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terça-feira, 2 de maio de 2017

A escravatura. O Elo Secreto e o Plano Andina

Nota: Políticos sionistas e seus companheiros de viagem, mesmo se aparentarem religiosidade, não falam pelo povo judeu. De fato, a conspiração sionista contra a tradição e lei judaicas tornam o Sionismo e todos os seus feitos e entidades os arqui-inimigos do povo judeu!    
* O Estado Sionista ou qualquer organização sionista, ou uma que se auto-denomina "Conselho Ortodoxo Mundial" e qualquer indivíduo envolvido neste tema não representa os Judeus fiéis à Torah.

* Os judeus fiéis à Torah pedem que os políticos envolvidos com o assunto parem de lidar com isso.
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Para se apoderarem da Amazônia, os grandes países propõem a internacionalização e com aval da ONU. Os peixes dos rios e dos mares estão intoxicados com mercúrio, urânio 235, plutônio 239, estrogênio 90 e césio, que também estão nas águas que irrigam as lavouras e nos dessedentam. Os cereais estão impregnados com cádmio e o leire, inclusive o materno, nutre as crianças com estrôncio, cujos ossos possuem uma concentração superior a dos adultos. Se isso provoca doenças, sofrimentos e mortes, Que importa! exclamam os empresários influentes. Na agroindústria, conseguem produzir sementes exóticas para forçarem a venda complementar de defensivos agrícolas e pesticidas, que antes, eram desnecessários à agricultura. Seus resíduos alojados no organismo, são nefastos à saúde pública. - suas empresas junto com as indústrias funerária, médica, e farmacêutica podem apresentar aos seus acionistas belas "performances", melhores dividendos. É sinal que para eles a economia progride mesmo sacrificando o mais fraco.  Os judeus sefardistas, mesmo antes das descobertas oficiais, sempre cobiçaram a América e suas riquezas. Depois de Cabral, uma corrente ininterrupta dirigiu-se ao Brasil, burlando as leis imigratórias ou valendo-se de subterfúgios; - quase todas as profissões lhes pertenciam, a cupidez dos territórios brasileiros, argentinos e chilenos não é novidade para quem pesquisa a face oculta da História oficial. Tanto para o Judaísmo como para a Igreja, as Américas tem sido a Nova Canaã e a Terra prometida. - 
O general .Ramón Camps, general da reserva argentino e chefe de polícia de Buenos Aires de 1976 a 1983,  foi condenado a uma pena de vinte anos de prisão
 Não por ter cometido qualquer crime, mas por ter denunciado, com antecedência, o Plano Andina que via uma aliança traidora entre o sionismo, a maçonaria e a Igreja Católica Romana contra as duas nações do Cone Sul, Argentina/Brasil numa etapa inicial., em livros bem documentados (pág.281,282 conf. link menciono abaixo). "livro proibido no Brasil"

Qual general com coragem, nacionalismo, patriotismo, denunciará, impedirá serem realizados, os planos  da cabala sionistas usurpadores em andamento no Brasil?)[1]

Resultado de imagem para colonizadores portuguêses matando os índiosImagem relacionada
A escravatura sob a Estrela de Davi e a Cruz Cristã

