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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

"Dossiê Cartel narcotráfico do Acre" Brigadeiro Werner Brauer, Ministro da Defesa e Fernando Henrique Cardoso

Saibam porque Fernando Henrique Cardoso tirou a Amazônia da vigilância e cuidados dos militares e nomeou um Civil para comandar o Ministério da Defesa: A liberação do narcotráfico brasileiro.
Foi assim que o ex-ministro da Aeronáutica, o Brigadeiro Werner Brauer, lançou mão deste Direito quando o canalha ex-presidente FHC, nomeou para o recém criado Ministério da Defesa Élcio Álvares um elemento civil ex-governados do Estado do Espírito Santo, desqualificado e  ligado a atividades ilícitas, o narcotráfico no Estado do Espírito Santo, elos financeiros da bandidagem no Espírito Santo, aposta alto que em suas contas vai desvendar a rede criminosa no Estado, quadrilha comandada pelo delegado Cláudio Guerra, que roubava carros no Brasil para trocá-los por cocaína na Bolívia, ligados também à máfia italiana. 
O brigadeiro Werner Brauer corajosamente denunciou o ato, mas, desgraçadamente, foi abandonado por seus pares e por isso exonerado pelo vendilhão da pátria, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, obedecendo conselhos do chefe da Casa Civil o também vendilhão da Pátria pedro Parente[1]

O Acre no Brasil foi o único Estado que o PT  se reelegeu em 2016
A CPI do narcotráfico acontece desde 1999, e  até hoje passaram-se duas décadas não apresentou resultados. Hoje sabemos que os principais envolvidos com o narcotráfico, dirigem os Estados,  a Nação brasileira.
Dos nove estados amazônicos brasileiros, cinco fazem fronteira com algum dos países andinos onde operam organizações do tráfico e outros dois com o Suriname, importante rota do narcotráfico internacional (O estado do Amazonas faz fronteira com a Colômbia e o Peru (além da Venezuela; o estado do Acre é limítrofe com Peru e Bolívia; Rondônia e Mato Grosso se limitam a oeste com a Bolívia e Roraima, ao norte faz fronteira com a Venezuela e Guiana. Os outros estados amazônicos são: Tocantins, Pará (fronteira com o Suriname), Amapá (fronteira com Suriname e Maranhão (zona de transição climática).

"Dossiê Cartel do Acre", muda tudo o que se sabe a respeito do tráfico de drogas no país. O que sempre se falou é que o Brasil servia apenas de rota de passagem para os traficantes estrangeiros que comandam o negócio da Bolívia, do Peru e da Colômbia. Nunca se admitiu a existência de cartéis brasileiros. Como o Brasil não produz a droga, o grupo investigado no Acre seria responsável pelo fornecimento do produto para São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Estima-se que a operação envolva a distribuição de mais de 80 toneladas por ano e movimente até 150 milhões de reais. Para os padrões do Acre, é uma soma espantosa, três vezes maior do que a arrecadação de impostos do Estado.  os membros do cartel do Acre desempenhariam tarefas específicas e hierárquicas, como no organograma de uma empresa. 

Os empresários, políticos e desembargadores formam o nível superior do grupo. Os empresários  os responsáveis pela lavagem do dinheiro, ocultando os lucros do tráfico na contabilidade de suas empresas. Os políticos e juízes do alto escalão formariam uma rede de proteção a fim de garantir a impunidade para todo o grupo. Um deles, o desembargador Jersey Pacheco Nunes, é apontado como sócio de um dos maiores traficantes no Brasil e foi indicado como responsável por mantê-lo fora das grades. Em depoimento, ele negou envolvimento com o tráfico.  
Os cinco empresários apontados pelo relatório têm algumas características em comum, além de manter laços fortes de amizade: a contabilidade de suas empresas apresenta muitos problemas, seu enriquecimento foi repentino e difícil de explicar, e todos já tiveram algum tipo de ligação com traficantes, diz o dossiê da Procuradoria. Juntos, eles controlariam uma frota de dez aviões, duas dezenas de caminhões e pelo menos dez balsas – um tipo de embarcação comum para transporte de carga na Amazônia, capaz de carregar mais de 300 toneladas. 
A CPI do Narcotráfico investiga à duas décadas  a possibilidade de essa frota estar a serviço de uma das principais redes de transporte de drogas na Amazônia. Na capital do Acre, Rio Branco, o empresário Edilberto Pinheiro, por exemplo, é dono do maior frigorífico do Estado e de pelo menos duas fazendas. Há alguns anos, a Polícia Federal prendeu traficantes colombianos que usavam pistas de pouso nas fazendas dele. Depois, a polícia localizou uma pista clandestina ao lado de seu frigorífico. Edilberto Pinheiro nega qualquer envolvimento com traficantes. "Enriqueci trabalhando desde os 14 anos, todos os dias da minha vida", afirmou a um grupo de jornalistas, após prestar depoimento à CPI do Narcotráfico. 
O relator da CPI, deputado Moroni Torgan, não ficou convencido de que a carreira de Pinheiro tenha sido tão bem-sucedida financeiramente graças a excesso de trabalho. 
"Da noite para o dia, ele se transformou de açougueiro em dono do maior frigorífico do Estado", espanta-se Torgan. Outro destacado empresário no Acre, Raimundo Damasceno, era empregado de um pequeno depósito de bebidas em uma cidade de 10.000 habitantes no interior do Estado cinco anos atrás. Hoje tem postos de gasolina, lojas, duas fazendas e é apontado pela Procuradoria da República como dono de aviões e balsas. Há dois anos, seu filho foi seqüestrado e morto por traficantes. "Ninguém consegue explicar como é que se fazem essas fortunas no interior do Acre", diz a deputada estadual Naluh Gouveia (PT), que está pedindo a abertura de uma CPI estadual para investigar o cartel do Acre. A deputada é autora de um dossiê que cita várias das pessoas também apontadas no relatório da Procuradoria como envolvidas com o narcotráfico. Segundo o empresário Raimundo Damasceno, suspeito de lavar dinheiro do tráfico, no seu caso o enriquecimento é fácil de explicar. "Muito trabalho e sucesso nos negócios", afirmou ele em depoimento à CPI.  
O ex-governador Orleir Cameli também aparece citado entre as autoridades que teriam ligação com o cartel. Cameli chama a atenção no grupo por causa da grande quantidade de histórias mal explicadas que o cerca. Ele é acusado de ter usado o governo para proteger traficantes e também de utilizar as próprias empresas para lavar dinheiro. Cameli é um dos maiores empresários do Acre. Sua frota de balsas distribui todo o óleo combustível usado para transporte e produção de energia elétrica no Estado. A Polícia Federal já encontrou cocaína em uma das balsas da família. Quando ainda era governador, envolveu-se na operação de compra de um Boeing 727 em Miami. Dias depois, o aparelho foi apreendido no Brasil carregado de contrabando. Vários depoimentos apontam o ex-governador como amigo e protetor de alguns dos maiores traficantes do Brasil. Além disso, suas empresas apresentam uma série de irregularidades fiscais. "Tudo que dizem é mentira, essas denúncias são de petistas que têm raiva de mim", respondeu Cameli em depoimentos prestados à CPI do Narcotráfico. Romildo Magalhães, seu antecessor no governo do Estado, também é citado como um dos pilares do tráfico. No relatório da Procuradoria, ele é apontado como responsável pela lavagem de dinheiro das drogas.

