Mostrando postagens com marcador FFAA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FFAA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

"Dossiê Cartel narcotráfico do Acre" Brigadeiro Werner Brauer, Ministro da Defesa e Fernando Henrique Cardoso

Saibam porque Fernando Henrique Cardoso tirou a Amazônia da vigilância e cuidados dos militares e nomeou um Civil para comandar o Ministério da Defesa: A liberação do narcotráfico brasileiro.
Foi assim que o ex-ministro da Aeronáutica, o Brigadeiro Werner Brauer, lançou mão deste Direito quando o canalha ex-presidente FHC, nomeou para o recém criado Ministério da Defesa Élcio Álvares um elemento civil ex-governados do Estado do Espírito Santo, desqualificado e  ligado a atividades ilícitas, o narcotráfico no Estado do Espírito Santo, elos financeiros da bandidagem no Espírito Santo, aposta alto que em suas contas vai desvendar a rede criminosa no Estado, quadrilha comandada pelo delegado Cláudio Guerra, que roubava carros no Brasil para trocá-los por cocaína na Bolívia, ligados também à máfia italiana. 
O brigadeiro Werner Brauer corajosamente denunciou o ato, mas, desgraçadamente, foi abandonado por seus pares e por isso exonerado pelo vendilhão da pátria, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, obedecendo conselhos do chefe da Casa Civil o também vendilhão da Pátria pedro Parente[1]

O Acre no Brasil foi o único Estado que o PT  se reelegeu em 2016
A CPI do narcotráfico acontece desde 1999, e  até hoje passaram-se duas décadas não apresentou resultados. Hoje sabemos que os principais envolvidos com o narcotráfico, dirigem os Estados,  a Nação brasileira.
Dos nove estados amazônicos brasileiros, cinco fazem fronteira com algum dos países andinos onde operam organizações do tráfico e outros dois com o Suriname, importante rota do narcotráfico internacional (O estado do Amazonas faz fronteira com a Colômbia e o Peru (além da Venezuela; o estado do Acre é limítrofe com Peru e Bolívia; Rondônia e Mato Grosso se limitam a oeste com a Bolívia e Roraima, ao norte faz fronteira com a Venezuela e Guiana. Os outros estados amazônicos são: Tocantins, Pará (fronteira com o Suriname), Amapá (fronteira com Suriname e Maranhão (zona de transição climática).

"Dossiê Cartel do Acre", muda tudo o que se sabe a respeito do tráfico de drogas no país. O que sempre se falou é que o Brasil servia apenas de rota de passagem para os traficantes estrangeiros que comandam o negócio da Bolívia, do Peru e da Colômbia. Nunca se admitiu a existência de cartéis brasileiros. Como o Brasil não produz a droga, o grupo investigado no Acre seria responsável pelo fornecimento do produto para São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Estima-se que a operação envolva a distribuição de mais de 80 toneladas por ano e movimente até 150 milhões de reais. Para os padrões do Acre, é uma soma espantosa, três vezes maior do que a arrecadação de impostos do Estado.  os membros do cartel do Acre desempenhariam tarefas específicas e hierárquicas, como no organograma de uma empresa. 