Honestizar as versões da história oficial tem sido uma árdua tarefa para quem prima pela hermenêutica sul-americana. O flagelo da escravatura, aparentemente desligado do referido plano, mostra que a cobiça judaico-cristã pelo Novo Mundo ocorreu, pelo menos, desde o século XVI, quando Cristóvão Colombo e Pedro  Alvares Cabral oficializaram a descoberta das Américas. Separados  no tempo e no espaço, em Viena, Áustria, René Fülöp Miller, em 1932, divulgando a odisséia dos padres jesuítas, elucida a pretensão católica em criar uma república comunista teocrática, moldada na Utopia, de Thomas Morus, e na Cidade do Sol de Campanela. Quarenta e nove anos mais tarde, em 1981, José G. Salvador, no Brasil, a estuda sob o ângulo do capitalismo judaico. Nas missões de catequese, os padres da Companhia de Jesus viram, na ingenuidade dos índios sul-americanos, a oportunidade de materializar a doutrina de Jesus, num mundo novo e num povo que, apesar de belicoso e muitas vezes antropófago, ainda não havia sido contaminado pela ganância de poder e riqueza, como os de outros continentes. Nas planícies e altiplanos da América do Sul, os jesuítas iam aldeando as tribos indígenas em aglomerações, chamadas de reduções e que as mantinham em estreitos contatos. Este estado ia se configurando nas regiões brasileiras, uruguaias, chilenas, bolivianas, paraguaias  e argentinas. No Rio Grande do Sul ainda se encontra as ruínas de São Miguel e de Sete Povos das Missões. Consciente de que o reino de Cristo sobre a Terra só poderia ser fundado entre as tribos de índios selvagens, aqueles padres ensinavam-lhes o catecismo, a pintura, a arquitetura, a organização racional do trabalho e, principalmente, a música. As cidades eram construídas em intervalos regulares e iguais entre sí. Cada uma formava uma região agrícola de determinada grandeza. Os moradores não eram proprietários de seus imóveis e sim arrendatários de um solo que pertencia à comunidade (ou melhor, a igreja!). O cidadão tinha o tempo de trabalho determinado O sucesso da organização política e econômica se devia a inocência, a simplicidade e à boa vontade dos índios, que aprenderam a ver, no trabalho e no estudo, uma forma de dignificação individual e social. Foi o sistema socialista e o regime comunista mais perfeito que a humanidade atual já conheceu, baseados na paz, no trabalho comunitário, no consumo eqüitativo da riqueza e na defesa mútua. A utopia sul-americana, que perdurou por 150 anos, era uma terrível ameaça ao sistema capitalista judaico, monárquico e, em certa extensão, cristão. Por conseguinte, urgia ser destruído. Em primeiro lugar, porque o modelo poderia ser copiado na Europa, pelos servos da glebas, os brancos escravos dos vassalos e burgueses brancos. Em segundo, porque poderiam, por meio de guerrilhas, expulsar os colonizadores e invasores europeus e, terceiro, porque havendo falta de trabalhadores os escravos  os escravos s constituíam numa mão-de-obra barata e com vantagem de serem instruídos. As bibliotecas indígenas organizadas pelos padres, a exemplo de Alexandria, foram arrasadas. Os índios capturados e vendidos como escravos, nas plantações de cana e nas minas. A maçonaria, sob as ordena do judaísmo, incumbiu seu irmão, o Marquês de Pombal que, chefiando tropas portuguesas e espanholas, destruiu, num mesmo período, todas as reduções. O que não foi incendiado, foi posto abaixo a golpes de marreta, a machado e a tiros de canhão. O capitalismo judaico-maçônico, inimigo figadal da monarquia e do clero, tinha que impedir que estes fixassem raízes no novo continente. À propósito, Maurice Pinay e J. Bochaca, afirmam quem no ritual de iniciação ao grau de mestre maçom, os assassinos de Iran Habif, o arquiteto do Templo de Salomão, Jubela, Jubelo e Jubelum representam o clero, a monarquia e o empresariado ariano que devem ser supliciados. Em função disso, os cautelosos jesuítas(reservando a nova canaã para a igreja) fizeram tudo o que foi possível para impedir que a civilização européia penetrasse nas regiões confiadas à sua guarda. além do mais, os europeus corrompiam os índios que, inocentes, se prestavam às tórpes aberrações sexuais e vícios. A Companhia de Jesus foi acusada nas cortes européias de fazer causa comum com os silvícolas contra os brancos. O tráfico de escravos índios ficou a cargo dos sertanistas portugueses e espanhóis, de sangue hebreu sefardista, conforme escreveu J.G. Salvador. Este comércio oscilava na medida das invasões francesas, holandesas e inglesas às colonias hispano-lusitanas; quando os corsários e piratas, comandados por seus governantes judeus e maçons, atacavam os navios negreiros; quando as pestes dizimavam os escravos negros, nos entrepostos e nas senzalas e, quando as travessias marítimas, pelo Atlântico eram adversas à navegação. A alegação jurídica do escravismo remonta da legislação romana, copiada pelas Ordenações do Reino de Portugal. Nela o escravo era tido como um bem móvel, como qualquer outro objeto, do qual se diferenciava por ser alma vivente. O escravo precedia os animais, no que toca ao pagamento de impostos, apesar de não serem confundidos. A escravidão negreira foi mais rendosa do que o comércio de especiarias, provindas do Oriente[1]. 

