domingo, 16 de dezembro de 2012

A “Conexão Portuguesa” e o homem que “desvirginou” o PT


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Vale a pena refrescar a memória dos mais jovens a respeito das ameaças veladas de Marcos Valério no depoimento ao Ministério Público reconfirmado hoje por O Estado de S. Paulo.
Ao mencionar Paulo Okamoto, protagonista da primeira história a sujar o PT de lama, Ronan Maria Pinto, o “Rei do Lixo“, que estava no olho do furacão que desaguou no assassinato de Celso Daniel e a “Conexão Portuguesa” do Mensalão, ele resume a história da “queda” do PT da posição de vestal solitária da ética na política brasileira para a de campeão incontestável das “malfeitorias” do nosso riquíssimo repertório nesse tema, sinalizando que pode vir a desenterrar cadáveres muito incômodos.
Em todos esses episódios, o centro da corrupção estava colado na pessoa de Lula.
A “Conexão Portuguesa” do Mensalão, que punha Lula, Marcos Valério, José Dirceu e banqueiros portugueses na mesma sala em pelo menos duas reuniões oficialmente confirmadas pelas agendas da Casa Civil e da Presidência da República foi o estopim de todo o escândalo e foi revelada por Roberto Jefferson em pessoa.
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Os detalhes, saborosíssimos, foram minuciosamente reconstituídos aqui noVespeiro em junho de 2010 no contexto de um segundo desdobramento das relações perigosas entre José Dirceu, o Banco Espírito Santo e aPortugal Telecom, antiga dona da Vivo, que foi o lançamento do jornalBrasil Econômico, onde trabalha a mulher do ex-ministro, parte de um plano que visava horizontes muito mais amplos que os pretendidos peloMensalão.
A história dessa quarta conspiração começa neste link.
A do homem que “desvirginou” o PT e o que isso tem a ver com Dilma Rousseff e com o atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, eu relembro logo a seguir. A da “Conexão Portuguesa” do Mensalão é a que eu reproduzo abaixo com o mesmo título com que foi publicada ha dois anos e meio neste blog. A de Ronan Maria Pinto/Celso Daniel fico devendo para outro dia.
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Velhas amizades

O Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, foi acusado pelo deputado Roberto Jefferson de ser o pivô de uma fracassada operação para resolver parte das dívidas de campanha do PT e do PTB. Este ultimo partido era, na época, o “dono” do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), dirigido por Lídio Duarte, indicado pelo próprio Jefferson. O plano era transferir para o BES US$ 600 milhões de reservas técnicas do IRB aplicados em outros bancos europeus, contra o pagamento de uma “comissão” de R$ 50 milhões com os quais o PT saldaria dívidas de campanha com o PTB. Segundo Jefferson, a operação tinha sido combinada entre Dirceu e o diretor do BES no Brasil, Ricardo Espírito Santo, em encontros articulados, no Brasil e em Portugal, por Marcos Valério.
Jefferson foi mais longe: disse que até o presidente Lula tinha recebido  Ricardo Espírito Santo e Miguel Horta e Costa, na época presidente da Portugal Telecom, em Palácio, levados a ele por Marcos Valério em pessoa.
Foi, naturalmente, desmentido por todos os acusados.
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Acontece que o “Mensalão” estava no início e o governo Lula ainda não tinha o know-how que tem hoje. Checadas as agendas nos sites oficiais da Presidência e da Casa Civil, tudo se confirmou. Lula tinha recebido Horta e Costa, Espírito Santo,  Valério e Dirceu em duas ocasiões: 21 de janeiro de 2003 e 19 de outubro de 2004.
Instaurou-se o pânico entre os executivos do banco, apavorados com a perspectiva de se verem transformados no elo de ligação que faltava entre Lula em pessoa e o “Mensalão”.
Nos dias que se seguiram, notas oficiais coordenadas foram disparadas pelo Palácio do Planalto, pela Casa Civil e pelo Banco Espírito Santo onde todos admitiam o que era impossível negar, mas alegando que o que tinha sido tratado no encontro foram apenas os investimentos da Portugal Telecom no Brasil.
O banco e a Portugal Telecom continuavam negando, entretanto, os outros encontros mais recentes nos quais, segundo Jefferson,  teria sido articulada a operação envolvendo o IRB. Novamente as agendas oficiais, desta vez a da Casa Civil, provaram que ele estava dizendo a verdade, e todos tiveram que reformular suas histórias.
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Sim, tinha havido uma reunião na Casa Civil com a presença de Ricardo Espírito Santo, Jose Dirceu, Marcos Valério e Emerson Palmieiri, tesoureiro do PTB, em 11 de janeiro de 2005. Treze dias depois, Valério, Palmieri e Dirceu seguiram para Lisboa onde, segundo Jefferson, iriam fechar o negócio envolvendo o IRB.
Desmentido pelas agendas oficiais, Ricardo Espírito Santo viu-se em maus lençóis. Convidado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito não conseguia esconder sua irritação: “Não precisamos de intermediários … investimos mais de 7 bilhões de euros no Brasil … O encontro com o ministro Dirceu foi uma reunião de apresentação … De onde conheço Valério? Sei lá como conheci Valério! Foi em contatos sociais…”
A notícia, obviamente, teve intensa repercussão em Portugal de onde veio nova e contundente menção ao nome do presidente Lula relacionado às relações perigosas entre Valério, Dirceu, o BES e a Portugal Telecom.
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A mesma agenda publicada no site da Casa Civil registrava outra viagem anterior de Dirceu e Valério a Lisboa, a 7 de junho de 2004, em que participaram de um jantar com o presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa. Apertado, Valério emitiu nota confirmando esse encontro e acrescentando que, na mesma viagem tinha visitado o então ministro de Obras e Comunicações do governo Antonio Guterres, do Partido Socialista, Antonio Mexia, que lhe tinha sido apresentado por Horta e Costa. E, o que é pior, três semanas antes da revelação entrar no foco dos investigadores brasileiros,  o ministro Mexia, numa entrevista ao jornal Expresso, de Lisboa, afirmara, desastradamente, que tinha recebido Valério “na qualidade de consultor do presidente do Brasil”.
Seguiu-se nova bateria de desmentidos e novo realinhamento do discurso de todos os envolvidos. Valério, confirmado pelo ministro português, passou a dizer que suas tratativas em Portugal visavam manter em sua agencia a conta publicitária da Telemig cuja compra estaria sendo negociada pela Portugal Telecom. E disse mais: que Palmieri, o tesoureiro do PTB, seria apenas “um amigo pessoal” que só o acompanhou naquela viagem porque “andava estressado” e precisava espairecer.
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Investigações subseqüentes indicam  que os dois movimentos aconteceram ao mesmo tempo. Valério estava mesmo intermediando a negociação entre a Portugal Telecom e a Telemig, exibindo como credencial o seu acesso privilegiado à Casa Civil. Os contatos que fez em Portugal o colocaram na posição ideal para intermediar, mais adiante, a solução imaginada para as dividas de campanha do PT com o PTB através do “esquema IRB”.
Valério, aliás,  já tinha prestado serviços anteriores à Portugal Telecom, influenciando, com ajuda de Dirceu, a decisão da Anatel de manter a divisão de tarifas nas ligações entre telefones fixos e celulares. Pelas regras de 1998, de cada real gasto nas ligações entre aparelhos celulares e fixos, os primeiros ficavam com a maior parte. Sendo a Vivo a única das grandes teles a só operar com celulares, ela é quem mais ganha com essa decisão.
No julgamento em que José Dirceu teve seu mandato cassado, só duas testemunhas de defesa concordaram em depor a seu favor: o presidente do Banco Espírito Santo no Brasil, Ricardo Espírito Santo, e o escritor Fernando Morais.

