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sábado, 3 de março de 2012

A TAXA DE ANALFABETISMO NO BRASIL


Monteiro Lobato... e a taxa de analfabetismo no BrasilNo Brasil mais de 14 milhões de pessoas com 15 anos são analfabetos (9% da população nessa faixa etária), sendo que este índice é mais grave entre as pessoas com mais de 50 anos no Nordeste onde 40% são analfabetas e 50% são analfabetas funcionais, apenas sabem ler e escrever umas poucas palavras, além do próprio nome, para conseguirem o título eleitoral ou outro documento, mas não conseguem entender nada do que leem. Essas pessoas passam a ser joguetes nas mãos dos políticos e governantes demagogos e inescrupulosos. Acabam vendendo seus votos por um prato de comida ou outro favorzinho em épocas eleitorais. Engrossam também o contingente dos analfabetos políticos, na concepção de Bertolt Brecht. A taxa de analfabetismo funcional no Brasil é de 20,3%, que somada com a taxa de analfabetismo (puro) passa para 29,3% da população com 15 anos e mais, totalizando 39,2 milhões de pessoas. As taxas de analfabetismo no Brasil variam de 4,7% na Região Sul, para 5,1% no Sudeste, 6,6% no Centro-oeste; 10,6% no Norte e 17,7 no Nordeste. Os Estados do Nordeste ostentam taxas de analfabetismo que deveriam deixar os políticos daquela região com muita vergonha. São os piores índices. Variando de 15,4% na Bahia a 22,5% em Alagoas. Quando somadas com as taxas de analfabetismo funcional demonstram a principal razão da população não frequentar bibliotecas, não sabem ler ou não conseguem entender o que estão lendo! Foi no Nordeste, nos grotões de outros Estados e nas periferias urbanas que o Presidente Lula e a Presidente Dilma receberam os maiores índices de votação e é também nessas mesmas áreas que a miséria continua oprimindo o povo e o governo federal tem a maioria da “clientela’ de seus programas assistencialistas, ou as chamadas políticas compensatórios. No dia 18 de abril, estaremos comemorando 64 anos da morte de Monteiro Lobato, com certeza com tais números o mesmo deve estar se remexendo no túmulo com muita tristeza de que o país que ele tanto amava continua com elevadas taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional, apesar de ser uma democracia de fachada! Quanto aos homens e aos livros, muitos que podem lê-los, lamentavelmente pouco se preocupam com o destino do país e do povo. Quando estão empoleirados nas estruturas do Poder não titubeiam: assaltam os cofres públicos de forma clara, aberta e sem pejo! Se pudesse, Monteiro Lobato talvez iria refazer sua frase para Um país se constrói com homens e mulheres decentes, livros, com justiça, solidariedade e igualdade verdadeira, onde a corrupção e a impunidade não teriam lugar como assistimos todos os dias. Criminosos de colarinho branco, nem falar!