Notas:
[1] O Livro Proibido: https://archive.org/stream/LivrosHistoricosBanidos/o%20elo%20secreto%20-%20hélio%20j.%20de%20oliveira#page/n259/mode/2up
https://archive.org/stream/LivrosHistoricosBanidos/o%20elo%20secreto%20-%20hélio%20j.%20de%20oliveira#page/n259/mode/2up

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O Macabro Plano Andino - Já Está Acontecendo

El Plan Andinia: ¿Está la Patagonia destinada a convertirse en una nueva Palestina?

Por Caleb Onam Redfield, - domingo 13 de septiembre de 2009:
Judío Antisionista Argentino 

America Del Sur En Pie De Guerra Contra La Invasion Sionista Que Quiere Adueñarse De Latinomaerica??

DEMOCRACIA O DICTADURA SIONISTA: PLAN ANDINIA Y LA PALESTINIZACIÓN DE LA ARGENTINA (CAP. 1)


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

partido nazista e fascistas no Brasil, ex-escravos lembram rotina

 
BBC World Service, Campina do Monte Alegre (SP) 25 janeiro 2014 HISTÓRIA A rotina diária era marcada pelo trabalho forçado no campo (acima). A suástica estava presente no time de futebol ()
Rocha Miranda, uma família de industriais ricos do Rio de Janeiro. Três deles - o pai, Renato, e dois filhos, Otávio e Osvaldo - eram membros da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de extrema direita simpatizante do Nazismo, formaram
em uma fazenda no interior de São Paulo, 160 km a oeste da capital, um time de futebol posa para uma foto comemorativa. Mas o que torna a imagem extraordinária é o símbolo na bandeira do time - uma suástica.
Alguns dos descendentes da família Rocha Miranda dizem que seus antepassados deixaram de apoiar o Nazismo antes da Segunda Guerra Mundial. Maurice Rocha Miranda, sobrinho-bisneto de Otávio e Osvaldo, também nega que as crianças eram mantidas na fazenda como “escravos”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, ele disse que os órfãos na fazenda “tinham de ser controlados mas nunca foram punidos ou escravizados”. O historiador Sidney Aguillar Filho, no entanto, acredita nas histórias dos sobreviventes.
A foto, provavelmente, foi tirada após a ascensão nazista na Alemanha, na década de 1930.
"Nada explicava a presença dessa suástica aqui", conta José Ricardo Rosa Maciel, ex-dono da remota fazenda Cruzeiro do Sul, perto de Campina do Monte Alegre, que encontrou a foto, por acaso, um dia.
Mas essa foi, na verdade, sua segunda e intrigante descoberta. A primeira tinha ocorrido no chiqueiro.
"Um dia, os porcos quebraram uma parede e fugiram para o campo", ele disse. "Notei que os tijolos tinham caído. Achei que estava tendo alucinações".
Na parte debaixo de cada tijolo estava gravada uma suástica.

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE

É sabido que no período que antecedeu a Segunda Guerra, o Brasil tinha fortes vínculos com a Alemanha Nazista. Os dois países eram parceiros comerciais e o Brasil tinha o maior partido fascista fora da Europa, com mais de 40 mil integrantes.
Mas levou anos para que Maciel, com o auxílio do historiador Sidney Aguillar Filho, conhecesse a terrível história que conectava sua fazenda aos fascistas brasileiros.

Ação Integralista

Filho descobriu que a fazenda tinha pertencido aos Rocha Miranda, uma família de industriais ricos do Rio de Janeiro. Três deles - o pai, Renato, e dois filhos, Otávio e Osvaldo - eram membros da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de extrema direita simpatizante do Nazismo.
A família às vezes organizava eventos na fazenda, recebendo milhares de membros do partido. Mas também existia no lugar um campo brutal de trabalhos forçados para crianças negras abandonadas.
"Descobri a história de 50 meninos com idades em torno de 10 anos que tinham sido tirados de um orfanato no Rio", conta o historiador. "Foram três levas. O primeiro grupo, em 1933, tinha dez (crianças)".

