domingo, 17 de novembro de 2019

IMAGENS DA REPÚBLICA I a VII

José Bonifácio, para legitimar o golpe da Independência dado pela Maçonaria, frauda documentos inventando que o Brasil era colónia de Portugal. Antes da Independência ser declarada já consta em publicações de Bonifácio essa linha de "discurso" empregada como justificativa para fazer frente às Cortes de Lisboa. Manobra retórica pura.

Depois de 1822 e seguindo o conceito aberto na documentação oficial por Bonifácio a Maçonaria, através do IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro) abre um concurso de "como se deve escrever a história do Brasil". O vencedor é o alemão Carl Martius. São dessas cepas que parte o monstrengo historiográfico que vai se desdobrar numa sequência quase que do Bolero de Ravel em mais 3 linhas historiográficas tributárias. Elas estão comprometidas com a construção da ideia de "pátria, de nacionalidade, de identidade nacional, de cultura nacional, de política salvífica nacional, de heróis salvadores, etc"
O conhecimento de tais linhas são fundamentais para se perceber o que corre por trás sustentando a política e a cultura nacionais, até os dias de hoje.

IMAGENS DA REPÚBLICA VII- Golpes de Estado de 1889 até 1930 promovidos pelas Forças Armadas
O Exército brasileiro sempre foi a maior força DESESTABILIZADORA da política e da cultura nacional.
Para ilustrar a questão cito apenas um FATO HISTÓRICO, cujos dados são públicos. Restinjo-me da Proclamação da República 1889 até 1930, portanto, até o término da chamada "República Velha".

De 1889 até 1930 o Brasil o Brasil sofreu 18 INTERVENÇÕES MILITARES (do Exército- maioria) e da Marinha).
Como nota de curiosidade deixo o link do release da homenagem da Maçonaria so Distrito Federal ao Exército Brasileiro (5 Abril 2019). "Esse ato cívico foi uma iniciativa do Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal (GODF), Eminente Irmão Lucas Francisco Galdeano; e o planejamento, a preparação, a coordenação e a execução da solenidade ficou a cargo de equipe liderada pelo Presidente da Comissão Organizadora, o Irmão General de Exército MAYNARD MARQUES DE SANTA ROSA, Secretário Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão vinculado à Secretaria Geral da Presidência da República". Santa Rosa, há poucos dias "demitiu-se" do governo do messias fabricado pela junta militar-maçônica.
HOMENAGEM DA MAÇONARIA DO DISTRITO FEDERAL AO EXÉRCITO BRASILEIRO
IMAGENS DA REPÚBLICA VI- A Queda da Monarquia
Esta charge intitulada "O Imperador Perdendo Seu Trono" publicada na Revista Illustrada de 21 Janeiro 1882, portanto, 7 anos antes da proclamação da República, mostra claramente a deposição do monarca. "O Imperador brasileiro é desenhado sendo derrubado do próprio Trono por uma personagem da elite nacional, com as pernas descobertas e erguidas de modo embaraçoso e patético, enquanto uma folha com o título “Fala do Trono” escapa de suas mãos. A situação é observada de cima por um dos repórteres da revista, que ri da situação, e pela figura do índio representando o país, que observa a cena com semblante de indignação."