domingo, 12 de junho de 2011

A crise européia e o “moinho satânico” do capitalismo global


por GIOVANNI ALVES*
 União Européia avassalada pelos mercados financeiros
       A crise financeira de 2008 expõe com candência inédita, por um lado, a profunda crise do capitalismo global e, por outro, a débâcle político-ideológico da esquerda socialista européia intimada a aplicar, em revezamento com a direita ideológica, os programas de ajustes ortodoxos do FMI na Grécia, Espanha e Portugal, países europeus que constituem os “elos mais fracos” da    formação da consciência de classe da União Européia avassalada pelos mercados financeiros.
A mancha cinzenta do desemprego 
                          Aos poucos, o capital financeiro corrói o Estado social europeu, uma das mais proeminentes construções civilizatórias do capitalismo em sua fase de ascensão histórica. Com a crise estrutural do capital, a partir de meados da década de 1970, e a débâcle da URSS e o término da ameaça comunista no Continente Europeu, no começo da década de 1990, o “capitalismo social” e seu Welfare State, tão festejado pela social-democracia européia, torna-se um anacronismo histórico para o capital. Na verdade, a União Européia nasce, sob o signo paradoxal da ameaça global aos direitos da cidadania laboral. É o que percebemos nos últimos 10 anos, quando se ampliou a mancha cinzenta do desemprego de longa duração e a precariedade laboral, principalmente nos “elos mais fracos” do projeto social europeu. Com certeza, a situação do trabalho e dos direitos da cidadania laboral na Grécia, Espanha e Portugal deve piorar com a crise da dívida soberana nestes países e o programa de austeridade do FMI.
Sob o espírito do toyotismo
               Vivemos o paradoxo glorioso do capital como contradição viva: nunca o capitalismo mundial esteve tão a vontade para aumentar a extração de mais-valia dos trabalhadores assalariados nos países capitalistas centrais, articulando, por um lado, aceleração de inovações tecnológicas e organizacionais sob o espírito do toyotismo; e por outro lado, a proliferação na produção, consumo e política, de sofisticados dispositivos de “captura” da subjetividade do homem que trabalha, capazes de exacerbar à exaustão, o poder da ideologia, com reflexos na capacidade de percepção e consciência de classe de milhões e milhões de homens e mulheres imersos na condição de proletariedade.
Incapacidade das pessoas comuns e dos movimentos sociais 
            Deste modo, a crise européia é não apenas uma crise da economia e da política nos países europeus, mas também – e principalmente – uma crise ideológica que decorre não apenas da falência política dos partidos socialistas em resistir à lógica dos mercados financeiros, mas também da incapacidade das pessoas comuns e dos movimentos sociais de jovens e adultos, homens e mulheres explorados e numa situação de deriva pessoal por conta do desmonte do Estado social e espoliação de direitos pelo capital financeiro, em perceberem a natureza essencial da ofensiva do capital nas condições do capitalismo global.
Desigualdade social e desmonte do Welfare State 
      Ora, uma parcela considerável de intelectuais e publicistas europeus têm uma parcela de responsabilidade pela “cegueira ideológica” que crassa hoje na União Européia. Eles renunciaram há tempos, a uma visão critica do mundo, adotando como único horizonte possível, o capitalismo e a Democracia – inclusive aqueles que se dizem socialistas. Durante décadas, educaram a sociedade e a si mesmos, na crença de que a democracia e os direitos sociais seriam compatíveis com a ordem burguesa. O pavor do comunismo soviético e a rendição à máquina ideológica do pós-modernismo os levaram a renunciar a uma visão radical do mundo. Por exemplo, na academia européia – que tanto influencia o Brasil – mesmo em plena crise financeira, com aumento da desigualdade social e desmonte do Welfare State, abandonaram-se os conceitos de Trabalho, Capitalismo, Classes Sociais e Exploração. Na melhor das hipóteses, discutem desigualdades sociais e cidadania…
Esterilização da linguagem crítica  
                 Há tempos o léxico de critica radical do capitalismo deixou de ser utilizado pela nata da renomada intelectualidade européia, a maior parte dela, socialista, satisfeita com os conceitos perenes de Cidadania, Direitos, Sociedade Contemporânea, Democracia, Gênero, Etnia, etc – isto é, conceitos e categoriais tão inócuas quanto estéreis para apreender a natureza essencial da ordem burguesa em processo e elaborar com rigor a crítica do capitalismo atual. Na verdade, para os pesquisadores da “classe média” intelectualizada européia, muitos deles socialistas “cor-de-rosa”, a esterilização da linguagem crítica permite-lhes pleno acesso aos fundos públicos (e privados) de pesquisa institucional.
“herança maldita” do stalinismo  