Em um nível intermediário, ainda de acordo com o relatório da Procuradoria, trabalharia o pessoal que faz a segurança do cartel. O deputado federal Hildebrando Pascoal e sua turma de policiais são apontados como os chefes dessa área. A tarefa do grupo era facilitar o trânsito de traficantes pelo Estado e alistar pessoal para executar o trabalho sujo. O próprio Hildebrando já admitiu que distribuiu centenas de bilhetinhos de salvo-conduto. Alguns deles foram encontrados com traficantes. Aliás, foi esse um dos principais motivos que levaram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a recomendar, na semana passada, que fosse cassado.

O relatório indica que mais de 100 policiais trabalham para o cartel. Entre os citados, aparecem os nomes de sete oficiais da PM e três delegados. Um deles, Carlos Bayma, já confessou a participação em crimes e outro, o policial militar Alex Fernandes Barros, foi preso acusado de uma dúzia de assassinatos. Ao grupo de policiais é atribuída uma série de mortes violentas que abalaram o Estado entre 1996 e 1997. Depois do assassinato de um dos irmãos do deputado Hildebrando Pascoal, houve uma caçada violenta a pessoas que a família Pascoal considerava suspeitas do crime.
Um jovem de 15 anos foi morto ao ser banhado em ácido. O pai do garoto, Agilson Firmino, teve pernas e braços decepados enquanto ainda estava vivo. Na quinta-feira passada, Irineu José da Silva, ex-funcionário de uma fazenda de Hildebrando Pascoal, disse em depoimento à CPI que viu o deputado dando o tiro de misericórdia em Firmino, após o ritual macabro de decepamento com uma serra elétrica. Até agora surgiu pelo menos uma prova concreta dos homicídios cometidos pelos policiais: uma testemunha secreta levou a polícia a uma cova clandestina que seria usada pelo grupo de Hildebrando Pascoal para enterrar suas vítimas. Lá foram encontradas várias ossadas.

No escalão intermediário da organização também aparece o envolvimento de funcionários públicos e juízes de primeiro grau. Um documento assinado pela Associação de Magistrados do Acre acusa três juízes e um promotor de manter fora do presídio 46 traficantes e homicidas já condenados. Os juízes são apontados como amigos do ex-governador Cameli. Um deles, o juiz Jerônimo Borges Filho, foi chefe de gabinete do governador. É na base que estão os traficantes propriamente ditos. Eles geralmente são bandidos comuns recrutados na periferia de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul, segunda cidade do Estado. Um levantamento no Acre indica que 11.000 pessoas estariam ligadas ao tráfico só em Rio Branco. Sua missão é transportar a droga e negociá-la em pequenas quantidades.

    O cartel do Acre foi descoberto quase por acaso. A Procuradoria da República começou a investigar as acusações contra o então obscuro coronel da PM Hildebrando Pascoal. Ele era apontado como líder de um grupo de extermínio. Alguns depoimentos intrigaram os investigadores. As testemunhas falavam de um esquema maior envolvendo políticos e empresários com traficantes. A Procuradoria começou a produzir uma lista de nomes suspeitos a fim de tentar estabelecer ligações entre eles. A partir desse trabalho foi possível montar uma espécie de organograma do cartel. Quando se fala de narcotráfico, o envolvimento de autoridades não é uma surpresa. "Onde existem drogas há muita corrupção e é certo o envolvimento do poder público em alguma esfera", diz o pesquisador Francisco Thoumi, da Universidade de Los Andes, na Colômbia. A investigação em curso é importantíssima porque pela primeira vez no Brasil está sendo possível examinar a interferência dos tubarões das drogas na política e nas empresas. O esquema que está sendo revelado no Acre pode ser a chave para desvendar outras quadrilhas.