Esta é mais uma imagem que deita por terra o falacioso argumento que Deodoro proclamou a República por despeito amoroso, falácia que a própria Família Imperial brasileira alimenta à revelia da documentação e das iconografias da época.
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IMAGENS DA REPÚBLICA V- O Peso da Monarquia X a Liberdade da República
A imagem abaixo "O Peso da Coroa" foi publicada na Revista Illustrada 23 Julho 1881, portanto, 8 anos antes do golpe da proclamação da República. Mostra a Monarquia do Brasil como uma carroça puxada por um índio seguindo invejosa e vergonhosamente atrás da República do "país vizinho".
Esta é mais uma imagem que deita por terra o falacioso argumento que Deodoro proclamou a República por despeito amoroso, falácia que a própria Família Imperial brasileira alimenta à revelia da documentação e das iconografias da época.
Nenhuma descrição de foto disponível.
figura 1: E a República vizinha marcha livre e desassombrada   Figura 2: Enquanto que o Brasil anda se arrastando carregando consigo um peso  superior às suas forças que nada produz e tudo consome
IMAGENS DA REPÚBLICA IV- Antes de 1889
A Revista Illustrada de 14 Abril 1887 ( 2 antes da proclamação da República) traz a imagem de Quintino Bocaiuva segurando o "farol do novo Estado", a República. Note-se que um navio escrito "Estado" está vindo em direção à imagem.
Esta imagem, e muitas outras, deitam por terra o falacioso argumento que Deodoro proclamou a República por despeito amoroso, falácia que a própria Família Imperial brasileira alimenta à revelia da documentação e das iconografias da época.
A imagem pode conter: Elciene Maria Tigre Galindo, atividades ao ar livre
IMAGENS DA REPÚBLICA III- A INSTABILIDADE INSTITUCIONAL
Os dados abaixo apresentados constam do meu artigo no Medium intitulado "Legado Hisórico Brasileiro da República Maçônica-Militar desde 1822".
HISTORICAMENTE qual é o legado da atuação da maçonaria e da militarização da política desde 1822? O pior possível. Desde 1824 o Brasil teve 7 Constituições, ou seja, praticamente a cada 30 anos há um golpe de Estado. Em quase 1 século, somente 4 dos presidentes eleitos terminaram o mandato. Vamos aos FATOS HISTÓRICOS:
Maçons do Grande Oriente do Brasil Presidentes do Brasil:
1-Manoel Deodoro da Fonseca — 1º Presidente da República do Brasil
2-Floriano Vieira Peixoto — 2º Presidente da República do Brasil
3-Prudente José de Moraes Barros — 3º Presidente da República do Brasil
4-Campos Salles — 4º Presidente da República do Brasil
5-Nilo Procópio Peçanha — 7º Presidente da República do Brasil
6-Hermes Rodrigues da Fonseca — 8º Presidente da República do Brasi
7-Wenceslau Bras Pereira Gomes — 9º Presidente da República do Brasil
8-Delfim Moreira — 10º Presidente da República do Brasil
9-Washington Luís Pereira de Sousa — 13º Presidente da República doBrasil
10-João Fernandes Campos Café Filho — 21º Presidente da República doBrasil
11-Nereu de Oliveira Ramos — 23º Presidente da República do Brasil
12- Jânio da Silva Quadros — 25º Presidente da República do Brasil
13-Michel Miguel Elias Temer Lulia — 37º. Presidente do Brasil
Fonte: Museu Ariosvaldo Vulcano — GOB-Brasília, onde existe uma galeria de Presidentes da República que foram maçons. Mas, atenção, estes Presidentes são somente do GOB.
Ao longo de 126 anos de história republicana, o Brasil teve até hoje 34 presidentes que chegaram ao poder de diversas formas: eleição direta por voto popular ou indireta pelo Congresso Nacional, golpe de Estado ou através da linha sucessória. 7 deles, junto com Júlio Prestes, que nem chegou a assumir o cargo, foram de alguma maneira tirados do poder. Somando os presidentes tirados do poder e os assassinados, chega-se a cifra de metade dos presidentes da República.
Presidentes tirados do poder, ou seja, que não concluíram o mandato:
1) Deodoro da Fonseca
2) Afonso Pena
3)Washington Luiz
4) Júlio Prestes
5)Getúlio Vargas
6)Café Filho
7) Carlos Luz
8) Jânio Quadros
9) João Goulart
10) Fernando Collor
11) Dilma Rousseff
Presidentes brasileiros assassinados:
1) Getúlio Vargas
2)Juscelino Kubitschek
3)João Goulart (PS.: a família não autorizou a necrópsia)
4)Castello Branco
5) Costa e Silva
6)Tancredo Neves
Em quase 1 século, só 4 presidentes eleitos terminaram o mandato.
No último século 1918–2018 foram eleitos apenas 13 presidentes. Tirando a turma da República Velha — Epitácio Pessoa, Artur Bernardes, Washington Luis, Julio Prestes (que não assumiu por força da Revolução de 1930) — e pulando para a Quarta República, com Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas (que se suicidou), JK e Janio Quadros (que renunciou) e chegando à Nova República, com Fernando Collor (que sofreu impeachment), FHC (que se elegeu e se reelegeu), Lula (idem) e Dilma (que se reelegeu, mas sofreu impeachment) e Bolsonaro (que ainda não assumiu), só quatro presidentes eleitos terminaram todos os seus mandatos (Dutra, JK, FHC e Lula).
Link para o artigo completo:

IMAGENS DA REPÚBLICA II
Eis a primeira imagem publicada na Revista Illustrada no dia seguinte a proclamação da República (16 Nov. 1889) do primeiro gabinete ministerial da República com o símbolo do barrete frígio a coroar os "ideais maçônicos".
Listo novamente maçons do Grande Oriente do Brasil Presidentes do Brasil desde 1889. Cabe notar que quase todos os presidentes da República até 1930 foram maçons.
1-Manoel Deodoro da Fonseca — 1º Presidente da República do Brasil
2-Floriano Vieira Peixoto — 2º Presidente da República do Brasil
3-Prudente José de Moraes Barros — 3º Presidente da República do Brasil
4-Campos Salles — 4º Presidente da República do Brasil
5-Nilo Procópio Peçanha — 7º Presidente da República do Brasil
6-Hermes Rodrigues da Fonseca — 8º Presidente da República do Brasi
7-Wenceslau Bras Pereira Gomes — 9º Presidente da República do Brasil
8-Delfim Moreira — 10º Presidente da República do Brasil
9-Washington Luís Pereira de Sousa — 13º Presidente da República doBrasil
10-João Fernandes Campos Café Filho — 21º Presidente da República doBrasil
11-Nereu de Oliveira Ramos — 23º Presidente da República do Brasil
12- Jânio da Silva Quadros — 25º Presidente da República do Brasil
13-Michel Miguel Elias Temer Lulia — 37º. Presidente do Brasil
Fonte: Museu Ariosvaldo Vulcano — GOB-Brasília, onde existe uma galeria de Presidentes da República que foram maçons. Mas, atenção, estes Presidentes são somente do GOB.
Fonte: Revista Illustrada, 16 de Novembro 1889. Acervo Fundação Biblioteca Nacional.
A imagem pode conter: 8 pessoas, textoA imagem pode conter: texto
IMAGENS DA REPÚBLICA I Desde antes 1889, as imagens da Revolução Maçônica Republicana República eram abundantemente difundidas nos diversos jornais e revistas da época. Dentre estas, destacavam-se a Revista Illustrada, O Mequetrefe (1885) e o Besouro (1878). Destes periódicos, a Revista Illustrada era, de longe, a que mais dava espaço às imagens da República e foi nela a sua primeira representação personificada na figura feminina, publicada no dia seguinte à Proclamação da República, ou seja, 16 de Novembro de 1889.
A alegoria da República chama-se "Marianne".
Fonte: Pereira Neto, "Glória à Pátria". Revista Illustrada, 16 Nov.1889. Acervo Fundação Biblioteca Nacional
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CRÉDITOSLoryel Rocha


sexta-feira, 15 de novembro de 2019

MESSIANISMO POLÍTICO NEOPENTECOSTAL, O GOLPE MILITAR NA BOLÍVIA E A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL

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Ernesto Araújo/MRE, em seu twitter, diz que o governo brasileiro APOIA e RECONHECE a senadora Janine Añez da Bolívia como presidente. Acontece que a mulher sequer foi aprovada pelo próprio Parlamento.
Para quem tinha alguma dúvida que o acontecido na Bolívia foi um golpe militar, a presidentA auto-eleita da Bolívia deixou isso claro. E mais, informou que as novas "eleições" serão feitas exclusivamente contando com a participação dos quadros da "direita", de "alta relevância moral". E quem selecionará os "altos quadros da moral política"? Basta, agora, à direita que se auto-proclame "presidente e, pronto, o tipo pode "assumir" a presidência de um país.