       É claro que esta “cegueira ideológica” que assola o Velho Continente decorre de um complexo processo histórico de derrota do movimento operário nas últimas décadas, nos seus vários flancos – político, ideológico e social: o esclerosamento dos partidos comunistas, ainda sob a “herança maldita” do stalinismo; a “direitização” orgânica dos partidos socialistas e sociais-democratas, que renunciaram efetivamente ao socialismo como projeto social e adotaram a idéia obtusa de “capitalismo social”; a débâcle da União Soviética e a crise do socialismo real, com a intensa campanha ideológica que celebrou a vitória do capitalismo liberal e do ideal de Democracia. A própria União Européia nasce sob o signo da celebração da globalização e suas promessas de desenvolvimento e cidadania. Last, but not least, a vigência da indústria cultural e das redes sociais de informação e comunicação que contribuíram – apesar de suas positividades no plano da mobilização social – para a intensificação da manipulação no consumo e na política visando reduzir o horizonte cognitivo de jovens e adultos, homens e mulheres à lógica do establishment, e, portanto, à lógica neoliberal do mercado, empregabilidade e competitividade.
O capitalismo financeiro com seu “moinho satânico”
         Na medida em que se ampliou o mundo das mercadorias, exacerbou-se o fetichismo social, contribuindo, deste modo, para o “derretimento” de referenciais cognitivos que permitissem apreender o nome da “coisa” que se constituía efetivamente nas últimas décadas: o capitalismo financeiro com seu “moinho satânico” capaz de negar as promessas civilizatórias construídas na fase de ascensão histórica do capital.
Jovens indignados órfãos da palavra radical
         Não deixa de ser sintomático que jovens de classe média indignados com a “falsa democracia” e o aumento da precariedade laboral em países como Portugal e Espanha, tenham levantado bandeiras inócuas, vazias de sentido, no plano conceitual, para expressar sua aguda insatisfação com a ordem burguesa. Por exemplo, no dia 5 de junho de 2011, dia de importante eleição parlamentar em Portugal, a faixa na manifestação de jovens acampados diante da célebre catedral de Santa Cruz em Coimbra (Portugal), onde está enterrado o Rei Afonso Henriques, fundador de Portugal, dizia: “Não somos contra o Sistema. O Sistema é que é Contra Nós”. Neste dia, a Direita (PSD-CDS) derrotou o Partido Socialista e elegeu a maioria absoluta do Parlamento, numa eleição com quase 50% de abstenção e votos brancos. Enfim, órfãos da palavra radical, os jovens indignados não conseguem construir, no plano do imaginário político, uma resposta científica e radical, à avassaladora condição de proletariedade que os condena a uma vida vazia de sentido.
Lutar contra a cegueira ideológica e afirmar a lucidez crítica  
              Na verdade, o que se coloca como tarefa essencial para a esquerda radical européia – e talvez no mundo em geral – é ir além do mero jogo eleitoral e resgatar a capacidade de formar sujeitos históricos coletivos e individuais capazes da “negação da negação” por meio da democratização radical da sociedade. Esta não é a primeira – e muito menos será a última – crise financeira do capitalismo europeu. Portanto, torna-se urgente construir uma “hegemonia cultural” capaz de impor obstáculos à “captura” da subjetividade de homens e mulheres pelo capital. Para que isso ocorra torna-se necessário que partidos, sindicatos e movimentos sociais comprometidos com o ideal socialista, inovem, isto é, invistam, mais do que nunca, em estratégias criativas e originais de formação da classe e redes de subjetivação de classe, capazes de elaborar – no plano do imaginário social – novos elementos de utopia social ou utopia socialista. Não é fácil. É um processo contra-hegemônico longo que envolve redes sociais, partidos, sindicatos e movimentos sociais. Antes de mais nada, é preciso resgatar (e re-significar) os velhos conceitos e categorias adequadas à critica do capital no século XXI. Enfim, lutar contra a cegueira ideológica e afirmar a lucidez crítica, entendendo a nova dinâmica do capitalismo global com suas crises financeiras.
Capitalismo histórico imerso em candentes contradições orgânicas  
        Ora, cada crise financeira que se manifesta na temporalidade histórica do capitalismo global desde meados da década de 1970 cumpre uma função heurística: expor com intensidade candente a nova dinâmica instável e incerta do capitalismo histórico imerso em candentes contradições orgânicas.
Financeirização da riqueza capitalista e “lucros fictícios”  
        Na verdade, nos últimos trinta anos (1980-2010), apesar da expansão e intensificação da exploração da força de trabalho e o crescimento inédito do capital acumulado, graças à crescente extração de mais-valia relativa, a produção de valor continua irremediavelmente aquém das necessidades de acumulação do sistema produtor de mercadorias. É o que explica a financeirização da riqueza capitalista e a busca voraz dos “lucros fictícios” que conduzem a formação persistente de “bolhas especulativas” e recorrentes crises financeiras.
Voracidade das políticas de privatização 
Apesar do crescimento exacerbado do capital acumulado, surgem cada vez mais, menos possibilidades de investimento produtivo de valor que conduza a uma rentabilidade adequada às necessidades do capital em sua etapa planetária. Talvez a voracidade das políticas de privatização e a expansão da lógica mercantil na vida social sejam estratégias cruciais de abertura de novos campos de produção e realização do valor num cenário de crise estrutural de valorização do capital.