A CPI montada em Brasília para investigar o narcotráfico começou a estudar a quebra do sigilo bancário e fiscal de mais de 100 suspeitos indicados pelo relatório da Procuradoria. A partir do cruzamento das informações bancárias de juízes, políticos, policiais e empresários, a Procuradoria da República, a Polícia Federal e a Receita pretendem estabelecer as provas definitivas para incriminar e condenar os membros do cartel brasileiro. "Encontramos muitas provas da existência de um cartel de narcotraficantes 100% nacional, com ramificações na polícia, na política e com apoio de empresários, uma estrutura que segue exatamente o mesmo modelo de funcionamento dos cartéis colombianos", afirma o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza, que está à frente das investigações. 
"Agora só falta descobrir o caminho do dinheiro. Daqui para a frente ninguém sabe onde e em quem podemos chegar", diz.
O Acre está à espera de uma força-tarefa formada por policiais, procuradores e agentes da Receita Federal para continuar as investigações. A Polícia Federal tem apenas 25 homens para reprimir o tráfico no Estado. A Receita Federal conta com apenas dois auditores e a Procuradoria da República ainda não tem um procurador fixo no Acre. Dois procuradores de Brasília trabalham em esquema de revezamento. Em 1991, uma CPI formada pelo Congresso para apurar o tráfico de drogas acabou em uma lista imensa de suspeitos, mas por falta de uma devassa fiscal e contábil ninguém foi para a cadeia. No ponto em que chegou a investigação do cartel do Acre, só a devassa fiscal e bancária nas contas dos envolvidos vai permitir que se mandem os barões para a cadeia. "Essas pessoas só poderão ser pegas por fraudes fiscais e crimes financeiros. A cocaína não passa pelas mãos dos chefões", diz o superintendente da Polícia Federal no Acre, Glorivan Bernardes de Oliveira.
Pesquisa:
Veja de 22/09/1999
Por Alexandre Secco, de Rio Branco

Dossiê oficial do governo revela a existência de um cartel de drogas no Brasil

http://veja.abril.com.br/idade/educacao/pesquise/drogas/1627.html
[1] http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2017/01/fhc-exonerou-o-general-da-aeronautica.html

FHC exonerou o MD Comandante Bräuer, nomeando MD capixaba, aliado ao crime organizado no Estado do Espirito Santo

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Brigadeiro Werner  Bräuer
O brigadeiro Werner Brauer corajosamente denunciou o envolvimento do novo Ministro com o narcotráfico, mas, desgraçadamente, foi abandonado por seus pares, os militares lesa-pátria que não o defendeu, permitiram se calando, que FHC instalasse no Brasil o narcotráfico, os narcotraficantes e por  orientação do Chefe da Casa Civil o piauense Pedro Parente, FHC exonerou o brigadeiro Werner Brauer. Como confiar no Alto Comando das Forças Armadas brasileiras e seus infiltrados, que permaneceram no comando da Instituição  calados, sem dizer não! durante todo o tempo, permitindo  que o crime organizado tomasse conta do Brasil! O Brigadeiro Ivan Frota, por sua vez, defendeu o impedimento de FHC. Já o Deputado Federal e Capitão do Exército Jair Bolsonaro propôs que o Brasil seguisse o modelo de Hugo Chávez, ou seja, um militar na Presidência da República (MILITARES DÃO SINAL AMARELO, 1999). Em troca de acordos (lesa-dignidade), os militares não fariam nenhuma manifestação pública. Estes, por sua vez, exigiram a edição de uma Medida Provisória concedendo reajuste salarial – no que foram atendidos.[8]

"Demissão do brigadeiro Werner  Bräuer foi ato de traição"
https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2017/02/ministerio-da-defesa-brasileiro.html
Quando FHC elegeu o civil  ex-senador (P)MDB ES Élcio Alvares como ministro da Defesa mesmo sem dar explicações convincentes para as denúncias de que ele  teria envolvimento com o crime organizado do Espírito Santo. Seu nome constava das agendas do empresário Toninho Roldi, apreendidas pela polícia em 1995. Acusado de ser um dos chefões da bandidagem capixaba, Roldi  em seu livro caixa compromete importantes políticos do Espírito Santo. Nesse verdadeiro dominó capixaba, a pedra da vez é o senador Gerson Camata (PMDB-ES).  há vários registros de financiamento para campanhas de candidatos a prefeito ligados ao senador e tratamento sábio que o governador Camata vem dispensando ao jogo do bicho" O Toninho é da cozinha do senador", entre outros, ligados a Scuderie Le Cocq, sucedânea do esquadrão da morte;  declarou o presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, deputado José Carlos Gratz (PFL), num programa de televisão em Vitória Indiciado por quatro crimes pela CPI do Narcotráfico, Gratz sabe do que está falando.
Gerson Gamata: 1) Livro-caixa: 2) Jogo do bicho: 3) Crime organizado: 

