quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Moro e Dallagnol ainda devem explicações sobre o passado com o doleiro Youssef

Moro e Dallagnol ainda devem explicações sobre o passado com o doleiro Youssef

O que aconteceu com o delegado Gerson Machado?

Foi um dos primeiros delegados da PF a investigar o doleiro Alberto Youssef, sobre o qual, em 2008, abriu um inquérito. Passou a investigar o doleiro a partir da CPI dos Correios, e suspeitava que Youssef continuava a operar às sombras mesmo após delação premiada no caso Banestado.

Aposentadoria. Em 2013 foi retirado da PF, após ser acusado pelo doleiro Youssef de perseguição. Surgiram pressões contra o delegado por parte do doleiro e do já ex-deputado José Janene. ... Machado foi aposentado, compulsoriamente, aos 48 anos, por uma junta médica. Diagnosticaram invalidez para o exercício do cargo. A causa foi uma crise de stress, provocada não só pelo excesso de trabalho, mas, principalmente, pela pressão da parte do doleiro e do ex-deputado José Janene (PP-PR) [fonte?], que faleceu em 2010. Tudo junto causou-lhe profunda depressão, o que afetou também mulher e filhos, relatam os que presenciaram o drama.

Figueiredo Basto é conhecido por representar réus que obtiveram a homologação de acordo de colaboração com Sergio Moro e foi, durante mais de um ano, conselheiro da Sanepar, a empresa de Saneamento do Paraná.

O advogado apontado pelos doleiros de Dario Messer como operador de um esquema para vender proteção no Ministério Público Federal e na Polícia Federal em Curitiba já foi acusado de trabalhar para o PSDB no Paraná.  

“O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB, foi indicado pelo (governador) Beto Richa para a coisa de saneamento, tinha vinculação com o partido”, disse o Rodrigo Janot em 2014, quando era procurador-geral da república e a revista Veja publicou a capa com a suposta declaração de Youssef de que Lula e Dilma Rousseff sabia da corrupção na Petrobras.

Youssef obteve o acordo duas vezes, em 2004, quando foi acusado de envolvimento no caso Banestado, e em 2014, quando foi preso por operar como doleiro em esquemas que envolviam desvio de dinheiro na Petrobras. 

Youssef disse que entregou dinheiro no escritório de Júlio Camargo  ex-consultor da Toyo Setal em São Paulo e que a quantia “servia para pagamentos da Camargo Corrêa e Mitsui Toyo ao PT, sendo que as pessoas indicadas para efetivar os pagamentos à época eram [o tesoureiro do PT] João Vaccari e [o ex-ministro] José Dirceu.” Para justificar as acusações, o doleiro disse ter “convicção de que os valores eram destinados ao PT e à Diretoria de Serviços da Petrobras, na pessoa de Renato Duque.

Antonio Figueiredo Bastos também representou Tony Garcia, ex-deputado estadual, denunciado por comandar um golpe que lesou milhares de pessoas no consórcio Garibaldi, em 2005, aceitou grampear pessoas indicadas por Sergio Moro, entre as quais estava o empresário Ricardo Saboia Khury, filho do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Anibal Khury, acusado de lavagem de dinheiro, que entrou em depressão e se suicidou.

https://www.youtube.com/watch?v=tBc6AnRZfjo

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