Sistema de capital concentrado
                 Ora, esta é a dimensão paradoxal da crise estrutural de valorização. Mesmo com a intensificação da precarização do trabalho em escala global nas últimas décadas, com o crescimento absoluto da taxa de exploração da força de trabalho, a massa exacerbada de capital-dinheiro acumulada pelo sistema de capital concentrado, não encontra um nível de valorização – produção e realização – adequado ao patamar histórico de desenvolvimento do capitalismo tardio.
Crise capitalista
        Deste modo, podemos caracterizar a crise estrutural do capitalismo como sendo (1) crise de formação (produção/realização) de valor, onde a crise capitalista aparece, cada vez mais, como sendo crise de abundância exacerbada de riqueza abstrata. Entretanto, além de ser crise de formação (produção/realização) de valor, ela é (2) crise de (de)formação do sujeito histórico de classe. A crise de (de)formação do sujeito de classe é uma determinação tendencial do processo de precarização estrutural do trabalho que, nesse caso, aparece como precarização do homem que trabalha.
A manipulação 
                        Ora, a precarização do trabalho não se resume a mera precarização social do trabalho ou precarização dos direitos sociais e direitos do trabalho de homens e mulheres proletários, mas implica também a precarização-do-homem-que-trabalha como ser humano-genérico. A manipulação – ou “captura” da subjetividade do trabalho pelo capital – assume proporções inéditas, inclusive na corrosão político-organizativa dos intelectuais orgânicos da classe do proletariado. Com a disseminação intensa e ampliada de formas derivadas de valor na sociedade burguesa hipertardia, agudiza-se o fetichismo da mercadoria e as múltiplas formas de fetichismo social, que tendem a impregnar as relações humano-sociais, colocando obstáculos efetivos à formação da consciência de classe necessária e, portanto, à formação da classe social do proletariado.
Consciência de classe
                   Deste modo, o capitalismo global como capitalismo manipulatório nas condições da vigência plena do fetichismo da mercadoria, expõe uma contradição crucial entre, por um lado, a universalização da condição de proletariedade e, por outro lado, a obstaculização efetiva – social, política e ideológica – da consciência de classe de homens e mulheres que vivem da venda de sua força de trabalho.
Capitalismo global e a sua incapacidade 
            Imerso em candentes contradições sociais, diante de uma dinâmica de acumulação de riqueza abstrata tão volátil, quanto incerta e insustentável, o capitalismo global explicita cada vez mais a sua incapacidade em realizar as promessas de bem-estar social e emprego decente para bilhões de homens e mulheres assalariados. Pelo contrário, diante da crise, o capital, em sua forma financeira e com sua personificação tecnoburocrática global (o FMI), como o deus Moloch, exige hoje sacrifícios perpétuos e irresgatáveis das gerações futuras.Entretanto, ao invés de prenunciar a catástrofe final do capitalismo mundial, a crise estrutural do capital prenuncia, pelo contrário, uma nova dinâmica sócio-reprodutiva do sistema produtor de mercadorias baseado na produção critica de valor.
O segredo do milagre chinês
          Apesar da crise estrutural, o sistema se expande, imerso em contradições candentes, conduzido hoje pelos pólos mais ativos e dinâmicos de acumulação de valor: os ditos “países emergentes”, como a China, Índia e Brasil, meras “fronteiras de expansão” da produção de valor à deriva. Enquanto o centro dinâmico capitalista – União Européia, EUA e Japão – “apodrece” com sua tara financeirizada (como atesta a crise financeira de 2008 que atingiu de modo voraz os EUA, Japão e União Européia), a periferia industrializada “emergente” alimenta a última esperança (ou ilusão) da acumulação de riqueza abstrata sob as condições de uma valorização problemática do capital em escala mundial (eis o segredo do milagre chinês).
Formação da consciência de classe 
           Portanto, crise estrutural do capital não significa estagnação e colapso da economia capitalista mundial, mas sim, incapacidade do sistema produtor de mercadorias realizar suas promessas civilizatórias. Tornou-se lugar comum identificar crise com estagnação, mas, sob a ótica do capital, “crise” significa tão-somente riscos e oportunidades históricas para reestruturações sistêmicas visando a expansão alucinada da forma-valor. Ao mesmo tempo, “crise” significa riscos e oportunidades históricas para a formação da consciência de classe e, portanto, para a emergência da classe social de homens e mulheres que vivem da venda de sua força de trabalho e estão imersos na condição de proletariedade. Como diria Marx, Hic Rhodus, hic salta!
* GIOVANNI ALVES é professor da UNESP, pesquisador do CNPq, atualmente fazendo pós-doutorado na Universidade de Coimbra/Portugal e autor do livro “Trabalho e Subjetividade – O “espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório” (Editora Boitempo, 2011). Site: http://www.giovannialves.org /e-mail:giovanni.alves@uol.com.br

