quinta-feira, 23 de julho de 2020

O roubo do Banestado acusa que os credores do Estado brasileiro eram, na origem, devedores! Solucionaríamos o “rombo fiscal se no Brasil a Justiça fosse feita, Barroso já teria cassado a chapa Bolsonaro/Mourão.

Percebe, leitor, o potencial explosivo de levantar-se, finalmente, tal véu? E se descobrirmos que os credores do Estado brasileiro eram, na origem, devedores? Solucionaríamos o “rombo fiscal” com um encontro de contas, não? Não é esquisito que partidos “de esquerda” – e seus satélites comunicacionais (o chamado “PIGuinho Vermelho”) – joguem tudo para enterrar, mais uma vez, o escândalo do Banestado? Ainda mais quando o discurso de “rombo fiscal” é aquele utilizado – de novo – para entregar o patrimônio do Estado? Paulo Guedes já avisou que passará quatro estatais no cerol nos próximos meses, não é mesmo? Confira a lista!
(texto extraído do Duplo Expresso)
Semanas atrás, quando publicamos a lista – completa – das CC5 do Banestado, usadas nos anos 1990s para evadir divisas do Brasil, entramos em contato com o jornalista José Maschio, que cobriu o escândalo então para a Folha de S. Paulo. Ou melhor, tentou cobrir. Solícito, passou-nos duas listas que preparou ao longo dos anos – listas essas que nunca pôde publicar na grande imprensa. Uma com pessoas físicas (por volta de cem) e outra com pessoas jurídicas (cerca de vinte e cinco).
Nos últimos dias, uma equipe de voluntários da nossa comunidade cruzou a lista de Maschio com aquela, antes inédita, divulgada pelo Duplo Expresso. Ou seja, a oficial; a que foi enviada pelo Procurador Celso Antonio Tres à CPI do Banestado, em 2003. E que havia sido enterrada – por 17 anos –, num “grande acordo nacional”, com Supremo, com Globo (verão logo por que), com PSDB, com Sergio Moro, com PT, com tudo..
FINALMENTE: baixe as CC5 do Banestado, depois de 20 anos!
Fora isso, atualizamos os valores, aplicando a taxa CD
I, já que boa parte dos recursos evadidos voltou ao Brasil mascarada como “investimento estrangeiro”. E, sem nenhuma coincidência, é justamente a partir daí que explode a dívida interna. Ora, faca e queijo na mão.
Percebe, leitor, o potencial explosivo de levantar-se, finalmente, tal véu? E se descobrirmos que os credores do Estado brasileiro eram, na origem, devedores? Solucionaríamos o “rombo fiscal” com um encontro de contas, não? Não é esquisito que partidos “de esquerda” – e seus satélites comunicacionais (o chamado “PIGuinho Vermelho”) – joguem tudo para enterrar, mais uma vez, o escândalo do Banestado? Ainda mais quando o discurso de “rombo fiscal” é aquele utilizado – de novo – para entregar o patrimônio do Estado? Paulo Guedes já avisou que passará quatro estatais no cerol nos próximos meses, não é mesmo?
Ora, onde estão então PT, PDT, PSOL, PCdoB, PSB, PCO, PCB, PSTU, que não falam de Banestado?
Alô, petroleiros, ecetistas, bancários! Apertem suas direções sindicais! Apertem os pelegos. Só assim esses irão para cima das burocracias partidárias — pelegas elas também, em boa medida. Inclusive com relação à “Lista do Séc. XXI”, a da Odebrecht. Mas essa história fica para um outro artigo… enquanto isso, ouça o advogado de Lula, Cristiano Zanin, e o Líder do PT no Senado, Rogerio Carvalho, a esse respeito:
Sobre Banestado, é importante ter em mente que as listas ora apresentadas representam apenas uma parcela das pessoas que usaram o esquema das CC5 para evadir divisas. Muitos usaram laranjas. Principalmente aqueles cujo dinheiro tem origem ilegal, seja ela fruto de sonegação, seja ela fruto de crime, como corrupção, tráfico, lenocínio, etc.. Como, por exemplo, propina paga a agentes públicos para que esses entregassem o patrimônio do Estado: subavaliado e “pago” com moeda podre.
Lembra, leitor?
Ah, a Vale do Rio Doce…
Poderíamos declarar a privatização nula de pleno direito, fosse o caso?
Caso a lesa ao Estado nacional brasileiro tenha sido fruto de corrupção – grossa?
Vê, leitor, o potencial — revolucionário! — de esmiuçar #BANESTADOleaks?
Sobre a abundância de laranjas, à guisa de ilustração, tome-se o exemplo abaixo, pinçado da lista divulgada pelo D.E. por um membro da comunidade:

Agora, uma imagem do endereço tirada do Street View do Google Maps..
O equivalente, em valores atuais, a mais de R$ 400 milhões — remetidos em nome de alguém que vive no casebre acima.
Note: isso é a regra, não a exceção!
Como relatou Roberto Requião, então governador do Paraná, grande parte das remessas foi feita, de forma até folclórica!, usando nome e CPF do vendedor de cachorro-quente da porta da agência Banestado de Foz do Iguaçu! Sujeito honestíssimo, verificou-se depois.
Para descobrir as identidades desses que usaram laranjas – e fecharmos o circuito da lavagem de dinheiro – precisamos daquilo que chamamos no D.E. de “Lista VIP do Banestado”. Ou seja, a lista com a terceira camada de contas do Banestado no exterior, com a indicação do destino e do beneficiário final de tais remessas – de volta ao Brasil. Ou seja, o corrupto, o sonegador, o criminoso, que, em não podendo colocar dinheiro de origem ilegal em sua conta bancária (a constar da declaração de bens entregue à Receita Federal todo ano), mandou-o para fora do país, usando as CC5.
Cobremos, por exemplo, Procurador-estrela que recebeu tal lista. E, aparentemente, deu sumiço na mesma:
Isso — fechar o círculo da evasão de divisas e da lavagem de dinheiro na volta ao Brasil — foi feito com o ex-Prefeito Paulo Maluf e com o Senador José Serra – apenas. Isso, quando ambos já não tinham mais serventia política para a Finança transnacional. E foram portanto rifados, em espetáculo.
Ora, quando não há pão, sobra circo, certo?
Bois de piranha. Ambos. E a “boiada vai passando”…
No exemplo de Maluf, propina recebida pelo superfaturamento na construção da Avenida Águas Espraiadas e do Tunel Ayrton Senna em SP foi remetida via CC5 para NY, de lá para fundos nas Ilhas Jersey, que por sua vez compraram debêntures emitidas pela empresa da família, a Eucatex, permitindo que o dinheiro fosse parar no bolso de Maluf no Brasil. Limpinho. É nesse momento que o crime de lavagem de dinheiro se materializa. Antes, já tínhamos os crimes antecedentes: o de corrupção passiva (propina recebida pelo superfaturamento) e o de evasão de divisas (remessa irregular usando as CC5).
Mas e todos os demais?
Que seguem, inclusive, pendurados em dossiês, por conta desse esqueleto no armário?
Muitos deles, nos mais altos postos da República?
E o Ministro do STF Luis Roberto Barroso, que remeteu, via CC5, o equivalente hoje a R$ 48 milhões?
“Capivara” completa (?), aqui:
Barroso… aquele que, na qualidade de Presidente do TSE, toma decisões dramáticas como pautar (ou não!) a ação de cassação da chapa Bolsonaro/ Mourão?
E que presidirá as eleições deste ano, à frente do “Tribunal da Democracia” (sic)?
Portanto, passemos mais adiante às listas. Na certeza de que são parciais. E de que, para zerar o jogo (político e fiscal), precisamos da lista com a terceira camada de contas no exterior do Banestado. E com a indicação dos beneficiários finais – no Brasil. Tal lista, preparada em 2003 por Procuradores Distritais de NY (onde o dinheiro fez um “pit stop”), passou pela mão – ao menos – dos Procuradores Federais Vladimir Aras (ex coordenador de cooperações internacionais da PGR, na gestão Rodrigo Janot, durante a Lava Jato!) e Carlos Fernando dos Santos Lima (o “barbichinha” da Lava Jato!); e de quatro parlamentares: Antero Paes de Barros, ex-Senador pelo PSDB, José Mentor, ex-Deputado pelo PT – cuja posição aí, privilegiada, foi garantida por não outro que o ex-Ministro José Dirceu (que sempre gostou de guardar dossiês…) –, Magno Malta, ex-Senador pelo PL (e ícone do Bolsonarismo), e Dr. Helio, ex-Deputado pelo PDT.
Cadê?
Lamentável é ver alguém como Dirceu, cuja imagem já é muito desgastada (com boa dose de injustiça), mentir de forma desbragada dizendo que tal documento, entregue por procuradores dos EUA a procuradores (!) e parlamentares (!) brasileiros, em 2003, é um “hoax”, uma “lenda urbana”:

Ora…
Esperamos que tal “amnésia” do Ex-Ministro nada tenha a ver com Dirceu – e Mentor! – terem recebido, ambos, dias depois de tal mentira, o gozo de direito que lhes era sonegado até aqui: a aposentadoria como ex-Deputados. Notar: com pensão extensível a viúva e filhos.

PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA – E A ATUALIDADE (POLÍTICO-“INSTITUCIONAL”) DO DOSSIÊ BANESTADO
(ao contrário do que tenta fazer crer o PIGuinho “Vermelho”…)
16/jul/2020‪Rodrigo “Botafogo” Maia (ver print), você foi vice-presidente da CPI do #BANESTADOleaks, lá em 2003.
‪@jose_mentor, Relator, que foi a NY em 2003 pegar o mapa da mina do caixa 2 fora do Brasil e da lavagem de dinheiro (que ora “compra” os ativos rifados na “privatizações”), está agora…
… no CTI com coronavirus, em estado crítico, depois de infartar!

‪José Dirceu (patrono da indicação de Mentor então) mente para seguir… “operando”.
Disse na semana passada à CBN do Ceará que tal “mapa da mina”, fartamente documentado, seria “um hoax”, uma “lenda urbana”…
Hoax, pelo que me dizem, é ganhar “garrafa de cachaça de 5 mil dólares”, vantagem que o ex Ministro Chefe da Casa Civil contou a mim na PRIMEIRA vez em que falei com ele ao telefone, numa das vezes em que saiu da cadeia.
Alguns me dizem se tratar de linguagem cifrada. Jargão de “operadores”. Não tenho como saber. Não sou do métier…
Coincidência ou não, ontem Dirceu ganhou aposentadoria integral de deputado do TCU.
Sim, o (mesmo) “TCU do Golpe”!
Rs!
Continua aqui:

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