https://istoe.com.br/32010_CAI+MAIS+UMA+PEDRA+/

A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado capixaba.
No Espírito Santo, entre a sua criação e até o início de 2002, a Scuderie chegou a ser formada por mais de mil associados, entre jornalistas, policiais civis, militares, advogados, delegados de Polícia, magistrados, coronéis, políticos, médicos, engenheiros, bicheiros, dentre outros.
Em maio de 2002, a Anistia Internacional divulgou um relatório em que o Espírito Santo era citado como um Estado em que os “defensores dos direitos humanos sofriam ameaças crescentes” e classificou a Scuderie Detetive le Cocq como “uma estrutura paramilitar”, “com poderosos grupos econômicos e políticos no Estado, incluindo membros dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. 
A Scuderie Detetive Le Cocq, que era inscrita como Pessoa Jurídica na condição de entidade filantrópica, foi extinta depois de ser acusada pelo Ministério Público Federal de abrigar e proteger grupos de extermínio, traficantes e assaltantes.a entidade abrigou e protegeu, por vários anos, pessoas acusadas de pistolagem, tráfico de drogas e roubos a bancos. (desistirão? eu penso que não, veremos!)

A liberação do narcotráfico aconteceu no governo FHC. FHC  sob orientação do Chefe da Casa Civil o piauense Pedro Parente, exonerou o Brigadeiro Werner Bräuer, intimidando assim, o Alto  Comando Militar "a desobediência civil contra o tirano injusto destruidor da Pátria (...)". Foi assim que o ex-ministro da Aeronáutica, o Brigadeiro Werner Brauer, lançou mão deste Direito quando o canalha ex-presidente FHC,  nomeou para o recém criado Ministério da Defesa Élcio Álvares um elemento civil, ex-governador do Espírito Santo, desqualificado e  ligado a atividades ilícitas, o narcotráfico no Estado do Espírito Santo. 


Élcio Álvarez ministro da Defesa (1999-2000), no governo de Fernando Henrique Cardoso, cargo que foi obrigado a deixar sob denúncias de corrupção e favorecimento, inclusive de ligações com o crime organizado no Estado do Espírito Santo.
Brigadeiro Werner Brauer (à esq.), o presidente FHC e o ministro Elcio Alvares,  no Clube da Aeronáutica

Para tentar se manter no cargo, Élcio Álvares entrega cabeça de super assessora  sendo investigada pela CPI do Narcotráfico. Depois de críticas ao ministro, o comandante da Aeronáutica também cai[5]

FHC manda ministro afastar assessora citada por CPI.;- Solange Rezende, assessora especial do ministro da Defesa, Elcio Alvares. Solange é acusada pela CPI do Narcotráfico de manter ligações com o crime organizado no Espírito Santo, juntamente com Dório Antunes de Souza. Dório é irmão e sócio de Solange em muitas causas inclusive no escritório  de advocacia do ministro, além de especialistas na defesa de acusados de pertencerem ao crime organizado capixaba[3] Justiça interdita bens de ex-assessora de Élcio Álvares, que ainda vai enfrentar a CPI do Narcotráfico[6]
André dusek
general Alberto Cardoso
Geraldo Quintão ex-Advogado Geral da União assumiu o MD logo anunciando ações que agradaram em cheio os militares: estudo para aumento de soldos, e defesa de um sistema previdenciário diferenciado do civil (AZEREDO, 2000).
 Em outubro de 2000, FHC resolveu demitir o Comandante do Exército, General Gleuber Vieira, por sua declaração criticando a falta de verbas. Enfrentou, então, a mais séria crise militar de sua gestão. A decisão presidencial chegou aos quartéis. Imediatamente, 155 generais de todo o país reuniram-se em Brasília, sem a presença do Ministro da Defesa, Geraldo Quintão, em ato de desagravo12. FHC entendeu a mensagem e logo escalou o General Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional para anunciar que Gleuber não seria mais demitido. Em troca os militares não fariam nenhuma manifestação pública. Estes, por sua vez, exigiram a edição de uma Medida Provisória concedendo reajuste salarial – no que foram atendidos. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, afirmou:  "Não há insatisfação na área militar.  O ministro da Defesa Élcio Alvares' permanece no cargo". (O ministro ligado ao crime organizado, General! como o povo brasileiro pode e deve confiar nos Generais, no alto Comando Militar?) 


Antes de se decidir pelo afastamento de Bräuer, FHC consultou outros chefes militares. A maioria concordou que a quebra de hierarquia justificava a decisão do presidente e garantiu que a demissão não provocaria reação negativa nos quartéis;  (Safados!)