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Período em que o ensino no Brasil passou a segundo plano

Enquanto o povo brasileiro não tiver formação cultural e conhecimento suficiente para da maneira correta intervir e mudar o quadro político brasileiro, esta “fiscalização” que o povo pode vir a fazer é praticamente impossível, e se for, está anos luz à frente da realidade nacional. 

"tornar o povo brasileiro mão-de-obra barata,  não pensante"   
  • Foi o período em que o ensino no Brasil passou a segundo plano obedecendo os consensos, o Banco mundial, e conspirações praticadas pelos governantes civis entreguistas, não nacionalistas; foi privatizado o ensino de qualidade no Brasil, limitando a todos o direito de frequentar as melhores escolas e universidades, roubando do  cidadão brasileiro, "a dignidade" de "condição humana". 
      “barbarização” podia apresentar para o “reino do espírito” roubando
        ao homem “a dignidade” de “condição humana". (Barros 1971 p.276                                                

“O austríaco Ivan Illich, que passou a trabalhar no México a partir de 1962, propôs a desescolarização da sociedade. [2]

Só uma renovação total das instituições educativas, segundo Illich, propiciaria a esperada mudança social” ( Portal Estante de Filosofia)

Acredito que Ivan Illich previu o marxismo cultural nas instituições educativas, e que mudaria a mente das crianças para pior. 

Escola Summerhill Inglaterra.  que ainda existe. Para A.S. Neil "uma criança deve viver a sua própria vida - não uma vida que seus pais acreditem que ela deva viver, não uma vida decidida por um educador que supõe saber o que é melhor para a criança."[3]

Relato enviado por e-mail: Recebido  e-mail por José Caetano Silva é sociólogo.

