrás. Os problemas que acontecem hoje estão mais diretamente relacionados com fatos de há pouco mais de 100 anos — sendo mais relevantes aqueles a partir do fim da II Guerra.
O judaísmo rejeita o sionismo e o estado de Israel
Nos fins do sec. XIX um grupo de europeus decidiu-se a colonizar esse território. Conhecidos como “Sionistas” era constituído por uma minoria de extremistas dentro das colectividades judaicas. Queriam criar uma pátria judaica, pensaram inicialmente em localizar-se algures em Africa ou na América do Sul (*Plano Andínia), acabando por escolher a Palestina para implantar essa colónia.
Tais imigrantes não causaram, de início, qualquer problema. Porém, à medida que aumentava a deslocação de sionistas para a Palestina – muitos com o desejo explicito de se apoderarem do território para fundar um estado Judeu – a população autóctone foi ficando cada vez mais preocupada. Como consequência acabou por haver lutas entre os dois grupos, com escalada das vagas de violência.

Sionistas, os verdadeiros culpados

Sim, defender os palestinos não significa ser contra os judeus

Que isso fique muito, muito claro!!! Algumas pessoas caem no erro de culpar os judeus indiscriminadamente pela situação na Terra Santa, e a coisa não é assim. Já vi muito material sobre manifestações maciças do próprio povo israelense contra atos praticados pelo seu governo contra a população árabe-palestina, além de líderes da religião judaica (isso foi surpreendente pra mim quando vi a primeira vez). Isso se deve ao fato de que o real centro da questão árabe-palestina não é religioso, e sim político! E os verdadeiros culpados de toda essa confusão é um movimento político radical, racista e extremamente poderoso denominado SIONISMO. Muitos judeus são sim manipulados por essa facção política que domina o Estado de Israel, mas pouquíssimos judeus são sionistas. E alguns dos que se dedicam ao assunto colocam em dúvida quantos sionistas são realmente judeus.
Israel está gradualmente perdendo corações e mentes em todo o mundo e tornando-se o pária no mundo, como a África do Sul foi uma vez, durante o apartheid. Os líderes cristãos da África do Sul, que desempenharam um papel decisivo na luta contra o apartheid, condenaram o apartheid de Israel como "pior do que o apartheid sul-Africano", o falecido Edward Said diria:  Israel deu início a uma fase mais agressiva e violenta em sua tentativa de extinguir a questão da Palestina através de literalmente "desaparecer" com os palestinos. 
O Muro de apartheid, confisca 13% dos territórios de Cisjordânia: O muro tem comprimento de 770 km, 409 já são construídos, o muro isola 733 km2. das terras dos palestinos. A contaminação generalizada de recursos de Gaza de água para o aumento dos níveis de nitrato nas águas subterrâneas, induzindo uma doença do sangue potencialmente letal crianças e recém-nascidos chamado methemoglobinaemia, ou "bebês azuis", crianças de Gaza estão "azulado ao redor da boca, mãos e pés", "episódios de diarréia e vômitos," e "perda de consciência." "Convulsões e morte pode ocorrer" em níveis mais elevados de nitrato contaminação. conclui ("http://www.bbc.co.uk/ ")

Isso leva os palestinos a mais sóbria conclusão que o Holocausto está montado por Israel. A União Européia deseja lavar as mãos de seu genocídio contra os judeus europeus, entre outros, impondo sobre o povo palestino injusta solução "pacífica" do conflito essencialmente colonial que faria deixar Israel com controle quase total sobre a Cisjordânia, incluindo Jerusalém, e os palestinos usurpando as terras mais férteis, aquíferos de água, fronteiras e seu destino.

(Tanto não é que os sionistas de Israel justificam seus constantes abusos, invasões e tomadas de território com a desculpa de estarem apenas se defendendo. Logo, até eles acham esse argumento válido. O problema é que, no caso deles, é MENTIRA que estejam defendendo)

 O interesse econômico, a influência dos EUA, a islamofobia, a prevalência de uma mentalidade de segurança e o crescimento da indústria militar de segurança, são fatores muito relevantes, para a compreensão desta relação. Hoje, os governos da UE e as instituições continuem a apoiar Israel economicamente, diplomaticamente, academicamente e politicamente para manter sua dominação e seus interesses.