Os empresários, políticos e desembargadores formam o nível superior do grupo. Os empresários  os responsáveis pela lavagem do dinheiro, ocultando os lucros do tráfico na contabilidade de suas empresas. Os políticos e juízes do alto escalão formariam uma rede de proteção a fim de garantir a impunidade para todo o grupo. Um deles, o desembargador Jersey Pacheco Nunes, é apontado como sócio de um dos maiores traficantes no Brasil e foi indicado como responsável por mantê-lo fora das grades. Em depoimento, ele negou envolvimento com o tráfico.  
Os cinco empresários apontados pelo relatório têm algumas características em comum, além de manter laços fortes de amizade: a contabilidade de suas empresas apresenta muitos problemas, seu enriquecimento foi repentino e difícil de explicar, e todos já tiveram algum tipo de ligação com traficantes, diz o dossiê da Procuradoria. Juntos, eles controlariam uma frota de dez aviões, duas dezenas de caminhões e pelo menos dez balsas – um tipo de embarcação comum para transporte de carga na Amazônia, capaz de carregar mais de 300 toneladas. 
A CPI do Narcotráfico investiga à duas décadas  a possibilidade de essa frota estar a serviço de uma das principais redes de transporte de drogas na Amazônia. Na capital do Acre, Rio Branco, o empresário Edilberto Pinheiro, por exemplo, é dono do maior frigorífico do Estado e de pelo menos duas fazendas. Há alguns anos, a Polícia Federal prendeu traficantes colombianos que usavam pistas de pouso nas fazendas dele. Depois, a polícia localizou uma pista clandestina ao lado de seu frigorífico. Edilberto Pinheiro nega qualquer envolvimento com traficantes. "Enriqueci trabalhando desde os 14 anos, todos os dias da minha vida", afirmou a um grupo de jornalistas, após prestar depoimento à CPI do Narcotráfico. 
O relator da CPI, deputado Moroni Torgan, não ficou convencido de que a carreira de Pinheiro tenha sido tão bem-sucedida financeiramente graças a excesso de trabalho. 
"Da noite para o dia, ele se transformou de açougueiro em dono do maior frigorífico do Estado", espanta-se Torgan. Outro destacado empresário no Acre, Raimundo Damasceno, era empregado de um pequeno depósito de bebidas em uma cidade de 10.000 habitantes no interior do Estado cinco anos atrás. Hoje tem postos de gasolina, lojas, duas fazendas e é apontado pela Procuradoria da República como dono de aviões e balsas. Há dois anos, seu filho foi seqüestrado e morto por traficantes. "Ninguém consegue explicar como é que se fazem essas fortunas no interior do Acre", diz a deputada estadual Naluh Gouveia (PT), que está pedindo a abertura de uma CPI estadual para investigar o cartel do Acre. A deputada é autora de um dossiê que cita várias das pessoas também apontadas no relatório da Procuradoria como envolvidas com o narcotráfico. Segundo o empresário Raimundo Damasceno, suspeito de lavar dinheiro do tráfico, no seu caso o enriquecimento é fácil de explicar. "Muito trabalho e sucesso nos negócios", afirmou ele em depoimento à CPI.  
O ex-governador Orleir Cameli também aparece citado entre as autoridades que teriam ligação com o cartel. Cameli chama a atenção no grupo por causa da grande quantidade de histórias mal explicadas que o cerca. Ele é acusado de ter usado o governo para proteger traficantes e também de utilizar as próprias empresas para lavar dinheiro. Cameli é um dos maiores empresários do Acre. Sua frota de balsas distribui todo o óleo combustível usado para transporte e produção de energia elétrica no Estado. A Polícia Federal já encontrou cocaína em uma das balsas da família. Quando ainda era governador, envolveu-se na operação de compra de um Boeing 727 em Miami. Dias depois, o aparelho foi apreendido no Brasil carregado de contrabando. Vários depoimentos apontam o ex-governador como amigo e protetor de alguns dos maiores traficantes do Brasil. Além disso, suas empresas apresentam uma série de irregularidades fiscais. "Tudo que dizem é mentira, essas denúncias são de petistas que têm raiva de mim", respondeu Cameli em depoimentos prestados à CPI do Narcotráfico. Romildo Magalhães, seu antecessor no governo do Estado, também é citado como um dos pilares do tráfico. No relatório da Procuradoria, ele é apontado como responsável pela lavagem de dinheiro das drogas.

Em um nível intermediário, ainda de acordo com o relatório da Procuradoria, trabalharia o pessoal que faz a segurança do cartel. O deputado federal Hildebrando Pascoal e sua turma de policiais são apontados como os chefes dessa área. A tarefa do grupo era facilitar o trânsito de traficantes pelo Estado e alistar pessoal para executar o trabalho sujo. O próprio Hildebrando já admitiu que distribuiu centenas de bilhetinhos de salvo-conduto. Alguns deles foram encontrados com traficantes. Aliás, foi esse um dos principais motivos que levaram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a recomendar, na semana passada, que fosse cassado.

O relatório indica que mais de 100 policiais trabalham para o cartel. Entre os citados, aparecem os nomes de sete oficiais da PM e três delegados. Um deles, Carlos Bayma, já confessou a participação em crimes e outro, o policial militar Alex Fernandes Barros, foi preso acusado de uma dúzia de assassinatos. Ao grupo de policiais é atribuída uma série de mortes violentas que abalaram o Estado entre 1996 e 1997. Depois do assassinato de um dos irmãos do deputado Hildebrando Pascoal, houve uma caçada violenta a pessoas que a família Pascoal considerava suspeitas do crime.
Um jovem de 15 anos foi morto ao ser banhado em ácido. O pai do garoto, Agilson Firmino, teve pernas e braços decepados enquanto ainda estava vivo. Na quinta-feira passada, Irineu José da Silva, ex-funcionário de uma fazenda de Hildebrando Pascoal, disse em depoimento à CPI que viu o deputado dando o tiro de misericórdia em Firmino, após o ritual macabro de decepamento com uma serra elétrica. Até agora surgiu pelo menos uma prova concreta dos homicídios cometidos pelos policiais: uma testemunha secreta levou a polícia a uma cova clandestina que seria usada pelo grupo de Hildebrando Pascoal para enterrar suas vítimas. Lá foram encontradas várias ossadas.

No escalão intermediário da organização também aparece o envolvimento de funcionários públicos e juízes de primeiro grau. Um documento assinado pela Associação de Magistrados do Acre acusa três juízes e um promotor de manter fora do presídio 46 traficantes e homicidas já condenados. Os juízes são apontados como amigos do ex-governador Cameli. Um deles, o juiz Jerônimo Borges Filho, foi chefe de gabinete do governador. É na base que estão os traficantes propriamente ditos. Eles geralmente são bandidos comuns recrutados na periferia de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul, segunda cidade do Estado. Um levantamento no Acre indica que 11.000 pessoas estariam ligadas ao tráfico só em Rio Branco. Sua missão é transportar a droga e negociá-la em pequenas quantidades.

