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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Hitler e Wall Street, O Oculto

Hitler participou de movimentos ocultistas desde sua juventude e sua biografia está repleta de fatos misteriosos que deixam entrever uma espécie de predestinação satânica que o levaria ao poder. Porém, outras forças ocultas, materiais até em demasia, o alçaram ao cargo e financiaram desde o início o seu projeto, como os Warburg, Harriman, Thyssen, além dos lobbies de Prescott Bush (avô de Bush Jr.) que ajudou no fornecimento de armas aos nazistas além de ter enriquecido sua família. A história de Hitler com o ocultismo nos mostra que sem conhecer o deus chamado mercado, cultuado desde o estabelecimento do Império Britânico, não se pode compreender qualquer tirania atual, desde a da Troika e demais políticas de austeridade financeira, até as políticas de mudança de regime, com armas ou com “revoluções coloridas”, no Brasil e no mundo.
O ambiente ocultista
O século XX é herdeiro de uma efervescência religiosa não usual no Ocidente. O fenômeno das mesas girantes, na França e em todo o mundo, as comunicações com os espíritos feitas pelas irmãs Fox, nos EUA, o espiritualismo tanto de cunho oriental quanto o que se filia às correntes da religiosidade cristã – todos, acontecimentos do século XIX e que tiveram continuidade nas décadas seguintes. Os filósofos pessimistas, não tendo mais como dialogar frente à bancarrota das religiões tradicionais, pesquisavam o budismo; Helena Blavatsky escrevia sua “doutrina secreta”, procurando sobrepor o conhecimento mágico-religioso dos antigos ao dos cientistas modernos; Allan Kardec cunhava uma religião que ele dizia ser a-religiosa, pois profundamente científica. São muitos os exemplos – ficamos apenas nos mais óbvios – da onda de espiritualismo que percorreu toda a civilização ocidental durante o século XIX.
Cientistas iminentes pesquisavam os fenômenos de materialização de espíritos; poetas e pensadores se aprofundavam nos Vedas e na sabedoria ancestral chinesa; Fernando Pessoa, Einstein, Gandhi, mas também Hitler, todos eram admiradores confessos da doutrina de madame Blavatsky. Não existia mais a Inquisição. Napoleão invadiu o Vaticano e seqüestrou o papa. Aquela instituição, cada vez mais desacreditada, principalmente depois da Reforma Protestante, se quedou pela última vez, com cada vez menos vontade de aspirar à universalidade, ao poder e ao prestígio que adquirira nos séculos passados. Foi nesse contexto que Hitler mergulhou no estudo do espiritualismo e do ocultismo. Diferente de Pessoa, Einstein e Gandhi, e inspirado por alguns esotéricos alemães, interpretou à sua maneira os livros de Madame Blavatsky, cunhando assim seu conceito de raça pura ou “ariana”.
Hitler tem uma história confusa – na verdade, histórias confusas – desde sua juventude, quando era um artista plástico e aspirante a poeta, sempre frustrado, até quando se elevou a líder máximo da Alemanha, na década de 1930. Dizia ele ter sido poupado da morte em meio ao campo de batalha, durante a Primeira Guerra Mundial, por um soldado britânico inúmeras vezes condecorado por sua presteza com as armas e sangue frio nas batalhas. O soldado realmente diz ter poupado um jovem franzino alemão, de aparência doentia e um bigode peculiar. Hitler até hoje é o único a confirmar a história. Existem outros relatos de salvamentos do futuro líder nazista, como uma vez num campo de batalha que, ao ouvir uma voz lhe chamar, saiu segundos antes de uma bomba explodir em cima dos companheiros que ainda faziam suas refeições.
Posteriormente, ainda como suboficial do exército, foi levado a espiar um grupo de extremistas que pregavam ser toda a culpa da Alemanha pela derrota na guerra dos judeus, os quais teriam conspirado para derrubar a nação que sempre fora a favorita para vencê-la. Só que esse grupo, o grupo Thule, não era simplesmente de homens frustrados com a derrota e que se reuniam para beber e atribuir aos outros suas próprias culpas. Era um grupo de ocultistas, profundamente interessado não só em espiritualismo e magia negra, como também em política. Hitler passou de espião a membro, e de membro a líder do grupo. Seus astrólogos, feiticeiros, médiuns, todos o ajudaram na ascensão ao poder. Heinrich Himmler, comandante da SS nazista, também fazia seus rituais de magia negra, e acreditava-se a reencarnação de um antigo imperador medieval.