***


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O homem que “desvirginou” o PT

Esta eu faço questão de lembrar não apenas para a geração que confia naWikipédia que, no verbete “Paulo de Tarso Venceslau” não faz a mais leve menção ao episódio que o tornou um homem tristemente célebre, como também para fazer justiça à presidente Dilma.
Foi ele quem, nos idos de 1993, “desvirginou” o PT ao denunciar ao jornal da tarde, de São Pauloo esquema de desvio de dinheiro das prefeituras ocupadas pelo partido que, até então, era tido como um solitário “paladino da ética”  no cenário desolado da política brasileira.
Paulo de Tarso Venceslau, ex-guerilheiro e fundador do PT, era secretário de Finanças da prefeitura de São José dos Campos e descobriu a falcatrua, que envolvia todas as ocupadas pelo PT e era centralizada nas mãos de Roberto Teixeira, o “compadre” de Lula e proprietário do apartamento em que o ex-presidente mora ate hoje, e do seu fiel escudeiro Paulo Okamoto, então Tesoureiro do PT, o mesmo que Valério diz tê-lo ameaçado mais recentemente de morte.
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Durante quase dois anos Paulo de Tarso Venceslau correu atras de Lula para contar-lhe o que tinha descoberto mas ele dava sempre um jeito de evita-lo. Finalmente, convencido da conivência dele com os “malfeitores“, foi ao jornal da tarde e denunciou o que estava acontecendo.
Foi uma bomba! Era a primeira vez que o partido que vivia com o dedo na cara de todo mundo foi pego em flagrante e vasta “malfeitoria“.
Cabe lembrar, a propósito, que o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, integrou a comissão especial criada pela Executiva Nacional do PT para investigar o caso. Àquela altura um bom numero dos militantes e dos fãs do partido realmente acreditava que ele não era o que desde então provou ser.
Ao lado do então deputado, jurista e ex-jornalista Hélio Bicudo, que deixou o PT após o escândalo do Mensalão, em 2005, Cardozo concluiu em seu relatório que tanto o compadre de Lula como o irmão deste atuaram dolosamente para desviar o dinheiro das prefeituras controladas pelo partido através da empresa CPEM com a qual “prestavam assessoria” às prefeituras petistas, e que este “Atuou com evidente abuso da confiança de que desfrutava no partido em face da notória relação de amizade que mantém com o presidente de honra do PT”.
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Essa menção ao fato de que Lula em pessoa tinha credenciado seu compadre a insinuar-se às administrações do partido para montar um esquema de corrupção que, desde então, tornou-se recorrente em todos os escândalos em que o partido se envolveu, foi, àquela altura, de uma ousadia quase impensável.
Lula, como sempre, negou que soubesse de qualquer coisa e acabou sendo inocentado na sindicância, acuada sob intensa pressão da tropa de choque do segmento mais profissional da militância petista.
Paulo de Tarso Venceslau foi expulso do partido sob a acusação de que “ao se dirigir à imprensa, empregou adjetivos que desqualificaram Lula e outros dirigentes petistas” e esse resultado definiu para sempre o modo de agir em face de flagrantes e denuncias que o partido mantém até hoje.
Mas Lula nunca mais perdoaria Cardozo por ter tomado seu santo nome em vão.
Quando Tarso Genro deixou a pasta da Justiça para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, com Lula ainda na presidência, indicou Cardozo como seu sucessor. Dilma Rousseff, então na casa Civil, apoiou a indicação mas Lula manteve-se inflexível. Nelson Jobim ocupou a pasta.
Ao se tornar presidente, Dilma convocou Cardozo e o impôs a Lula, razão pela qual ele é considerado o primeiro e único dos ministros de sua livre escolha no ministério com o qual iniciou seu governo.
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O projeto do Senador Romero Jucá tira do IBAMA poder de multar por crimes ambientais, o que vai facilitar mais os desmatamentos.