    O cartel do Acre foi descoberto quase por acaso. A Procuradoria da República começou a investigar as acusações contra o então obscuro coronel da PM Hildebrando Pascoal. Ele era apontado como líder de um grupo de extermínio. Alguns depoimentos intrigaram os investigadores. As testemunhas falavam de um esquema maior envolvendo políticos e empresários com traficantes. A Procuradoria começou a produzir uma lista de nomes suspeitos a fim de tentar estabelecer ligações entre eles. A partir desse trabalho foi possível montar uma espécie de organograma do cartel. Quando se fala de narcotráfico, o envolvimento de autoridades não é uma surpresa. "Onde existem drogas há muita corrupção e é certo o envolvimento do poder público em alguma esfera", diz o pesquisador Francisco Thoumi, da Universidade de Los Andes, na Colômbia. A investigação em curso é importantíssima porque pela primeira vez no Brasil está sendo possível examinar a interferência dos tubarões das drogas na política e nas empresas. O esquema que está sendo revelado no Acre pode ser a chave para desvendar outras quadrilhas.

A CPI montada em Brasília para investigar o narcotráfico começou a estudar a quebra do sigilo bancário e fiscal de mais de 100 suspeitos indicados pelo relatório da Procuradoria. A partir do cruzamento das informações bancárias de juízes, políticos, policiais e empresários, a Procuradoria da República, a Polícia Federal e a Receita pretendem estabelecer as provas definitivas para incriminar e condenar os membros do cartel brasileiro. "Encontramos muitas provas da existência de um cartel de narcotraficantes 100% nacional, com ramificações na polícia, na política e com apoio de empresários, uma estrutura que segue exatamente o mesmo modelo de funcionamento dos cartéis colombianos", afirma o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza, que está à frente das investigações. 
"Agora só falta descobrir o caminho do dinheiro. Daqui para a frente ninguém sabe onde e em quem podemos chegar", diz.
O Acre está à espera de uma força-tarefa formada por policiais, procuradores e agentes da Receita Federal para continuar as investigações. A Polícia Federal tem apenas 25 homens para reprimir o tráfico no Estado. A Receita Federal conta com apenas dois auditores e a Procuradoria da República ainda não tem um procurador fixo no Acre. Dois procuradores de Brasília trabalham em esquema de revezamento. Em 1991, uma CPI formada pelo Congresso para apurar o tráfico de drogas acabou em uma lista imensa de suspeitos, mas por falta de uma devassa fiscal e contábil ninguém foi para a cadeia. No ponto em que chegou a investigação do cartel do Acre, só a devassa fiscal e bancária nas contas dos envolvidos vai permitir que se mandem os barões para a cadeia. "Essas pessoas só poderão ser pegas por fraudes fiscais e crimes financeiros. A cocaína não passa pelas mãos dos chefões", diz o superintendente da Polícia Federal no Acre, Glorivan Bernardes de Oliveira.
Pesquisa:
Veja de 22/09/1999
Por Alexandre Secco, de Rio Branco

Dossiê oficial do governo revela a existência de um cartel de drogas no Brasil

http://veja.abril.com.br/idade/educacao/pesquise/drogas/1627.html
[1] http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2017/01/fhc-exonerou-o-general-da-aeronautica.html

FHC exonerou o MD Comandante Bräuer, nomeando MD capixaba, aliado ao crime organizado no Estado do Espirito Santo

Resultado de imagem para Brigadeiro Werner  Bräuer
Brigadeiro Werner  Bräuer
O brigadeiro Werner Brauer corajosamente denunciou o envolvimento do novo Ministro com o narcotráfico, mas, desgraçadamente, foi abandonado por seus pares, os militares lesa-pátria que não o defendeu, permitiram se calando, que FHC instalasse no Brasil o narcotráfico, os narcotraficantes e por  orientação do Chefe da Casa Civil o piauense Pedro Parente, FHC exonerou o brigadeiro Werner Brauer. Como confiar no Alto Comando das Forças Armadas brasileiras e seus infiltrados, que permaneceram no comando da Instituição  calados, sem dizer não! durante todo o tempo, permitindo  que o crime organizado tomasse conta do Brasil! O Brigadeiro Ivan Frota, por sua vez, defendeu o impedimento de FHC. Já o Deputado Federal e Capitão do Exército Jair Bolsonaro propôs que o Brasil seguisse o modelo de Hugo Chávez, ou seja, um militar na Presidência da República (MILITARES DÃO SINAL AMARELO, 1999). Em troca de acordos (lesa-dignidade), os militares não fariam nenhuma manifestação pública. Estes, por sua vez, exigiram a edição de uma Medida Provisória concedendo reajuste salarial – no que foram atendidos.[8]