Existe todo um movimento de pesquisadores da vida de Hitler que atribuem sua rápida ascensão aos seus poderes ocultos. Em que medida são verdadeiras as inúmeras ilações que se fazem a respeito de sua chegada ao poder, o mais correto afirmar é que o Führer, com todas as suas ligações com o oculto, não chegaria a nada se não fossem os grandes investimentos feitos pela banca privada que se localiza em Wall Street e na City de Londres. Por outro lado, não podemos esquecer que sua teoria relativa à “raça de sangue puro” ou “ariana”, só poderia existir caso levemos em consideração o meio ambiente impregnado de misticismo no qual viveu.
Famosas empresas norte-americanas como a Standard Oil, General Eletric, ITT e Ford, financiaram o partido nazista. A família Bush se tornou rica por causa as transações que fez com o governo alemão na venda de armas americanas, mesmo depois de proibido por lei a comercialização de armamentos para os nazistas. Igualmente podemos ver essas mesmas empresas, junto aos financistas de Nova Iorque, financiarem a ascensão de Lênin ao poder, na Rússia. As doutrinas como o comunismo, de Marx, ou outras espécies de socialismo científico, vigentes desde o século XIX, não contemplavam o desenvolvimento tecnológico como crucial para o sucesso de suas revoluções. O resultado foi que todos os avanços científicos da antiga União Soviética foram conseguidos através das fábricas, dos investimentos e do trabalho dos técnicos das companhias ocidentais. Inclusive quando falamos de Guerra Fria, ou seja, da ameaça de confronto entre as duas superpotências com vasto arsenal nuclear, EUA e URSS, podemos ver os dois governos, empresas e laboratórios científicos, empenhados em desenvolver armamento militar de ponta nos dois blocos políticos da época. Claramente, a Guerra Fria aconteceu de modo intencional; foi o estopim de diversas crises em países do mundo todo, mas principalmente na América Latina, onde o medo da “ameaça comunista” acabou prevalecendo, e as ditaduras de cunho militar se espalharam pela região.
O que aconteceu na Rússia não foi muito diferente do ocorrido na América Latina: ditaduras de partido único (ou no Brasil com dois partidos nominais, sem poder efetivo), com investimentos em indústria e tecnologia principalmente vindos de fora, transformando esses dois grandes contingentes territoriais do planeta em “mercados cativos” do imperialismo anglo-americano. De um lado, espantavam o medo de uma Rússia forte o suficiente para concorrer com as potências ocidentais; de outro, sufocaram quase todas as manifestações de cunho nacionalista na América do Sul e no Caribe, relegando o continente ao status de quintal das potências estrangeiras.
A cabala nazi
Fritz Thyssen, membro da ainda importante família alemã (que produz medicamentos com a sigla Thyssen-Krupp, e tem fábricas em todo mundo, inclusive uma siderúrgica no Rio de Janeiro, em Campo Grande) escreveu um livro em 1941 intitulado: “Eu paguei Hitler”. Fritz, junto a Averell Harriman, da Union Banking Corporation, transferiram fundos para a Alemanha em nome dos “interesses dos Thyssen”. Colocando 400.000 dólares nesse fundo, a organização chefiada por Harriman passou a controlar as operações financeiras dos Thyssen fora da Alemanha. Prescott Bush, avô do Bush que deslanchou a guerra contra o Iraque, era vice-presidente da W.A. Harriman & Co., e o responsável pela maioria dos produtos industrializados que foram usados na fabricação dos submarinos, bombas, rifles e câmeras de gás da Alemanha nazista.
Adolf Hitler se tornou Chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933, e ditador absoluto em março de 1933, após dois anos de lobby amplo e violento e propaganda eleitoral. Dois afiliados da organização de Bush-Harriman protagonizaram boa parte desse empreendimento criminoso: a Companhia Alemã de Aço, de Thyssen; e a Hamburg-Amerika Line e muitos de seus executivos1.