Por Mauro de Albuquerque Madeira*

Algumas coisas alarmantes estão acontecendo com rapidez na área de meio ambiente. O Senado aprovou projeto (relatado pelo notório Romero Jucá, eterno líder de qualquer governo, e, é bom lembrar, antigo governador de Roraima, pela Arena da ditadura militar, o homem tem sete fôlegos…), enfim, o projeto do Senado tira do IBAMA poder de multar por crimes ambientais, o que vai facilitar mais os desmatamentos.
No Executivo, Dilma aprovou diversos decretos e portarias que apressam os licenciamentos ambientais, com prazos rígidos de noventa dias, para que as obras de infraestrutura, estradas, hidrelétricas, pré-sal etc. não sejam atrapalhadas por órgãos ambientais, Ministério Público, ambientalistas e outros chatos, que pretendam dificultar a vida dos tratores e motosserras das empreiteiras e construtoras do PAC.
O código florestal está correndo grave risco de devastação pelos nobres parlamentares ruralistas, que querem anistiar os desmatadores que usaram suas motosserras até julho de 2008, e liberá-los para ocupar margens de rios e topos de morros, com seus bois, cabras, casas e construções. As enchentes e devastações do Estado do Rio, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco e a seca no Amazonas já foram esquecidas pelos Aldo Rebelo e Kátia Abreu que governam o país.
Os índios e ribeirinhos do rio Xingu andaram ocupando o canteiro de obras da Usina de Belo Monte, mas já foram prontamente expulsos do local por algum oficial de justiça, munido de força policial e ordem judicial.  As hidrelétricas da Amazônia têm de sair a ferro e fogo.  Populações indígenas, ribeirinhos tradicionais e outros resquícios do passado que saiam da frente desse Brasil Grande do PAC, que faz lembrar até os tempos do Médici da Transamazônica.
O Ministério de Minas e Energia e os governadores  ganham  direito de veto à criação de unidades de conservação federais. E para completar, o governo ganhou mais um ministro inimigo do meio ambiente, o (ex)-comunista/ruralista Aldo Rebelo, que vai dirige Esporte e a Copa, de certo com a mesma fúria com que detonou o Código Florestal na Câmara. E o Brasil é o país campeão de uso de agrotóxicos na agricultura. Comemos veneno com alface, tomate, maçã, morango, couve, beterraba, carne, milho, soja etc. Mas Kátia Abreu acha que isso é muito bom, pesticidas e herbicidas baixaram o preço dos alimentos. E tome veneno na mesa.


Mauro Madeira
Mauro de Albuquerque Madeira * é autor dos livros Letratos, fidalgos e contratadores de tributos no Brasil colonial, Extratos e pegadasLicor de Canela - Brasília



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Porto de Açu: Os deserdados por Eike Batista do desenvolvimento econômico


Aço projetos com motivação política

Porto do Açu: reunião entre Carla, Cabral e Eike? (por Christiano

O Porto de Açu deverá ser um dos maiores do mundo
O Porto de Açu deverá ser um dos maiores do mundo
A instalação do Complexo Industrial- Portuário do Açu vem sendo alardeada como uma oportunidade única para alavancar o desenvolvimento econômico do município de São João da Barra (RJ)e, por extensão, de todo o norte fluminense.
Quando visto na maquete que é mostrada aos que visitam o canteiro de obras na localidade de Barra do Açu, a magnitude do empreendimento impressiona, pois além de um porto, existem projetos para a instalação de um estaleiro, duas siderúrgicas, duas termelétricas, uma fábrica de automóveis e vários outros projetos menores.
As estimativas de empregos diretos e indiretos ficam na ordem de 100 mil postos de trabalho. O financiamento destas obras é um exemplo perfeito das chamadas parcerias público-privadas (PPPs), já que apesar de ser um empreendimento privado do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista, o Complexo do Açu foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em função disso, apenas para a construção de um estaleiro pela OSX foi anunciado um generoso empréstimo do BNDES na ordem de R$ 2,7 bilhões.
Outra faceta da parceira público-privada na construção deste complexo é a participação direta do governo do Estado do Rio de Janeiro no fornecimento de terras para a instalação do chamado Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB) que possui a chancela da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codin). Em troca da localização do empreendimento no norte fluminense, o governo do Rio de Janeiro emitiu seis decretos de desapropriação de terras cobrindo em torno de 7.200 hectares em nome do interesse público. Além disso, o governo fluminense conseguiu a descentralização do processo de licenciamento ambiental, que passou do Ibama para o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A alegação para esta mudança de jurisdição na emissão das licenças ambientais foi a da necessidade de se diminuir a burocracia e, com isto, ganhar celeridade no processo.
Um aspecto ignorado nas diferentes esferas decisórias é que o chamado V Distrito de São João da Barra não era desabitado e, tampouco, suas terras eram improdutivas. Pelo contrário, a área escolhida para a instalação do DISJB abrigava em torno de 1000l famílias de agricultores e pescadores artesanais há varias gerações. Mas esse aparente desconhecimento da realidade não se deu por falta de informações, visto que dados socioeconômicos fornecidos em diferentes momentos pelo IBGE mostravam a presença dessas famílias, bem como a renda que eles obtinham a partir de uma agricultura bastante adaptada à realidade ecológica existente. Dados estatísticos apontam ainda que os agricultores do V Distrito respondiam por uma parte significativa da produção estadual de várias culturas, tais como abacaxi, quiabo e maxixe.
Os moradores do V Distrito reagiram inicialmente com incredulidade à possibilidade de que perderiam suas pequenas propriedades, visto que a maioria possuía os títulos de propriedade, enquanto outros possuíam direitos hereditários claramente demarcados. Assim, a reação ao processo de desapropriação começou apenas em 2010 quando os primeiros proprietários começaram a ser expulsos de suas propriedades de forma truculenta em operações realizadas por forte contingente repressivo que misturava policiais militares, oficiais de justiça e seguranças privados contratados pelo Grupo EBX. Para piorar toda esta situação, poucas famílias foram indenizadas no processo de desapropriação, o que gerou uma série de problemas de ordem financeira para as famílias afetadas. Há que se salientar que os procedimentos adotados pela Codin no processo de desapropriação afrontam diretamente tanto a Constituição Federal como a Estadual, num claro desrespeito aos direitos das famílias que foram desapropriadas.
Para responder a esta situação, os agricultores criaram a Associação dos Produtores Rurais e Imóveis de São João da Barra (Asprim) que começou, desde então, a liderar a resistência às tentativas de remoção forçada das famílias. A este processo se juntaram militantes de movimentos sociais como o MST e o MPA, sindicalistas e também professores e estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Este processo de agregação de forças tornou possível a realização de diversos eventos políticos, incluindo seminários e marchas de protesto. Além disso, houve ainda a produção de vídeos que foram disseminados em redes sociais e em blogs. Esta combinação de esforços e uso de ferramentas virtuais vem retardando a expulsão das famílias e ampliou o processo de resistência.
Para piorar ainda mais as coisas, recentemente foi identificado um processo de salinização de corpos aquáticos e das terras do V Distrito. A investigação desse fato começou a partir de denúncias feitas por agricultores que vivem nas propriedades que ainda não foram desapropriadas. A salinização foi comprovada por pesquisas científicas realizadas por pesquisadores ligados ao Laboratório de Ciências Ambientais da Uenf. Esta descoberta levou a que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro desse início a um processo de verificação das licenças ambientais concedidas pelo Inea para a construção das duas siderúrgicas. Este processo pode se estender à provável causa da salinização que é a construção do estaleiro da OSX.
O que precisa ser ressaltado é a própria crise do projeto, inicialmente idealizado por Eike Batista, e que justificou a desapropriação realizada pelo governo do Rio de Janeiro. É que apenas nos últimos meses três grandes parceiros anunciados desistiram de se instalar no Complexo do Açu: a chinesa Wuhan Steel e a franco-argentina Ternium, que construiriam as duas siderúrgicas; e a empresa automobilística japonesa Nissan que levantaria uma planta de automóveis. Com isto deixarão de ser gerados em torno de 47 mil postos entre empregos diretos e indiretos.
Para tornar a situação ainda mais escandalosa, agora o bilionário Eike Batista anda alardeando uma mudança de estratégia dentro da qual as terras desapropriadas serão alugadas para empresas interessadas em fornecer equipamentos para a exploração do petróleo existente na camada Pré-Sal com um ganho anual de cerca de R$ 100 milhões para o Grupo EBX.
Finalmente, ainda que não se desconheça a necessidade de ampliar a capacidade logística e industrial do Brasil, os fatos que foram aqui narrados são inaceitáveis dentro de um Estado que se proclama democrático. Não há qualquer justificativa para o tipo de tratamento que está sendo dado a centenas de famílias pobres cujos meios de produção estão sendo retirados à força pelo Estado. O mais gritante é que isto está ocorrendo na segunda economia da federação e num estado que importa a maioria dos alimentos que sua população consome. É urgente que haja uma mobilização para defender os direitos destas famílias que passam, inclusive, pela exigência de revisão dos decretos de desapropriação.
13/12/2012 10:00
Por Marcos A. Pedlowski - do Rio de Janeiro
Marcos A. Pedlowski é professor Associado do Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico da Uenf, PhD em Planejamento Regional pela Virginia Polytechnic Institute and State University.  