Povo da Palestina: nada justifica o quanto sofres



380 dessas oliveiras milenares não poderão ser colhidas porque o governo de Israel simplesmente arrancou-as pelas raízes sob a alegação de estarem atrapalhando a construção do muro do Apartheid. Onde estão as Ongs que dizem defender a natureza?O prefeito de Ramalah, Faray AL-Naasaneh disse que de nada adianta reclamar, já que os meliantes têm todo o apoio do governo sionista. Os agricultores  palestinos nada puderam fazer, já que os sionistas estavam fortemente armados. Esclareça-se também que as oliveiras são uma das ultimas fonte de renda que restam aos palestinos para sobreviver...

Holocausto Palestino Horto das Oliveiras-
Mulher palestina abraça a oliveira cortada em sua propriedade
Aonde estás Cristo! porque não interfere contra os holocaustos?
Árabes em geral e os palestinos em particular, foram efetivamente obrigados a pagar o preço de um crime de genocídio que eles não tiveram nenhum papel, e agora estão sendo subornados para aceitar a injustiça como o destino, para que este capítulo negro na história ocidental pode finalmente ter encerramento.
Soldado de Israel pisa sobre criança palestina. Antes agrediu a mãe com bebê no colo
Israel tem o mais sofisticado serviço secreto do mundo. Não precisa matar crianças para se vingar de alguns terroristas.
Israel para ser a maior potência com respaldo da sionista ONU pela Nova Ordem, escondeu, camuflou os atos criminosos  praticados contra a humanidade muito antes da sua fundação em 1948. Mais de 78% do território da Palestina histórica foi ocupado pelos grupos sionistas. Mais de 70 massacres, mais de 85% expulsos, mais de 531 aldeias e vilarejos destruídos e eliminados do mapa.
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Aonde estás Cristo! porque não interfere contra os holocaustos?

Muitos evocam a não-violência de Gandhi como exemplo a ser seguido pelos palestinos. Se Gandhi fosse palestino, é possível que teria sido assassinado muito mais cedo. Quando o objetivo do inimigo é exterminar um povo, não resistir é suicídio. RESISTÊNCIA NÃO É TERRORISMO.
Fonte:
Robert Fisk, The Independent, UKhttp ://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-western-leaders-are-too-cowardly--to-help-save-lives-1987989.html