Aloysio SilvaDireito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionAloysio Silva era conhecido apenas pelo número 23

Osvaldo Rocha Miranda solicitou a guarda legal dos órfãos, segundo documentos encontrados por Filho. O pedido foi atendido.
"Ele enviou seu motorista, que nos colocou em um canto", conta Aloysio da Silva, um dos primeiros meninos levados para trabalhar na fazenda, hoje com 90 anos de idade.
"Osvaldo apontava com uma bengala - 'Coloca aquele no canto de lá, esse no de cá'. De 20 meninos, ele pegou dez".
"Ele prometeu o mundo - que iríamos jogar futebol, andar a cavalo. Mas não tinha nada disso. Todos os dez tinham de arrancar ervas daninhas com um ancinho e limpar a fazenda. Fui enganado".
As crianças eram espancadas regularmente com uma palmatória. Não eram chamadas pelo nome, mas por números. Silva era o número 23.
Cães de guarda mantinham as crianças na linha.
"Um se chamava Veneno, o macho. A fêmea se chamava Confiança", conta Silva, que ainda mora na região. "Evito falar sobre esse assunto".

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionAté as vacas da fazenda recebiam a suástica

Argemiro dos Santos é outro dos sobreviventes. Quando menino, foi encontrado nas ruas e levado para um orfanato. Um dia, Rocha Miranda veio buscá-lo.


"Eles não gostavam de negros", conta Santos, hoje com 89 anos.
"Havia castigos, deixavam a gente sem comida ou nos batiam com a palmatória. Doía muito. Duas batidas, às vezes. O máximo eram cinco, porque uma pessoa não aguentava".
"Eles tinham fotografias de Hitler e você era obrigado a fazer uma saudação. Eu não entendia nada daquilo".
Alguns dos descendentes da família Rocha Miranda dizem que seus antepassados deixaram de apoiar o Nazismo antes da Segunda Guerra Mundial.
Maurice Rocha Miranda, sobrinho-bisneto de Otávio e Osvaldo, também nega que as crianças eram mantidas na fazenda como "escravos".
Em entrevista à Folha de São Paulo, ele disse que os órfãos na fazenda "tinham de ser controlados mas nunca foram punidos ou escravizados".
O historiador Sidney Aguillar Filho, no entanto, acredita nas histórias dos sobreviventes. E apesar da passagem do tempo, ambos Silva e Santos - que nunca mais se encontraram desde o tempo em que viveram na fazenda - fazem relatos muito parecidos e perturbadores de suas experiências.
Para os órfãos, os únicos momentos de alegria eram os jogos de futebol contra times de trabalhadores das fazendas locais, como aquele em que foi tirada a foto onde se vê a bandeira com a suástica. (O futebol tinha papel fundamental na ideologia integralista.)

Direito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionArgemiro Santos ainda guarda a medalha de ouro que ganhou

"A gente se reunia para bater bola e a coisa foi crescendo", diz Santos. "Tínhamos campeonatos, éramos bons de futebol."
Mas depois de vários anos, ele não aguentava mais.
"Tinha um portão (na fazenda) e um dia eu o deixei aberto", ele conta. "Naquela noite, eu fugi. Ninguém viu".
Santos voltou ao Rio onde, aos 14 anos de idade, passou a dormir na rua e trabalhar como vendedor de jornais. Em 1942, quando Brasil declarou guerra contra a Alemanha, Santos se alistou na Marinha como taifeiro, servindo mesas e lavando louça.
Depois de trabalhar para nazistas, Santos passou a lutar contra eles.
"Estava apenas prestando um serviço para o Brasil", explica. "Não sentia ódio por Hitler, não sabia quem ele era".
Santos saiu em patrulha pela Europa e depois passou um período, ainda durante a guerra, trabalhando em navios que caçavam submarinos na costa brasileira.
Hoje, Santos é conhecido, na comunidade onde vive, pelo apelido de Marujo. E se orgulha de um certificado e uma medalha que recebeu em reconhecimento por seus serviços durante a guerra.
Mas ele também é famoso por suas proezas futebolísticas, jogando como meio de campo em vários grandes times brasileiros na década de 1940.
"Naquela época, não existiam jogadores profissionais, éramos todos amadores", diz. "Joguei para o Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama... Os jogadores eram todos vendedores de jornais e lustradores de sapatos".
Hoje, Santos vive uma vida tranquila com a esposa, Guilhermina, no sudoeste do Brasil. Eles estão casados há 61 anos.
"Eu gosto de tocar meu trompete, de sentar na varanda e tomar uma cerveja gelada. Tenho muitos amigos e eles sempre aparecem para bater papo", conta.
As lembranças do tempo difícil que passou na fazenda, no entanto, são difíceis de apagar.
"Quem diz que sempre teve uma vida boa desde que nasceu está mentindo", diz Santos. "Na vida de todo mundo acontecem coisas ruins".
Nazismo tropical? O partido Nazista no Brasil; por Ana Maria ...