Pela afirmativa acima podemos muito bem entender onde estavam baseados os interesses “ocultos” de Hitler, e qual foi a força poderosamente misteriosa que o alçou ao poder. Esses fatos, repetidamente negligenciados pelos historiadores, são cruciais para entender a ascensão do nazismo. Thyssen também financiou a polícia privada nazista, a Schutzstaffel (S.S. ou Camisas Negras) e a Sturmabteilung (S.A., as tropas de choque ou Camisas Marrons). O tribunal de Nuremberg assim caracterizou Thyssen: “Proprietário e líder de largo grupo de empreendimentos industriais (minas de carvão e ferro, produtor de aço e construtor de usinas)… ‘Wehrwirtschaftsführer’, em 1938 (título dado pelo governo nazi aos seus industrialistas proeminentes por mérito na unidade de armamentos – Líder Econômico e Militar)…”2.
O governo norte-americano investigava as aliaças de seus membros com os líderes nazistas, mas pelo lobby liderado por Prescott Bush, não conseguiu efetivamente bloquear os investimentos naquele país. Em 1932, a Embaixada dos Estados Unidos em Berlim notificou a Washington que o custo de manutenção de um exército privado de 300.000 a 400.000 homens levantou suspeitas quanto aos financiadores do nazismo. O governo constitucional da Alemanha (que àquela altura estava prestes a sucumbir) ordenou ao Partido Nazista que desmantelasse sua força armada. “O embaixador norte-americano notificou que a Hamburg-Amerika Line estava patrocinando e distribuindo propagandas com ataques contra o governo alemão, na tentativa de reprimir esse ataque de última hora às forças de Hitler”.
Milhares de oponentes alemãos ao hitlerismo foram assassinados ou intimidados pelo exército privado dos nazi, a S.A. ou Camisas Marrons. Nesse sentido, poderemos entender o papel desempenhado pelo “Mercador da Morte” original, Samuel Pryor, diretor fundador da Union Banking Corp. e da Corporação Americana de Comércio e Navegação, e presidente da comissão executiva da Remington Arms. Figura central no tráfico internacional de armas, foi usado no projeto de Hitler a partir de suas conexões com a família Bush, se tornando parceiro do Partido Nazista nas suas operações bancárias e de transporte trans-Atlântico.
Os investigadores do tráfico de armas do senado norte-americano sondaram Remington depois que essa empresa se juntou em um acordo de cartel em explosivos com a empresa nazista IG Farben. Observando o período concernente à tomada de poder de Hitler, os senadores descobriram que “as associações políticas, como os nazistas e outros, são quase todas armadas por americanos… armas de todos os tipos vindo da América são transportadas por barcos pelo rio Scheldt antes de chegarem a Antuérpia. Elas podem ser guardadas até chegar a Holanda sem interferência ou inspeção policial. Presume-se que os hitleristas e comunistas adquirem armas dessa maneira. O principal armamento vindo da América são as submetralhadoras Thompson e revólvers. Os números são elevados”.
Fatos não comuns, caso continuemos com o senso comum sobre o governo de Hitler, aconteceram depois de sua chegada ao poder. Destaca-se frequentemnte o ódio do Führer aos judeus. Um pouco mais de pesquisa pode revelar qual o fundo de verdade que existia por detrás desse ódio3. Max Warburg, da grande família de banqueiros alemãos, judeu como todos seus parentes, entrou, em 1933, no lobby das empresas internacionais que davam suporte a Hitler. Em 7 de março desse ano, Prescott-Bush disse que o banqueiro: “seria o oficial da corporação, representante designado do conselho da Hamburg-Amerika”. Max Warburg se apressou em dizer aos seus patrocinadores norte-americanos que os negócios nunca foram tão bons na Alemanha, que as agitações dos últimos meses eram fruto das campanhas eleitorais, e que os rumores na imprensa estrangeira eram exagerados. Ainda segundo ele, o governo estaria firmemente interessado em manter a paz, e que não existe nenhum motivo para preocupação. “O sinal de aprovação a Hitler vindo de um famoso judeu era exatamente o que Harriman e Bush queriam para neutralizar qualquer alarme sério dos EUA contra suas operações nazistas”.