Occupation 101

Desnacionalização e revolução


 Desnacionalização e revolução

Adriano Benayon * – 22.10.2012

Desde há séculos o Brasil carece de governo autônomo, capaz de promover o progresso econômico e social.  A independência proclamada em 1822 não se traduziu em autonomia real, pois o País atravessou o Império e os primeiros anos da República sob tutela financeira e política da Inglaterra, até o final da Primeira Guerra Mundial, e do império anglo-americano desde então.
2. Os lampejos de autonomia duraram pouco, logo apagados por intervenções da oligarquia mundial. Assim, nos anos 1840 com a tarifa Alves Branco, uma tentativa de viabilizar o surgimento de indústrias nacionais. Também, com os empreendimentos abrangentes do Barão de Mauá, dos anos 1850 aos 1880, e com iniciativas limitadas, como a fábrica de linhas de Delmiro Gouveia em Alagoas, 1912-1917.
3. Os avanços na redução da  dependência econômica foram contidos ou anulados pela dependência política. E esta decorreu da subordinação da economia agrária e exportadora de bens primários aos interesses comerciais e industriais de potências estrangeiras.
4. Quando Getúlio Vargas, promoveu maior grau de autonomia nacional -  de 1934 a 1945 e de 1951 a 1953 -  as potências hegemônicas -  coadjuvadas pelas “classes conservadoras” locais e pela mídia venal – montaram complôs para desestabilizar e derrubar o governo.
5. Como Vargas antes, João Goulart, em 1962-1963, não se  precaveu diante das maquinações imperiais, tarefa difícil em regime “democrático” no qual o poder financeiro determina o processo político.
6. Mesmo sendo  escassa a proteção tarifária e a não-tarifária, e operassem no Brasil vários carteis e grandes empresas estrangeiras, surgiram numerosas indústrias de capital nacional substituidoras de importações na segunda metade do Século XIX e na primeira do Século XX.
7. Cito quatro livros que o demonstram: Warren Dean, A Industrialização de São Paulo (1880-1945); Edgard Carone, O Centro Industrial do Rio de Janeiro e sua Importante Participação na Economia Nacional (1827-1977), ed. Cátedra, Rio 1978; Delso Renault, 1850-1939 O Desenvolvimento da Indústria Brasileira, SESI; Eli Diniz, Empresário, Estado e Capitalismo no Brasil 1930-1945, ed. Paz e Terra, SP 1978.
8. O próprio Vargas só restringiu investimentos estrangeiros em poucos setores e demorou a notar o volume das remessas de lucros ao exterior, o que está longe de ser único dos prejuízos que eles causam à economia.
9.  As potências imperiais realizaram seus objetivos a partir de Café Filho, fantoche dos entreguistas civis e militares (1954).  JK, eleito em 1955, pelos votos getulistas, ampliou os benefícios ao capital estrangeiro.
10. Daí não terminou mais  a escalada de desnacionalização, não obstante se terem criado estatais na  área produtiva –privatizadas de forma vergonhosa a partir de 1990 -  tendo o Estado feito também investimentos nas infra-estruturas econômica e social.
11. O poder público subsidiou as transnacionais, e esmagou empresas nacionais.
12.  Resultado: em 1971 o capital estrangeiro já controlava setores importantes: mercado de capitais 40%; comércio externo 62%; serviços públicos 28%; transportes marítimos 82%; transporte aéreo externo 77%; seguros 26%; construção 40%; alimentos e bebidas 35%; fumo 93,7%; papel e celulose 33%; farmacêutica 86%; química 48%; siderurgia 17%; máquinas 59%; autopeças 62%; veículos a motor 100%; mineração 20%; alumínio 48%; vidro 90%.
13.  Em 1971 o estoque de investimentos diretos estrangeiros (IDEs)  não chegava a US$ 3 bilhões.  Em 2011 atingiu US$ 669,5 bilhões.  
14.  O montante de 2011 é  40 vezes  maior  que o de 1971 atualizado para US$ 16, 6 bilhões.  No período, o  PIB, em dólares corrigidos, só se multiplicou por  6. 
15. Os IDEs referem-se só às empresas com maioria de capital estrangeiro, não aos “investimentos estrangeiros em carteira” (participações no capital de empresas e aplicações em títulos públicos e privados). Esses  acumularam US$ 597 bilhões até 2011. Os empréstimos, US$ 190 bilhões. A soma dá quase US$ 1,5 trilhão.
16. É fácil emitir dólares do nada e com eles comprar ativos. Mais: grande parte dos IDEs  é  reinvestimento de lucros, e quantia muitíssimo maior que  a dos ingressos foi remetida ao exterior a título de lucros,  dividendos, juros, afora os ganhos camuflados em outras contas do balanço de transações correntes. Disso originou-se a dívida pública, fator de empobrecimento e de dependência.
17. A desnacionalização prossegue galopante. Conforme a “Pesquisa de Fusões e Aquisições” da consultoria KPMG, 247 empresas foram adquiridas por transnacionais de janeiro a setembro de 2012. Em todo 2011 haviam sido 208. De 2004 para cá foram 1.247.
18. Em 2012 destacam-se: tecnologia da informação (33); serviços para empresas (20); empresas de internet (19); supermercados, açúcar e álcool (35);publicidade e editoras (10); alimentos, bebidas e fumo (10); mineração (9); óleo e gás (8); educação (7); shopping centers (7); imobiliário (7).
19. Ainda mais estarrecedora que a avassaladora ocupação da economia brasileira é a persistência na mentalidade de que os investimentos estrangeiros beneficiam a economia.
20. Não houve evolução, desde os anos 50 e 60, no entendimento da realidade. Continuam sendo escamoteadas as causas do enorme atraso tecnológico do País e disto tudo: pobreza, insegurança, infra-estrutura lastimável, desagregação social, desaparelhamento da defesa e cessão de territórios a pretexto de proteção ao ambiente e a indígenas.
21. O impasse da economia brasileira, prestes a desembocar em dificuldades ainda maiores, sob o impacto da depressão nos países centrais, decorre das percepções errôneas, subjacentes às recomendações da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina da ONU) e à política “desenvolvimentista” de JK.
22. Estas foram as falsas premissas, ainda não atiradas ao lixo, como deveriam ter sido há muito tempo: 1) a industrialização como meta em si mesma, independente da composição nacional ou estrangeira e do grau de concentração do capital; 2) o capital estrangeiro tido por necessário para suprir pretensa insuficiência local de recursos.
23. As políticas decorrentes dessas ideias redundaram na  desindustrialização e na descapitalização do País. Ignora-se a experiência histórica – sempre confirmada - de nunca ter existido  real desenvolvimento em países nos quais predominem os investimentos estrangeiros.
24. Recorde-se que, de 1890 a 1917,  ano da débâcle na guerra e da revolução, o volume de investimentos estrangeiros na Rússia foi cerca de três vezes superior ao do capital nacional.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento, editora Escrituras, SP.