"Demissão do brigadeiro Werner  Bräuer foi ato de traição"
https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2017/02/ministerio-da-defesa-brasileiro.html
Quando FHC elegeu o civil  ex-senador (P)MDB ES Élcio Alvares como ministro da Defesa mesmo sem dar explicações convincentes para as denúncias de que ele  teria envolvimento com o crime organizado do Espírito Santo. Seu nome constava das agendas do empresário Toninho Roldi, apreendidas pela polícia em 1995. Acusado de ser um dos chefões da bandidagem capixaba, Roldi  em seu livro caixa compromete importantes políticos do Espírito Santo. Nesse verdadeiro dominó capixaba, a pedra da vez é o senador Gerson Camata (PMDB-ES).  há vários registros de financiamento para campanhas de candidatos a prefeito ligados ao senador e tratamento sábio que o governador Camata vem dispensando ao jogo do bicho" O Toninho é da cozinha do senador", entre outros, ligados a Scuderie Le Cocq, sucedânea do esquadrão da morte;  declarou o presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, deputado José Carlos Gratz (PFL), num programa de televisão em Vitória Indiciado por quatro crimes pela CPI do Narcotráfico, Gratz sabe do que está falando.
Gerson Gamata: 1) Livro-caixa: 2) Jogo do bicho: 3) Crime organizado: 

https://istoe.com.br/32010_CAI+MAIS+UMA+PEDRA+/

A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado capixaba.
No Espírito Santo, entre a sua criação e até o início de 2002, a Scuderie chegou a ser formada por mais de mil associados, entre jornalistas, policiais civis, militares, advogados, delegados de Polícia, magistrados, coronéis, políticos, médicos, engenheiros, bicheiros, dentre outros.
Em maio de 2002, a Anistia Internacional divulgou um relatório em que o Espírito Santo era citado como um Estado em que os “defensores dos direitos humanos sofriam ameaças crescentes” e classificou a Scuderie Detetive le Cocq como “uma estrutura paramilitar”, “com poderosos grupos econômicos e políticos no Estado, incluindo membros dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. 
A Scuderie Detetive Le Cocq, que era inscrita como Pessoa Jurídica na condição de entidade filantrópica, foi extinta depois de ser acusada pelo Ministério Público Federal de abrigar e proteger grupos de extermínio, traficantes e assaltantes.a entidade abrigou e protegeu, por vários anos, pessoas acusadas de pistolagem, tráfico de drogas e roubos a bancos. (desistirão? eu penso que não, veremos!)

A liberação do narcotráfico aconteceu no governo FHC. FHC  sob orientação do Chefe da Casa Civil o piauense Pedro Parente, exonerou o Brigadeiro Werner Bräuer, intimidando assim, o Alto  Comando Militar "a desobediência civil contra o tirano injusto destruidor da Pátria (...)". Foi assim que o ex-ministro da Aeronáutica, o Brigadeiro Werner Brauer, lançou mão deste Direito quando o canalha ex-presidente FHC,  nomeou para o recém criado Ministério da Defesa Élcio Álvares um elemento civil, ex-governador do Espírito Santo, desqualificado e  ligado a atividades ilícitas, o narcotráfico no Estado do Espírito Santo. 


Élcio Álvarez ministro da Defesa (1999-2000), no governo de Fernando Henrique Cardoso, cargo que foi obrigado a deixar sob denúncias de corrupção e favorecimento, inclusive de ligações com o crime organizado no Estado do Espírito Santo.
Brigadeiro Werner Brauer (à esq.), o presidente FHC e o ministro Elcio Alvares,  no Clube da Aeronáutica

Para tentar se manter no cargo, Élcio Álvares entrega cabeça de super assessora  sendo investigada pela CPI do Narcotráfico. Depois de críticas ao ministro, o comandante da Aeronáutica também cai[5]

FHC manda ministro afastar assessora citada por CPI.;- Solange Rezende, assessora especial do ministro da Defesa, Elcio Alvares. Solange é acusada pela CPI do Narcotráfico de manter ligações com o crime organizado no Espírito Santo, juntamente com Dório Antunes de Souza. Dório é irmão e sócio de Solange em muitas causas inclusive no escritório  de advocacia do ministro, além de especialistas na defesa de acusados de pertencerem ao crime organizado capixaba[3] Justiça interdita bens de ex-assessora de Élcio Álvares, que ainda vai enfrentar a CPI do Narcotráfico[6]
André dusek
general Alberto Cardoso
Geraldo Quintão ex-Advogado Geral da União assumiu o MD logo anunciando ações que agradaram em cheio os militares: estudo para aumento de soldos, e defesa de um sistema previdenciário diferenciado do civil (AZEREDO, 2000).
 Em outubro de 2000, FHC resolveu demitir o Comandante do Exército, General Gleuber Vieira, por sua declaração criticando a falta de verbas. Enfrentou, então, a mais séria crise militar de sua gestão. A decisão presidencial chegou aos quartéis. Imediatamente, 155 generais de todo o país reuniram-se em Brasília, sem a presença do Ministro da Defesa, Geraldo Quintão, em ato de desagravo12. FHC entendeu a mensagem e logo escalou o General Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional para anunciar que Gleuber não seria mais demitido. Em troca os militares não fariam nenhuma manifestação pública. Estes, por sua vez, exigiram a edição de uma Medida Provisória concedendo reajuste salarial – no que foram atendidos. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, afirmou:  "Não há insatisfação na área militar.  O ministro da Defesa Élcio Alvares' permanece no cargo". (O ministro ligado ao crime organizado, General! como o povo brasileiro pode e deve confiar nos Generais, no alto Comando Militar?) 