No mesmo ano de 1933, com Hitler já consolidado no poder, os nazi assinaram um acordo que coordenava todo o seu comércio com os EUA. A Harriman International Co., chefiada pelo sobrinho de Averell Harriman, Oliver, uniu 150 firmas e indivíduos sob seu comando, passando a ser responsável por todas as exportações da Alemanha de Hitler para os Estados Unidos. O acordo foi firmado com John Foster Dulles, advogado internacional de dezenas de empresas nazistas, e que, entre outros, teve papel fundamental na eleição de Prescott Bush para o senado norte-americano, e depois veio desempenhar papel não menos importante nas articulações que levaram ao golpe militar de 1964 no Brasil.
Terminamos com as palavras de Anton Chaitkin, o pesquisador que nos ajudou a desvendar alguns dos nomes e empresas responsáveis pelo surgimento de Adolf Hitler, para além de todo ocultismo:
Débitos impagáveis esmagavam a Alemanha na década de 1920, reparações requeridas pelos acordos de Versalhes. A Alemanha foi saqueada pelo sistema bancário de Londres e Nova Iorque, e a propaganda de Hitler explorou o fardo da dívida.
Mas, imediatamente depois que a Alemanha ficou sob a ditadura de Hitler, os financistas anglo-americanos garantiram o alívio da dívida, cujos fundos livres iriam ser usados para financiar o armamento do Estado nazista.
(…)
Essa história foi apagada; e essas decisões, as quais direcionam a história para um curso ou outro, estão perdidas para o conhecimento da geração atual.
CONCLUSÃO
O ano de 2013 pode servir para se começar a pensar sobre as forças ocultas que financiam o austericídio financeiro e a crise de refugiados na Europa, as “revoluções coloridas” mundo afora, com golpes de Estado sucessivos na América do Sul e no Caribe, e todo o neomacartismo, toda violência retórica e jurídica, que tem o nome de “russiangate” nos EUA, o “perigo vermelho” ou bolivariano por aqui, e a mesma paranóia da Guerra Fria que faz os europeus endossarem sanções econômicas contra a Rússia em detrimento de sua própria economia. Em 2013, houve um golpe declaradamente nazista na Ucrânia (os seguidores de Stephan Bandera), o assassinato do Kadafi, golpe militar no Egito, etc., e aqui se formou a histeria coletiva que levou de 2013 ao “não vai ter Copa” e, logo depois, ao impeachment. De um lado, a guerra irregular moderna, no conceito de von der Heydte. Isso foi estabelecido numa reunião das forças armadas asiáticas (não lembro se em 2013 ou 14), quando falaram que todas as “revoluções coloridas” seriam consideradas atos de guerra de nações estrangeiras contra seus países. Isso foi o que Putin avisou a Dilma logo no início, e aqui se demorou para perceber a extensão. De outro lado, o uso do aparelho judicial, que é uma arma de guerra diferente da primeira, mas que pode se encontrar com esta, fato marcante no Brasil ou no “russiangate”. Nos EUA, tem que se lembrar que a histeria russofóbica lá começou também com a Ucrânia (início das sanções econômicas), agravadas pelas acusações sem prova de que Trump é um “agente russo”.
Se pensarmos que as crises financeiras modernas, antes de serem “crises” são movimentos de fuga massiva de capital, ou seja, de transferência de renda (como em 1929 com JP Morgan e outros gigantes financeiros que depois iriam financiar o Projeto Hitler), existe todo uma movimentação não captada de capitais que nos sugere a hipótese que, se 2013 foi possível (ou tudo oque ocorreu a partir daí) foi por causa dos recursos infinitos concedidos à banca privada através dos mecanismos de resgate (bail-out), realizados tanto pela Troika quanto pelo Fed de Ben Bernanke (suas supostas medidas “neokeynesianas” chamadas de “quantitativa easing”). A crise generalizada que assola a economia transatlântica está longe de ser algo “natural” ao sistema. Ela é provocada com objetivos específicos. Não basta somente nomear determiandos fatos como neomacartismo ou como a nova Guerra Fria. Deve-se ver os mecanismo ocultos por meio dos quais age o deus chamado mercado cujos sacrifícios sangrentos são prestados em sua homenagem desde a consolidação do Império Britânico.