Ano de 1972, na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo

O Esquema Vestibulares era um colégio da elite prudentina, sem dúvida alguma. Num período curto de tempo converteu-se numa escola com grandes índices de aprovação em faculdades e universidades de ponta.

O hoje médico oftalmologista Ronaldo Gazolla Alves, o médico urologista Péricles Takeshi Otani (Medicina-Pinheiros),o médico neurologista Marcos Otani,os pediatras Aparecido Nórcia, Celso Tiezzi e Mauro Gakiya, o médico endocrinologista José Roberto Cunha Marcondes Filho,o físico Jair Carlos Romano (UNB), os engenheiros Fernando e Marcos Húngaro, Nuno Ramos Júnior, Eduardo Chesine, a historiadora Andréa Márcia Toledo Penacchi Marcondes, a jornalista Sonia Bongiovani, a fonoaudióloga Vânia Abduche Correia, o arquiteto Tiago Ferreira da Cunha Marcondes, o empresário e desportista Pérsio Isaac, e tantas outras pessoas de proa na cidade de Presidente Prudente, foram dos primeiros a vestir a camiseta do Esquema.

No início de 1972, o Esquema Vestibulares resolveu revolucionar o ensino médio em Presidente Prudente e, por conta disso, sua equipe de professores viajou para Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro.

Nova Friburgo é uma cidade serrana, distante 136 quilômetros do Rio de Janeiro. Uma cidade lindíssima, em meio a uma paisagem encantadora e um clima frio.

Esse é o cartão postal do Colégio Nova Friburgo (hoje unidade da UERJ), onde ficamos durante uma semana conhecendo a pedagogia revolucionária dessa  escola.

O Colégio Nova Friburgo da Fundação Getúlio Vargas foi inaugurado em 1950 por Luiz Simões Lopes que após uma viagem pela Europa resolve criar um colégio aproveitando a metodologia aplicada em colégios europeus.

O espaço escolhido foi um prédio construído para o funcionamento de um cassino nas montanhas do Parque da Cascata .

Depois de reformas e adaptações o prédio estava pronto para abrigar seus primeiros alunos, vindo de todos os cantos do país.

O Colégio Nova Friburgo encerrou suas atividades em 1977. Hoje, no prédio do colégio funciona um campus da Uerj . A Associação dos antigos alunos, professores e funcionários mantém um Museu e o Centro de Memória .

O método de ensino do Colégio Nova Friburgo. O Ginásio, depois Colégio Nova Friburgo, visava formar uma elite intelectual no Brasil e se constituiu num centro de experimentação pedagógica voltado para atender qualquer entidade educacional que quisesse capacitar os seus membros.

O método de ensino dessa escola era baseado no princípio da instrução formal de Johann Friedrich Herbart, atualizados por Henri C. Morrison e adaptados à realidade brasileira[5] [6] [7].

As fases do Plano Morrison correspondem às seguintes atividades didáticas:
a) Exploração: etapa em que o professor deve reunir os elementos relativos ao tema que irá tratar, com vistas à elaboração das atividades de ensino;
b) Apresentação: exposição sucinta do conteúdo pelo professor;
c) Assimilação: proposição de exercícios de fixação, com vistas a fazer com que o aluno assimile os pontos fundamentais de cada unidade didática;
d) Organização: nesta etapa, o aluno deve realizar atividades alusivas ao tema sem o auxílio do professor;
e) Recitação: na etapa final o aluno deve realizar uma exposição oral a respeito do assunto trabalhado, cabendo então a avaliação final da aprendizagem através da avaliação do desempenho do aluno nesta atividade.
Quando estivemos no Colégio Nova Friburgo soubemos que os alunos já haviam atingido o estágio de efetuar a auto-avaliação.