Saltou às vistas o modo como a "direita" deu o golpe: aos berros foi jogada uma Bíblia no chão, tomando o poder político, em nome de Deus. Deus, agora, dá golpes de Estado. E mais, Deus, mandou a Constituição boliviana às favas, pois a presidente se AUTO-DECLAROU presidente, sem ser eleita ou sequer sem ter sido aprovada pelo parlamento. Se Deus agora comanda a política escolhendo seus "eleitos", sempre ligados aos banqueiros e a elite mais sórdida possível qual o papel da política nesse contexto? Nenhum. As quarteladas militares da América Latina reeditaram com toda a força o messianismo político, agora dentro e embalado pelo viés neopentecostal do sionismo evangélico americano.
O governo brasileiro, de pronto, "reconheceu" Deus como o "guia e mentor" deste processo. Reconheceu antes, o também auto-proclamado presidente da Venezuela, Juán Guaidó, membro da Maçonaria e da Internacional Socialista.
Por aqui, a coisa caminha neste exato sentido da farsa Escatológica e Apocalíptica: o Brasil tem um presidente auto-declarado "messias da direita", tocado por uma equipe auto-declarada como "Cavaleiros Templários" da Nova Era do Deus Vult, executando uma política interna e externa de cariz "salvífico e redentor", tendo como corolário desta "Cruzada sul americana anti-esquerda" o slogan de governo "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos" além de lançar mão de mitos e símbolos do imaginário cristão e nacional para legitimar o ilegitimável.
"Deus, agora, dá golpes de Estado. E mais, Deus mandou a Constituição boliviana às favas, pois a presidente se AUTO-DECLAROU presidente, sem ser eleita ou sequer sem ter sido aprovada pelo parlamento.
Se Deus agora comanda a política escolhendo seus "eleitos", sempre ligados aos banqueiros e a elite mais sórdida possível qual o papel da política nesse contexto? Nenhum. As quarteladas militares da América Latina reeditaram com toda a força o messianismo político, agora dentro e embalado pelo viés neopentecostal do sionismo evangélico americano.

O governo brasileiro, de pronto, "reconheceu" Deus como o "guia e mentor" deste processo. Reconheceu antes, o também auto-proclamado presidente da Venezuela, Juán Guaidó, membro da Maçonaria e da Internacional Socialista.
Por aqui, a coisa caminha neste exato sentido da farsa Escatológica e Apocalíptica: o Brasil tem um presidente auto-declarado "messias da direita", tocado por uma equipe auto-declarada como "Cavaleiros Templários" da Nova Era do Deus Vult, executando uma política interna e externa de cariz "salvífico e redentor", tendo como corolário desta "Cruzada sul americana anti-esquerda" o slogan de governo "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos" além de lançar mão de mitos e símbolos do imaginário cristão e nacional para legitimar o ilegitimável. "
CREDITOS: Loryel Rocha

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Marechal Henrique Teixeira Lott: A opção das esquerdas

Há um "pacto de silêncio" dos governos civis com os militares -mantido por TODOS os presidentes civis desde Tancredo até o atual, Jair Bolsonaro- evitando investigações que mostrem a atuação do PARTIDO MILITAR dentro da política civil que a mantém refém dos tanques enquanto os civis são sistematicamente criminalizados ao mesmo tempo que vai sendo ampliada a aura "mitico-salvífica" das FA como se fosse, ela mesma, a "única representante e símbolo" do Brasil.
Os militares (do partido militar) são o maior poder desestabilizador da vida política nacional, alerta há décadas o historiador José Murilo de Carvalho
Jair Bolsonaro e os militares entreguistas são mentirosos cínicos porque o problema do projeto de esquerda nesse hemisfério não é executado pelo Foro de São Paulo, de modo exclusivo. O FSP é tributário da PÁTRIA GRANDE, que está inserida no parágrafo único do artigo 4 da CF88. Jair Bolsonaro, se quisesse eliminar esse projeto trabalharia junto com o Congresso para eliminar esse parágrafo. O que ele faz é bravata e politicagem distópica, porque, ele trabalha para ajudar a concretizar a PÁTRIA GRANDE.
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https://www.historia.uff.br/stricto/td/1236.pdf?fbclid=IwAR2lEaql2P6ANfI4LsLq7xGdPyUI_C_0jNaCdSOXIVxdQOXyI- Karla Guilherme Carloni

O passado e o futuro, ou seja, a memória e o projeto, se articulam na tentativa de estabelecer coerência para o presente, ou sejam a identidade. Assim, só podemos entender a reconstrução da memória dos oficiais brasileiros a respeito do seu passado articulando os seus projetos e a sua atual identidade na sociedade.

Ao acionar a memória coletiva dos militares, verifica-se que há um comprometimento com a construção da imagem atual das Forças Armadas, incluindo aí o papel, ainda mal definido dos atuais Estados democráticos da América Latina. E a preocupação dos militares com a construção da memória a seu respeito:  Na lógica dos militares que apoiaram os golpes na América Latina, o dever de manter a ordem é o elemento que justifica e respalda os regimes autoritários.