NOTAS

1 CHAITKIN, Anton. “The Hitler Project”. Executive Intelligence Review (EIR), 15 de setembro de 2006.
2 Todas as citações daqui em diante são da mesma fonte
3 Podemos também destacar o caso de Georges Soros, judeu polonês e mega-especulador financeiro ainda vivo, que começou a enriquecer sob as ordens de Hitler, ao despejar, com seu pai, camponeses poloneses de suas terras em favor do regime nazista.

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

partido nazista e fascistas no Brasil, ex-escravos lembram rotina

 
BBC World Service, Campina do Monte Alegre (SP) 25 janeiro 2014 HISTÓRIA A rotina diária era marcada pelo trabalho forçado no campo (acima). A suástica estava presente no time de futebol ()
Rocha Miranda, uma família de industriais ricos do Rio de Janeiro. Três deles - o pai, Renato, e dois filhos, Otávio e Osvaldo - eram membros da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de extrema direita simpatizante do Nazismo, formaram
em uma fazenda no interior de São Paulo, 160 km a oeste da capital, um time de futebol posa para uma foto comemorativa. Mas o que torna a imagem extraordinária é o símbolo na bandeira do time - uma suástica.
Alguns dos descendentes da família Rocha Miranda dizem que seus antepassados deixaram de apoiar o Nazismo antes da Segunda Guerra Mundial. Maurice Rocha Miranda, sobrinho-bisneto de Otávio e Osvaldo, também nega que as crianças eram mantidas na fazenda como “escravos”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, ele disse que os órfãos na fazenda “tinham de ser controlados mas nunca foram punidos ou escravizados”. O historiador Sidney Aguillar Filho, no entanto, acredita nas histórias dos sobreviventes.
A foto, provavelmente, foi tirada após a ascensão nazista na Alemanha, na década de 1930.
"Nada explicava a presença dessa suástica aqui", conta José Ricardo Rosa Maciel, ex-dono da remota fazenda Cruzeiro do Sul, perto de Campina do Monte Alegre, que encontrou a foto, por acaso, um dia.
Mas essa foi, na verdade, sua segunda e intrigante descoberta. A primeira tinha ocorrido no chiqueiro.
"Um dia, os porcos quebraram uma parede e fugiram para o campo", ele disse. "Notei que os tijolos tinham caído. Achei que estava tendo alucinações".
Na parte debaixo de cada tijolo estava gravada uma suástica.

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE

É sabido que no período que antecedeu a Segunda Guerra, o Brasil tinha fortes vínculos com a Alemanha Nazista. Os dois países eram parceiros comerciais e o Brasil tinha o maior partido fascista fora da Europa, com mais de 40 mil integrantes.
Mas levou anos para que Maciel, com o auxílio do historiador Sidney Aguillar Filho, conhecesse a terrível história que conectava sua fazenda aos fascistas brasileiros.

Ação Integralista

Filho descobriu que a fazenda tinha pertencido aos Rocha Miranda, uma família de industriais ricos do Rio de Janeiro. Três deles - o pai, Renato, e dois filhos, Otávio e Osvaldo - eram membros da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de extrema direita simpatizante do Nazismo.
A família às vezes organizava eventos na fazenda, recebendo milhares de membros do partido. Mas também existia no lugar um campo brutal de trabalhos forçados para crianças negras abandonadas.
"Descobri a história de 50 meninos com idades em torno de 10 anos que tinham sido tirados de um orfanato no Rio", conta o historiador. "Foram três levas. O primeiro grupo, em 1933, tinha dez (crianças)".

Aloysio SilvaDireito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionAloysio Silva era conhecido apenas pelo número 23

Osvaldo Rocha Miranda solicitou a guarda legal dos órfãos, segundo documentos encontrados por Filho. O pedido foi atendido.
"Ele enviou seu motorista, que nos colocou em um canto", conta Aloysio da Silva, um dos primeiros meninos levados para trabalhar na fazenda, hoje com 90 anos de idade.
"Osvaldo apontava com uma bengala - 'Coloca aquele no canto de lá, esse no de cá'. De 20 meninos, ele pegou dez".
"Ele prometeu o mundo - que iríamos jogar futebol, andar a cavalo. Mas não tinha nada disso. Todos os dez tinham de arrancar ervas daninhas com um ancinho e limpar a fazenda. Fui enganado".
As crianças eram espancadas regularmente com uma palmatória. Não eram chamadas pelo nome, mas por números. Silva era o número 23.
Cães de guarda mantinham as crianças na linha.
"Um se chamava Veneno, o macho. A fêmea se chamava Confiança", conta Silva, que ainda mora na região. "Evito falar sobre esse assunto".

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionAté as vacas da fazenda recebiam a suástica

Argemiro dos Santos é outro dos sobreviventes. Quando menino, foi encontrado nas ruas e levado para um orfanato. Um dia, Rocha Miranda veio buscá-lo.