Tentamos essa experiência no Esquema e não deu certo. De certa forma valeu a viajem por termos conhecido o método das unidades que está em vigor até hoje, em muitas escolas brasileiras.
A maioria dos alunos do Colégio Nova Friburgo era muito rica e passava por um criterioso processo de seleção, visando garantir os melhores mesmo. Havia alunos bolsistas e os critérios de seleção eram mais rigorosos ainda.

O famoso cantor Ronnie Von (“Meu bem”) e o ator Carlos Eduardo Dolabella ( “Irmãos Coragem”) passaram por esta escola. Ronnie Von era “podre de rico”.

O Colégio Nova Friburgo nasceu em 1950 (governo Vargas) e desapareceu em 1977 no governo militar!!.

O Esquema Vestibulares nasceu em 1968 e também “desapareceu” em 1977 no governo militar "!!, quando se integrou numa parceria  pragmática e programática com o Curso Objetivo de São Paulo [1].  

Em 1970 foi criado o Colégio Objetivo com currículo de ensino médio. Idealismo e entusiasmo foram alguns dos requisitos que levaram, em 1965, os estudantes de Medicina João Carlos Di Genio e Dráuzio Varella e os médicos Roger Patti e Tadasi Itto a fundar um pequeno curso preparatório para as faculdades de Medicina, na região central da cidade de São Paulo que deu origem em 1972
as Faculdades Objetivo, embrião da futura Universidade Paulista – UNIP, atualmente a universidade que mais cresce no País, a mais cara e frequentada por alunos de posse.

Em 1974, nasceu o Colégio Objetivo Júnior, abrangendo a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. [2] 
https://www.youtube.com/watch?v=CgYufzlsv0A
Renascer o colégio? NÃO!  A FGV põe casarão do antigo Colégio Nova Friburgo à venda. A Instituição quer R$ 15 milhões pelo imóvel e já recebeu proposta. Ex-alunos e ex-funcionários estão preocupados com decisão queriam fazer renascer o colégio. [8]
Atualmente, a UNIP é a cabeça dos empreendimentos bilionários de João Carlos Di Gênio. Dos seus mais de 500 mil alunos em cursos superiores, pelo menos 20% são financiados pelo Novo FIES do governo, Di Gênio foi apanhado no escândalo dos Panama Papers, por esconder contas milionárias em paraísos fiscais em pelo menos quatro offshores administradas pela famigerada Mossak Fonseca. Que moral tem essa instituição? Que exemplo fornece para seus alunos?

Dráuzio Varela comentário no final dessa página, nega sua participação no Objetivo. No entanto, as fontes e informações, foram colhidas no site do objetivo: [9]   http://www2.objetivo.br/institucional/index.asp
    • Esse conteúdo foi ecebido por e-mail por José Caetano Silva é sociólogo. Formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente (antiga Fafi), instituto isolado da USP, em 1973. Começou a carreira como professor primário em 1969, em Itapecerica da Serra. Lecionou no Esquema Vestibulares, depois Objetivo, de Presidente Prudente, de 1972 a 1989. Lecionou na FCT-Unesp - entre 1976 e 1978. Lecionou na Instituição Toledo de Ensino - 1976 - 1985-1988 - 1995-1999. Lecionou no IMESPP - 1985-1988 e voltou para Unesp em 1985, onde lecionou até a aposentadoria em junho de 2008. Deu aulas ainda no Esquema Objetivo de Adamantina - 1974-1988. Trabalhou como professor do Objetivo de Araçatuba - 1977-1985. Foi vereador do Partido dos Trablhadores na Câmara Municipal de Presidente Prudente durante três legislaturas (1989-1992 - 1997-2000 - 2005-2008). Atualmente é o Diretor Presidente da Fundação Educacional Vicente Furlaneto, responsável pela manutenção do Centro de Educação Profissional "Antonio Zacharias" - em Presidente Prudente. [1]; [4]; [10];