sábado, 20 de outubro de 2012

José Sarney, e o jogo pesado e lucrativo que domina a maior obra do PAC Belo Monte

O professor da USP Célio Bermann, fala sobre a “caixa preta” do setor, controlado por José Sarney, e o jogo pesado e lucrativo que domina a maior obra do PAC. Conta também sua experiência como assessor de Dilma Rousseff no Ministério de Minas e Energia.

Segundo Celio Bermann Sarney está por trás da aprovação da Hidrelétrica de Belo Monte, o engenheiro José Antonio Muniz Lopes (à esq.)  o novo presidente da Eletrobrás e o Ministro de Minas e Energia Edison Lobão, para atender sua patológica sede de poder e para subtrair dinheiro público para seu usufruto e de seu grupo.


Se você é aquele tipo de leitor que conivente com a sionista CMI (Conselho Mundial de Igrejas) acha que Belo Monte vai “afetar  um punhado de índios”... 
Cadê o índio?
Talvez você descubra que a megaobra vai afetar diretamente o seu bolso...

Para que possa entender que o que acontece lá, repercute aqui – e vice-versa
Se você é aquele tipo de leitor que acredita que os acontecimentos na Amazônia não lhe dizem respeito....
Com alguma sorte, você pode perceber que o buraco é mais embaixo ...
Se você é aquele tipo de leitor que defende a construção do maior número de usinas hidrelétricas já, porque acredita piamente que, se isso não acontecer, vai ficar sem luz em casa para assistir à novela das oito, sabendo que as hidrelétricas são econômicas e para fornecer energia elétrica utiliza apenas a "nossa" natureza...
 Se você é aquele tipo de leitor que compreende os impactos sócio ambientais de uma obra desse porte, ponderando as alternativas de acomodação dos cidadãos no entorno, mas gostaria de entender melhor o que está em jogo de fato, e quais são as alternativas... 
 Com alguma sorte, você pode perceber que o buraco é mais embaixo... 