"Eles não gostavam de negros", conta Santos, hoje com 89 anos.
"Havia castigos, deixavam a gente sem comida ou nos batiam com a palmatória. Doía muito. Duas batidas, às vezes. O máximo eram cinco, porque uma pessoa não aguentava".
"Eles tinham fotografias de Hitler e você era obrigado a fazer uma saudação. Eu não entendia nada daquilo".
Alguns dos descendentes da família Rocha Miranda dizem que seus antepassados deixaram de apoiar o Nazismo antes da Segunda Guerra Mundial.
Maurice Rocha Miranda, sobrinho-bisneto de Otávio e Osvaldo, também nega que as crianças eram mantidas na fazenda como "escravos".
Em entrevista à Folha de São Paulo, ele disse que os órfãos na fazenda "tinham de ser controlados mas nunca foram punidos ou escravizados".
O historiador Sidney Aguillar Filho, no entanto, acredita nas histórias dos sobreviventes. E apesar da passagem do tempo, ambos Silva e Santos - que nunca mais se encontraram desde o tempo em que viveram na fazenda - fazem relatos muito parecidos e perturbadores de suas experiências.
Para os órfãos, os únicos momentos de alegria eram os jogos de futebol contra times de trabalhadores das fazendas locais, como aquele em que foi tirada a foto onde se vê a bandeira com a suástica. (O futebol tinha papel fundamental na ideologia integralista.)

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionArgemiro Santos ainda guarda a medalha de ouro que ganhou

"A gente se reunia para bater bola e a coisa foi crescendo", diz Santos. "Tínhamos campeonatos, éramos bons de futebol."
Mas depois de vários anos, ele não aguentava mais.
"Tinha um portão (na fazenda) e um dia eu o deixei aberto", ele conta. "Naquela noite, eu fugi. Ninguém viu".
Santos voltou ao Rio onde, aos 14 anos de idade, passou a dormir na rua e trabalhar como vendedor de jornais. Em 1942, quando Brasil declarou guerra contra a Alemanha, Santos se alistou na Marinha como taifeiro, servindo mesas e lavando louça.
Depois de trabalhar para nazistas, Santos passou a lutar contra eles.
"Estava apenas prestando um serviço para o Brasil", explica. "Não sentia ódio por Hitler, não sabia quem ele era".
Santos saiu em patrulha pela Europa e depois passou um período, ainda durante a guerra, trabalhando em navios que caçavam submarinos na costa brasileira.
Hoje, Santos é conhecido, na comunidade onde vive, pelo apelido de Marujo. E se orgulha de um certificado e uma medalha que recebeu em reconhecimento por seus serviços durante a guerra.
Mas ele também é famoso por suas proezas futebolísticas, jogando como meio de campo em vários grandes times brasileiros na década de 1940.
"Naquela época, não existiam jogadores profissionais, éramos todos amadores", diz. "Joguei para o Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama... Os jogadores eram todos vendedores de jornais e lustradores de sapatos".
Hoje, Santos vive uma vida tranquila com a esposa, Guilhermina, no sudoeste do Brasil. Eles estão casados há 61 anos.
"Eu gosto de tocar meu trompete, de sentar na varanda e tomar uma cerveja gelada. Tenho muitos amigos e eles sempre aparecem para bater papo", conta.
As lembranças do tempo difícil que passou na fazenda, no entanto, são difíceis de apagar.
"Quem diz que sempre teve uma vida boa desde que nasceu está mentindo", diz Santos. "Na vida de todo mundo acontecem coisas ruins".
Nazismo tropical? O partido Nazista no Brasil; por Ana Maria ...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Sinfonia Comunista Rothschild



A SINFONIA VERMELHA 



A experiência humana está ameaçada por interesses privados que usurparam a função da criação de moeda. A história moderna reflete o processo gradual pelo qual a transferência de toda a riqueza e poder para si, destruindo a civilização ocidental ea criação de um estado policial mundial. 

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por Henry Makow Ph.D. 
de SaveTheMales Website
09 de novembro de 2003
http://www.bibliotecapleyades.net/sociopolitica/esp_sociopol_rothschild08.htm

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ouro saqueado por Hitler onde está?