domingo, 26 de agosto de 2012

Brasil! Que futuro, com este passado?


Adriano Benayon – 26.08.2012
No clássico samba Chão de Estrelas, de Orestes Barbosa, o verso fala em “palhaço de perdidas ilusões”. No tango  Mano a Mano, de Carlos Gardel, este diz à que o deixa por um ricaço: “tenés el mate lleno (a cabeça cheia) de infelices ilusiones” .
2. Mais infelizes são as ilusões em que o sistema de poder concentrador enreda o nosso povo, depois de montar bombas-relógio que têm causado enormes estragos antes mesmo de detonarem.
3. Entre outras, a dívida interna federal, que atingiu, no final de 2011,  R$ 2.536.065.586.017,68 (mais de dois trilhões e meio de reais), e a dívida externa, US$ 402.385.102.828,23 (mais de quatrocentos bilhões de dólares). Esta, em parte privada, acaba virando toda pública em situações como a de 1982.
4. A soma passa de três trilhões e seiscentos bilhões de reais e corresponde a 83% do PIB: o valor da produção interna de bens e serviços nos doze meses do ano.
5. Cerca de 30% dos títulos da dívida interna figuram como “em poder do Banco Central”, mas este os repassa aos bancos nas "Operações de Mercado Aberto". Aplicadores do exterior vendem dólares para comprar desses títulos.
6. O Banco Central fica com parte dos títulos para cobrir, com o rendimento, o prejuízo de R$ 100 bilhões anuais (2011), diferença entre os juros pagos pelos títulos do Tesouro  e os juros auferidos com as reservas brasileiras no exterior.

7. E a tragédia da dívida pública não está só no tamanho dela e no gasto que causa:  R$ 708 de juros e amortizações em 2011.

8. O pior é que mais de 90% provêm de juros, taxas e comissões incorporados ao principal (capitalizados), ao longo do tempo, desde antes de grande parte da dívida externa se ter convertido em interna, nos anos 80, mesmo após o Brasil ter feito enormes desembolsos em dólar.

9. Há mais.  Conforme dados da Auditoria Cidadã da Dívida, as despesas de juros e amortizações (serviço da dívida) totalizaram R$ 2 trilhões durante os mandatos de FHC (1995-2002) e R$ 4,7 trilhões, durante os de Lula (2003-2010).

10. Com as taxas de juros mais altas do mundo e a dinâmica dos juros compostos, a dívida cresce através da emissão de novos títulos em valor maior que os liquidados, porquanto os juros e encargos estipulados ultrapassam o que a União consegue saldar.

11. Nos últimos 17 anos, o serviço da dívida custou R$ 7,4 trilhões. Nos 7 anos anteriores, de 1988 a 1994, ele somou R$ 2,84 trilhões, já aproveitando o dispositivo inserido na  Constituição, através de fraude, o qual privilegia o serviço da dívida no Orçamento

12. O montante da dívida não equivalia então nem a 10% do presente, mas o “governo brasileiro”, aceitando o vergonhoso Plano Baker, emitiu títulos e fez pagamentos em volume espantoso, para cobrir dívidas atrasadas e abusivamente infladas.

13. De fato, em 1989 e 1990 o serviço da dívida custou R$ 1,57 trilhão. Essa média anual, R$ 785 bilhões, em cifras atualizadas a preços de 2011, supera o custo atual, embora o principal fosse naquela época dez vezes menor que hoje .

14. O serviço da dívida, correspondendo atualmente a 45% do total das despesas federais, equivale a 17% do PIB. Nem tudo isso é desembolsado, mas o que não o é, vai elevando o montante da dívida.