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cachoeira negocia delação premiada e venda de dossiês por R$ 10 milhões para detonar a petralhada


Exclusivo – O risco maior para inviabilizar o governo federal e o de vários estados está prestes a se realizar. Carlinhos Cachoeira pretende mesmo revelar tudo que sabe sobre o mudus curruptus da petralhada e de seus principais aliados. O empresário do ramo de jogos tem material em vídeo, áudio, fotografia e muito papel com potencial suficiente para implodir a base do governo do crime organizado – do qual ele próprio faz parte.


Com saúde abalada pela prisão e com previsão de puxar mais cadeia, quando não tiver mais como recorrer judicialmente, Cachoeira vai romper o estranho silêncio que mantém até agora motivado por vingança. O lobista da jogatina cansou de ser ameaçado de morte e humilhado por aqueles a quem ajudou. Por isso, guarda,em vários locais seguros e com pessoas de sua extrema confiança pessoal, um explosivo arsenal de dossiês contra políticos – principalmente do PT.

Cachoeira é aconselhado por alguns advogados a não pegar pesado por enquanto. Mas ele não deseja seguir tais conselhos defensivos e prefere partir para a ofensiva contra aqueles que tentaram – e praticamente conseguiram – destruí-lo. Se possível, Carlos Augusto Ramos ainda quer levar vantagens na operação. Sonha com o complicado benefício de uma delação premiada, ao se dispor a colaborar com a Justiça. Também gostaria de faturar R$ 10 milhões vendendo seus principais dossiês a órgãos de imprensa que se comprometessem a publicá-los.

Enquanto Lula e Dilma não são alvos maiores do jogo de Cachoeira, os petistas sem-noção e os petralhas que sabem tudo de corrupção começam a aloprar de forma burra, radical e suicida, embarcando na cega defesa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – para eles um santo, quase Deus, que não pode ser atacado pelos profanos inimigos políticos. Foi um gesto desesperado a decisão apressada da estressada base aliada do governo de convocar Fernando Henrique Cardoso, o Procurador-Geral da República Roberto Gurgel e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General de Exército José Elito Carvalho Siqueira, para prestarem depoimentos na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional.

As convocações ocorreram em retaliação à vontade da “oposição” de convocar Marcos Valério, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e a ex-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, para falarem de todos os escândalos recentes que envolvem o desgoverno Lula-Dilma. Ainda no plano dos efeitos especiais, a base aliada conseguiu adiar a votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para convocar o publicitário Marcos Valério a prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas, em depoimento à Procuradoria Geral da República, de que o ex-presidente Lula da Silva deu aval ao esquema de desvio de recursos públicos para financiar o PT e comprar apoio no Congresso.

Fraude eleitoral escancarada

O engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em urnas eletrônicas, dará uma entrevista logo mais na JustTV sobre a possibilidade concreta, verificada por hacker do Rio de Janeiro, de fraude no sistema eletrônico de votação.

Brunazo falará do PLIP (Projeto de Lei de Iniciativa Popular – disponível em www.vototransparente.com.br ), para que o voto eletrônico seja acompanhado do voto impresso.

O link para a entrevista ao vivo é: http://www.justtv.com.br/portal/juridico-news/ 

Leia, abaixo, o gravíssimo artigo do jornalista Ápio Gomes: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição



Campanha de salvação

O Globo de hoje revela que Lula disse a amigos que sua ação de defesa mais enfática começará em fevereiro ou março de 2013, quando voltará a fazer pelo País as caravanas que ficaram famosas em suas primeiras campanhas ao Palácio do Planalto.