Imagem: via Almoço Praça de Alimentação
tradução do Google: Entre o caos do colapso do império de Hitler, em abril de 1945, o maior assalto da história ocorreu. Barras de ouro, jóias e moeda estrangeira roubado com um valor estimado de 3,34 bilhões dólares americanos desapareceram dos cofres do Reichsbank, na Alemanha.
Reichsbank, em Berlim 1933
Reichsbank, em Berlim
Imagem: Arquivo Federal Alemão
Nas décadas seguintes pequenas quantidades desta generosidade apareceram em Portugal, Suíça, Turquia, Espanha e Suécia, mas a maioria continua desaparecido. Em todo o mundo as equipes de busca para procurar este tesouro em falta eo prêmio supremo da Sala de Âmbar lendário, uma aquisição de São Petersburgo durante a Segunda Guerra Mundial, que se acredita ser um quarto inteiramente moldado em ouro e âmbar. Depois de 60 anos a maior parte deste prémio ainda não apareceu, então apenas onde está o ouro saqueado por Hitler?

1. Sepultado em Deutschneudorf, Alemanha?

Loot de Hitler
loot Hitlers
Imagem: National Archives
Uma das crenças mais populares atrás do paradeiro de ouro falta de Hitler é que ele ter enterrado em Deutschneudorf, Alemanha e que a famosa Sala de Âmbar é escondido entre as minas de cobre em ruínas na área. Como os aliados se aproximou Berlim e tornou-se claro que a Alemanha não estava indo para vencer a guerra, o mito diz que Hitler ordenou Operação Pôr do Sol, onde confiável oficiais nazistas esconderam quantidades enormes de arte, ouro e outros tesouros assorted nas cavernas ao redor da área Deutchschneudorf .
Replica Sala de Âmbar
sala de âmbar
Imagens: via Wikimedia Commons
A esperança era de que este espólio seria usado para financiar a reconstrução do exército alemão, após a guerra. Apesar de a atenção da mídia em todo o mundo em fevereiro de 2008, onde o caçador de tesouros líder alemã em cena foi de 90% de certeza que tinham localizado o * Salão Âmbar e até dois tons de ouro faltando pouco veio à tona. Então, antes de ir para Deutschneudorf com o seu machado se certificar de que você vai ser feliz com a possibilidade de encontrar cobre somente.
  • *Durante a invasão da Rússia no início da Segunda Guerra Mundial, Alemanha saquearam a Sala de Âmbar. Foi saqueada, mudou-se e acabou por desaparecer no final da guerra. Desde então, só o mistério cercou seu destino - alguns acreditando que ela foi destruída, enquanto outros acreditavam que fosse escondido.
    O mistério, ou pelo menos parte dela, talvez tenha sido resolvido. Uma caverna subterrânea foi detectado que pode ter duas toneladas de ouro e leva à especulação da presença da Sala de Âmbar.
    "Estou bem mais de 90 por cento de certeza que encontramos a Sala de Âmbar", o prefeito de Deutschneudorf, Heinz-Peter Haustein, que liderou a pesquisa, disse ao Spiegel Online. "A câmara é provável que seja parte de um labirinto de salas de armazenamento que os nazistas construíram aqui. Eu sabia que era nessa área. Eu nunca sabia exatamente onde. "

2. No fundo do lago Toplitz, Áustria?

toplitzsee
Imagens: Home Planet
O sereno e belo Toplitz Lago nos Alpes austríacos é pensado para ser uma outra localização possível para o ouro em falta nazista, e desde 1947 até os dias atuais exploradores têm procurado suas profundezaspara as riquezas do Reich. Lago Topiltz tem sido considerada o local possível dumping da fortuna porque a oficiais superiores alemães retiraram-se para esta área como os aliados rapidamente movido através Alemanha. Como as forças dos EUA se aproximando rapidamente pensa-se que os oficiais alemães transportados caixas grandes, por caminhão e cavalo carruagem puxada para a beira do lago e afundou-los para o metro 107 (350 pés) lago profundo.
O problema é que até hoje ninguém sabe o que foi nessas caixas. A antiguidade dos oficiais alemães envolvidos e localidade para Ninho de Hitler Eagles levaram muitos a acreditar que este é o local de despejo do famoso ouro nazista. No entanto, apesar de anos de pesquisa, a única coisa que se descobriu foi através de uma pesquisa pela revista alemã Stern, que encontrou £ 72m em libras esterlinas forjadamoeda, parte do plano mestre de Hitler para enfraquecer a economia britânica. Acredita-se que o tesouro ainda pode ser secretado longe nas profundezas do Lago Topiltz mas porque o fundo do lago está cheio de uma crosta grossa de logs acredita-se que descobrir qualquer coisa seria muito difícil.