Entretanto, mesmo sozinho o Brigadeiro Werner  Bräuer atingiu seu objetivo. Lavou a honra da Forca Aérea e "abateu" o impostor.  O tenente-brigadeiro Werner Bräuer foi  exonerado por FHC por ordens do chefe da casa civil  o piauense Pedro Parente pela sua declaração de que o homem público deve ter conduta ilibada; que sua exoneração  tenha resultado em face do nosso homenageado opor-se, declarada e corajosamente; - à entrega do controle da EMBRAER aos franceses; - que ele contra-bateu a sanha globalizante, a entrega dos aeroportos; - a privatização sem rumo e sem objetivos; -  golpe de Cr$ 335 bilhões (valores da época) contra o Banco do Estado do Espírito Santo; -  habeas-corpus ao traficante de drogas Roberto Tisi, acusado de fazer parte da máfia italiana Ndràngheta , sob a alegação de que havia falhas na instrução criminal; -  "A desnacionalização da Indústria Aeronáutica", denunciou o general, "põe a perder todo um esforço pioneiro e exitoso do qual todos os brasileiros, militares e civis, devem se orgulhar, pois que materializou uma conquista fundamental da Nação Brasileira, nas suas inalienáveis pretensões de progresso, independência e soberania"; - CPI no Narcotráfico. Considerado um dos elos financeiros da bandidagem no Espírito Santo, aposta alto que em suas contas vai desvendar a rede criminosa no Estado, quadrilha comandada pelo delegado Cláudio Guerra, que roubava carros no Brasil para trocá-los por cocaína na Bolívia, Brasília-DF, 18 de dezembro de 1999.  e depois no total descaramento para se vingar, Cláudio Guerra acusou  os militares na comissão da (in)verdade.

Indefensável. [1] 

Buraco na Defesa.  [2]

O que fere profundamente a sensibilidade dos nossos olhos é a identificação, nesse ato deplorável e abominável, de três características comuns em atos dessa natureza praticados por membros do governo: deboche, covardia cívica e traição.

Por que deboche? Jamais tratam com os militares assuntos de grande importância, como deviam. O presidente não diz nada. Manda o seu porta-voz dizer coisas que também não assume a responsabilidade.

Por que covardia? Não tem a coragem de definir as razões da exoneração. Ficamos sabendo através dos jornais.

Traição por quê? Pela indefinição, deixando o oficial exonerado à mercê das intrigas e das interpretações ardilosas da imprensa e de maus dizentes. Acusam o exonerado, ou o que pediu exoneração. Já se vê a traição e a má fé do que os porta-vozes estão transmitindo, objetivando, sutilmente, a alienação do patrimônio nacional e a submissão do Estado Brasileiro a imposições alienígenas, cujo passo decisivo consiste em desvalorizar, fatalmente, o seu braço armado",

Na avaliação dos oficiais-generais, Bräuer teria ainda falado "em tese" sobre a CPI do Narcotráfico como forma de reforçar o valor das instituições e não em nome dos seus comandados ou do conjunto das Forças Armadas, numa espécie de recado político ao ministro Elcio Alvares.


Na avaliação dos oficiais-generais, ele infringiu a cadeia de comando ao emitir opinião em público com conotação política sobre um superior hierárquico.
A saída de Bräuer, nesse ponto, é considerada positiva.


O Alto- Comando DISSE:  se ele não fosse punido, o episódio daria chances para que coronéis criticassem generais, sargentos falassem de majores e assim por diante, disseminando insubordinação na caserna. Oras! e na soberania Brasileira não pensaram esses militares do alto Comando lesa-pátria, omissos, o caos que transformaria o Brasil? pensaram apenas na baderna que causaria a caserna?

ADENDO Agosto/2018: Em processo Judicial nos Estados Unidos, o envolvimento dos Clinton usando também o Instituto Clinton no tráfico de drogas, de pessoas, de órgãos, na pedofilia. Bill Clinton o inseparável amigo de FHC pessoal, de governo e de atos ilícitos. https://humantraffickinghotline.org/ - De: https://qanon.app - 1830 


Notas:

[1] http://istoe.com.br/31911_INDEFENSAVEL+/

[2]  http://istoe.com.br/30598_BURACO+NA+DEFESA/

[3] http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1812199902.htm
]4] http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI164638-15223,00.html

[5] http://istoe.com.br/27730_SEM+DEFESA+/
[6] http://istoe.com.br/43198_A+VEZ+DE+SOLANGE/
[7] https://www.diariodocentrodomundo.com.br/candidato-ao-governo-do-es-aliado-de-bolsonaro-foi-membro-da-scuderie-le-cocq-conhecida-como-esquadrao-da-morte/

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

BANESTADO PF CAÇA OS ENVOLVIDOS EM TODO O BRASIL! E ATÉ HOJE, a 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba DEIXOU EM SONO PROFUNDO

Até  hoje, 2016, não vimos nenhum político ser julgado, e o erário desviado retornar aos cofres públicos.
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Por Redação O Estado Do Paraná - 18/08/2004 -  01:00

São Paulo ? A Polícia Federal deflagrou às 5 horas da manhã de 17/08/2004, a Operação Faroleiro – conhecida também como Operação Polvo e Farol da Colina. São mais de 800 homens distribuídos em oito estados brasileiros, a maioria em São Paulo e Rio de Janeiro. Só em São Paulo, foram alocados num hotel no centro da cidade cerca de 230 agentes federais de Brasília. O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, foi preso. 