O ex-presidente considera que a melhor forma de responder às acusações é conversar diretamente com o povo e defender o seu legado.

Dona Marisa Letícia teria adorado a ideia, desde que Lula não leve a Rosemary novamente nas viagens...

E se a coisa ficar muito preta, ninguém se surpreenda se Lula se candidatar ao Senado pelo Estado de São Paulo, em 2014, só para recuperar aquele providencial foro privilegiado...

Lula na mira

O ministro Marco Aurélio Mello é mais um do Supremo Tribunal Federal a defender abertamente que sejam investigadas as denúncias de Marcos Valério sobre o poder de influência, decisão e recebimento de dinheiro por Lula da Silva no esquema do Mensalão:

A simples notícia de uma prática criminosa já sugere abertura de investigação. Quando juiz, defrontando-se com processo de natureza civil, verifica que um fato pode configurar crime, ele deve extrair e mandar para o Ministério Público. Caberá ao Ministério Público verificar a veracidade do depoimento. Concluindo de forma negativa, arquivará. Se ele entender que há indícios de prática criminosa, ele poderá aprofundar as investigações”.

Como o presidente do STF, Joaquim Barbosa, já tinha manifestado opinião idêntica a de Marco Aurélio, Lula que se prepare para receber um “convitinho” do Procurador-Geral da República, para prestar “amplos esclarecimentos”...

Problema eletrizante

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), líder da Maioria na Câmara dos Deputados, conseguiu emplacar seu requerimento para que o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, seja gentilmente convidado a prestar esclarecimentos sobre o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro para abastecer campanhas políticas do PSDB, no início dos anos 2000.

O caso ficou conhecido como “Lista de Furnas” e entra no meio da Ação Penal 536 do Supremo Tribunal Federal – apelidada de “Mensalão Mineiro” e considerada a grande arma sonhada pelos petistas para impedir que o PSDB retome o Palácio do Planalto com Aécio Neves.

Engraçado é que Tatto questiona, no pedido de convocação, qual seria a influência de FHC na empresa, considerando a “importância estratégica para o país da Eletrobrás-Furnas como geradora e transmissora de energia elétrica”.

Será que o Tatto não sabe que é justamente a ação da petralhada e aliados na empresa e nos fundos de pensão a ela ligados que provoca hoje o risco de um apagão econômico no setor elétrico brasileiro?

Leia, no Fique Alerta, artigo do professor Heitor Scalambrini Costa: Recuo para evitar fiasco maior



General Tatto

Se eles querem guerra, vão ter! É a primeira vez que participo desta comissão e gostei”.

Foi desse jeitinho molecote que Jilmar Tatto comemorou a vitoriosa aprovação para convocar FHC – que nem é obrigado a comparecer à CCAI:

É o esquema de financiamento de campanha do PSDB. Recursos para a campanha presidencial do Fernando Henrique em 1998. Sempre dizem que a lista é falsa, mas um perito analisou recentemente e disse que é verdadeira. Essa comissão serve para pensar para o futuro. Nada melhor do que convidar o presidente para explicar os fatos, a influência do ex-presidente sobre Furnas e Eletrobrás, como se deu essa relação e evitar que isso volte a acontecer no Brasil”.

Poxa, Tatto, ainda bem que essas coisas não acontecem no governo do PT, embora o Rosegate, o Mensalão e outras falcatruas menos votadas revelem exatamente o contrário...

Collor e a Inteligência

O presidente da CCAI, senador Fernando Collor (PTB-AL), emplacou o convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que preste esclarecimentos sobre a “confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério Público e da Polícia Federal”.

Collor reclama que as recentes operações da Polícia Federal (Vegas e Monte Carlo) têm demonstrado “o quanto de informações devem ter sido adquiridas por meio de atividades de inteligência".

Collor alega que, a princípio, o MPF e a própria PF não são órgãos “dotados de setores específicos e típicos de inteligência”.

Segurança nacional de quem mesmo?

A CCAI aprovou outro requerimento na mesma linha de questionar as ações de inteligência e descobrir se são reais as denúncias de prática de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência.

Por isso, a comissão deseja ouvir o general José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e o diretor-geral da Abin, Wilson Roberto Trezza.

A CCAI quer saber até que ponto a segurança nacional foi afetada com a denúncia de que um servidor da Abin teria quebrado códigos e senhas de colegas que atuavam em investigações estratégicas.

Na verdade, a petralhada está se borrando com o vazamento de tantas informações que comprometem suas ações criminosas – como vem ocorrendo no Rosegate...

Gripe providencial

O ministro Celso de Mello, pode dar hoje o voto de desempate sobre a perda de mandato imediata dos deputados condenados pelo STF.

Gripado e com febre, o decano do supremo não pode ir trabalhar ontem.

Mas hoje João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) devem ir para o saco – gerando uma crise institucional com a presidência da Câmara dos Deputados, que alega ter a primazia para julgar seus membros.

Carta mal escrita dá nisto...

A Constituição Federal tem duas interpretações sobre a perda de mandatos de parlamentares.

A primeira permite a condenação em ação criminal com suspensão de direitos políticos.

A segunda prega que só as Casas Legislativas podem decretar a perda de mandato após processo interno específico. 

Errrrrrrrrrrou feio, Dilma...

Os atentos leitores Luiz Gonzaga e Manoel Vigas pegaram uma mega-mancada cometida pela Presidenta Dilma Rousseff, durante o recente Seminário Empresarial: Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica - Paris/França:

“(...)que nós recolocamos no século XXI, que foi inicialmente pensada no século XVI - em 1500, quando fomos teoricamente descobertos -, que, de fato, eu acredito que o país é hoje, no presente, o país do futuro”.

Vigas lembra que há uma regra simples para quando um ano termina em 00: o século é dado pelos dois primeiros números. Logo, 1500 é século 15.

A pequena gafe pode ser conferida no link:

http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos/discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-durante-seminario-empresarial-desafios-e-oportunidades-de-uma-parceria-estrategica-paris-franca 

Convocação Geral e Generalizada

A base aliada ameaça convocar Papai Noel para saber por que tanta merda acontece contra Lula e o PT na vésperea do Natal...