Após a implementação do Regime Militar, em abril de 1964, historiadores, sociólogos e cientistas políticos brasileiros e estrangeiros debruçaram-se sobre a história das relações entre as Forças Armadas e o Estado em busca de explicações para os capítulos autoritários da vida nacional.

DECLARA O MARECHAL TEIXEIRA LOTT: LIBERDADE CONSTITUCIONAL DEVE SER MANTIDA NO PAÍS A QUALQUER PREÇO  e se posicionou contra os seus antigos inimigos. Mais uma vez publicamente desqualificado por seus pares e confinado ao isolamento.

A saga dos três personagens, esquecidos pela História, retrata dramaticamente importantes passagens da História do Brasil durante o século XX. Três gerações da família Lott: marechal Henrique Teixeira Lott, sua filha Edna Lott e seu neto Nelson revoltdo envolvido com a guerrilha foi torturado e morto pelo regime militar; atuaram em importantes episódios da história política brasileira, durante as décadas de 1950, 1960, e 1970, e todos foram renegados ao esquecimento social .

o "marechal do povo". O livro evoca um chefe militar que antagoniza com o quadro de autoritarismo que estava sendo montado por seus companheiros de farda.

Para Milton Senna, o marechal Lott perdeu a disputa eleitoral não por alguma falha de sua imagem pública, como muitos apontavam, mas, justamente pelo contrário, por não aceitar nenhum tipo de acordo com grupos políticos da época. A atitude de integridade teria feito com que os políticos do PSD, principalmente os seus coronéis, e do PTB, esvaziassem a sua campanha, pois temiam a insensibilidade do marechal aos acordos políticos e a sua "incorruptível  honradez.

Lott teria sido vítima de uma trama política, uma traição; "(...) os dois partidos que dispunham de maior contingente eleitoral do país deixaram de fazer o seu presidente, para entregar a cabeça de Lott, como a de joão Batista, ao Herodes da UDN"
Por que o mito de "salvador" foi revivido? Por que se construiu uma lenda em terreno tão árido? Na realidade, Lott em nada se envolveu com o destino dado ao seu neto torturado e assassinado pelo regime.

praticamente todos os oficiais apontam como grave problema das Forças Armadas, a existência de militares, desde a década de 1950, ligados ao comunismo e a políticos agitadores que alimentaram a indisciplina e a quebra da hierarquia no seio militar
Os militares de esquerda são fundamentais para entender o desenvolvimento dos acontecimentos pré e pós 1964. Na historiografia brasileira, há pouca coisa publicada a respeito deste vasto e heterogêneo grupo.

Na década de 1950 e início de 1960, a conscientização sobre a realidade brasileira e a infiltração dos ideais das esquerdas políticas nos quartéis possibilitou aos soldados a construção de identidades alternativas ao padrão da hierarquia militar.