3. Foi escondido pelo general espanhol Franco?

Em 1993, Trenton Parker, um veterano agente da CIA, afirmou na Radio Free America, que ele sabia o que aconteceu com o tesouro perdido de Hitler de ouro. Parker afirma que o ouro era enviado para Generalíssimo Franco, porque era um acesso maior e ponto de saída para a Alemanha. De acordo com Parker, o ouro foi transportado para a Espanha ano mais cedo e foi mantido sob o olhar atento de Franco até sua morte, quando do encerramento do canal de Suez e outros fatores tornaram-se moeda de troca para os corretores de potência comercial este ouro.
Parker afirma ouro de Hitler foi transformado em Krugerrands falsificados e vendidos em todo os Estados Unidos da América. Então, novamente, a reputação de Trenton Parker como a gasolina para o fogo teórico da conspiração precede-se e ele parece saber todos os segredos sobre grandes eventos mundiais nos últimos 50 anos, incluindo a " atribuição de JFK CIA ". Se a Parker amplamente questionada é de fato corrigir o seu anel de ouro ou colar pode ser apenas que perdeu o ouro nazista.

4. Depositado em As Ilhas Auckland?

auckland ilhas
Imagens: Barry Parker e NASA
A crença de que o ouro poderia ser nas ilhas Auckland é mais boato e mito, do que fato. Aparentemente, um único nazista U-Boat contendo grandes caixas de jóias, ouro e prata chegou nas ilhas Auckland em 1945. Acredita-se que o ouro foi enterrado nas Ilhas, em vez de afundado, como foi alegado o comando, mas o fato de que nada apareceu para validar esta como uma teoria racional sugere que é mais lenda do que verdade. Além disso, a lógica por trás apenas a crença de que o ouro é, de fato dispersos entre as Ilhas Auckland é que torres de vigia na área eram utilizados pelos soldados nazistas. Então, se você é um ilhéu atual, não tenha muitas esperanças de encontrar imensas riquezas a qualquer momento em breve!

5. Escondidos em bancos em todo o Mundo?

Nota Reichsbank
nota Reichsbank
Image: Reichsbankdirktorium
Embora seja do conhecimento comum que grandes quantidades de ativos commandeered Nazi, especialmente ouro, passaram por bancos suíços durante a Segunda Guerra Mundial, relata-se até 409 milhões dólares em ouro foi comprada por bancos suíços durante o controle de Hitler sobre a Alemanha.No entanto, os suíços não são o único país acusado de receber ouro nazista durante a guerra. Entre os países que supostamente receberam fundos nazista são: Suécia, Portugal, e até mesmo o Vaticano.Embora, um país após outro relutantemente abriu as suas contas, não está claro quanto ouro está em questão e onde ele poderia ser.
O Vaticano tem se recusado a abrir as suas contas ao público, e uma ação de classe por sobreviventes do Holocausto " , trazidos originalmente em 2000 e demitido em 2007 com base na imunidade soberana, tem escritor conspiração do que falar.

6. Mantido por tropas de Hitler?

hitler e sua arte
Imagens: CORAÇÃO e Mental Floss
O fato é, o dinheiro em falta de Hitler não poderia ter desaparecido no ar, e enquanto as teorias de conspiração são abundantes o fato de que ninguém foi localizado 3,34 bilhões dólares no espólio falta sugere que quem sabe de seu paradeiro - e deve haver alguém que sabe - não é falar.
Apesar de todas as teorias da conspiração em torno da história, o desaparecimento das fortunas de Hitler é provavelmente menos complicada do que muitos querem fazer crer. Enquanto as tropas de Hitler pode ter sido dado ordens para enterrar a recompensa em minas ou soltá-lo em lagos, empresarial oficiais nazistas que percebeu a guerra foi além da recuperação pode ter simplesmente difundi-la entre as suas tropas ea si mesmos. A mesma probabilidade, ou improvável, um grupo de soldados aliados poderia ter vindo em todo o stash e pensei que era o seu dia de sorte. No entanto, não há evidência substancial para apoiar qualquer uma dessas afirmações acima. O que sabemos é que 3,34 bilhões dólares no valor do tesouro não simplesmente desaparecem.
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Naqueles dias os homens não serão salvos por ouro e por prata.