  • Na CPI Delcídio do Amaral não permitiu a declaração do doleiro Toninho da Barcelona!!! Motivo do Pacto entre FHC e Lula. Que hoje se dê continuação das investigações.
A Operação Faroleiro leva este nome em decorrência do banco Beacon Hill, cuja tradução literal é “farol”. O Beacon Hill é apontado como um dos maiores lavadores de dinheiro no esquema do Banestado de Foz do Iguaçu, agência acusada de ter lavado em 4 anos, junto com o Banestado de Nova York, cerca de US$ 30 bilhões.
A Operação Faroleiro visou buscar computadores e documentos dos investigados por lavagem de dinheiro. A Beacon Hill Service Corporation foi indiciada pelo do promotor distrital (district attorney) de Manhattan, Robert Morgenthal. É acusada de ser intermediária na abertura de contas em paraísos fiscais e em esquemas de lavagem de dinheiro. Segundo o MP americano, entre 2001 e 2002 a Beacon Hill teria movimentado remessas num total de US$ 3,2 bilhões – em apenas 40 contas que tiveram quebra de sigilo pelas autoridades americanas.
A Beacon Hill foi a responsável pela abertura da conta camuflada “Tucano” (número 310035), no banco J.P. Morgan Chase, que recebia transferências ilegais de dinheiro. Segundo a CPI mista do Banestado saiam remessas, em nome da Beacon Hill, para contas de políticos brasileiros, como Ricardo Sérgio Oliveira – ex-caixa da campanha do PSDB, e João Bosco Costa – ex-diretor do Previ.
Morgenthal cita também como investigado o ex-governador Paulo Maluf. A Beacon Hill também é acusada de ter agenciado 18 remessas para contas em paraísos fiscais feitas pelo presidente da Ponte Preta de Campinas, Sérgio Carnielli, que somam US$ 615 mil. Na conta Tucano, segundo a CPI, a Beacon Hill teria movimentado cerca de US$ 28 milhões, entre 1996 e 1998.
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), presidente da CPI Mista do Banestado, afirmou que já foram feitas diligências em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e São José do Rio Preto (SP), no Brasil. “De Washington e Nova York, nos Estados Unidos, trouxemos imenso volume de documentos sobre empresas off shore, entre elas a Beacon Hill, considerada a holding dos doleiros sul-americanos, em cujas contas circularam cerca de US$ 10 bilhões retirados ilegalmente do Brasil.
Um golpe na lavagem de dólares
Brasília – Todos os mandados foram expedidos pelo juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que já julgou processo contra ex-dirigentes do Banestado. Em Belo Horizonte estava previsto o cumprimento de 17 mandados de prisão; em Curitiba, cinco mandados; em Recife (cinco mandados); João Pessoa (dois mandados); Belém (oito mandados); Manaus (quatro); Rio de Janeiro e Niterói (28 mandados); e São Paulo. Até o começo da noite de ontem foram presos 63 doleiros.
Entre os empresários com mandado de prisão estão Raul Davis, que tem um escritório no Leblon, área nobre do Rio, que também está sendo vasculhado pela PF; Armando Santome e Dario Messer, que teria uma casa de câmbio em Copacabana. Na Ilha do governador, os policiais tentaram prender o dono da Royal Turismo, Agostinho Rameiro, mas, segundo seu genro, que não se identificou, ele estaria viajando. A PF levou para a superintendência o genro de Rameiro. O delegado Paulo Lacerda, diretor da PF, orientou os policiais a fazer uma operação com “precisão cirúrgica”, para evitar problemas como os ocorridos na ação de busca e apreensão na Caixa Econômica, semana passada.
Dez horas após deflagrada pela PF, a Operação, Farol da Colina contabilizou somente em São Paulo, 24 prisões, dentre elas a do doleiro Antônio Oliveira da Claramunt, o Toninho da Barcelona. “A operação está sendo um sucesso e para nós (PF) não existe prazer maior do que a prisão do Toninho da Barcelona”, afirmou o porta voz da Superintendência da PF, delegado Wagner Castilho.
A primeira pessoa presa em São Paulo pela operação foi o doleiro Toninho da Barcelona. Ele foi preso na madrugada, quando circulava com um parente pela Avenida Sumaré, Zona Oeste da capital. “Era uma questão de honra para a Polícia Federal prender esse doleiro”, reiterou o delegado Wagner Castilho.
Segundo Castilho, a movimentação num sistema chamado de “dólar a cabo”, uma transação na qual empresários e comerciantes indicavam, via doleiros, contas no exterior para receber recursos sem recolhimento de impostos ou declarações à receita federal. Os envolvidos estão sendo enquadrados nos seguintes crimes: evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.
http://www.tribunapr.com.br/noticias/brasil/pf-caca-envolvidos-no-caso-banestado-em-todo-o-brasil/
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Conta tucano

Investigações revelam que o ex-caixa de campanha do PSDB movimentou US$ 56 milhões por intermédio de contas no Banestado dos EUA