Livro
LUGAR NENHUM - MILITARES E CIVIS NA OCULTAÇÃO DOS DOCUMENTOS DA DITADURA, Lucas Figueiredo
É preciso abrir os arquivos militares do Brasil e as FA não tem e, nunca tiveram interesse nisso. Ao contrário, alegam que os arquivos foram "destruídos". Por quem? Pois nenhum governo civil fez isso.
"No Brasil, afirma o jornalista e escritor Lucas Figueiredo, o poder militar mente há 30 anos sobre o paradeiro de documentos sigilosos da ditadura, enquanto todos os presidentes civis – de Tancredo a Dilma - ajudaram a manter esses arquivos no escuro." (Fonte: BBC Brasil)
A acusação de Figueiredo é grave, pois, imputa à Comissão da Verdade ter sido, ao cabo e fim, um palco pró-militar disfarçado de "revisão historiográfica". E foi mesmo. A reação da esquerda face à acusação de Figueiredo foi sintomática, segundo a BBC: " o último coordenador da CNV, Pedro Dallari, disse à BBC Brasil que não se manifestaria sobre o livro de Figueiredo por desconhecer seu conteúdo. Afirmou, contudo, que a professora da UFMG Heloísa Starling, que trabalhou com Figueiredo na CNV, teve acesso a todos os textos do relatório final da comissão antes da publicação." Este "silêncio" de Heloísa Starling (uma esquerdista notória) é bem falante. Ela é autora de um recente e exótico livro sobre a Coroa Portuguesa que tem o curioso título "Ser Republicano no Brasil Colónia".
Há um "pacto de silêncio" dos governos civis com os militares -mantido por TODOS os presidentes civis desde Tancredo até o atual, Jair Bolsonaro- evitando investigações que mostrem a atuação do PARTIDO MILITAR dentro da política civil que a mantém refém dos tanques enquanto os civis são sistematicamente criminalizados ao mesmo tempo que vai sendo ampliada a aura "mitico-salvífica" das FA como se fosse, ela mesma, a "única representante e símbolo" do Brasil.
"Os anos de pesquisa sobre repressão política no Brasil lhe trouxeram a convicção de que todos os presidentes civis desde 1985 promoveram "silêncio complacente" em relação aos arquivos da ditadura. Nenhum escapa das críticas do jornalista.
O pai da criança é o Tancredo (Neves), que fala abertamente que não vai investigar. (José) Sarney entrou vendido porque era muito fraco, ele se escorava nos militares. Depois Collor e Itamar fazem vistas grossas. FHC e Lula colocam a União para combater a abertura dos arquivos na Justiça, que é uma postura mais grave. E você tem a Dilma que é de uma passividade absoluta, porque as Forças Armadas mentiram descaradamente para ela durante a CNV e ela não fez nada", resume
É graças a esse "pacto de silêncio" da ingerência ilegal dos militares dentro da política nacional que os militares brasileiros nunca foram a julgamento como foram os outros militares politiqueiros da América Latina.
Militares não devem se intrometer na política, nem aqui, nem em qualquer governo, disse outro dia acertadamente Augusto de Franco.
Os militares (do partido militar) são o maior poder desestabilizador da vida política nacional, alerta há décadas o historiador José Murilo de Carvalho.
O caos político nacional tem digitais militares desde o Império. A história precisa ser relida e conhecida.

CRÉDITOS: Loryel Rocha

COMPANHIADASLETRAS.COM.BR


Dívida líquida da União bate 84,62% do PIB, em setembro de 2019

“Quem não usar os olhos para ver, terá que usá-los para chorar!” (Foerster).

 Resultado de imagem para Divida Líquida

Dívida Líquida

Total da União (Interna e Externa)
Fonte ME - Base R$ bilhões.
Itens
2002
% PIB
2010
% PIB
2018
% PIB
Set/19
% PIB
Dívida Interna Em Poder do Mercado
558,9
37,54
1.603,9
41,28
3.728,9
54,61
3.993,3
56,55
Dívida Interna Em Poder do Banco Central
282,1
18,95
694,0
17,86
1.794,3
26,28
1.819,5
25,77
Dívida Externa Líquida
262,9
17,66
90,1
2,32
148,2
2,17
162,5
2,30
Dívida Total Líquida
1.103,9
74,15
2.388,0
61,46
5.671,4
83,06
5.975,3
84,62
PIB 2002 – (R$ 1.488,8 bilhões); PIB 2010 – (R$ 3.885,8 bilhões);
PIB 2018 – (R$ 6.827,6 bilhões). Previsão do PIB 2019 – (R$ 7.061,0 bilhões).


Hoje é dia de divulgação da dívida da União com base em setembro de 2019 e, como sempre, a imprensa omite o estoque da dívida em poder do Banco Central no montante de R$ 1.819,5 bilhões (25,77% do PIB), sendo essa a parte mais importante da dívida, visto que nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária, ou emissão de dinheiro falso) que não existiria se o Banco Central fosse independente. Vejam que essa orgia saiu de 17,86% do PIB em 2010 para 26,28% do PIB em 2018. Crescimento real em relação ao PIB de 47,14%. Em setembro de 2019 migra para R$ 1.819,5 bilhões (25,77% do PIB). Redução de 1,94% do PIB, comparativamente ao ano de 2018. É nessa lama que o Brasil joga os seus criminosos e imorais déficits fiscais primários.