15. Seria bem melhor criar moeda e crédito em bancos próprios, para investir produtivamente, que endividar-se para rolar dívidas financeiras e, de resto, nunca auditadas. Portanto, o Brasil poderia quase dobrar os investimentos (19% do PIB), chegando ao patamar dos países de maior poupança, como China, Taiwan e Coreia.

16. Imagine-se o progresso, se não se despendessem -  há mais de 35 anos - verbas absurdas com a dívida.  Mormente, se se investisse certo, em vez de subsidiar as transnacionais, como o Brasil faz há 58 anos, desde 24 de agosto de 1954.

17. Os países citados, com potencial menor que o do Brasil, tiveram resultados incomparavelmente melhores, porque fizeram investimentos estatais, com crescente autonomia tecnológica, e  ajudaram as empresas nacionais, não as transnacionais. Essa política econômica levou-os a tornarem-se credores, enquanto o Brasil ficou refém da dívida.

18. Chegamos aqui à verdadeira origem da dívida. Esta resulta da acumulação dos déficits nas transações correntes com o exterior, os quais, por sua vez, decorrem das remessas oficiais e disfarçadas dos lucros que as empresas transnacionais auferem no mercado brasileiro, que lhes foi entregue a partir de 1954.

19. Além da ocupação do mercado por carteis transnacionais, contribuíram para a explosão da dívida:

a) o financiamento externo dos investimentos na infra-estrutura e nas indústrias de base, realizados em apoio à indústria “nacional”, cada vez menos nacional;

b) os choques dos preços de petróleo (1973 e 1979), quando o Brasil era importador;

c) a elevação dos juros em dólar pelo FED, em agosto de 1979, de menos de 10% para mais de 20% aa.

20. A desnacionalização da economia - causa primordial da dívida e da desestruturação do País - ganhou corpo a partir de 1954,  quando agentes da oligarquia, Eugênio Gudin e Otávio Gouvêa de Bulhões, assumiram o comando da política econômica.

21. Baixaram a Instrução nº 113 da SUMOC, que permitiu às transnacionais (ETNs) importar máquinas e equipamentos usados, registrando-os como se fosse investimento em moedaAssim,  as ETNs puderam produzir a custo zero de capital e tecnologia, pois tais bens de capital estavam mais que amortizados com as vendas no exterior.

22. Evidentemente, as transnacionais não declaravam valor zero.  De 1957 a 1960, sob JK -  que manteve os subsídios e ainda lhes deu maiores facilidades – as montadoras e outras transnacionais registraram quase US$ 400 milhões (US$ 3,3 bilhões, atualizando, conforme a variação, brutalmente subestimada, do IPC dos EUA).

23. Não bastasse, as transnacionais favorecidas por aquela Instrução contabilizavam à taxa de câmbio livre o equivalente, em moeda nacional, ao investimento registrado  e convertiam lucros e repatriações de capital à taxa preferencial, quando das remessas ao exterior. Isso significava mais que dobrar o valor transferido.

24. Florescentes indústrias de capital nacional surgiram em grande número, na primeira metade do Século XX, principalmente na Era Vargas.  Depois de 1954, em vez de serem protegidas, foram prejudicadas pela política econômica.

25. Em 1964, Roberto Campos tornou-se czar da economia. Bulhões, ministro da Fazenda. Que fizeram? Pretextando combater a inflação,  em alta com a desestabilização anterior ao golpe patrocinado pelos serviços secretos estrangeiros, reduziram os investimentos, elevaram os juros e restringiram o crédito: o suficiente para eliminar do mercado grande número de empresas nacionais.

26. Costa e Silva e Médici reeditaram o falso milagre de JK, e   Geisel tentou o mesmo.  A ressaca foi ainda mais dolorida. Em 1960, o endividamento externo quase levou à  inadimplência. No final dos anos 70, ela já era inevitável e aconteceu em 1982, juntamente com a moratória do México e a da Argentina.

27. Delfim Neto, em 1969-1970, instituíra vultosos subsídios às exportações industriais, mais um maná para as transnacionais.  Em 1982, de volta ao governo,  sob Figueiredo,  mostrou-se arredio a qualquer atitude que lembrasse soberania, e desprezou a tentativa argentina de formar o cartel dos devedores.

28. Daí por diante, não cessaram as capitulações, em notável continuidade entre o governo militar e os governos instalados após a Constituição de 1988.