  • Célio Bermann é professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Unicamp. Publicou vários livros, entre eles: “Energia no Brasil: Para quê? Para quem? – Crise e Alternativas para um País Sustentável” (Livraria da Física) e “As Novas Energias no Brasil: Dilemas da Inclusão Social e Programas de Governo” (Fase). Ex-petista, ele participou dos debates da área energética e ambiental para a elaboração do programa de Lula na campanha de 2002 e foi assessor de Dilma Rousseff entre 2003 e 2004, no Ministério de Minas e Energia. Célio Bermann foi também um dos 40 cientistas a se debruçar sobre Belo Monte para construir um painel que, infelizmente, foi ignorado pelo governo federal (?).
*Comentário:
O ex-petista professor da  USP, continua irracional.
Enquanto afirma que o consumo de EE da população é baixo, enaltece  consumir  menos ainda.
Este professor precisaria ter uma aula de ENEREDE, urgente.
De positivo fornece mais alguns detalhes sobre as eternas e infinitas ladroagens que envolvem as empreiteiras e os políticos.
De negativo repete a nojenta ladainha da imobilidade de índios sabidamente nômades.
Aliás, é necessário definir se índio é gente ou macaco primitivo.
Se é gente, que se enquadre nos direitos e deveres humanos, onde urge erradicar as crendices, mentiras, hipocrisias e roubalheiras,índio que anda de avião, usa celular e sutiã, não é macaco, e deveria pagar imposto e se ater às leis todas, sem exceção.
Créditos: *Professor Fendel




31/10/2011 10h47 - Atualizado em 16/11/2011 12h50


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ao General Enzo Peri, comandante da Força Terrestre, que promova a cassação, ex officio, da Medalha do Pacificador concedida aos que praticaram atentado contra o erário e condenados pela Justiça Brasileira


1. Comenda da Ordem do Mérito Militar

Foi criada pelo Decreto nº 24.660, de 11 de julho de 1934, e tem por finalidade premiar:
I - Aos militares do Exército que tenham prestado notáveis serviços ao país ou se hajam distinguido no exercício de sua profissão;
II - Aos militares da Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares que, pelos serviços prestados, se tenham tornado credores de homenagem do Exército;
III - Aos militares estrangeiros que se tenham tornado credores de homenagem da Nação brasileira, e, particularmente, do seu Exército;
IV - A cidadãos, nacionais ou estrangeiros, que hajam prestado relevantes serviços ao Exército.
V - As Organizações Militares (OM) e Instituições Civis, nacionais ou estrangeiras, que se tenham tornado credoras de homenagem especial do Exército Brasileiro.
De acordo com o Decreto nº 3.522, de 26 Jun 2000, a Ordem será administrada por um Conselho composto pelos seguintes membros:
I - o Ministro de Estado da Defesa, Presidente Honorário;
II - o Ministro de Estado das Relações Exteriores, Vice-Presidente Honorário;
III - o Comandante do Exército, Chanceler da Ordem;
IV - o Chefe do Estado-Maior do Exército; e
V - o Chefe do Departamento-Geral do Pessoal.
O mesmo Decreto citado estabelece, ainda, alguns critérios a respeito da Ordem:
Art. 12. O Ministro de Estado da Defesa submeterá ao Presidente da República as propostas de admissão na Ordem, bem como as de promoção e exclusão dos seus graduados.
Art. 13. Ao Conselho compete:
I - julgar em sessão plena as propostas de admissão ou promoção na Ordem, aceitando-as ou recusando-as;
II - deliberar sobre a exclusão de graduado ou organização da Ordem; e
III - zelar pelo prestígio da Ordem e decidir sobre os assuntos de seu interesse.
Art. 33. Serão excluídos da Ordem:
I - Os graduados nacionais que:
a) nos termos da Constituição, tenham perdido a nacionalidade;
b) tiveram seus direitos políticos suspensos ou seus mandatos eletivos cassados;
c) tenham cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil, desde que apurados em investigação, sindicância ou inquérito; e
d) tiverem sido aposentados, reformados, transferidos para a reserva ou demitidos por força de atos institucionais ou complementares;
II - Os graduados nacionais ou estrangeiros que:
a) tenham sido condenados pela justiça brasileira em qualquer foro, por crime contra a integridade e a soberania nacionais, ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade;
b) recusarem a nomeação ou promoção ou devolverem as insígnias que lhe hajam sido conferidas; e
c) findo o prazo de seis meses, a contar da data fixada para entrega do diploma e condecoração, por qualquer motivo, não os tenha recebido na forma do art. 39 e seus parágrafos; 
III - Os graduados estrangeiros, militares ou civis, que a critério do Conselho tenham praticado atos que invalidem as razões pelas quais foram admitidos.
§ 1º As exclusões serão feitas por decreto, mediante proposta do Conselho.
§ 2º A exclusão da Ordem só poderá ser proposta ao Presidente da República quando votada por unanimidade dos membros do Conselho.