Antes de se decidir pelo afastamento de Bräuer, FHC consultou outros chefes militares. A maioria concordou que a quebra de hierarquia justificava a decisão do presidente e garantiu que a demissão não provocaria reação negativa nos quartéis;  (Safados!)

Entretanto, mesmo sozinho o Brigadeiro Werner  Bräuer atingiu seu objetivo. Lavou a honra da Forca Aérea e "abateu" o impostor.  O tenente-brigadeiro Werner Bräuer foi  exonerado por FHC por ordens do chefe da casa civil  o piauense Pedro Parente pela sua declaração de que o homem público deve ter conduta ilibada; que sua exoneração  tenha resultado em face do nosso homenageado opor-se, declarada e corajosamente; - à entrega do controle da EMBRAER aos franceses; - que ele contra-bateu a sanha globalizante, a entrega dos aeroportos; - a privatização sem rumo e sem objetivos; -  golpe de Cr$ 335 bilhões (valores da época) contra o Banco do Estado do Espírito Santo; -  habeas-corpus ao traficante de drogas Roberto Tisi, acusado de fazer parte da máfia italiana Ndràngheta , sob a alegação de que havia falhas na instrução criminal; -  "A desnacionalização da Indústria Aeronáutica", denunciou o general, "põe a perder todo um esforço pioneiro e exitoso do qual todos os brasileiros, militares e civis, devem se orgulhar, pois que materializou uma conquista fundamental da Nação Brasileira, nas suas inalienáveis pretensões de progresso, independência e soberania"; - CPI no Narcotráfico. Considerado um dos elos financeiros da bandidagem no Espírito Santo, aposta alto que em suas contas vai desvendar a rede criminosa no Estado, quadrilha comandada pelo delegado Cláudio Guerra, que roubava carros no Brasil para trocá-los por cocaína na Bolívia, Brasília-DF, 18 de dezembro de 1999.  e depois no total descaramento para se vingar, Cláudio Guerra acusou  os militares na comissão da (in)verdade.

Indefensável. [1] 

Buraco na Defesa.  [2]

O que fere profundamente a sensibilidade dos nossos olhos é a identificação, nesse ato deplorável e abominável, de três características comuns em atos dessa natureza praticados por membros do governo: deboche, covardia cívica e traição.

Por que deboche? Jamais tratam com os militares assuntos de grande importância, como deviam. O presidente não diz nada. Manda o seu porta-voz dizer coisas que também não assume a responsabilidade.

Por que covardia? Não tem a coragem de definir as razões da exoneração. Ficamos sabendo através dos jornais.

Traição por quê? Pela indefinição, deixando o oficial exonerado à mercê das intrigas e das interpretações ardilosas da imprensa e de maus dizentes. Acusam o exonerado, ou o que pediu exoneração. Já se vê a traição e a má fé do que os porta-vozes estão transmitindo, objetivando, sutilmente, a alienação do patrimônio nacional e a submissão do Estado Brasileiro a imposições alienígenas, cujo passo decisivo consiste em desvalorizar, fatalmente, o seu braço armado",

Na avaliação dos oficiais-generais, Bräuer teria ainda falado "em tese" sobre a CPI do Narcotráfico como forma de reforçar o valor das instituições e não em nome dos seus comandados ou do conjunto das Forças Armadas, numa espécie de recado político ao ministro Elcio Alvares.


Na avaliação dos oficiais-generais, ele infringiu a cadeia de comando ao emitir opinião em público com conotação política sobre um superior hierárquico.
A saída de Bräuer, nesse ponto, é considerada positiva.


O Alto- Comando DISSE:  se ele não fosse punido, o episódio daria chances para que coronéis criticassem generais, sargentos falassem de majores e assim por diante, disseminando insubordinação na caserna. Oras! e na soberania Brasileira não pensaram esses militares do alto Comando lesa-pátria, omissos, o caos que transformaria o Brasil? pensaram apenas na baderna que causaria a caserna?

ADENDO Agosto/2018: Em processo Judicial nos Estados Unidos, o envolvimento dos Clinton usando também o Instituto Clinton no tráfico de drogas, de pessoas, de órgãos, na pedofilia. Bill Clinton o inseparável amigo de FHC pessoal, de governo e de atos ilícitos. https://humantraffickinghotline.org/ - De: https://qanon.app - 1830 


Notas:

[1] http://istoe.com.br/31911_INDEFENSAVEL+/

[2]  http://istoe.com.br/30598_BURACO+NA+DEFESA/

[3] http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1812199902.htm
]4] http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI164638-15223,00.html

[5] http://istoe.com.br/27730_SEM+DEFESA+/
[6] http://istoe.com.br/43198_A+VEZ+DE+SOLANGE/
[7] https://www.diariodocentrodomundo.com.br/candidato-ao-governo-do-es-aliado-de-bolsonaro-foi-membro-da-scuderie-le-cocq-conhecida-como-esquadrao-da-morte/

sábado, 31 de março de 2012

Parabéns Gen Pádua, ao senhor e a sua Brigada !