Por isso, se Roberto Gurgel e FHC aparecerem no Congresso vestidos de Papai Noel, os membros da base amestrada terão de usar a roupinha dos "Irmãos Petralhas" (muito mais perigosos que os inocentes famosos vilões da Disney, os Irmãos Metralha.

E Já que Lula jura nada temer e que tudo dito por Valério é mentira, porque base aliada não o convoca para livre depoimento no Congresso?

Burrice 

Enfim, se fosse ainda vivo, e era muito, Roberto Campos, proclamaria:

"No Brasil a corupção (e não apenas a burrice) têm passado glorioso e futuro promissor".



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E agora Lula!? Rose e Lula trocam figurinhas desde 1993.


O jornal Folha de São Paulo, foi direto ao ponto: a secretaria Rose e o ex-presidente Lula, eram íntimos desde a campanha presidencial, em 1994. A assessoria do ex-presidente diz que o assunto não será comentado. Sabe-se apenas que Lula viaja ao exterior nos próximos dias e só volta daqui a duas semanas. Assim fica longe da imprensa brasileira, mas, principalmente, distante das garras de Dona Marisa.

O CASAL
 - O romance entre Lula e Rosemary Noronha não era um segredo de estado, o pessoal do Palácio da Alvorada, seguranças, assessores e jornalistas mais próximos, todos sabiam. A coisa só veio à tona agora depois que começou a cheirar mal.

BRASIL - Bizarro

Rosemary prestava serviços sexuais a Lula
Fontes: Folha de S. PauloVeja
A influência exercida pela ex-chefe do Planaltinho, o escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, no governo federal, revelada em e-mails interceptados pela operação Porto Seguro, decorre da longa relação de intimidade que ela manteve, até hoje, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Rose e Lula trocam figurinhas desde 1993. Egressa do sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples fã.

O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida presidencial de 1994.

À época, ela foi incorporada à equipe da campanha ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido.

O radar de Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, acendeu a luz vermelha e ela jamais escondeu que não gostava da “assessora” do marido.

Em 2002, Lula se tornou presidente. Em 2003, Rose foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como "assessora especial" do escritório regional da Presidência na capital. 

Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.

Nesse papel de direção, Rose contava com três assessores e motorista.

Sua tarefa era oficialmente "prestar, no âmbito de sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo".

O escritório e o cargo que ela exercia, depois do escândalo está sendo desmobilizado e extinto pela presidenta Dilma, já que era desnecessário, mantido apenas por um capricho romântico de Lula. 

Durante 19 anos, o relacionamento de Lula e Rose se manteve oculto do público.

Em Brasília, a agenda presidencial tornou a relação mais complicada.

Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a comitiva oficial. Ela era, portanto, uma espécie de segunda dama, não contabilizada.


Foto: Jorge Araujo/Folhapress 
Rosemary Noronha, como parte da comitiva de uma viagem de Lula à Costa Rica, em 2009
Segundo levantamento da Folha tendo como base o "Diário Oficial", Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary participou. Comenta-se que D. Marisa tinha o cuidado de ver a relação dos que iam viajar e se por acaso Rose lá estivesse, ganhava uma cartão vermelho da Primeira-Dama. 

Integrantes do corpo diplomático ouvidos pela reportagem, na condição de anonimato, afirmam que a presença dela sempre causou mal-estar dentro do Itamaraty. Na opinião deles, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo não era necessária.

Oficiais da Aeronáutica se preocupavam com o fato de que ela por vezes viajava no avião presidencial sem estar na lista oficial. Imagine os embaraços diplomáticos e de segurança a existência de uma constante “clandestina” no avião presidencial?

Em muitas vezes, Rose seguia em voos da equipe que desembarca antes do presidente da República para preparar sua chegada.

Nessas viagens, seguranças que guardavam a porta da suíte presidencial nas missões fora do Brasil registravam ao superior imediato a presença da assessora. Oficiais do cerimonial elaboravam roteiro e mapa dos aposentos de modo a permitir que o presidente não fosse incomodado. Resumindo no exterior, Rose dormia com Lula. 

Durante esses quase 20 anos, Rose casou-se duas vezes. Seu primeiro marido, José Cláudio Noronha, trabalhou na Casa Civil do então ministro José Dirceu quando Rosemary assumiu o escritório de São Paulo.

Na chefia do gabinete, ela construiu a fama de pessoa de temperamento difícil. Lula chegou a receber de amigos reclamações dando conta de que ela tratava mal os funcionários.

Um deles descreveu um episódio em que ela teria pedido para serventes limparem "20 vezes" o chão do escritório até que ficasse realmente limpo. 

Essas primeiras damas genéricas são sempre assim.

Apesar do temperamento, Rose era discreta e não gostava de contato com a imprensa. Em algumas festas e cerimônias, controlava a porta de salas vips, decidindo quem podia ou não entrar. 

A Folha contatou que ela também costumava se consultar com o médico de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Roberto Kalil.

Rose acompanhou o ex-presidente em algumas internações durante o período em que este se recuperava do tratamento de um câncer no Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas só pisava no hospital quando Marisa Letícia não estava por perto.

Na campanha presidencial de 2006, a chefe de gabinete circulou nos debates televisivos que Lula teve com o tucano Geraldo Alckmin.

Ministros e amigos do ex-presidente não negam o relacionamento de ambos. Foi de Lula a decisão de manter Rosemary em São Paulo, conforme relatos de pessoas próximas.

Procurado pela Folha, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente Lula não faria comentários sobre assuntos particulares.

Como se vê agora Rose é assunto particular, mas durante esses últimos doze anos de governo petistas ela foi paga pelos brasileiros. Se além ou apesar de amante ela prestasse um serviço público decente, ainda dava para compreender. 