Documentos a que ISTOÉ teve acesso começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro. Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas por doleiros por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56 milhões ao Exterior entre 1996 e 1997. O laudo dos peritos mostra que, nas suas operações, o tesoureiro utilizava
o doleiro Alberto Youssef, também contratado por Fernandinho Beira- Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior. Os peritos descobriram que todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio ia parar na camuflada conta número 310035, no banco Chase Manhattan também em Nova York (hoje JP Morgan Chase), batizada com o intrigante nome “Tucano”. De acordo com documentos obtidos por ISTOÉ, em apenas dois dias – 15 e 16 de outubro de 1996 – a Tucano recebeu US$ 1,5 milhão. A papelada reunida pelos peritos indica que o nome dado à conta não é uma casualidade.
Os dois responsáveis pela administração da dinheirama, segundo a perícia, são figurinhas carimbadas nos principais escândalos envolvendo o processo de privatização das teles e auxiliares diretos de Ricardo Sérgio: João Bosco Madeiro da Costa, ex-diretor da Previ (o fundo de pensão do Banco do Brasil) e ex-assessor do caixa tucano na diretoria internacional do BB, e o advogado americano David Spencer. A perícia revela ainda que Spencer é procurador de Ricardo Sérgio em vários paraísos fiscais. Ao perseguir a trilha do dinheiro, os peritos descobriram que os milhões de Ricardo Sérgio deixavam o País por intermédio de uma rede de laranjas paraguaios e uruguaios contratados por Youssef e eram depositados na conta 1461-9, na agência do Banestado em Nova York antes de pousar na emplumada Tucano, que contava com uma proteção especial para dificultar sua localização. Ela estava registrada dentro de outra conta no Chase em nome da empresa Beacon Hill Service Corporation. De lá, o dinheiro era distribuído para contas de Ricardo Sérgio e de João Bosco em paraísos fiscais no Caribe.
A perícia traz outras provas contundentes. A PF conseguiu comprovar que parte do dinheiro enviado por intermédio do Banestado retornou ao Brasil para concretizar negócios desse mesmo grupo. Segundo o laudo, o dinheiro voltava embarcado em uma conta-ônibus junto com recursos de várias offshores (empresas em paraísos fiscais com proprietários sigilosos) operada pelo próprio João Bosco. Os peritos conseguiram, por exemplo, identificar o retorno de US$ 2 milhões utilizados para comprar um apartamento de luxo no Rio de Janeiro em nome da Rio Trading, uma empresa instalada nas Ilhas Virgens Britânicas. Foram rastreados também imóveis em nome da Antar, sediada no mesmo paraíso, em nome de Ronaldo de Souza, que, segundo a PF, é sócio, procurador e testa-de-ferro de Ricardo Sérgio. Pelas características dos depósitos, que eram frequentes, suspeita-se que, por esse mesmo duto de lavagem, também passaram contribuições de campanha. Além disso, Youssef tinha em sua carteira principalmente dois tipos de clientes: narcotraficantes e políticos. O laudo concluiu ainda que Ricardo Sérgio, enquanto ocupava o cargo de diretor internacional do BB, ajudou a montar o esquema bancário que operava com dinheiro de doleiros na fronteira, depois transferido para a agência nova-iorquina do Banestado.
Os documentos anexados ao laudo provam o envolvimento do advogado e procurador de Ricardo Sérgio, David Spencer, na abertura e movimentação da conta 1461-9, em nome da empresa June International Corporation. Um ofício do gerente do Banestado, Ercio Santos, encaminhado ao doleiro Youssef em 20 de agosto de 1996, atribui a Spencer a responsabilidade pela abertura da conta. “Segue cópia dos documentos referentes à abertura da June, em 8 de agosto de 1996. Recebemos hoje do David Spencer”, diz a primeira linha da correspondência na qual Ercio informa Youssef a respeito dos procedimentos para movimentação da conta. Na carta, Youssef é  tratado intimamente por “Beto” e, ao se despedir, o gerente manda“um grande abraço”. Ercio Santos sabia que mexia com dinheiro sujo. Informa, no documento, que preferiu não enviar selo da June por malote para não chamar a atenção. O selo, uma espécie de carimbo metálico, traz a identificação da empresa no paraíso fiscal onde foi instalada. A perícia comprovou também que, além do dinheiro do tucanato, Spencer ajudou a lavar recursos desviados do Banco Noroeste e do Nacional. Casado com uma brasileira, o americano conheceu Ricardo Sérgio no Brasil quando o ex-diretor do BB ocupava um cargo de direção no Citibank. Por falar português fluentemente, tornou-se advogado
de banqueiros brasileiros no Exterior.
Como procurador de Ricardo Sérgio, conforme o relatório, Spencer abriu em 1989 a empresa Andover International Corporation nas Ilhas Virgens Britânicas. Spencer – que era também tabelião em Nova York – tinha respaldo legal para fechar as compras de imóveis no Brasil em nome das empresas offshore de Ricardo Sérgio e sua turma, mantendo os nomes dos verdadeiros donos em sigilo. Em uma dessas operações em 1989, por exemplo, Spencer lavrou uma procuração em nome do engenheiro Roberto Visneviski, outro sócio do tesoureiro tucano, para representar a empresa Andover na compra de um conjunto de salas na avenida Paulista, avaliado em R$ 1 milhão. Para especialistas em lavagem de dinheiro, a operação é suspeita porque Visneviski assina duas vezes a transação: como vendedor e como comprador. “Obviamente, a Andover é do próprio Ricardo Sérgio. Foi uma operação clássica de internação de dinheiro”, avalia o jurista Heleno Torres, um especialista na investigação de operações de lavagem. Essa é apenas uma das 137 contas que já estão periciadas nos inquéritos. Por elas trafegaram US$ 30 bilhões. A polícia calcula que mais de 90% dessa montanha de dinheiro é ilegal, mais da metade resultado de sonegação de impostos através de caixa 2.
Reação – As denúncias publicadas na última edição de ISTOÉ que revelaram a sangria via Banestado caíram como uma bomba dentro do governo. Já no sábado 1º, um assessor direto do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, procurou o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, pedindo informações sobre o laudo. Depois de conversar com o delegado Antônio Carlos Carvalho de Souza, atual responsável pelo caso, e com os peritos que trabalharam no escândalo, Lacerda comandou o reagrupamento de todos os policiais que já participaram da operação. Na quinta-feira 6, o chefe da PF reuniu a equipe e determinou a criação de uma força-tarefa da PF em parceria com o Ministério Público e com a Justiça. Além de Carvalho, o delegado José Francisco Castilho Neto e os peritos Eurico Montenegro e Renato Rodrigues, que buscaram junto ao FBI e organizaram toda a documentação existente hoje no Brasil, estão de volta às investigações. Os três haviam sido colocados na geladeira durante a administração tucana na PF. “É o maior caso de evasão de divisas que eu conheço”, admitiu Lacerda na quinta-feira 6. “Vamos investigar tudo e não cederemos a pressões de qualquer natureza”, adverte o ministro Márcio Thomaz Bastos, antecipando-se a eventuais novos nomes que o dossiê-bomba da PF venha a revelar.
O grupo, reforçado por dois escrivãos, voltará aos EUA nas próximas semanas para buscar os documentos que trazem as movimentações bancárias no biênio 1998-1999. Até agora, o trabalho dos peritos foi um exercício de abnegação. “O número de peritos é pequeno para o volume de informações que está sendo investigado”, diz o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Roosevelt Júnior. A divulgação do laudo também provocou uma corrida de procuradores que investigam separadamente casos de lavagem em vários Estados. O procurador Guilherme Schelb, que apura outros casos de lavagem, pediu o bloqueio das três contas suíças do contrabandista e traficante foragido João Arcanjo Ribeiro. O procurador Luís Francisco de Souza, que rastreia os passos de Ricardo Sérgio, também quer ter acesso aos laudos produzidos pela PF. O cearense José Gerin não perdeu tempo. Desembarcou em Foz do Iguaçu esta semana para buscar detalhes sobre a quadrilha de doleiros que opera na região Nordeste, entre eles Wilson Roberto Landim, preso há duas semanas, que, pelos documentos, remeteu para o Exterior quase US$ 1 milhão em apenas seis meses.
OS BONS COMPANHEIROS
NOMERicardo Sérgio de Oliveira
PROFISSÃO/CARGOEconomista e ex-diretor da área internacional do banco do brasil no governo FHC, ex-tesoureiro de campanhas tucanas
Principal articulador da formação dos consórcios que disputaram o leilão das empresas de telecomunicações, o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, saiu
das sombras do tucanato ao ser captado num grampo do BNDES em que dizia ao ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros que iria conceder uma carta de fiança ao consórcio coordenado pelo
Banco Opportunity. “Estamos agindo no limite da irresponsabilidade”, disse Ricardo Sérgio no grampo.
Depois da revelação, Ricardo Sérgio passou a sofrer uma série de investigações no MP e na PF. Acusado de receber propina de empresas que participaram da privatização, Ricardo Sérgio está sendo investigado também por enriquecimento ilícito.
Ao assumir o cargo em 1994, convidou para chefe de gabinete o seu fiel escudeiro João Bosco Madeiro da Costa. Por indicação do ex-diretor do BB, Madeiro foi posteriormente para o cargo de diretor de investimentos da Previ, o milionário fundo de pensão do BB que participa do controle acionário da maior parte das teles privatizadas. Relatórios da Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência, revelaram que Madeiro centralizava todo o poder de negociação do fundo com grandes empresas. Segundo o Ministério Público, Madeiro também é suspeito de enriquecimento ilícito.
http://istoe.com.br/17020_CONTA+TUCANO/