Meus Comandados!

Não enxerguem esta manifestação de seu Comandante como um ato de rebeldia, de desrespeito às disposições legais que regem nosso País ou mesmo como uma ameaça àqueles recalcitrantes que teimam em não querer sepultar suas ultrapassadas crenças e, obstinadamente, ainda numa luta sem tréguas, procuram denegrir a história de nosso Exército.

Pelo contrário, a finalidade destas minhas palavras é a de levar a todos vocês uma mensagem de confiança em seus chefes, nas Instituições a quem, por um juramento sagrado, prometemos defender “com o sacrifício da própria vida” e conclamá-los a exercer uma das mais difíceis qualidades do ser humano: a tolerância.

Junto a esta dignificante ação acresçam a necessária paciência. Lembrem-se do velho ditado árabe: “quem me irrita me domina”.

Os adversários do Brasil, aqueles que não querem vê-lo pacificado, usam das mesmas armas de sempre, empregando jovens irados, embriagados por idéias de paraísos inexistentes, para atacar o Exército, por intermédio de covardes ações contra velhos chefes, hoje, indefesos octogenários.

Valem-se de ditos “formadores de opinião” para querer nos impor o que devemos fazer ou deixar de fazer dentro dos muros castrenses; avaliam nossas ações sem nos conhecer; propõe que mudemos nossa história, como se ela pudesse passar pelo mesmo revisionismo que atingiu aos falidos países por onde sua alienígena doutrina prosperou.

Saibam que o seu Comandante tem pleno conhecimento que as ofensas dirigidas aos militares, da ativa e da reserva, nos atingem e muitas vezes clamam por uma dura resposta, pois além de estar dirigida a nós mesmos, tem como alvo nossos antigos chefes e camaradas.

Nossa resposta a essas ações deve ser sempre a LEI, pois, constitucionalmente, somos a Instituição Nacional encarregada de defendê-la, mantendo a ORDEM para o conseqüente PROGRESSO do Brasil.

Meus Comandados!

A Força Terrestre de hoje, da qual nossa Brigada faz parte, é o mesmo Exército de Caxias, que anistiou aos “Farrapos”; é o mesmo que sangrou vítima dos covardes atos praticados pelos tresloucados internacionalistas de 1935; é o mesmo que conquistou Monte Castelo, lutando contra o nazifacismo; é o mesmo que impediu que ensandecidos comunistas, embalados pelo mundo bipolar da segunda metade do século XX, transformassem nosso País num satélite de uma confederação de paupérrimas republiquetas; e, é o mesmo que propiciou e garante a Democracia que hoje vivenciamos.

Gen Bda Antônio de Pádua Lima da Silva
Cmt 5ª Bda C Mec (Brigada Angustura)

31 de março de 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

General não Teme ser Punido por Amorim


Hiram Reis e Silva, Cidreira, RS, 11 de março de 2012.

Por definição, o homem da guerra é nobre.
E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina.
(Moniz Barreto)

-  General Marco Antonio Felício da Silva

O General Felício da Silva é Cientista Político e foi ex-Oficial de Ligação ao Comando e Armas Combinadas do Exército Norte Americano, ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército e Analista de Inteligência.


-  General que escreveu manifesto não teme ser punido por Amorim
Fonte: O Globo, 10.03.12

SÃO PAULO - Autor do manifesto que inflamou a relação entre militares, Ministério da Defesa e a Presidente Dilma Rousseff, o General Marco Antonio Felício diz não temer ser punido pelo que escreveu, por entender que não há base legal para tal. Ele evoca lei aprovada pelo ex-presidente José Sarney que garantiria aos militares da reserva o direito de se expressar sem que fossem punidos. Ex-analista do Centro de Informações do Exército (CIE), FELÍCIO receia que agentes do Estado sejam execrados pela Comissão da Verdade e ainda duvida ter havido tortura ou execução de presos políticos, apesar de admitir ter havido excessos “em ambos os lados combatentes” na guerra contra atos da “subversão marxista-leninista”. Ele aceitou dar entrevista ao GLOBO desde que ela fosse por e-mail. Perguntou ao repórter se ele era patriota. Ao ser questionado se respeitava a autoridade do Ministro da Defesa Celso Amorim e da presidente Dilma, respondeu: “Tanto quanto eles respeitam a minha”.

O GLOBO:     A presidente Dilma Rousseff ameaçou prender pelo menos um militar da reserva como reação ao manifesto com críticas ao Ministro Celso Amorim e à Comissão da Verdade. Como autor do documento redigido, o senhor temeu que fosse o senhor?

GEN FELÍCIO:         Não temi e não temo, pois, usei do direito que a lei me faculta. A liberdade de expressão com responsabilidade. A verdade e somente a verdade.

O GLOBO:     O senhor já foi informado oficialmente sobre alguma punição ao senhor ou a colega militar em função do manifesto?

GEN FELÍCIO:         Não, pois, creio firmemente que não haja base legal para tal.