2. Medalha do Pacificador

A Medalha do Pacificador destina-se a condecorar militares, civis, organizações militares e instituições civis, nacionais e estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços ao Exército e que se tenham tornado credores de homenagem  especial da Força, nas condições previstas no Decreto nº 4.207, de 23 Abr 02.
De acordo com o mesmo Decreto:
Art. 10. Perderá o direito ao uso da Medalha do Pacificador e será excluído da relação de agraciados:
I - o condecorado nacional que: 
a) tenha perdido a nacionalidade ou a cidadania;
b) tenha cometido atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil, desde que apurados em sindicância ou inquérito; e
c) sendo militar:
1. for condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença transitada em julgado;
2. se oficial, for declarado indigno do oficialato, por decisão do Superior Tribunal Militar; e
3. se praça, for licenciado ou excluído a bem da disciplina;
II - o condecorado nacional ou estrangeiro que:
a) tenha sido condenado pela justiça do Brasil, em qualquer foro, por sentença transitada em julgado, por crime contra a integridade e a soberania nacionais ou atentado contra o erário, as
instituições e a sociedade brasileira
b) recusar ou devolver a condecoração ou insígnia que lhe haja sido conferida; e
c) tenha praticado atos pessoais que invalidem as razões da concessão, a critério do Comandante do Exército.
Parágrafo único. A cassação será feita ex officio, em ato do Comandante do Exército.

3. Condecorados que desonram as Condecorações Militares

No recente escândalo do Mensalão, atualmente sendo julgado no Supremo Tribunal Federal, já foram condenados algumas pessoas agraciadas com Condecorações Militares, de acordo com critérios conhecidos somente por seus proponentes, já que não há registro sabido de que hajam prestado relevantes serviços ao Exército. Pelo contrário, a atuação de pelo menos dois desses sujeitos no Congresso Nacional sempre foi de acentuado revanchismo contra a caserna, devido ao período de governo militar que se seguiu à Contrarevolução de 1964.
São eles:
João Paulo Cunha - Medalha do Pacificador em 2003; e Grande Oficial da OMM em 11 Fev 2005; 
José Dirceu de Oliveira e Silva - Grande Oficial da OMM em 25 Mar 2003;
José Genoino Neto - Medalha do Pacificador em 2003; 
Valdemar Costa Neto - Medalha do Pacificador em 1993, Comendador da OMM em 29 Mar 1995, e Grande Oficial da OMM em 25 Mar 2003;
O Comandante do Exército tem a obrigação legal e moral de propor ao Conselho da OMM a exclusão desses condenados; e de cassar, ex officio, as Medalhas do Pacificador a eles concedidas.
E, aproveitando o ensejo, mandar verificar a situação processual de outros nomes que destoam na relação de agraciados com honrarias militares.  Por exemplo:
Geddel Quadros Vieira Lima, cujo "prontuário" pode ser lido em Aveloz - Medalha do Pacificador em 2009, e Comendador da OMM em 30 Mar 2000;
Genebaldo de Souza Correia (um dos "anões do orçamento") - Comendador da OMM em 31 Jul 1991, e Grande Oficial da OMM em 02 Ago 1993;
José Roberto Arruda - Comendador da OMM em 10 Abr 2001;
Paulo Salim Maluf - Grande Oficial da OMM em 18 Ago 1980;
Roberto Jefferson Monteiro Francisco - Medalha do Pacificador em 1995 e Comendador da OMM em 31 Mar 1997;
Severino José Cavalcanti Ferreira - Medalha do Pacificador em 1998; Comendador da OMM em 30 Mar 2000, e Grande Oficial da OMM em 22 Mar 2005;
E sendo muito otimista, poderia ser feita uma revisão para responsabilizar, pelo menos moralmente, os responsáveis pela indicação desses agraciados que deslustram as Condecorações recebidas, ao mesmo tempo em que se recomende maior cuidado quanto aos aspectos éticos dessas indicações. Afinal, não pode ser considerado minimamente correta a indicação, para essas honrarias, de pessoas que mancham o nome do Exército, enquanto que a grande maioria dos militares cumprem 30, 35 anos de dedicação, servidão mesmo, em prol da Instituição sem sequer sonharem com a chance de serem agraciados com alguma Condecoração a não ser a Medalha de Tempo de Serviço ou a de Tempo de Tropa, concedidas não por indicação mas unica e exclusivamente por seus méritos.
Resta saber se haverá coragem moral para a execução das providências necessárias para essa limpeza moral na lista dos agraciados com Condecorações Militares. 
Ou se será providenciada uma mudança urgente na legislação. 
Ou se a legislação vigente será simplesmente "esquecida" e a vida seguirá seu rumo com medalhas criadas para enaltecer virtudes militares sendo distribuídas sem critério algum à cumpanherada do (des)governo, enquanto os verdadeiros militares, os que não possuem acesso aos gabinetes palacianos, tem seu merecimento solenemente ignorado.
Já não basta a humilhação imposta por meio dos vencimentos abastardados, os militares que honram sua farda e seus valores tem que conviver com canalhas elevados ao patamar de credores de homenagem especial do Exército Brasileiro.