Afinal, a Rosemary Noronha que nos interessa é aquela que usava o cargo público para praticar falcatruas. A Rosemary, amante, é um problema exclusivo de Lula e de Dona Marisa.
 De:
Jorge Arthur Bergamo de Almeida

domingo, 9 de dezembro de 2012

O carry trade brasileiro na fraude Rothschild... mentir,mostrar as riquezas de outros povos como riquezas suas

Como o próprio arquivo dos Rothschild explica secamente: apesar de terem sido pegos de surpresa pela proclamação da república do Brasil em 1889, “eles rapidamente se ajustaram à situação... O novo governo republicano manteve suas obrigações da dívida com os Rothschild”, que continuaram como banqueiros europeus para o governo brasileiro, “ajudando” a criar o novo banco central e o Banco do Brasil.

Em seus dez anos de governo, Lula/Dilma por omissão, tem sido um joguete nas mãos dos mágicos britânicos...


O papel de mestre dos mágicos está sendo feito pela Casa Rothschild – instalada no Brasil há mais de 200 anos. Para ter sucesso, o mágico também necessita que a vítima deseje abandonar sua descrença, ou seja, que, em determinado estágio, concorde em ser enganada.
A União Européia e seu sistema monetário baseado no euro. Está totalmente falida, desmoronando a partir de um centro – não na Grécia, como a mídia internacional esta cansada de mentir – mas na Espanha e no Reino Unido, tendo como agente destruidor principal o banco espanhol, dirigido por Londres, o Santander.
A mágica dos enganadores chama sua fraude de BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), uma concha vazia, uma ilusão com a única finalidade de descarrilhar a proposta das Quatro Potências, convencendo esses países que os Estados Unidos e seu dólar estão sendo destruídos e que o sistema Britânico do euro vai tomar seu lugar, com o apoio do carry trade brasileiro.
A bolha financeira internacional que domina o mundo atualmente, é uma bolha inglesa, caracterizada pelo grupo que a criou, sendo Lord Rothschild a peça chave desse grupo. E a natureza da situação é muito mais grave do que a imprensa noticia.
“A maior parte da riqueza nominal no mundo é baseada em mostrar as riquezas de outros povos como riquezas suas, sendo bastante difícil encontrar riquezas reais em toda essa bagunça.
A riqueza nominal total está desestruturada, ou seja, manda-se dinheiro que não se possui para terceiros, fazendo viagens de ida e volta. Então, quando se quer reconciliar esses débitos, utilizando os bens reais que deveriam garanti-los, não se encontra nada.

E qual é o papel do carry trade brasileiro nessa fraude?
  • “carry trade” significa tomar dinheiro emprestado em um país a juros baixos, aplicar numa região que pague juros mais altos, pegar o lucro e aplicá-lo em outro país.
A riqueza do Brasil – mesmo em seu comércio e sua produção – depende do capital que passa pelo carry trade, que na verdade é um carry trade controlado pela Inglaterra, internacionalmente dirigido até agora, por Lord Rothschild. O mesmo Rothschild que, com sua benção pessoal, nos deu de presente o governador da Califórnia. A mesma família Rothschild que controlou em seu favor as ações de Napoleão, até que se livraram dele.

E agora, o carry trade está afundando. O atual sistema financeiro internacional está agonizando.
O mundo atualmente não está produzindo os bens necessários para manter a população e a economia mundiais. A parte que está garantida pelo valor real, o valor produtivo, está encolhendo, enquanto o débito está aumentando em ritmo astronômico, para saldar as promissórias que são emitidas lá fora para cobrir novos empréstimos, usados para saldar débitos atrasados.”
Entre os países que a mídia inglesa gosta de chamar de PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), a Grécia tem menos de 10% na participação do débito total – público e privado – dos PIIGS, que está em fantásticos 3,4 trilhões de dólares.
O próprio Reino Unido provavelmente é o mais falido de todos, com uma gigantesca bolha imobiliária e uma indústria de base entrando em colapso. Como o “Guardian “ de Londres, reportava em 18 de fevereiro de 2010: “A Inglaterra possui um déficit relativamente alto e sua baixa taxa de crescimento aliada a inflação em alta estão levando alguns especularem que ela pode ser o próximo pais a alarmar os mercados globais”.

Embora o pior bolha é os derivativos financieras, de quantias inimagináveis, que certamente são maiores que o débito da própria bolha. Assim, se a dívida de 3, 4 trilhões de dólares, sozinha, é impagável, das bolhas secundárias nem se fala. Mas, mesmo assim, Londres requer austeridade e sacrifício humano para manter seu esquema Ponzi em ação.

O carry trade arruinando o Brasil

E qual é a fonte nominal de divisas necessária para manter viva a ilusão dos mágicos? O carry trade brasileiro.
O banco Santander gerenciado pelos ingleses, tomaram emprestados bilhões de dólares do Banco Central Europeu, ou do FED (USA Federal Reserve) a baixíssimos juros de 1% ao ano. Então, transportaram esses fundos (carry) para lugares como o Brasil, onde são transformados em letras do tesouro nacional em reais, remunerados pela mais alta taxa de juros no mundo, em média 16% ao ano, nos sete anos em que o Brasil foi governado por Lula (desde 2003).

A conseqüência disso é que o total de juros pagos pelo Brasil, nesta década a partir de 2000, para os compradores de bônus tanto nacionais como internacionais, atingiu a inacreditável cifra de 1,564 trilhões de reais (só juros - um valor de 870 bilhões de dólares , se atualizados ao câmbio atual) quase três vezes maior que o valor da dívida original que em 2000 era de 563 bilhões de reais

Qual é a mágica que o Brasil faz para manter tais remunerações? Na maior parte, captando mais capital para investir em mais bônus, que serão transformados depois em dívida – o clássico esquema Ponzi. Como conseqüência disso, a dívida pública do Brasil cresceu de 563 bilhões de reais em 2000 para 1,35 trilhões de reais em 2009, ou seja 782 bilhões de reais de novas dívidas.
De fato, essas novas dívidas perfazem exatamente a metade dos 1,564 trilhões de reais de juros pagos. A outra metade vem do esfolamento dos brasileiros (190 milhões de pessoas) cujo consumo doméstico foi drasticamente reduzido em detrimento às exportações para conseguir caixa para pagar o débito.

Como o Brasil consegue continuar atraindo tais volumes de capital estrangeiro? Em parte, oferecendo exorbitantes taxas de juros. Mas também, garantindo a valorização do real frente ao dólar, que assegura aos especuladores estrangeiros uma adicional margem em suas contas. Realmente, o dólar se valorizou em cada ano que Lula foi presidente, com exceção de 2008, quando houve a crise mundial.