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FHC - Amaury - Ricardo Sergio de Oliveira

Dayanne Sousa

"Não tô nem sabendo". Essa foi a resposta do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso ao ser perguntado por Terra Magazine sobre o livro A Privataria Tucana, de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
O livro denuncia o que, segundo o autor, foi um esquema de desvios de recursos das privatizações ocorridas durante o governo FHC. A obra recém-lançada divulga documentos em que, informa o jornalista Amaury, é comprovada a ocorrência de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas, os arquivos da CPI do Banestado. Terra Magazineentrevistou Amaury sobre as denúncias. A entrevista pode ser lida no link abaixo.
Veja também:
» Livro de jornalista acusa Daniel Dantas de pagar propina a tucanos 

Um dos principais personagens é o tucano José Serra, a quem o jornalista responsabiliza pela operação do esquema e acusa de ter espionado o colega de partido Aécio Neves. Terra Magazine fez contato com a assessoria de Serra na tarde desta sexta-feira (9) para ouvir o ex-governador de São Paulo a respeito.
Durante a corrida presidencial de 2010, Amaury foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Por isso, ele foi indiciado pela Polícia Federal.
Na tarde desta sexta-feira (9), o ex-presidente comparece a um debate sobre o seu novo livro, A soma e o resto: um olhar sobre a vida aos 80 anos, em São Paulo. Cercado por seguranças, não quis falar mais sobre o esquema relatado por Amaury.
Já no debate, uma sabatina da Folha/UOL, a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, perguntou ao ex-presidente sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr. FHC afirmou que o autor "está sendo investigado" e saiu em defesa do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, também citado pelo jornalista como participante do esquema. "Pelo que eu saiba, Ricardo Sérgio não fez nada de errado", declarou o ex-presidente.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5511127-EI6578,00-Livro+de+jornalista+acusa+Daniel+Dantas+de+pagar+propina+a+tucanos.html