Misérias e entreguismo do Brasil economicamente colonizado


Adriano Benayon em 15/09/2012


Essa sensacional foto de Ibraim Sued flagra o deputado Otávio Mangabeira, da UDN, beijando a mão do general Eisenhower, em visita ao Congresso brasileiro, na Constituinte de 1946, durante governo Dutra, que deu uma guinada em favor dos interesses americanos no Brasil, contrariados pelas políticas nacionalistas colocadas em prática por Getúlio Vargas, deposto em 1945, pelas armações do poder internacional captaneados pelos Estados Unidos e Inglaterra, o poder anglo-saxão, anti-getulista. Diante das críticas a esse beija mão vergonhoso, que retrata, excepcionalmente, a vocação entreguista da UDN, aliada carnal de Washington contra os interesses nacionais, subiu à tribuna da Câmara, para defender Mangabeira, o outro udenista cearense/baiano, Juracy Magalhães, traidor de Getúlio, que se aliou aos EUA, tornando-se informante do FBI. Posteriormente, como embaixador do Brasil em Washington, na ditadura militar(governo CB), Juracy diria que o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Era o contexto pós-primeiro governo getulista(1937-1945), em que as forças internas reacionária aliadas dos Estados Unidos começavam a inverter, sob governo Dutra, as políticas nacionalistas getulistas, especialmente, criando condições para que o governo brasileiro adotasse medidas altamente vantajosas para as empresas multinacionais americanas, incomodadas com as decisões de Getúlio para favorecer as empresas nacionais. Esses benefícios fiscais e creditícios, de grande extensão, perdurariam pelos tempos afora, tornando-se os principais fatores que debilitaram as forças econômicas nacionalistas, erguidas por Getúlio, depois da crise de 1929, como estratégia para industrializar o país, promovendo substituição das importações. Infiltrada pelos interesses antinacionais, a economia brasileira sofreria os contratempos decorrentes das crises externas que seriam criadas nos anos seguintes pelas contradições decorrentes da expansão do capitalismo anglo-saxão, expressas em sobre acumulação excessiva de capital especulativo, cujas consequências foram sempre transferidas para a periferia capitalista como ônus bárbaro a ser suportado por ela, em meio aos quais explodiriam, especialmente, na América do Sul, o quintal dos Estados Unidos, as recorrentes crises políticas, traduzidas em golpes militares e supressão do processo democrático.