29. Advêm nesse ponto os colossais dispêndios com o serviço da dívida de 1989/1990, ditados pela mágica dos banqueiros mundiais: não deixar acabar a dívida externa – apesar dos vultosos pagamentos – e ainda extrair dela a dívida interna, que cresceu exponencialmente a partir dos anos 80.

30. Entretanto, a coisa não parou aí.  Num processo de retro-alimentação perene: a estrutura de mercado, em poder de empresas estrangeiras, causando  déficits externos e endividamento, e este gerando ocupação ainda maior do mercado por essas empresas.

31. Isso culminou, a partir de 1990, com:

1) as  “privatizações”: entrega de estatais, de valor incalculável, em troca de títulos sem valor (moedas podres), com  desnacionalização imediata ou a médio prazo, em razão da dinâmica do modelo concentrador;

2) a desestruturação do próprio Estado, tornando-o desprovido de instituições capazes de guiar o desenvolvimento econômico e social, e fazendo-o substituir servidores comprometidos com o País por agentes externos.

32. Com a estagnação, acentuada após a crise de 1982,  a taxa de investimento ficou baixa, e os investimentos continuaram mal direcionados. 

33.  Mesmo sem crescimento econômico, os fatores do endividamento continuaram operando, até, em 1999, final do primeiro mandato de FHC, eclodir outra crise externa, ocultada até o desenlace, após a reeleição viabilizada pela corrupção para a emenda à Constituição.

34. Nos mandatos de Lula e no de Dilma, elevaram-se as taxas de crescimento do PIB, com a expansão do crédito, especialmente público, e navegando sobre preços mais altos nas exportações primárias.

35. Então se formaram bolhas e, a cada sinal de exaustão, o governo reage com pacotes que intensificam a deterioração estrutural da economia, em curso desde 1954 e agravada desde 1990. De fato, em 1970 oligopólios de transnacionais já controlavam o grosso da indústria, e depois foi quase todo o restante.

36. Os expedientes para o “crescimento” subordinam-se aos dogmas do Consenso de Washington, tais como parcerias público-privadas, nas quais o dinheiro público financia os empreendimentos e assume o risco, cabendo a gestão e lucro garantido a concentradores privados. Na mesma linha, os créditos subsidiados do BNDES às transnacionais -  e novas isenções fiscais e doações em favor destas -  refletem o estado patológico das relações de poder.

37. FHC fez desnacionalizar como ninguém, mas, segundo a Consultoria KPMG, de 2004 a junho de 2012, mais 1.167 empresas brasileiras passaram para controle estrangeiro.

38. Mais do que as fusões e aquisições, os  investimentos estrangeiros diretos (IEDs) – onde se computa também o reinvestimento de lucros -  são o principal mecanismo da desnacionalização

39. O estoque de IEDs acumulado de 1947 a 2005 montou a US$ 180 bilhões, e só os de 2006 a 2011 superam esse montante, com US$ 192,7 bilhões.

40. No mesmo período, os déficits de “serviços” e “rendas” aumentaram 114%. Somaram US$ 345,4 bilhões nesses seis anos, quantia equivalente a  93% do estoque de IEDs até 2011. 

41. Os IEDs e outras modalidades de capital estrangeiro têm equilibrado o Balanço de Pagamentos, como o uso acrescido de drogas alivia o toxicômano, i.e., agravando a doença estrutural da economia.

42. Assim, se não forem revertidas as regras que o Brasil vem obedecendo cegamente,  as transferências das transnacionais  levarão a uma crise externa incontornável, a qual, se tratada como as anteriores, fará elevar os juros e tornará a dívida pública ainda menos suportável.

43. Está presente também, em função da provável desvalorização do real, a perspectiva de avultar ainda mais a já desbragada venda  – por nada -  de empresas, títulos públicos e terras brasileiras. 

44. De fato, por imposição imperial, acatada por países submissos, o dólar continua valendo como moeda internacional, não obstante ser moeda falsa, aviltada por emissões às dezenas de trilhões, passados aos bancos da oligarquia. O Brasil entrega tudo para ficar com depósitos em dólares, fadados não só a perder valor, mas também a sumir de repente quando se desencadear a fuga de capitais.

* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento, editora Escrituras SP.