Como conseqüência disso, a media de retorno do carry trade estrangeiro no governo de Lula, foi de assombrosos 24% ao ano. Nos seus seis anos sob o controle de Londres, o equivalente a 859 bilhões de dólares (ou cerca de 123 bilhões de dólares por ano) foram rapinados da economia brasileira e de seu povo.
Porém, como acontece com todos os esquemas Ponzi, no momento em que a escalada do fluxo pára, todo o castelo de cartas desaba, e a ilusão dos mágicos mostra sua verdadeira face: fumaça, espelho e genocídio.

O Mágico: a Casa Rothschild

Pairando sobre o topo do lucrativo carry trade brasileiro está uma casa bancária que é o principal banco do Império Britânico, desde o tempo de Napoleão: a Casa Rothschild. Ao se analisar superficialmente as operações dos Rothschild no Brasil, imediatamente se depara com a operação do Império Britânico chamada BRIC, colocando o Brasil como falso líder com objetivo de destruir a Rússia, China e Índia.

O relacionamento dos Rothschild com o Brasil é tão profundo que no site da família Rotschild há uma página dedicada ao Brasil, a única nação a merecer tal honra. Eles se gabam que a “ligação entre NM Rothschild & Sons e a nação brasileira vem desde a própria fundação do banco”, na primeira década do século 19.

O Brasil declarou sua independência da Portugal em 1822, mas não se tornou uma república: foi governado como império até 1889. Durante isso, NM Rothschild foi o principal banqueiro do Brasil, um império baseado na posse de escravos até 1888, somente um ano antes da sua queda.
Existiam pessoas, entre os que fundaram a república, que queriam aplicar aqui o sistema americano de economia de Alexander Hamilton, mas seus planos de industrializar o Brasil logo foram destruídos. Como o próprio arquivo dos Rothschild explica secamente: apesar de terem sido pegos de surpresa pela proclamação da república em 1889, “eles rapidamente se ajustaram à situação... O novo governo republicano manteve suas obrigações da dívida com os Rothschild”, que continuaram como banqueiros europeus para o governo brasileiro, “ajudando” a criar o novo banco central e o Banco do Brasil.

Nesta década, o processo ganhou velocidade. Na corrida eleitoral de 2002, o capital começou abandonar o país, devido ao medo que o governo de Lula transformasse a economia em um caos Jacobino, e até mesmo rompesse com os bancos.
O banco Santander manteve suas linhas de crédito abertas para o Brasil; e Mario Garnero, o empresário que Lord Jacob Rothschild chama de “meu quarto filho” organizou uma viagem para os Estados Unidos para o alto escalão do PT, encarregado da campanha de Lula, onde tiveram uma agenda carregada, com reuniões inclusive em Wall Street e na Casa Branca com Bush.

O recado está dado: Lula é “nosso.”       “Homem do ano”

O que significa “nosso”? Garnero opera desde 1975 fora da empresa que fundou e dirige até hoje, o Grupo Brasilinvest, que foi o pioneiro nas privatizações e na globalização da economia brasileira. O Brasilinvest, que se descreve como o primeiro banco mercantil brasileiro, engloba a ralé que surgiu no topo do sistema financeiro anglo-veneziano, com acionistas e dirigentes como o filho de Jacob Rothschild, Nat, o Banco Santander; o infame banco HSBC, cm sua herança da guerra do ópio; o mais antigo banco do mundo, o Banca Monte dei Paschi di Siena, da Itália; a FIAT, da família Agnelli; o sócio de Soros, Carlo de Benedetti, presidente da Companie Industriali Riunite (CIR) e o Generale Bank, da Bélgica, com sua herança de terror praticada no Congo.
Em uma reportagem bajulatória, feita pela revista IstoÉ em 26/05/04, são descritas as armadilhas imperiais e as discussões que aconteceram na perdulária conferência anual do Conselho Internacional do Brasilinvest, ocorrida em Londres, sob a direção do próprio velho Jacob Rothschild e tendo como principal conferencista George H.W. Bush.

Foi nela que Jacob chamou Garnero de “seu quarto filho” e que o príncipe Andrew anunciou que o Brasil seria peça chave “tendo um papel estratégico na implantação de novas relações internacionais de comércio”, com Garnero atuando como um embaixador informal do Reino Unido. Andrew elogiou Garnero como um exemplo “de como o Brasil pode liderar para aproximar ainda mais as relações comerciais entre o Ocidente e os novos mercados do Oriente.”

Nessa “conferência” ainda participaram e ainda são membros da diretoria do Brasilinvest, dois empresários que também são peças chave da operação BRIC dos Rothschild: o rei do alumínio da Rússia e amigão de Nat, Oleg Deripaska, e o marajá imobiliário chinês e empresário, David Tang, da DWC Tang Development.

O lacaio dos Rothschild, Garnero foi quem apresentou Lula a Deripaska "um dos homens mais ricos do mundo, ganhou destaque na Grã-Bretanha através de suas ligações com Lord Mandelson e Rothschild Nat, o financiador.". Foi Garnero também que, antes da primeira viagem de Lula como presidente à China, trouxe uma delegação com a diretoria do fundo de investimentos do governo chinês – CITIC – para um encontro em Brasília com Lula, sete ministros e outros funcionários do alto escalão do governo brasileiro.

Em seus sete anos de governo, Lula tem sido um joguete nas mãos dos mágicos britânicos – como a espoliação do carry trade atesta em frias cifras. Portanto, não é surpresa sua indicação por todos para “Homem do Ano”, desde o fórum internacional de mega empresários de Davos, passando pelo jornal francês “Le Monde”, até ao Royal Institute for International Affair, controlado pela Inglaterra.

Porém, não existem premiações, cortinas de fumaça ou espelhos que possam perpetuar a ilusão do carry trade. Como em todos os esquemas tipo Ponzi, através da história, ela vai desaparecer como fumaça de mágicos. A pergunta que fica é: será que ela também vai levar consigo toda a população do planeta?"
 Verdades Ocultas às