O GLOBO:     O manifesto menciona o Ministro Celso Amorim como alguém sem autoridade ou legitimidade para pedir a retirada de outra nota do site do Clube Militar, com críticas a Dilma e duas ministras. O que o senhor quis dizer com isso?

GEN FELÍCIO:         Reafirmo o que escrevi. O Clube Militar é uma associação de caráter civil e pela lei em vigor não é passível de qualquer tipo de ingerência por parte do Ministro da Defesa. Isto significa não ter ele autoridade ou legitimidade para tal. Qualquer um que leu o documento compreenderá o sentido do que lá está escrito.

O GLOBO:     No texto, há a seguinte frase: “O manifesto supracitado reconhece na aprovação da ‘Comissão da Verdade’ ato inconsequente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo”. A Comissão da Verdade não tem poder de punir judicialmente qualquer militar. Por qual motivo, então, os senhores a consideram uma afronta à Lei da Anistia?

GEN FELÍCIO:         Não é esta a motivação expressa quase que diariamente por pessoas do governo e a ele ligadas. Querem a partir da Comissão da Verdade encontrar caminhos para a punição dos agentes de Estado. E o que fazer com os agentes da subversão marxista que mataram, roubaram, assaltaram, sequestraram e justiçaram os próprios companheiros além de lutarem pela implantação de uma ditadura comunista no Brasil? Porque execrar somente os agentes de Estado que exerciam ações legais?

O GLOBO:     Hoje o governo federal reconhece casos em que presos políticos foram submetidos a tortura por agentes de Estado. Alguns deles estão até hoje desaparecidos e provavelmente foram mortos. O senhor considera estes episódios específicos como “ações legais”?

GEN FELÍCIO:         Quem comprova tais denúncias? Mário Lago já orientava, em seu tempo, que todos os presos saíssem da prisão afirmando que tinham sido torturados barbaramentemesmo que tivessem sido bem tratados. De quando em quando aparece um “desaparecido”. Logicamente que uma guerra não se faz com flores e em ambos os lados combatentes há sempre excessos. Por qual razão, aqui, apurar-se tais ditos excessos somente cometidos por um lado? Não tenho conhecimento de torturas. Tenho conhecimento de operações de combate, cumprindo-se ordens superiores e dentro da lei então vigente.

O GLOBO:     O senhor pede que sejam apurados excessos cometidos por combatentes. Mas não foi justamente isso que ocorreu durante o governo militar, quando militantes de esquerda foram presos e condenados à prisão?

GEN FELÍCIO:         E quantos outros não o foram? Qual a razão de não serem apurados os fatos correlacionados com estes?

O GLOBO:     Os excessos cometidos por agentes de Estado tiveram como consequência o desaparecimento e provável morte de presos políticos. Não seria razoável que hoje representantes das Forças Armadas ajudassem o Governo Federal a encontrar esses corpos? Mesmo nas guerras, não é direito de um povo enterrar seus mortos?

GEN FELÍCIO:         Sem dúvida, todos querem enterrar seus mortos. Muitos anos se passaram, o que torna a tarefa muito difícil. Já foram realizadas buscas orientadas pelo Ministério da Defesa, inclusive com o auxilio de militares, e nada foi encontrado.

O GLOBO:     Para o Ministro Celso Amorim, os signatários do documento não respeitam a “autoridade civil”. O senhor concorda com o que disse o Ministro?

GEN FELÍCIO:         Gostaria de saber de que argumentos concretos o Ministro se vale para tal afirmação. Ele deve saber que o autor, e não autores dos documentos, é profissional com mais de 45 anos de bons serviços prestados à nação, tendo frequentado todos os cursos do exército e alguns civis, conforme atesta a sua folha de alterações onde estão os depoimentos de seus ex-comandantes e as ações que desempenhou no combate aos atos violentos da subversão marxista-leninista.

O GLOBO:     O senhor poderia detalhar exatamente que ações desempenhou? Por quais órgãos o senhor passou, qual era a sua função neles e quais são os feitos que, ainda hoje, são motivo de orgulho para o senhor?

GEN FELÍCIO:         Fui oficial de informações de unidade e trabalhei como analista do Centro de Informações do Exército (CIE). Orgulho-me de ter contribuído com o meu trabalho, que julgo dedicado e eficiente, na erradicação da subversão marxista-leninista e das violentas ações da guerrilha urbana e ruralcausadoras de ações terroristas e das mortes de tantos inocentesevitando que o povo brasileiro fosse privado de sua liberdade.

O GLOBO:     Como militar da reserva, o senhor respeita a autoridade do Ministro da defesa Celso Amorim e da Presidente Dilma Rousseff?

GEN FELÍCIO:         Tanto quanto eles respeitam a minha. Na vida militar o respeito é recíproco.

O GLOBO:     Não há militares da ativa entre os signatários do documento. Eles temem sofrer algum tipo de punição caso assinem o documento?

GEN FELÍCIO:         Não, eles cumprem apenas a lei, como é da formação dos mesmos. Os militares da reserva e reformados tem livre manifestação de suas opiniões, incluso as de caráter político. Isso não ocorre com os oficiais da ativa.