Em 2010 o estoque correto da dívida líquida da União (interna mais líquida externa) era de R$ 2.388,0 bilhões (61,46% do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.671,4 bilhões (83,06% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 35,14%. Em setembro de 2019 migra para R$ 5.975,3 bilhões (84,62% do PIB). Aumento real em relação ao PIB de 1,88%, comparativamente ao ano de 2018.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

O BRASIL E O ACORDO SOBRE O LANÇAMENTO DE FOGUETES

Por :   Profa. Guilhermina Coimbra*

Brasileiros atentos preocupam-se pelo Acordo que será, ou já foi assinado, segundo o qual, os EUA poderão lançar satélites, foguetes e mísseis de Alcântara, mas que o território de Alcântara continuará sendo espaço sob jurisdição brasileira. Percebem problemas com a segurança do Brasil. Insistem em alertar que, após a assinatura do referido Acordo, os brasileiros terão largo espaço de ar, mar e terra onde brasileiros não entrarão.

Alertam que quem o fizer – tentando entrar - vai parar em Guantánamo Bay Detention Camp, na ilha de Cuba, ou leva chumbo dos marines e tudo ficará “como antes no quartel de Abrantes”!.

Lembram a necessidade de jamais deixar de aprender com a História – sempre repetitiva - lembrando que em 1942, o Presidente Getúlio Vargas cedeu espaço no Nordeste para operações aeronavais aliadas, porque era do interesse do Brasil para defesa brasileira negociando, também, vantagens outras.

Mas, o Acordo atual não tem justificativa, vantagens e nem é interessante para o Brasil.
O Acordo, justificará convite de Maduro à Rússia e à Cuba a fazerem o mesmo, colocando tropas e algo mais na vizinha Venezuela, o que não é de interesse dos residentes no Brasil.

O Presidente do Brasil tem que moderar o modo de agir, parar e pensar.

No momento atual, atitudes intempestivas do Presidente do Brasil são impróprias a um Presidente do Brasil: podem, até ser próprias a um Capitão ou um Deputado na Tribuna da Câmara, mas, verdadeiramente, não são atitudes de Presidente de um País como o Brasil.

Equilíbrio, ponderação e aconselhamento ao Presidente do Brasil são necessários.

O Presidente do Brasil está bem assessorado, tem que ouvir entre os assessores aqueles que têm, as melhores credenciais, são – reconhecidamente - os mais capacitados, ponderar e acatá-los, antes de emitir pareceres, ou tomar uma decisões.

Capitular,  voltar atrás, não corrige estragos e será sempre considerado impróprio e desagradável, a um Presidente do Brasil.

Brasileiros estudiosos atentos não estão gostando de observarem o Presidente do Brasil entregando – de bandeja, sem quê nem porquê – todo o conseguido a duras penas pelo Brasil.

Os brasileiros pensam que a Venezuela é problema dos venezuelanos.
O residentes no Brasil sabem que qualquer interferência terá inconvenientes consequências.

O Presidente do Brasil precisa respeitar o princípio da não intervenção, uma característica da diplomacia brasileira admirada ao redor do mundo.
O Itamaraty tem que ser ouvido antes e acatado sempre.

A interferência estapafúrdia e inconsequente na Venezuela é considerada perniciosa, leviana e poderá até arrastar o apoio da Rússia ao país vizinho. 

O Presidente do Brasil com meios apropriados tem mais é  que reforçar as fronteiras do Brasil e não ficar procurando pelo em casca do ovo. 

O Presidente do Brasil não pode ignorar recados de brasileiros esclarecidos e pesquisadores.
Principalmente, o Presidente do Brasil tem que levar em conta o que dizem militares, quaisquer que sejam as patentes.

O primeiro resultado nefasto da surdez do Presidente é a costa brasileira toda contaminada com o pior piche do planeta. Impossível prever qual, mas é de se esperar péssimo resultado para a fauna e flora marinha. 

Brasileiros atentos pensam já passou da hora do Presidente entregar a direção do Brasil para o seu Vice- Presidente, mais experiente, maduro e capacitado. 

No Brasil, os residentes se obrigam a observar e pesquisar a maioria dos temas de interesse porque, se não o fizerem, certamente,  serão prejudicados.  

Enfim, Presidente do Brasil orgulhe-se de presidir uma população inteligente, perceptiva e atenta.
Entenda, Presidente, que governá-la não é para Presidente ignorante e demonstre  -possuir a sapiência que o mais alto cargo do Brasil exige.

O Brasil merece e agradece.
* Profa. UFRRJ, Membro do IAB, FIA, INLA.