O GLOBO:     O senhor acredita que, se pudessem, os militares da ativa assinariam o documento?

GEN FELÍCIO:         Creio que sim, pois, o exército de hoje, quanto aos seus valores, não é diferente do exército de ontem.

O GLOBO:     Quais são os valores do exército de ontem que permanecem no exército de hoje?

GEN FELÍCIO:         As manifestações essenciais dos valores militares sãopatriotismocivismofé na missão do exércitoamor à profissãoespírito de corpo e o aprimoramento técnico-profissional. Por tal razão estamos coesos e unidos para acorrermos a qualquer chamamento da nação. E isto está presente na história pátria em todos os momentos de gravidade e de inflexão da mesma. Não será diferente no presente e no futuro.

O GLOBO:     O que o governo deveria ter feito para evitar este desentendimento com os militares da reserva?

GEN FELÍCIO:         Não governar pelo retrovisorrespeitar a dignidade dos militares e dar o devido valor às suas Forças Armadas.

O GLOBO:     Na nossa conversa pelo telefone, o senhor me perguntou se eu era um jornalista patriota. Para o senhor, o que é ser patriota?

GEN FELÍCIO:         Há coisas na vida que foram feitas mais para serem sentidas do que explicadas ou entendidas. Assim também é ser patriota. É um sentimento de amor e orgulho pela nossa pátria. É servir e defender o nosso povo, o nosso território, mesmo que se tivermos de dar a nossa vida para isso.

-  Defendendo a União e o Direito de Opinião
    Fonte: General Valmir Fonseca Azevedo Pereira, 11.03.12

Para muitos militares, assinantes ou não do “Alerta à Nação” favorável ao Manifesto Interclubes, contrariando a Constituição Federal e a Lei 7. 524, de 17 de julho de 1986, os Comandantes de Força punirão os “transgressores”. Parece-nos uma conclusão temerária.

Relembrando os passos para semelhante tramitação, inicialmente, como é a atual norma castrense, aquelas autoridades deverão enviar para os pretensos “violadores” da disciplina, o “deveis informar”, ou o aviso de que serão sancionados e, portanto elas aguardariam por cinco dias (dizem) as razões de defesa do indiciado. Analisadas as razões de defesa, viria a consequente sanção ou mesmo a aceitação de seus argumentos, e obviamente, nesta hipótese, a não aplicação de qualquer corretivo.

Em caso de sanção, cabe ao punido, se for do seu interesse, buscar a justiça para limpar o seu nome, e até responsabilizar a autoridade coercitiva por abuso ou má fé, por contrair aberta e deliberadamente a Lei 7.524. Evidentemente, se os envolvidos fossem da Ativa ou tivessem algum vínculo com as Forças Singulares, a ordem ou a “indignação” das autoridades governamentais seria cumprida à risca pelos Comandantes. Os transgressores seriam punidos, sem dúvida.

O problema é simples assim. É o abacaxi nas mãos das autoridades militares.

Podemos aventar que pela demora na tomada de qualquer providência sancionadora, a hipótese mais provável é que diante das repercussões de uma imbecil sanção, nada será feito ou mesmo poderá ser feito, sob pena do desencadeamento de uma onda de indignação de difícil controle.

No momento, com pesar, surgem vozes bem intencionadas, que sentenciam haver uma cisão no seio militar. Ledo engano, pois quando escrevemos “Manifestando uma débil esperança”, víamos a reação inicial como uma oportunidade que se concretizou, de que a indignação de alguns seria como foi, abraçada por muitos.

E graças a esta união, alicerçada no direito prescrito na Lei 7.524, vemos que sem atingir os Comandantes de Força, caso, acertadamente, não encontrem o menor respaldo para aplicação de sanções disciplinares, o principal alvo será atingido em cheio, a desmoralização do governo e seus beócios, despreparados e precipitados auxiliares por extrapolarem os seus limites. Portanto, cumpre aguardar os acontecimentos e reagir, sim, conforme descrito acima, caso, por total descalabro decidam os Comandantes ou qualquer deles, extrapolar as suas atribuições e cometa um crasso erro contra os militares da reserva.

Neste caso, mesmo com a justiça parcial brasileira, as razões de defesa dos atingidos é tão clara, que será impossível aos assinantes do manifesto não usufruir de retumbante vitória. Não havendo punição, deixará de ser caracterizado o abuso das autoridades governamentais (crime de responsabilidade?), que clamavam por “justiça”, e elas deverão enfiar sua viola no saco e sair de fininho.

Será a primeira de uma série de vitórias que virão, e estejam certos, os desgovernastes temem que um sussurro na caserna se torne num brado, num grito, num clamor que será ouvido até pela... “gentalha”.

Em suma, creiam, graças à imperícia, à arbitrariedade e ao revanchismo, um amálgama está unindo velhos e novos soldados, que afirmam, convictamente, parodiando a célebre frase do Comandante da Artilharia brasileira, o herói e Patrono Emilio Mallet, “eles que venham, por aqui não passarão”. 

-  Livro

O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na AACV – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link: