segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

a história da educação brasileira durante período de Ditadura Militar (1964-1985).

Destaco como objetivo a compreensão da trajetória da história educacional brasileira entre 1964 e1985 – período em que foi instaurada a Ditadura Militar. Sendo assim, através de uma retrospectiva, a partir do contexto anterior ao golpe de 1964, fez-se uma pré-visualização do caminho percorrido pela educação desde a transição do Império para a República.

No decorrer dos anos, a expansão da lavoura cafeeira resultou no processo de modernização do país e impulsionou o crescimento industrial. Com isso, veio a ocorrer o fim gradual da escravidão que, por sua vez, deu início ao trabalho assalariado.

A Primeira Guerra Mundial, precursora de um surto patriótico e nacionalista no Brasil (GHIRALDELLI, 2000), principiou um clima de transformação cultural no período de pós-guerra, como conseqüência, os EUA passaram a desempenhar vínculos políticos, financeiros e culturais (CAMPOS, 2005).

Fez-se a análise do nascimento de forças, que surgem na sociedade brasileira com nova estruturação sócio-econômica, no agitado ano de 1930. No mesmo ano, é criado o “Manifesto”, que visava influência nas diretrizes governamentais, na defesa por uma escola pública, obrigatória, laica e gratuita.

A Segunda Guerra Mundial influenciou nas leis educacionais brasileiras, com ideologia voltada a uma educação técnico-profissionalizante, para a formação de mão-de-obra. Observando que no período anterior ao golpe, marcado por crises de ordem política, econômica e social, deu-se início à união civil-militar que tirou João Goulart do poder.

Entretanto, o parlamentarismo na época, imposto através do golpe, reduziu o poder do presidente vigente. Observa-se, ainda, um momento marcado por altas de inflação e instabilidade político-social. Sob pressão militar foi eleito presidente da República o marechal Humberto Castello Branco que recebeu grande apoio dos vizinhos norte-americanos e de empresas multinacionais.

A partir deste contexto, marcado por inúmeras restrições à sociedade brasileira, deu-se o início do sombrio período da Ditadura Militar que amedrontou a sociedade pelo meio da privação de direitos e uso excessivo de violência.

Durante este momento, foram impostos à sociedade, gradativamente, os Atos Institucionais os quais sufocaram o povo com a finalidade de impossibilitar manifestações coletivas.  Depois de todas as restrições impostas ainda na década de sessenta, os presidentes militares (Castello Branco e Costa e Silva) juntamente com os americanos concretizaram acordos através da parceria entre MEC e United States International for Development (USAID) realizando doze acordos responsáveis por reformas de leis no sistema educacional. Então, por meio destes acordos MEC/USAID estabelecidos no território nacional se deram novos rumos à educação, envolvidos por características autoritárias e domesticadoras. Instalada a educação tecnicista, esta teve por objetivo a neutralidade científica, inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade. O sistema de gestão no Brasil estava em adaptação do ensino, agora, voltado a uma mentalidade empresarial tecnocrata.

Saliento que neste processo desencadearam-se mudanças dentro do quadro educacional, com isso, houve reação estudantil em propósito de melhorias na educação brasileira. Essa demonstração de oposição ao programa estatal fez com que os militares empregassem uma forma de controlar esse núcleo. Utilizando a Lei Suplicy, promulgada em 9 de novembro de 1964,  todas reações estudantis foram sujeitas ao severo controle do Governo.

No decorrer dos anos, a Ditadura Militar começa a dar os primeiros sinais de enfraquecimento e a insatisfação da população brasileira evidenciou-se através de manifestações em oposição ao regime vigente. Em 1978, o Presidente Geisel realizou o projeto de abertura política e a revogação do Ato Institucional nº5 (AI-5), começando um processo de liberdade social e oportunidade para mudanças no campo educacional. Assim, o país destina-se à democratização e a sociedade civil retoma seu espaço  (NAPOLITANO,1998).

Baseando-se nas idéias pesquisadas e expondo os quadros sociais, políticos, educacionais e culturais acima mencionados, torna-se possível constatar e transparecer algumas razões do porquê da improdutividade do ensino brasileiro e a presença de incontáveis deficiências e lacunas. Deste modo, há a impossibilidade de promover uma educação qualitativa e igualitária à população brasileira, devido às determinações a ela destinadas, que desenvolveram carências que existem em nosso sistema de gestão educacional até os dias atuais.    

1.  O contexto Educacional Pré-64:

Para que se possa entender o contexto da educação na época da Ditadura Militar, é necessário que se faça uma pré-recapitulação dos aspectos educacionais, para que possamos fazer uma análise mais clara.

Como destaca Cotrin (2005), no transcorrer destes anos ocorreu a expansão da lavoura cafeeira resultando em um processo de desenvolvimento da modernização do país, impulsionando, dessa maneira, o crescimento industrial, o fim da escravidão e o início do trabalho assalariado.   

Segundo Ghiraldelli (2000), com o fim do Império e início da República “em 1891, instituiu-se o sistema federativo governamental” (ROMANELLI, 1978), enfraquecendo aos que tinham poder centralizador e dando início a uma remodelação do Estado, enfatizando necessidades de um novo modelo educacional, surgindo, assim, novas discussões sobre o tema educação. Para Ribeiro (2000), as condições de trabalho para a população que vivia no campo e o isolamento em relação às áreas urbanas, causavam descontentamento a esses trabalhadores do meio rural.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ocorreu um surto de patriotismo e nacionalismo no território brasileiro, proporcionando maior enfoque em direção aos problemas da educação no Brasil (GHIRALDELLI, 2000).  É preciso destacar, que nesse período inicia-se uma transformação cultural muito significativa após a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra perde seu espaço, cedendo maior espaço à economia dos EUA, com quem o Brasil passa a ter fortes vínculos políticos, culturais, econômicos e financeiros (CAMPOS, 2005). Nesse sentido, as elites brasileiras procuram imitar a vida e o comportamento do cidadão norte-americano, através de filmes, imprensa, literatura.

No contexto educacional, destaco que na Primeira República existia um grupo de intelectuais de classes dominantes que criaram dois movimentos: o “Entusiasmo pela Educação” (voltado para a educação popular), e, com o decorrer do tempo, através do desenvolvimento da mentalidade tanto em cunho político quanto social, surgiu o “Otimismo Pedagógico” o qual insistiu na melhoria das condições didáticas e pedagógicas da rede escolar (GHIRALDELLI, 2000).

De acordo com Ribeiro (2000), a queda do poder das oligarquias no decorrer do período republicano fez com que surgissem novas forças sociais em razão das transformações na estrutura econômica do Brasil.

Na década de 1930, o Brasil viveu um período de grandes transformações políticas. Nesse contexto, ocorre o conhecido “Manifesto ”, que consistia em um documento que visava à defesa de uma “nova educação” adaptada e voltada a um “grupo urbano industrial”, fato este que causou insatisfação aos setores conservadores ligados ao campo (GHIRALDELLI, 2000).

Durante o Governo Provisório de Getúlio Vargas, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP), o que motivou, em 1932, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova , almejando à reconstrução social da escola para o povo (VEIGA, 1989).

Nesse mesmo ano, foram criados os decretos 19.850 e 19.851, os quais impuseram a Reforma do Ensino Superior, visando o aumento de vagas acadêmicas. Nos meios culturais e políticos do País, no ano de 1935, inicia-se a discussão do sistema educacional brasileiro. De um lado os educadores do chamado movimento escolanovista, que defendiam a educação igualitária sob a responsabilidade do Estado, e do outro lado, estava o movimento católico , voltado ao ensino religioso autônomo do Estado.

Com a instituição do Estado Novo, em 1937, a ação do Ministério da Educação e Saúde Pública tornou-se um organismo central da educação, caracterizado pelo forte controle e fiscalização do ensino.

[...] o caráter do governo – centralizador monolítico, possibilitou a confecção das leis Orgânicas do Ensino que, em última instância, consagram o período da Carta de 1937 ao oficializarem o dualismo educacional. E o que era dualismo educacional? Era, nas letras da reforma Capanema a organização de um sistema de ensino bifurcado, com um ensino secundário pública destinado às “elites condutoras” e um ensino profissionalizante para as classes populares (GHIRALDELLI, 2001, p.84) .

Para Gustavo Capanema, Ministro da Educação durante o período estado-novista, a educação deveria tornar-se um dos principais “instrumentos do Estado” e dirigir-se por um sistema de diretrizes morais, políticas e econômicas, totalmente voltado ao discurso político e ideológico do Estado Novo.  

Com o surgimento do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), fundado por Capanema no ano de 1938, inaugura-se a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, que teve bastante influência no Ensino Médio e Superior.  No ano de 1939, foram fundadas a Faculdade Nacional de Arquitetura e a Faculdade de Ciências Econômicas, e á no ano de 1941, foi inaugurada a Escola Nacional de Educação Física e Desportos, visando principalmente à formação de profissionais e técnicos em Educação Física.

Em 1942, foram decretadas gradativamente as Leis Orgânicas da Reforma Capanema que reestruturam o ensino primário, secundário, industrial, comercial, normal e agrícola; que teve um caráter essencialmente conservador e elitista (GHIRALDELLI, 2000).

Neste mesmo ano, com a promulgação das Leis Orgânicas Capanema, as quais reformaram vários ramos do ensino, houve a implantação em larga escala do ensino profissional, entretanto, o governo não possuía infra-estrutura necessária para a implantação dessa demanda de ensino técnico - profissional, ocorreu, então, a criação de um ensino paralelo em convênio com as indústrias. Com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), criou-se o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários, mais tarde o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Por influências da Segunda Guerra Mundial, foi instituída a educação militar para os alunos do sexo masculino (com diretrizes pedagógicas impostas pelo Ministério da Guerra), o que ocasionou a obrigatoriedade da Educação Moral e Cívica.

Com o fim do Estado Novo, no ano de 1946, foi promulgada a 4ª Constituição Republicana, que constituiu três poderes independentes – Executivo, Legislativo e Judiciário– e os ministros eram escolhido pelo Presidente da República (RIBEIRO, 2000). Nesse período, ocorreu um crescimento significativo da participação da sociedade civil através de movimentos populares e da criação e reorganização de partidos políticos, ainda é possível salientar, nesse contexto, a ocorrência de um clima de grandes disputas ideológicas. 

Em 1946, o Ministro da Educação Clemente Miriani constituiu uma comissão de educadores para estruturar um projeto, que visava à reforma da educação brasileira, e ganhou mais força com a ação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP). Nesse mesmo período ocorreram entre ideais em torno da oposição entre a escola privada e defensores da escola pública (VEIGA, 1989).

Na década de 1950, influenciados pelo ideal socialista, desenvolvem-se pensamentos progressistas que conquistaram apoio de um grande grupo de intelectuais e passaram a atuar com partidos de esquerda ou, até mesmo, servindo como teóricos para motivações de vanguardas políticas e culturais, fortalecendo, assim, o compromisso com a problemática do ensino público.  [...] A conjuntura brasileira revelava um fortalecimento do nacionalismo e das classes trabalhadoras industriais que haviam surgido com outra grande força no país a partir da década de cinqüenta; de outro lado, constatava-se um nível crescente de organização e consciência social por parte do povo na reivindicação de seus direitos.Isso tornava o clima no país, cada vez mais preocupante e ‘perigoso’ para grandes homens do capital monopolista transnacional, que viam a necessidade de uma expressão política para enfrentar o quadro de ‘desorganização’que atravessava a nação (ROSA,2006,p.34).    

O suicídio de Vargas, em agosto de 1954, não colocou fim ao getulismo, pelo contrário, deu um novo alento à coligação PSD-PTB, que com a chapa Juscelino Kubitschek (PSD) e João Goulart (PTB), conquistou o governo nas eleições diretas de 1955.      


Esta foto de Renato Pinheiro ficou famosa por mostrar, em 1952, Getulio Vargas com as mãos sujas de óleo. Isso aconteceu antes de Getúlio criar a Petrobrás. FONTE: http://www.revistatemalivre.com/gvpdt.jpg

Na plataforma de Juscelino Kubitschek estava clara uma preocupação com o desenvolvimento do país. Neste mesmo governo, cresceu o ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), que desenvolveu a divulgação do nacionalismo desenvolvimentista abrindo espaço ao investimento estrangeiro, valorizando-se ainda mais o ensino-técnico profissional (GHIRALDELLI, 2000).

Em 1959, o clima desenvolvimentista interviu no papel de ensino público para a escola sob os domínios diretos de mercado de trabalho, a partir daí, a proposta de uma escola capaz de formar mão-de-obra técnica de nível médio deixou o ensino superior disponível somente às pessoas que tivessem “vocação intelectual”.

No mesmo ano, o Estado de São Paulo e o Diário do Congresso Nacional publicaram um segundo Manifesto dos Educadores, sem perder a linha do primeiro Manifesto dos Pioneiros – redigido por Fernando de Azevedo e assinado por 189 pessoas, entre eles, educadores, intelectuais e estudantes.

Em 20 de dezembro de 1961, o projeto que o novo grupo do Manifesto dos Educadores principiou, seguindo o enfoque do Manifesto de 1930, foi transformado em lei pelo presidente João Goulart (Jango), o que ocasionou o agravamento na situação educacional.  

Os escritos de Freire, das décadas de 1950 e 1960, serviram como apoio para a construção da Pedagogia Libertadora, concepção esta que afirmava ter o homem vocação para “sujeito da história” e não para “objeto”. Esse não era o caso do povo brasileiro que fora vítima do autoritarismo de uma sociedade herdeira da tradição colonial e escravista (GHIRALDELLI, 2000).

Paulo Freire parte do princípio da realidade em que vivemos: uma sociedade dividida em classes, na qual os privilégios de uns, em usufruir os bens produzidos, contrasta-se com a situação da massa (ARANHA, 1996).     

A vocação humana em “ser mais” só se concretiza pelo acesso aos bens culturais, ela é renegada com as injustiças, como violência e impunidade, presentes na opressão. Freire ainda faz afirmação sobre o anseio de liberdade através da justiça e da luta dos oprimidos em prol da recuperação de sua humanidade roubada.

A educação é um bem primordial fora do alcance de grande parte do povo brasileiro, por este motivo, Paulo Freire se refere a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, em que a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, onde a pedagogia surge como prática da liberdade.

Freire procurou, então, identificar-se com os oprimidos, ou seja, aqueles que “não têm voz” na sociedade, enfatizando que esses, mesmo em situação desigual, têm capacidade de produzir cultura (GHIRALDELLI, 2000). A Pedagogia Libertadora buscava uma educação comprometida com os problemas da sociedade (ARANHA, 1996).

A Pedagogia Libertadora classificou a educação convencional (tradicional) como “bancária”, uma educação estruturada numa ideologia de ensino através de “pressão”, que considerava o aluno como um ser despossuído de qualquer saber, por esse motivo, o educando era destinado a se tornar depósito dos dogmas educacionais, e sua educação totalmente influenciadas por intenções políticos e econômicos direcionadas ao sistema educacional, que lhes traria um “ensino autoritário e profissionalizante” e não uma troca de conhecimento entre aluno e professor.

2. O golpe militar de 1964

O início da década de 1960 foi marcado por crises de ordem política, econômica e social que culminou na formação da união civil-militar que tirou João Goulart e tomou poder. Para que se possa entender o contexto da Ditadura Militar é necessário que se faça uma retrospectiva de como se desencadeou o golpe do ano de 1964.

A partir do fim do governo de Juscelino Kubitschek, o político Jânio Quadros surgiu com força total. Dotado de um estilo extremamente populista, acumulou várias vitórias eleitorais: “Com seu estilo autoritário, moralista e extremamente personalista ” (TRINDADE, 1999).

Surpreendendo a todos, Jânio Quadros renunciou ao seu cargo de presidência, em agosto de 1961, com apenas 07 meses de mandato. A renúncia foi de certa forma, uma manobra política fracassada, pois, servira como um esquema para reforçar o poder do presidente, uma vez que ele esperava que a população se mobilizasse contra seu pedido e o Congresso Nacional também rejeitasse essa decisão. No entanto, ao contrário do que Juscelino Kubitschek esperava, nenhum grupo social ou político se movimentou para convencê-lo a permanecer no poder (VICENTINO ,2002).

Quando Jânio renunciou sua presidência, o vice-presidente João Goulart encontrava-se em uma missão diplomática na China. O passado populista de João Goulart causava incômodo aos militares e aos grupos conservadores, assim, alguns ministros militares e políticos da UDN. Estes, contrariando a Constituição, tentaram impedir sua posse, por este motivo, o presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzili assumiu a presidência, mas de certa forma, quem dirigia o país eram os ministros-militares (TRINDADE, 1993).

No Rio Grande do Sul, sob o comando do Leonel Brizola, cunhado de Jango, formou-se uma rede de emissoras de rádio favorável à posse – a “Rede da Legalidade”. Brizola, com o apoio do III Exército, já preparava a resistência armada quando os golpistas militares e civis decidiram aceitar uma solução de compromisso aprovada rapidamente pelo Congresso: a instauração do regime parlamentarista.

João Goulart, que ainda se encontrava no exterior, para conter o início de uma guerra civil no país, aceitou a emenda constitucional do parlamentarismo e retornou ao Brasil, tomando posse em Brasília dia 7 de setembro de 1961.

O sistema parlamentarista reduzia o poder do presidente da república, delegando ao Conselho de Ministros a responsabilidade de governar. No entanto, como o parlamentarismo foi imposto por um golpe, jamais chegou a ter tranqüilidade política para governar o país. Os três primeiros ministros que atuaram no período de um ano e meio foram: Tancredo Neves, Francisco Brochado da Rocha e Hermes Lima (VICENTINO,  2002).

A inflação, corroendo os salários dos trabalhadores, provocou grande instabilidade política e social, sem que o governo adotasse medidas eficazes para combatê-la. Os problemas urbanos, agravados pela rádio e o crescimento da populacional, somavam-se à crescente pobreza no campo, onde trabalhadores rurais aderiram à bandeira da reforma agrária como única forma de superar a sua marginalização no processo produtivo.     

Em meio à crise, em maio de 1962, Jango lança a idéia de um amplo programa de reformas, incluindo reforma agrária, tributária, eleitoral, e reforma educacional, as chamadas “Reformas de Base”. Para realizar as reformas, ele teria que recuperar o poder que perdera com o sistema parlamentarista, lutando pela antecipação de um plebiscito, marcado para 1964, onde o povo decidiria a permanência ou não do parlamentarismo.  Antecipado para janeiro de 1963, o plebiscito derrotou o parlamentarismo demonstrando a confiança do povo brasileiro que via no presidencialismo a possibilidade de obter as desejadas reformas econômicas e sociais (TRINDADE, 1993).

O que propiciou que ocorresse à saída de Goulart do governo, foi as posições-chaves que a classe elitista assumia no Brasil, os militares reestruturaram a nação depois de toda a desestruturação que realizaram propositalmente para ampliarem os seus poderes. As Forças Armadas executaram um programa governamental chamado de ordem, para o desenvolvimento e segurança nacional, através deste os meios repressivos e impositivos fora diretamente para se manter o novo regime e para chegar no alcance dos objetivos ‘propostos’ao povo brasileiro(ROSA, 2006). 

Encerrando este enredo golpista, no dia 31 de março de 1964, aconteceu a rebelião de parte das Forças Armadas contra o Governo Goulart. O movimento golpista teve início em Minas Gerais, com mobilizações das tropas dirigidas pelo General Olímpio Mourão Filho, que tinha apoio do Governador mineiro Magalhães Pinto, feroz opositor de João Goulart.

A administração de João Goulart era considerada nacional-reformista, o que ficava claro em suas propostas distributivas. Entre as medidas de cunho nacionalista tomadas pelo Presidente, estava o estabelecimento de restrições a remessa de lucros das empresas multinacionais brasileiras às suas matrizes no estrangeiro. Resoluções dessa natureza abalaram as corporações político-ideológicas contra o governo. A principal estratégia era denegrir a imagem e aos planos de João Goulart, para que, em um segundo momento, o presidente fosse deposto e essa elite tomasse efetivamente o Estado (ROSA, 2006).

Com rapidez, mais unidades militares de São Paulo e Rio de Janeiro optaram pela movimentação golpista. João Goulart não teve como reagir a tal golpe e deixou Brasília no dia 1º de abril de 1964, dirigindo-se para o Rio Grande do Sul e posteriormente para o Uruguai como político exilado (COTRIN, 1999).  

A deposição do presidente João Goulart significou o fim de um período democrático e o início do mais longo período ditatorial da história brasileira. Em termos econômicos, a ditadura militar adotou um modelo de desenvolvimento dependente, que subordinou o Brasil aos interesses do capital estrangeiro, decretando, assim, a derrota do projeto nacionalista desenvolvimentista.  Foi em 31 de março de 1964; tropas militares de Minas Gerais e São Paulo saíram ás ruas do país e tomaram o controle do Estado em nome de um entendimento de democracia, liberdade, segurança e desenvolvimento nacional. O movimento marcou o (re) início de um regime ditatorial no país, que então, duraria vinte e um anos, e se caracterizaria, entre outras coisas, por um revezamento dos militares no poder central da sociedade brasileira; portanto, um poder hegemônico de classe, que acabou registrado e conhecido historicamente como uma Ditadura Militar (ROSA, 2006, p.33). 

Segundo Vicentino (2002), logo depois do golpe de 1964, sob pressão dos militares, o congresso elegeu para presidência da República o Marechal Humberto Castello Branco. O governo de Castelo Branco recebeu grande apoio dos Estados Unidos e de empresas multinacionais e, com isso, o governo passou a tomar posições favoráveis aos interesses do capital internacional, em especial os Estados Unidos.

A partir deste novo contexto, marcado por inúmeras restrições para a sociedade, a anulação dos direitos sociais coletivos e individuais deu início a inúmeras prisões arbitrárias, desaparecimento de pessoas, torturas, assassinatos, atitudes que passaram a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira. 

Durante o período ditatorial foram censuradas diversas atividades artísticas, culturais entre outras manifestações, proibindo-se qualquer tipo de manifestação que fosse contra ao regime. Nesse sentido, a censura era uma das mais fortes sustentáculos de apoio à ditadura militar. No que diz respeito ao setor educacional, as leis se tornaram mais rígidas já nas primeiras medidas dos golpistas, com o Ato Institucional nº1 (AI-I) (GHIRALDELLI, 2000).

Através da pressão, a justiça militar, para julgar civis por supostos crimes políticos com inúmeras medias arbitrarias para que o Presidente agisse da forma que punisse melhor, para a segurança e desenvolvimento do país. Obviamente, muitas destas formas de punição não constavam na Constituição. Para facilitar aos militares, foram instituídas gradativamente, os chamados Atos Institucionais (ROSA, 2006).

2.1  A Repressão Escancarada:

Dentre as primeiras medidas do governo militar, no dia 09 de abril de 1964, foi decretado o Ato Institucional I (AI-I). O referido Ato Institucional dava ao executivo, por um período de seis meses, poderes para cassar mandatos parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, modificar a Constituição e decretar estado de sítio sem a aprovação do Congresso Nacional.  Na área da educação, eram punidos os funcionários públicos responsáveis por “subversões”, assim, inúmeros foram presos, torturados e mortos. Tendo por base as institucionalizações outorgadas, constrói-se um Estado autoritário, que deu suporte ao modelo econômico mantido e estruturado por investimentos estrangeiros (VICENTINO, 2002).

Contudo, a promulgação do Ato Institucional nº.1 (AI-1), em 9 de abril de 1964, dava início à era dos Atos Institucionais , que só terminaria em 1978,demonstrando como o legalismo golpista era artificial. O AI-1,elaborado por Francisco Campos (o redator da Constituição fascista do Estado Novo em 1937),deveria vigorar até 31 de janeiro de 1966.Estabelecia uma série de medidas da sociedade e dos poderes públicos por parte do Executivo (ou seja, o governo federal) tais como: o poder de cassar direitos políticos dos cidadãos, decretar estado de sítio[...](NAPOLITANO,1998,p.16).

A edição AI-2, concretizando ideologias políticas de um novo regime se estabelecendo no poder vigente. Porém proporcionando ao regime uma fachada democrática: ao extinguir todos os partidos políticos existentes, substituindo-os por dois únicos partidos: a Aliança Renovadora Nacional (Arena) – governistas - e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) – supostamente congregado a oposição, mas limitado em sua organização e no campo e no campo das manifestações públicas (NAPOLITANO, 1998).

O AI-2 estabeleceu a continuação das premissas da Doutrina de Segurança Nacional que propunha a paz social como elemento condicionante do desenvolvimento. Além da manutenção  das medidas do primeiro ato, AI-2 possibilitou  ao Executivo a competência das questões orçamentárias e de regulamentação das forças Armadas : exclusividade para decretar ou prorrogar o  “estado de sítio”, direito de baixar  atos complementares, decretos-leis e recesso do Congresso Nacional, Assembléia Legislativa e Câmara dos Vereadores (DOCKHORN,2002,p.45).

Com a “tumultuada” situação político-social, em 1968, foi decretado pelo presidente Costa e Silva, no dia 13 de dezembro, o Ato Institucional Número 5, que deixaria a sociedade brasileira amedrontada, pela repressão e violência (ROSA, 2006). 

Neste mesmo ano, o Brasil foi submetido ao AI-5 (Ato Institucional n° 5) que deu plenos poderes ao presidente para fechar o Congresso, cassar mandatos e suspender direitos políticos. Com o AI-5, foi promulgado o Decreto-Lei n° 477, que restringiu significativamente os direitos dos estudantes, funcionários e professores (PILETTI, 1990). 

O Ato Institucional n°5, de 13 de dezembro de 1968, tira ao cidadão brasileiro todas as garantias individuais, quer pública, quer privada, assim como concede ao Presidente da República plenos poderes para atuar como executivo e legislativo. O Decreto-Lei 477 aplica-se exclusivamente ao corpo docente, discente e administrativo das escolas e coíbe toda e qualquer manifestação de caráter político ou de protesto no âmbito das Universidades (ROMANELLI, 1978, p.226).

O Decreto-Lei 477 ampliou a repressão e o terrorismo governamental às redes de ensino. O primeiro artigo desse decreto excedeu “infração disciplinar” de professores, alunos e funcionários dos estabelecimentos de ensino público e particular: o aliciamento e incitamento à greve, o atentado contra pessoas, bens ou prédio, os atos destinados à organização de movimentos subversivos, o seqüestro e o uso de estabelecimentos escolares para “fins de subversão” (PILETTI, 1990).

Em virtude dessa política e das leis instituídas em seu benefício, muitos músicos, professores, artistas, escritores e estudantes foram perseguidos, presos, torturados e exilados. É natural compreender, portanto, que àquela altura as pessoas viviam sua forma particular de censura, ou o que é possível chamar de auto-censura (ROSA, 2006,p.41).

Dentro do processo de repressão na época, os DOPS  (Departamento de Ordem Política e Social) mantinham listas de professores e estudantes que eram tidos como subversivos.


Os agentes do DOPS tinham informantes e mantinham cadastro dos indivíduos que consideravam perigosos. Também era comum existirem manuais de tortura ensinava como os agentes deveriam agir para retirar as informações dos presos. FONTE:http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/files/images/manualtortura.materia.jpg

Para Dockhorn (2002), com a edição do Ato Institucional nº5, concluiu-se o processo de centralização do poder político pelas Forças Armadas que resultou em um processo de ampliação do poder através das correntes internas da instituição militar.

Na história do país é difícil encontrarmos peça legislativa mais anti-democrática e desrespeitosa à cidadania que o AI-5, assinado pelo general Costa e Silva por seus ministros simpáticos a medidas de extrema-direita, como Gama da Silva,Lira Tavares, Delfim Neto, Mário Andreazza, Jarbas Passarinho e outros, e também por elementos reacionários que, mais tarde vieram a posar como liberais como o caso de Hélio Beltrão, Magalhães Pinto etc. (GHIRALDELLI, 2000, p.178).

Para Piletti (1990), os artigos que puniam funcionários públicos: 1° - sendo que tais infrações definidas neste artigo serão punidas/castigadas: I – se fazer parte ou for membro do corpo docente, funcionários, ou empregados de estabelecimentos educacionais com pena de demissão ou dispensa, ou a proibição de ser nomeado, despedido ou contratando por qualquer outra da mesma situação, por tempo de cinco anos; II – se for aluno, com a punição de desligamento, e sendo proibido de se matricular em qualquer outro estabelecimento educacional pelo prazo de três anos; 2° - se o infrator tiver a bolsa de estudos ou tiver qualquer ajuda do Poder Público, irá perdê-la, e não poderá utilizá-la por cinco anos; 3° - se tratando de bolsista estrangeiro, será solicitada a sua retirada do território Brasileiro.

Os órgãos de informação e segurança passaram a ditar suas regras e, desta maneira, o Ato Institucional n°5 resultou em dois fatores interligados: a possibilidade de uma dependência dos órgãos de segurança e a elaboração de suas próprias leis/regras, aumentando cada vez mais o poder dos militares (DOCKHORN, 2002).

Foram vinte e um anos de regime ditatorial no país, que significaram um período de muitos conflitos, violência e resistência. Muitos líderes estudantis foram presos, universidades foram invadidas e controladas, a União Nacional de Estudantes foi sufocada. Boa parte da população que viveu esse tempo conheceu formas muito específica de dor e silêncio que, no contexto do regime, tiveram uma conotação de coerção e medo (ROSA, 2006, p.37).

Com os Atos Institucionais os governantes militares (e o IPES nos bastidores) direcionados em uma rede de agir o povo brasileiro, mantendo o controle no país, enfraquecendo qualquer tipo de risco contra sua ação controladora. Algumas instituições foram importantes para o aparelho de Estado, como o SNI (Sistema Nacional de Informação) com uma importante função de vigilância e controle no Brasil, e com outros diversos funcionamentos ramificando-se no sistema de controle (ROSA, 2006).

Estabelecendo-se as leis instituídas na educação como ferramentas para manipulação da sociedade brasileira, utilizando de tais leis totalmente autoritárias e radicais, que se instituíam através do poder monopolizador nos estabelecimentos educacionais e na sociedade, voltado a uma ideologia tecnicista com propósitos capitalistas.

3.  A Educação Pós-64:

A implantação de um Estado autoritário, a partir de 1964, teve como conseqüência algumas transformações na área educacional. Instalou-se a educação tecnicista, atendendo às necessidades advindas com a crescente industrialização, fruto da influência do capital estrangeiro.

O modelo político econômico tinha como característica fundamental um projeto desenvolvimentista que busca acelerar o crescimento sócio-econômico do país. A educação desempenhava importante papel na preparação adequada de recursos humanos necessários à incrementação do crescimento econômico e tecnológico da sociedade de acordo com a concepção economicista de educação (VEIGA, 1989, p.34).

Entre os anos de 1964 a 1968, os presidentes militares: Humberto Alencar Castello Branco e Arthur da Costa e Silva junto aos americanos estabeleceram uma parceria, através do MEC, realizando doze acordos com a United States International for Development (USAID), realizado os acordos, fez com que esta parceria fosse tão significativa influenciando reformas e leis na área educacional brasileira. Os acordos MEC/USAID visavam o fortalecimento do ensino primário, a acessoria técnica dos americanos para o aperfeiçoamento de melhorias no ensino médio, modernização administrativa, universitária, entre outros setores incluídos nas ideologias previstas pólos acordos MEC/USAID (ROSA,2006).

Segundo Romanelli (1978), o agravamento da crise do sistema educacional, que já vinha de longa data, serviu como justificativa para os acordos entre MEC e a agência educacional dos Estados Unidos. Os conhecidos “Acordos MEC/USAID”, eram firmados com a AID (Agency for International Development), a qual daria assistência técnica e financeira para o sistema educacional brasileiro.

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Os acordos MEC/USAID trouxeram mudanças dentro do sistema educacional - marcado por influência norte americana – que seriam um sustentáculo às reformas do ensino superior e posteriormente de 1º e 2º graus (VEIGA, 1989). Entre 1964 e 1968 foram realizados doze acordos  MEC/USAID, sendo que alguns desses vigoraram até o ano de 1971. Ocorreu, assim, um comprometimento da política educacional brasileira, pois, tudo o quanto se estabelecia era convencionado pelas determinações dos técnicos americanos (GHIRALDELLI, 2000).

O novo modelo educacional desenvolveu como característica um sistema educacional autoritário e domesticador (RIBEIRO, 2000). Para Aranha (1996), a política norte-americana direcionada ao Brasil se assenta em três pilares ideológicos: educação e desenvolvimento  ; educação e segurança  ; educação e comunidade.

O intuito da neutralidade científica foi inspirado nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade. Através desses, instalou-se nas escolas a divisão do trabalho com a mera justificativa de produtividade e verificou-se maior saliência na distância entre quem planeja e quem executa.

Onde se tem de procurar a causa principal desse estado, antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta de quase todos os planos e iniciativas da determinação dos fins da educação (aspectos fisiológicos e sociais) e da aplicação (aspecto técnico) dos métodos científicos aos problemas da educação (...).Certo, um educador pode bem ser um filósofo e deve ter a sua filosofia de educação; mas, trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar tão interessado na determinação dos fins da educação, quanto também dos meios de realizá-los. O físico e o químico não terão necessidade de saber o que está a se passar além da janela do seu laboratório.[...] (AZEVEDO In RIBEIRO, 2000, p.167).

Segundo Pellanda (1986), como fórmula para “limitar” as ciências humanas, extraiu-se o principal objetivo através do engessamento do censo crítico e do desenvolvimento da relação professor/aluno. O ensino deveria estar voltado para o desenvolvimento científico e tecnológico, culminando no chamado cientificismo, isso causou uma visão restrita, limitada e reduzida, segundo a qual, a ciência (exata) é o único conhecimento válido.

A educação pública tem de ser, pois, reestruturada para contribuir também, como lhe compete para o progresso científico e técnico, para o trabalho produtivo e o desenvolvimento econômico. A reivindicação universal da melhoria das condições de vida, com todas as suas implicações econômicas, sociais e políticas, pode permanecer insensível ou mais ou menos indiferente à educação de todos os graus se nesse ou naquele setor, como no ensino de grau médio e, especialmente, o técnico, a precária situação em que ainda se encontra a educação, está ligada ao estágio de desenvolvimento econômico e industrial, ou por outras palavras, se deste dependem os seus pregressos, é legítimo indagar em que sentido a medida a educação , em geral, e, em particular, a preparação científica e técnica pode ou deve concorrer para a concepção econômica do país. Os povos têm demonstrado que “o seu poder e sua riqueza dependem cada vez mais de sua preparação para alcança-los[...] (GHIRALDELLI, 2000, p.155).

A educação tecnicista se encontrava encaixada nos ideais de racionalismo, objetivando organização e eficiência. O educador era considerado um técnico orientado por outros técnicos através de instruções técnicas e objetivas.

A adaptação do ensino à concepção taylorista , típica da mentalidade empresarial tecnocrata, exige, portanto, o planejamento e a organização racional do trabalho pedagógico além da operacionalização das objetividades desejadas. Quanto às reformas tecnicistas, houve a tentativa de aplicar, na área educacional, um sistema empresarial característico do capitalismo com finalidade de atender às exigências de uma sociedade industrializada e tecnológica (PELLANDA, 1986).

Na Didática Tecnicista, a alienação entre teoria e prática é reforçada cada vez mais. O educando desempenha função de mero instrumento e apenas executa objetivos instrucionais (GHIRALDELLI, 2000).

[...] em análise ao pensamento da elite econômica da época, que o regime de governo deveria ser técnico e autoritário para servir ao capital transnacional, em função das exigências de suas hegemonias sobre as classes trabalhadoras, o que de modo era combatível com as manifestações de autonomia e organização das classes popular; para frear o processo revolucionário do povo, mais do que recursos financeiros, seria necessário tomar o poder central do país (DREIFUSS In  ROSA, 2006). 

Para Aranha (1996), o reestruturamento do sistema educacional brasileiro não ocorreu pela determinação do país e sim através determinações da U.S.A.I.D. (United States Agency for International Development) em união com militares e tecnocratas brasileiros. Recapitulando, os acordos MEC-USAID ocorreram devido à crise do sistema educacional na década de 1960, sendo, então, mais um fator na formação direta e eficaz de mão-de-obra para uma indústria em crescimento.

A ditadura, com necessidade de suporte técnico e financeiro, apóia-se na U.S.A.I.D. (United States Agency for International Development). De forma discreta, os acordos foram voltados exclusivamente para determinadas áreas do ensino, sendo imposto à sociedade um pacote completo de um instrumento doutrinário ideologicamente.

Entre junho de 1964 e janeiro de 1968 foram firmados doze acordos MEC-USAID, o que compreendeu a política educacional do país as determinações dos técnicos americanos. A ótica dos acordos MEC-USAID era a mesma vociferada em torno “científico” pelo ministro do Planejamento do governo Castelo Branco, em 1968, no fórum do IPES. O ministro Roberto Campos, em palestra sobre “Educação e Desenvolvimento Econômico”, procurou demonstrar a necessidade de atrelar a escola ao mercado de trabalho. Sugeriu, então, um vestibular mais rigoroso para aquela área de 3º grau não atendentes às demandas do mercado. Para ele, toda a agitação estudantil daqueles anos era devida a um ensino desvinculado do mercado de trabalho, um ensino baseado em generalidades e, segundo suas próprias palavras, um ensino que, “não exigindo praticamente trabalhos de laboratório” deixava “vácuos de lazer”, que estariam sendo preenchidos com “aventuras políticas” (GHIRALDELLI, 2000, p. 169).

A educação no Brasil foi voltada à formação de mão-de-obra especializada em curto prazo de tempo, com destino ao mercado em expansão. Assim, o aluno tornava-se o principal alvo do governo para suprir às necessidades relativas às perspectivas da economia brasileira (GHIRALDELLI, 2000).

Se observarmos atentamente à ideologia “Educação e Segurança” tida como civismo e patriotismo; era vista como pano de fundo para se chegar a outras ideologias estatais, sem que a sociedade brasileira percebesse (PELLANDA, 1986).

Era necessário formar rapidamente professores, para que estes formassem mais trabalhadores, necessários à crescente industrialização brasileira. Como solução imediata para suprir essas carências, foram criados os “Cursos de Licenciaturas Curtas” e a atualização de egressos do ensino médio (2º grau) com mais um ano de especialização para desempenhar a função de formadores de mão-de-obra nas chamadas escolas polivalentes (VEIGA,1989).

Essa compreensão revel uma tendência muito forte no ensino durante a Ditadura Militar no Brasil, que foi, fundamentalmente, a ênfase em uma educação de caráter técnico-funcional, ou seja, preocupada estritamente com aspectos específicos e práticos, no jogo do capitalismo internacional, associando a toda uma política econômica em curso (ROSA, 2006, p.50). 

A maioria das escolas estaduais, do pós-64, eram centros de formação profissional dos filhos da classe operária e trabalhavam na formação desses como instrumentos econômicos do país. Tornam-se, dessa maneira, estabelecimentos educacionais de 2ª classe que teriam de transmitir a “educação tecnicista” – tarefa que não exige conhecimento, apenas habilidades práticas e manuais (PELLANDA, 1986).

3.1 Reformas Educacionais:

Como já ressaltado nos capítulos anteriores, os acordos MEC/USAID anteviam, em seus pontos críticos, serem formulados de acordo com preceitos administrativos idênticos aos de um sistema de empresariado e, assim, continham uma ideologia tecnocrata-repressiva bastante clara e com a seguinte função: promover uma mentalidade empresarial capaz de orientar a implantação do modelo econômico vigente interligado à estrutura do sistema imposto pelas forças armadas, estas duas comissões (MEC/UDAID) diferentes buscavam o objetivo de encontrar justificativas para a implantação da política educacional. Tentando, por causa disso, ocultar as características transnacional e subordinada, ou seja, as reformas de bases no 1º e 2º grau e universitárias que viriam em seguida (ROMANELLI, 1978).   

3.2 Reformas de 1º e 2º graus:

Para Ghiraldelli (2000), o relatório feito pelo MEC-USAID e os elaborados pela Comissão Meira Matos e o GTRU (Grupo de Trabalho de Reforma Universitária), apresentavam enfoques diferentes no que dizia respeito ao ensino de 1º e 2º graus. O relatório Meira Matos e o GTRU defendiam a reformulação do ensino médio em favor aos problemas que existiam na universidade, o relatório MEC-USAID tinha como fim integrar a universidade na vida econômica nacional, a fim de capacitá-la a atender a demanda de mão-de-obra”

Para Romanelli (1978), as duas comissões brasileiras pretendiam amenizar a crise universitária resultante do aumento excessivo dos exames vestibulares e pela pressão por vagas. Para que tal objetivo fosse atingido, era necessária a criação de uma alternativa à universidade. Tal escolha resultou na criação de cursos profissionalizantes de nível médio, nas conhecidas escolas polivalentes.


Foto: Bianca Trindade da Fonseca. Escola Estadual de Ensino Fundamental Lucas Araújo, situada na cidade de Santiago /RS /Brasil. Essa escola foi fundada na década de 1960 nos acordos MEC/USAID.

As reformas de 1º e 2º graus fizeram aumentar o período de obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos. Com essa ampliação, têm-se inúmeros envolvimentos implicados, obrigando, assim, o Estado a um aumento de seus deveres na relação educacional do povo e pressupõe uma ampla modificação estrutural na educação primária.

A lei nº. 5.692, que reestruturou o Ensino de 1ºe 2º graus, é responsável pela aplicação dos ideais do Estado de forma autoritária e resultando em um novo bloco que dirige a ideologia dominante (GHIRALDELLI, 2000).

O sistema educacional era marcado pela influência dos Acordos MEC/USAID, serviram de sustentáculos às reformas de ensino superior do ensino de 1º e 2º graus.Por influência, também, dos educadores americanos foi implantada pelo Parecer 252/69 e Resolução n.º 2/69 do Conselho Federal de Educação,a disciplina “Currículos e Propagandas”, nos cursos de Pedagogia, o que, de certa forma, provocou a superposição de conteúdos da nova disciplina com a Didática . O  período compreendido entre 1960 e 1968 foi marcada pela crise da Pedagogia Nova e articulação da tendência tecnicista, assumida pelo grupo militar e tecnocrata. O pressuposto que embasou esta pedagogia está na neutralidade científica, inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade. Buscou-se a objetivação do trabalho pedagógico da mesma maneira que ocorreu na trabalho fabril.Instalou-se na escola a divisão do trabalho sob a justificativa de produtividade, propiciando a fragmentação do processo e com isso, acentuando-se as distâncias entre quem planeja e quem excuta (VEIGA,1989, p.35).

Como pano de fundo, começa, então, o chamado processo de integração dos níveis (primário e ginasial, secundário e técnico), que passam a obedecer aos princípios da comunidade e da terminalidade. Sendo que o andamento sucessivo garantiu a passagem de uma série para outra, desde o 1º até o 2º grau.

Pelo princípio da terminalidade, ao concluir cada um dos níveis, o educando deveria estar preparado para ingressar no mercado de trabalho como mão-de-obra, que, naquela ocasião, era necessário.

Com a criação do Conselho Federal da Educação (CFE) e dos Conselhos Estaduais de Educação (CEE), ambos permitem a representação das escolas particulares, torna-se inevitável a repressão e o jogo de influências para obter recursos financeiros (para a compra, construção ou reforma de prédios escolares, instalações...), não deixando de contribuir para manter a situação de injustiça numa sociedade em que 50% da população de idade escolar se encontrava-se fora da escola (ARANHA, 1996).  

A união do antigo primário com o ginasial e a abolição dos exames de aceitação /admissão apresentava em sério problema. A obrigatoriedade de oito anos torna-se letra inexistente, uma vez que não existem recursos materiais para atender às necessidades, e também ao esgotamento do curso primário e do ginasial além extinguir o dualismo existente entre a escola secundária e a escola tecnicista.  

Nos currículos de 1º e 2º graus emergiu um núcleo comum obrigatório, integrado pelas disciplinas de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística, Programas de Saúde e Religião (obrigatória para a escola e optativa para o aluno).

Sobrepondo-se a esse núcleo comum e obrigatório, ele trouxe prejuízos inestimáveis para a educação, tais como: A abolição de algumas disciplinas escolares como a Sociologia, Filosofia e a Psicologia no 2º grau por necessidade de espaço nos currículos, e as uniões, como as da História e Geografia, constituindo os Estudos Sociais no 1º grau.

Com a inclusão dos materiais necessários, o currículo é dividido em duas partes: Uma em educação generalista e outra de formação profissional, essa última deveria ser programada conforme a região, proporcionando sugestões de habilitações correspondentes a três áreas econômicas: primárias (agropecuária), secundária (indústria), e terciária (serviços).

Com todas as reformas educacionais e institucionalizações impostas a sociedade brasileira, no sistema educacional, paralisando todos os direitos dos cidadãos, facilitando a manipulação do Estado perante os brasileiros, assim conseqüentemente fazendo com que houvesse uma insatisfação social, atingindo principalmente grupos estudantis, em que se manifestavam com passeatas e diversos tipos de manifestações contra o governo autoritário e centralizador.

3.3 Reação Estudantil:

A falta de vagas nas universidades federais foi a principal causa das maiores reivindicação estudantis, havendo, então, a luta pelo aumento de vagas no ano de 1964, durante instalação do regime militar (PILLETTI, 1990). Mesmo com um governo autoritário, os estudantes mantinham as suas lutas e passaram a ser tachados como “revolucionários” e “subversivos” (ARANHA, 1996).

Com grupos de estudantes na oposição, desta forma os militares empregavam uma forma de controla-los pela Lei Suplicy (levava o nome de Flávio Suplicy de Lacerda, que era o reitor da Universidade do Paraná , era conhecido por seu conservadorismo), que editou no dia 9 de novembro de 1964. Todas as entidades estudantis foram sujeitas ao controle do Estado, atendo a monitoração controladora com os Diretórios Acadêmicos e os Diretórios Centrais de Estudantes, nos estabelecimentos secundaristas como os Grêmios Livres substituídos pelos Centros Cívicos, sob o controle da diretoria dos colégios (NAPOLITANO, 1998).

Segundo Pilleti (1990), em 1964 foi decretada a Lei nº 4 464, conhecida como Lei Suplicy de Lacerda , a qual procurava acabar com os protestos de estudantes transformando os órgãos estudantis em identidades dependentes de verbas e com orientações do Ministro da Educação.

Conforme Rosa (2006), as classes de poder multinacional e associados, formaram inúmeros tipos de instituições para que se controlasse a opinião do povo brasileiro e destruir a estrutura governamental. Estes estabelecimentos criados como medidas ideológicas, utilizavam do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e do IBAD       (Conselho Superior das Classes Produtoras) propositalmente instalando uma ideologia como uma forma de manter o controle sobre a sociedade e do governo. Desta forma com estes estabelecimentos criados, eram utilizados como um pano de fundo para realizarem como fachada o desempenho de suas verdadeiras atividades realizadas.

Com tais transformações e alterações institucionais repressivas, a UNE (União Nacional de Estudantes) foi substituída pelo DNE (Diretório Nacional de Estudantes). Diante desta situação, os estudantes não poderiam se reunir para discutir e debater seus problemas educacionais, no entanto, mesmo com todas as restrições impostas a eles, a UNE continuou atuar clandestinamente (ROMANELLI, 1978).

A UNE foi considerada “arbitrária” com a organização dos estudantes. Os Diretórios Acadêmicos e Grêmios Estudantis transformaram-se em centros patrióticos e só poderiam continuar em atividade, sob controle e supervisão de um professor de Educação Moral e Cívica (ou OSPB, no caso das acadêmicas) tutelados pelo governo. 

Em 1964, O Presidente João Goulart, indicava o latifúndio e o imperialismo os dois culpados de muitos problemas brasileiros. Em sua proposta governamental estavam a estatização de empresas e as reformas de base (reforma agrária, urbana,educacional,bancária) dando início a movimentos políticos de esquerda no Brasil.Iniciando-se o movimento dos trabalhadores da industria , as manifestações estudantis,o movimento dos trabalhadores rurais,etc.,contrariando os interesses multinacionais e aos que tinham ligação. No dia 13 de março de 1964, realizou-se no Rio de Janeiro um grande comício, defendendo as reformas do governo Goulart. Participaram da manifesto a UNE, UME (União Metropolitana de Estudantes), a UBES (União Brasileira de Estudantes Secundários) e a AMES (Associação Metropolitana de Estudantes Secundários) e outras organizações (ROSA, 2006).


Estudantes que estavam protestando contra  a ditadura militar são duramente reprimidos. FONTE: http://www.elisak.com.br/blog/uploaded_images/8-731091.jpg

Em 1967, ano em que foi aprovada a Constituição que se instalou como o regime militar, no governo Castello Branco, instalando-se intervenções controladoras na sociedade. Neste mesmo ano em que foi aprovada e instituída a primeira Constituição militar, assumindo o poder presidencial foi o General Arthur da Costa e Silva, aumentaram as manifestações e protestos contra o novo sistema ditatorial, a UNE organizava movimentos, como a passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, nesta mesma época, aconteceram assaltos a bancos, seqüestros a embaixadores, que tinham propósito levantar fundos para movimentos de resistência ao regime. Nesta situação, o presidente Costa e Silva respondeu a estas manifestações a partir de sua política de Segurança Nacional, tendo como alvo a UNE que já estava sobre domínio estatal, foi excluída oficialmente de sua administração (ROSA, 2006).


Passeata dos Cem Mil. Foto: Evandro Teixeira. FONTE: http://images.google.com.br

Em 1968, com a morte do estudante Édson Luís , ocorreu a maior revolta estudantil através da passeata e protestos, que teve a participação de mais de 100 mil pessoas em São Paulo (PLLETTI, 1990).  

O Presidente da República Emílio Garrastazu Médici estabeleceu um governo caracterizado como “linha dura”, no ano de 1969 no dia 30 do mês de outubro, suas medias tomadas no governo fez com que aumentasse o movimento sindical e as organizações estudantis, desestruturando grande parte da conjuntura política formada, conseqüentemente deu maior aumento intensivo da luta armada, por parte dos civis, como forma de resistência a atuação do governo, aumentando as medidas repressivas neste período, como a censura automaticamente piorou, foi instituído de forma prevista para a televisão e o cinema, impostos de acordo com a portaria governamental nº14 e a portaria nº15 de março de 1970, que houve outras formas de censura e repressão no governo Médici, entre estas, músicas, programas de rádio, publicações (ROSA,2006).

Com todos os Atos Institucionais impostos pelo governo direcionado a sociedade, de forma manipuladora a todas as áreas do Brasil (política, econômica, financeira, social, cultural e educacional, etc.). Conseqüentemente houve um grande aumento das manifestações da população nacional, mostrando cada vez mais a força das massas populares em busca de seus direitos civis.

3.4  A Educação: nos últimos anos da Ditadura Militar

Nos últimos anos da repressão militar começaram a aparecer sinais da insatisfação da população além organização e aumento significativo das oposições ao regime militar. As medidas do governo Geisel, totalmente repressivas, fizeram com que a sociedade civil se organizasse contra a ditadura militar. Contando com a adesão na luta de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (AIB), e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) as quais impulsionaram movimentos de protestos exigindo a redemocratização do Brasil (TRINDADE, 1993).

A execução do processo de abertura política foi estabelecida com cautela pelo governo. De um lado o Presidente abrandava a ação do sistema governamental, extinguindo a censura à imprensa (1975), extinguindo o Ato Institucional numero 5 e restabelecendo a habeas-corpus no país (ambos em 1978);de outro,algumas medidas reacionárias ainda eram tomadas. Foi o caso da promulgação da lei Falcão, em 24 de junho de 1976, que impedia o debate político nos meios de comunicação; decisão tomada em função do expressivo crescimento da oposição nas eleições de 1974 [...] (ROSA, 2006, p.42).      

O último ato do presidente Geisel, em 1978, foi realizar o projeto de abertura política. A revogação do Ato Institucional n° 5 (AI-5) entrou em vigor em 1979 (TRINDADE, 1993).

O clima de liberdade com movimentações teóricas cresceu consideravelmente, dando maior espaço para várias mudanças no campo educacional brasileiro (GHIRALDELLI, 2000).

Iniciando-se ao ano de 1979, na área política, opositores contra o governo encontrava-se mais fortalecidos, na economia o Brasil enfrentava uma recessão, que refletia em alto índice de desemprego. Quando entra na presidência João Baptista Figueiredo, que deu continuidade ao lento processo de redemocratização brasileira, que se deu início na gestão Geisel. O presidente Figueiredo decretou a lei de anistia, assim redimindo as pessoas condenadas por terem se posicionarem contra o sistema do governo (ROSA, 2006,p.43),

No início dos anos 80, o regime militar dava os primeiros sinais de enfraquecimento, entrando numa linha de processo de democratização. A sociedade civil, como os estudantes, mostrava-se contra a repressão, dando início a recuperação do espaço perdido, soma-se, ainda, o fato dos exilados políticos voltarem ao Brasil.

Na área educacional, na década de 1980, comprovado o fracasso da implantação da reforma da Lei da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e da Lei nº. 7.044/82, é dispensado das escolas a obrigatoriedade da profissionalização, e debates são intensificados pelo retorno da Filosofia (ARANHA, 1996).

Conforme Napolitano (1998), por volta de 1982, a Ditadura Militar dava sinais de uma forte crise do sistema, mesmo com o forte controle sobre a estrutura política. A conjuntura política de crescimento econômico do Ministro Delfim Netto terminou já nos fins de 1981 a inflação chegando aos 100% anuais, dívida externa aumentando, ainda em 1982  o governo conseguiu controlar o agravamento da crise econômica. Dois acontecimentos desestruturaram o regime militar inaugurando um quadro de disputa interna com o falecimento (o ano de 1980) do coordenador político partidário do governo, o ministro da Justiça Petrônio Portela, e a demissão (em 1981) do chefe da Casa Civil, general Golbery, seria a estratégia principal do regime.

Em abril de 1983, com algumas semanas após a posse do governador Franco Montoro, aconteceu a revolta dos desempregados, assustando a metrópoles de São Paulo e o restante da sociedade brasileira. No ano seguinte no dia 12 de janeiro de 1984 (em Curitiba/PR), com o forte apoio do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), já com o apoio esquerdista, aconteceu o comício pelas eleições diretas que iniciou efetivo à Campanhas Diretas Já. No ano seguinte (1985), o partido de Tancredo – Sarney ganham com grande diferença contra Paulo Maluf, com uma promeça de Nova República, encerrando o ciclo dos militares no poder, dando início a uma “transição democrática”.

Rosa (2006) afirma que todos estes conjuntos de fatores, em que não se conclui toda a história dos vinte e um anos de regime militar, contribuíram para uma estrutura de forma negativa no Brasil, o período compreendido entre os anos de 1964 até 1985.       

Considerações Finais:

Neste trabalho, pesquisei o contexto educacional no período da Ditadura Militar (1964-1985), analisando a trajetória da educação. Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizei como principal meio fontes bibliográficas e imagens daquele período.

Sendo assim, busquei fazer a análise utilizando de rápida retrospectiva da história educacional juntamente à situação política e social, desde a transição do Império para a República. Na pesquisa realizada, relatei os acontecimentos referentes à expansão cafeeira, que veio a desenvolver a indústria do país. Junto às mudanças ocorridas, com o processo do avanço industrial e modernização houve o gradual fim da escravidão e o início do emprego de mão-de-obra assalariada, alterando a situação econômica e social brasileira.

Realizei análises destacando a Primeira Guerra Mundial, os EUA vieram a influenciar consideravelmente na cultura brasileira, impulsionando um surto patriótico (GHIRALDELLI, 2000). Os americanos passaram a ter vínculos nos setores políticos, sociais, econômicos e financeiros (CAMPOS, 2005).

Com o surgimento de novas forças sociais no Brasil, surgiu, em 1930, o “Manifesto”, que teve como intenção uma educação pública, obrigatória, laica e gratuita. Nesta mesma década, são instituídas as Leis Orgânicas, que objetivaram transformar a educação vigente em ensino profissionalizante para a formação de mão-de-obra técnica – algo necessário àquele momento do país.

Depois que da Primeira Guerra, houve grande interferência dos americanos no Brasil, influenciando nas leis e reformas educacionais. No âmbito brasileiro, anterior ao golpe de 1964, marcado por crises políticas, econômicas e sociais, aconteceu o golpe vinculado à união civil-militar, que tirou João Goulart da presidência, e implantou o parlamentarismo, que automaticamente reduzia o poder do presidente. Assim, Castello Branco, sucedendo a presidência de Goulart, recebe apoio dos americanos e de empresariados multinacionais.

Essa época foi intensamente caracterizada por diversas restrições impostas à sociedade brasileira, como, por exemplo, a anulação dos direitos civis. Deu-se, então, o início da Ditadura Militar, período em que foram impostos à sociedade, gradativamente, os Atos Institucionais, sufocando cada vez mais movimentos e manifestações sociais, amedrontado a população através de prisões, seqüestros, torturas e assassinatos.

Durante a década de sessenta ocorrem inúmeras mutações dos direitos sociais, nesse espaço de tempo, os presidentes-militares (Castello Brando e Costa e Silva), juntamente com os Estados Unidos, fecharam acordo, estabelecendo uma parceria entre MEC e USAID, que realizaram doze acordos, estes, influenciaram em leis, reestruturando o sistema educacional. Dessa maneira, nasce uma linha de gestão autoritária e domesticadora – a educação tecnicista – que adaptou o ensino ao sistema empresarial tecnocrata.

A reação estudantil foi constante naquele momento histórico, buscando melhorias na educação, entretanto, manifestações estudantis foram intensamente repreendidas por meio da “Lei Suplicy”, criada em 1964. Dessa forma, todas as entidades estudantis de qualquer tipo ficaram impossibilitadas de se rebelar contra o Estado.

No decorrer dos anos, foram impostos os Atos Institucionais, os quais revoltaram a sociedade. Posteriormente, já na presidência de Geisel, a Ditadura Militar começa a demonstrar os primeiros sinais de decadência. Manifestações sociais se fizeram cada vez mais presentes, havendo, através de organizações estudantis, inúmeras manifestações contra o regime militar.

Em 1978, ano em que o Presidente Geisel deu início à abertura política e revogou o Ato Institucional nº5, a sociedade brasileira começou a vivenciar uma liberdade há muito desconhecida, desenhando-se, portanto, a possibilidade de mudanças no sistema educacional.

Ao final desta pesquisa, enfatizo que a educação, no âmbito nacional, é resultado de inúmeros atos direcionados a ela. Usada como ferramenta ideológica estatal, teve como herança diversas deficiências relacionadas aos erros do passado, prejudicando, dessa forma, inúmeros cidadãos que sofreram, sofrem e sofrerão com a degradação do ensino que, até os dias de hoje, parece não se recuperar das ações dos falhos sistemas anteriores.                  

Referências:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. Moderna, São Paulo, 1996.

CAMPOS, Flávio. A escrita da História / Renan Garcia Miranda. São Paulo: Escala Educacional, 2005. 

COTRIN, Gilberto. História do Brasil: um olhar crítico. São Paulo: Saraiva,1999.

DOCKHORN, Gilvan Veiga. Quando a Ordem é Segurança e o Progresso é Desenvolvimento (1964 – 1974). Editora: EDIPUCRS, Porto Alegre, 2002.

GHIRALDELLI, Paulo, História da Educação. São Paulo: Cortes, 2000.

NAPOLITANO, Marcos. O regime milita brasileiro:1964 – 1985. Atual, São Paulo, 1998.

PELLANDA, Nize Campos. Ideologia e educação & Repressão no Brasil Pós 64. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

PILLETI, Nelson. História da Educação no Brasil. São Paulo: Editora Ática, 1990.

RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação Brasileira: A Organização Escolar. Campinas: Autores Associados, 2000.

ROMANELLI, Otaíza de Oliveira, História da Educação no Brasil. Petrópolis:Vozes, 1978.

ROSA, Juliano de Melo. As vozes de um mesmo tempo: a educação física institucionalizada no período da Ditadura Militar em Cacequi. Dissertação de Mestrado em Educação/UFSM. Santa Maria: UFSM, 2006.

TRINDADE, Virgínia. História: Assim caminha a humanidade. Belo Horizonte, Brasil,1993.

VEIGA, Ilma Passos (coord.). Repensando a Didática. Campinas: Papirus,1989.

VICENTINO, Cláudio. Viver a História: ensino fundamental. São Paulo: Scipione, 2002.

FONTE:http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuais-coautorais/eixo01/Solange%20Aparecida%20Zotti%20-%20Texto.pdf

ANEXOS

ANEXO 01


FONTE: http://www.une.org.br/home3/ubes_on-line/imgs/historia_ubes_02_jpg.jpg

ANEXO 02


As manifestações de ruas contra a ditadura onde aparece Gil com Torquato Neto e sua então mulher e parceira Nana Caymmi na Passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro. FONTE: http://www.gilbertogil.com.br/images/fotos_2/31_g.jpg

ANEXO 03


Estudantes carregam caixão com o corpo de Edson Luís Lima Souto, morto em confronto com a polícia militar em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. (28.03.68). FONTE: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2007/imagens/brasil28_5.jpg

ANEXO 04


Foto: O Globo.
Manifestantes viram uma Kombi durante a Passeata dos Cem Mil, em 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro.
FONTE: http://www.memoriaestudantil.org.br/data/documents/storedDocuments/%7BAE8652BB-103B-4151-ADF7-B3F0EA1E913
5%7D/%7B33963687-BC8D-422B-9E06-B317D50E6FF0%7D/2001-038200_th.jpg

ANEXO 05


(04.07.68)
Passeata de estudantes em 4 de julho de 1968, no Rio de Janeiro.
FONTE:http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=Passeata+de+estudantes+em+4+de+julho+de+1968%2C+no
+Rio+de+Janeiro.

ANEXO 06


Foto: O Globo
Conflito entre estudantes e policiais em 21 de junho de 1968, no Rio de Janeiro. (21.07.68)
FONTE http://www.memoriaestudantil.org.br/data/documents/storedDocuments/%7BAE8652BB-103B-4151-ADF7-B3F0EA1E9135
%7D/%7B9D23A3B0-C6C2-4195-8DC9-07DACFA5E143%7D/1997-040747_pop.jpg:

ANEXO 07


Manual de tortura ensinava como os agentes deveriam agir para retirar as informações dos presos.
FONTE: http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/files/images/manualtortura.materia.jpg

ANEXO 08


O General João Baptista Figueiredo, que governou o país entre 1979 e 1985, foi o último presidente do regime militar. 
FONTE:http://images.google.com.br/images?gbv=2&&hl=pt-BR&q=Jo%C3%A3o+Baptista+Figueiredo&&sa=N&start=40&ndsp=20

ANEXO 9

1º - 26 de junho de 1964 – Acordo MEC/USAID para Aperfeiçoamento do Ensino Primário. Visava ao contrato, por 2 anos, de 6 assessores americanos;

2º - 31 de março de 1665 – Acordo MEC-CONTAP -USAID para melhoria do ensino médio. Envolvia assessoria técnica americana para planejamento do ensino, e o treinamento de técnicos brasileiros nos Estado Unidos;

3º - 29 de dezembro de 1965 – Acordo MEC-USAID para dar continuidade e suplementar com recursos e pessoal de primeiro acordo para o  ensino primário;

4º - 5 de maio de 1966 – Acordo do Ministério da Agricultura  - CONTAP-UDAID, para treinamento de técnicos rurais;

5º - 24 de junho de 1966 – Acordo MEC-CONTAP-USAID, de Assessoria para a expansão e aperfeiçoamento do Quadro de Professores do Ensino Médio no Brasil, Envolvia assessoria no Brasil. Envolvia assessoria americana, treinamento de técnicos brasileiros nos Estados Unidos e proposta de reformulação das Faculdades de Filosofia do Brasil.

6º - 30 de junho de 1966 – Acordo MEC-USAID de Assessoria para a Modernização da Administração Universitária. Em vista da reação geral, esse acordo foi revisto 10 meses depois.

7º - 30 de dezembro de 1966 – Acordos MEC-INEP-CONTAP-USAID, sob a forma de termo aditivo dos acordos para aperfeiçoamento do Ensino Primário. Nesse acordo aparece, pela primeira vez , que seus objetivos, o de “elaborar planos específicos para melhor entrosamento da educação primária com a secundária e a superior’. Envolve igualmente, assessoria americana e treinamento de brasileiros.

8º - 30 de dezembro de 1966 – Acordo ME-SUDENE-CONTAP-USAID, para criação do Centro de Treinamento Educacional de Pernambuco;

9º - 6 de janeiro de 1967 – Acordo MEC-SNEL - USAID de Cooperação para Publicações  Técnicas, Científicas e Educacionais.Por esse acordo, seriam colocados, no prazo de 3 anos, a contar de 1967,51 milhões de livros nas escolas. Ao MEC e o SNEL incumbiram apenas responsabilidades de execução, mas os técnicos da USAID, todo o controle, desde os detalhes técnicos de fabricação de livro, até os detalhes de maior importância como: elaboração, ilustração, editoração e distribuição de livros, além da orientação das editoras brasileiras no processo de compra de direitos autorais de editores não-brasileiros, vale dizer, americanos.

10º - Acordo MEC-USAID de reformulação do primeiro acordo de assessoria à modernização das universidades, então substituídos por Assessoria do Planejamento do Ensino Superior, vigente até 30 de junho de 1969. Nesse acordo, a tática da justificativa foi mudada e houve determinação de uma ação mais ativa do MEC nos programas, o que, na realidade, não aconteceu. A estrutura do antigo acordo permanecia, no entanto;

11º - 27 de novembro de 1967 – Acordos MEC-CONTAP-USAID de Cooperação para a continuidade do primeiro acordo relativo à orientação vocacional e treinamento de técnicos rurais;

12º - 17 de janeiro de 1968 – Acordos MEC-USAID para dar continuidade e complementar o primeiro acordo para o desenvolvimento do Ensino Médio (Planejamento do Ensino Secundário e Serviços Consultivos). Envolvia e ampliava a mesma cooperação assinalada nos acordos anteriores e reafirmava a necessidade de “melhor coordenação entre os sistemas estaduais de educação elementar e média”.     

Material pesquisado no livro: História da Educação no Brasil. Pg.212.   https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/reflexoes-acerca-educacao-durante-ditadura-militar.htm



sábado, 25 de dezembro de 2021

O neoliberalismo prisão, armadilha do sistema, administração das almas, do terror, que fortalece a classista meritocracia

(meritoocracia:  trabalhadores mais bem dotados intelectualmente etc.,  alcança uma posição quem nasce numa determinada classe social.)

Em qual encruzilhada estamos? O que nos pode salvar ou destruir por completo? Essas são algumas indagações que nos levaram a pesquisar o quanto o neoliberalismo não é apenas um modelo econômico, mas uma prisão de subjetividades. Por que repetimos o que não é bom para nós e defendemos o que nos prejudica?

No Brasil, na contrarreforma trabalhista, onde mais de 100 direitos foram retirados e tantos outros alterados da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).  Dispositivo que só favorece a elite e retira direitos, o neoliberalismo têm avançado “profundamente no mundo, até ser definido como uma forma de vida”. Ela propõe uma reflexão sobre o porquê, desde os anos 1970, essa política se impõe e observa que “isso só é possível colonizando a subjetividade, com a manipulação dos afetos, como a angústia, a culpa, o medo, o ódio”.

Na linha de frente dessa manipulação,  os meios de comunicação, as redes sociais e as políticas de educação e saúde mental e também as ciências biológicas capturadas pela indústria da medicalização. “O neoliberalismo não é possível sem essa colonização, que responde pela obediência inconsciente”.

O filósofo e humanista francês Étienne de La Boétie (1530-1563)   pensou a sociedade na época dos absolutismos reais e alcunhou a expressão “servidão voluntária”1. “Ele se perguntava por que muitos se submetiam ao rei. A explicação naquele momento foi teológica: o rei é o herdeiro de Deus e, então, há de servi-lo e obedecê-lo. Era uma obediência consciente e voluntária. Depois, vieram as revoluções democráticas, os princípios de igualdade, liberdade e fraternidade. Hoje, estamos frente ao mesmo problema, porque os muitos se submetem a um, porém já não ao poder real do rei, mas sim ao poder real que hoje são as corporações. A servidão já não é sequer registrada como servidão porque estamos na presença de cidadãos que se creem livres. Além disso, o cidadão no neoliberalismo não tem comida e casa garantidas, não tem direitos. Então, por que tomamos atitudes que vão contra nossos próprios interesses?

Os trabalhadores perdem seus direitos, seu trabalho, mas seguem comprando e consumindo um discurso contra eles mesmos e que está a favor do capitalismo financeiro, que prescinde de homens e mulheres. “Os trabalhadores seguem subscrevendo e comprando como naturalizado esse discurso que logrou captar o coração da subjetividade.”

A meritocracia se fortalece na ideologia neoliberal. Uma narrativa que encontramos todos os dias nos mais diversos meios e em variadas formas. Ela está nas notícias da imprensa comercial, em postagens de empresas e especialistas de recursos humanos e recrutadores, em profusão, nas redes sociais, em especial na chamada rede de networking, o LinkedIn. Está em muitas falas políticas e nas diversas esferas dos poderes republicanos – Executivos, Legislativos e Judiciário.

A produção cultural do capitalismo contemporâneo, criadora do culto à liberdade do eu (ou individual), se ampara grandemente em técnicas de autoajuda e do marketing que funcionam como imperativos sociais também. “Por exemplo, as frases “você pode” e “você pode mais” simulam um ideal de liberdade, mas impõem os piores e ilimitados sacrifícios. O que isso gera? Uma subjetividade culpada, devedora”. A ovacionada “liberdade individual” é uma armadilha do sistema, porque nada se faz sozinho.

O neoliberalismo nos faz crer que somos donos das nossas vidas e do nosso destino, reforçando palavras que hoje estão no dia a dia das pessoas, como meritocracia, mérito, empreendedorismo, empreendedor de si. “Isso contribui para uma precariedade laboral, para um servilismo jamais visto, a pobreza como destino porque não há nenhuma mobilidade social baseada na meritocracia”.

A meritocracia, como discurso do capitalismo contemporâneo, está baseada numa falsa premissa de igualdade de oportunidades, quando ela só existe no final, e não no começo. “Se se parte da igualdade na educação, na saúde, na habitação, depois sim pode haver uma singularidade no esforço pessoal. A meritocracia é classista no neoliberalismo, alcança uma posição quem nasce numa determinada classe social”.

Margaret Thatcher, tem uma frase famosa onde diz, sobre a nova ordem capitalista, que “não existe mais alternativa. É isso que existe”. A dama de ferro sabia o que estava falando e já mostrava para todos o caminho servil que seria imposto à sociedade mundial. Como sair dessa prisão ideológica é uma pergunta de todos nós.  Michel Foucault (1926-1984),  o filósofo francês apontou que o neoliberalismo vinha com um slogan perigoso e falso do fim da história e das ideologias, ao mesmo tempo que rechaça a política. “Se acaba com a política porque dizem que o moderno é uma questão de administração. O neoliberalismo se transformou num sistema de administração das almas, do terror. Através de controle e do disciplinamento”.

O calcanhar de Aquiles do neoliberalismo é justamente a política, por isso a demonizam tanto, vinculam-na à corrupção, à violência. A saída,  só pode ser política, é a organização da sociedade, porque os ideólogos neoliberais sabem que nesse campo da disputa e reflexão de ideias eles não têm nada a dizer.

Não é à toa, portanto, o ataque às organizações políticas e, principalmente, aos sindicatos de trabalhadores, porque é neles que “vamos poder encontrar a saída para a humanidade”. O poder trabalha com alguns sentimentos há muito tempo, “diria que mesmo antes do nazismo. Um dos afetos que mais manipulam é o da angústia, porque significa desamparo, indefinição, e isso traz a obediência inconsciente. Trabalha-se com o medo, a ameaça, a culpa e o ódio. Essas são as ‘paixões’ privilegiadas do neoliberalismo”.

Outras paixões também são usadas, como a uniformidade de pertencer a uma massa, de pertencer de forma imaginária, e não real, pela via da identificação, de parecer a alguma coisa. “O poder não quer sindicalismo, não quer a organização dos trabalhadores. Um sindicalismo organizado e um conjunto de trabalhadores que façam política e tenham pensamento crítico. O poder quer uma cultura de individualidades, de indivíduos, são cidadãos, consumidores, “odiadores”, sem pensamento crítico que forma a massa. A massa está conformada sobretudo pelos meios de comunicação que são corporativos, não são democráticos e são empresas. Não são democráticos não apenas pela concentração econômica, mas pela concentração simbólica. Não há pluralidade de vozes, é um discurso único, agora temos as redes sociais para ajudar a propagar esse discurso. Tudo isso impõe formas de vida.”

Rechaçar a política, que significa o diálogo entre posições diferentes e não o aniquilamento do que é diferente de nós, significa que colocamos no lugar a intolerância, a violência moral e física.

A morte da política, sempre anunciada pelos cânones neoliberais, retorna à sociedade como ódio, como destruição física e moral. “É o homem lobo do homem, uma guerra de todos contra todos, já não se trata mais de adversários políticos, mas de uma guerra contra inimigos. Porque a política foi demonizada como corrupção. O conflito político se transformou em conflito moral, entre bons e maus. Há um estímulo ao ódio, a mesma técnica utilizada pelo nazismo do inimigo interno, da demonização, à época, contra o judeu, os ciganos, os gays, hoje contra os dirigentes sociais,  dirigentes políticos e sindicais. O ódio é a ferramenta principal do neoliberalismo porque é o modo de aniquilar as diferenças”.

Jacques Lacan (1901-1981), psicanalista francês, define o capitalismo como um discurso ilimitado. O capitalismo, na sua expressão neoliberal, é um discurso fanático. “Podemos dizer que é um vírus que foi tomando todos os aspectos da cultura, quase uma estrutura rizomática, que foi se metendo nas formas de vida, no corpo, nas relações sociais, amorosas, de amizade, laborais, foi tomando os governos. Então, foi tomando o coração da subjetividade”.

“O destino da humanidade vai depender da luta política por outras formas de vida. O que vemos é uma direita desinibida, o neofascismo que já não necessita sequer de simulacros democráticos. O que vemos surgir é uma ultradireita “odiadora”, antissocial, mas também vemos crescer uma oposição que luta, se organiza, que articula o feminismo, formas democráticas, nacionais e populares. Dessa luta vai depender o destino da humanidade.

Por: Psicanalista  Nora Merlin – docente e pesquisadora da Universidade de Buenos Aires, mestre em Ciências Políticas e autora dos livros “Populismo e Psicoanálisis”, “La colonización de la Subjetividad, médios massivos de comunicación em la época del biomercado”, “Mentir y colonizar: obediencia inconsciente en la subjetividad neoliberal” e “La reinvención democrática. Un giro afectivo”, todos editados pela Letra Viva –, que o neoliberalismo é uma produção de subjetividade, de um homem “novo” e que, portanto, requer uma nova antropologia.

Créditos: ROSÂNGELA RIBEIRO GIL- MANUELLA SOARES Outras Palavras São Paulo (SP) (Brasil) - 9 de fev de 2021 às 18:14 - https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/cultura/68480/ilusao-neoliberal-de-independencia-contribui-para-servidao-jamais-vista-diz-psicanalista?fbclid=IwAR22rGmOi36UlKATUyXH0TefHwnzsrTzTmlPFqp2MSni0iQP1Z_ZFR0Basc

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Pátria Grande formar latinos escravos do sistema, determinado pelo Comitê dos 300: são “forças tenebrosas” como descreveu Stalin que se curvou a essa elite.

Lendo o trabalho abaixo, conseguimos entender as atitudes sádicas, ausentes, do atual presidente do Brasil o Sr. Jair Bolsonaro e militares, no trato com os assuntos que visa a proteção do povo brasileiro, e a Soberania brasileira. 

Faço notar, que o desmonte do Estado brasileiro se dá desde 1889 com a farsa da República maçônica, se intensificando desde a ditadura militar de 1964, com a participação ativa no Brasil dos angloamericanos, em especial o Comitê dos 300, interferindo nos assuntos que envolve a Soberania, e a diplomacia brasileira. A Anistia oferecida pelos militares para os comunistas então exilados  na ditadura de 1964 a 1985, trouxe de volta para o Brasil, os abutre que reunidos, montaram a Constituição Federal de 1988.

O parágrafo único artigo 4 inserido na CF/88 por Michael Temer, traz a abertura para a criação da PÁTRIA GRANDE. O consabido autor do célebre artigo tem dois genitores: Franco Montoro- PMDB/SP e, ou Marcondes Gadelha PFL/PB. Michel Temer NÃO é seu autor, ele simplesmente o inseriu lá na CF/88 no entanto, elogia Montoro. O parágrafo fala:

"Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações".

Em 1988 a Pátria Grande foi inserida na Constituição do Brasil Por Michel Temer Art.4 Parág.Único. – Em julho de 1990 Lula e Fidel Castro criaram o Foro de SP.  Em 8 de dezembro de 1991, foi assinada a dissolução da União Soviética comunista. O Comitê se esconde, se camufla, enquanto o centrão atua.

O que está por trás do Foro de São Paulo, da CELAC, da URSAL, da UNASUL, do Mercosul, etc., é a PÁTRIA GRANDE. Francisco Resek no 16º Congresso brasileiro de direito Constitucional em maio de 1995, disse que o Mercosul não tem personalidade política, é apenas um tratado. Mas, Michel Temer teima em dizer que os países da América Latina não existirão mais, não haverá fronteiras, Michel Temer quer, está entregando o Brasil para a  Banca, para  o Comitê dos 300.

Devemos escutar mais as vozes que nos advertem: os sonhos do mercado mundial são os pesadelos dos países que se submetem aos seus caprichos. O sequestro dos bens naturais com que Deus, ou o Diabo, nos distinguiu, e assim vemos a nossa perdição, vemos o extermínio da escassa natureza que nos resta.

  • Exportamos produtos ou exportamos solos e subsolos? Salva-vidas de chumbo: em nome da modernização e do progresso, os bosques industriais, as explorações mineiras e as plantações gigantescas arrasam os bosques naturais, envenenam a terra, esgotam a água e aniquilam pequenos plantios e as hortas familiares. Essas empresas todo-poderosas, altamente modernizadas, prometem mil empregos, mas ocupam bem poucos braços. Talvez elas bendigam as agências de publicidade e os meios de comunicação que difundem suas mentiras, mas amaldiçoam os camponeses pobres. Os expulsos da terra vegetam nos subúrbios das grandes cidades, tentando consumir o que antes produziam. O êxodo rural é a agrária reforma; a reforma agrária ao contrário. – Terras que poderiam abastecer as necessidades essenciais do mercado interno são destinadas a um só produto, a serviço da demanda estrangeira. Cresço para fora, para dentro me esqueço. Quando cai o preço internacional desse único produto, alimento ou matéria prima, junto com o preço caem os países que de tal produto dependem. E quando a cotação subitamente vai às nuvens, no louco sobe e desce do mercado mundial, ocorre um trágico paradoxo: o aumento dos preços dos alimentos, por exemplo, enche os bolsos dos gigantes do comércio agrícola e, ao mesmo tempo, multiplica a fome das multidões que não podem pagar seu encarecido pão de cada dia.

O mundo do futuro? Os políticos brasileiros que pedem votos, devem ter vergonha na cara se unir, e extirpar da CF/88 o Parágrafo Único Art. 4  "A PÁTRIA GRANDE" Do contrário, as eleições no Brasil, continuará sendo  uma grande farsa.

NOTAS:

Em suma, a intenção e o propósito do Comitê dos 300 é causar as perda da soberania das nações da América Latina, o fim da democracia, abertura das fronteiras, os beneficiados serão os 300:

“Se entendermos o mecanismo e os motivos da mente grupal, tornar-se-á possível controlar e arregimentar as massas de acordo com nossa vontade sem que elas saibam disso,” Edward Bernays Instituto Tavistock.

“Se puder influenciar os líderes, com ou sem sua cooperação consciente, você automaticamente influenciará o grupo sobre o qual exercem liderança .”

“formação de opinião” uso discreto utilizando autoridades terceirizadas para conformar as opiniões desejadas”

As pessoas vivem em densas trevas, e a maioria delas não se preocupa nem se interessa em descobrir para onde o seu país está indo, acreditando firmemente que ele sempre estará ali para ajudá-las. É assim que a maioria da população foi manipulada a reagir, e com essa atitude as pessoas se tornam marionetes nas mãos do governo secreto.

Assim, podemos entender como foi que Wilson, Roosevelt, Clinton, os Bush, pai e filho, Obama, Trump,  puderam tão facilmente conduzir os Estados Unidos a guerras desastrosas, nas quais seu povo nunca deveria ter se envolvido. Os anglo-americanos (ingleses e americanos)  participaram em conjunto, para mobilizar o apoio para a guerra que se prenunciou no horizonte. A guerra fria levou para  a América Latina e para os latinos, a mais terrível ditadura socialista neoliberal imposta pelos Consensos de Washington, da Agenda 21, do Comitê 300, na formação da Pátria Grande, conforme reza na CF/88 brasileira Parágrafo Único Artigo 4. [1]

Para os oligarcas e plutocratas do Comitê dos 300, as drogas têm dois propósitos. Primeiro elas geram um grande lucro, e segundo vão mais dia menos dia tornar a maior parte da população em mortos vivos, drogados que será mais fácil controlar do que pessoas que não precisam de drogas, pois, no caso de rebeldia, o castigo será reter o suprimento de heroína, cocaína e outras drogas. Para isso é necessário legalizar as drogas para que o sistema de monopólio possa causar a proliferação do uso de drogas, pois centenas de mimares de trabalhadores permanentemente desempregados vão recorrer às drogas em busca de consolo.

Em um documento ultra-secreto do Royal Institute of International Affairs, monta-se o cenário da seguinte maneira (em parte): "... Pessoas desempregadas há cinco anos ou mais, a quem o Cristianismo falhou e sem perspectivas de emprego no futuro, vão se afastar da igreja e voltar para as drogas em busca de consolo. É então que se deve consolidar o controle total do tráfico de drogas para que os governos de todos os países sob a nossa jurisdição tenham um monopólio que nós controlaremos através do suprimento... Bares de drogas vão cuidar dos desordeiros e descontentes, dos possíveis revolucionários que se tornaram viciados inofensivos sem vontade própria..."

O Comitê dos 300 é uma sociedade altamente secreta, composta da classe governante intocável, que inclui a rainha da Inglaterra, a rainha da Holanda, a rainha da Dinamarca e as famílias reais da Europa. Esses aristocratas decidiram, quando a Rainha Vitória faleceu, que, de modo a adquirirem controle de mundo, seria necessário que os seus aristocratas "fizessem negócios" com os que não são aristocratas, mas que são líderes extremamente poderosos de empresas a nível global. E desta forma as portas para o poder total se abriram para "os comuns", como a rainha da Inglaterra gosta de chamá-los.

O Clube de Roma é a matriz das agências conspiratórias, uma união entre financistas anglo-americanos e famílias da Nobreza Negra da Europa, principalmente a auto denominada "nobreza" de Londres, Veneza e Gênova. O segredo para o seu sucesso no controle do mundo é a capacidade que tem de criar o manipular recessões econômicas e subsequentes depressões. O Comitê dos 300 procura convulsões sociais a nível global, seguidas de depressões, como uma técnica para levar o povo a aceitar mais facilmente coisas maiores que estão por vir, e usam isto como o seu método principal para criar no mundo inteiro massas de pessoas que vão se tornar beneficiarias da sua "assistência social" no futuro.

O Clube de Roma tem a sua própria agência de serviço secreto e também pega "emprestado" da INTERPOL de David Rockefeller. Cada agencia de serviço secreto americano - bem como a KGB e a Mossad - colabora com ela.

Stalin descreveu o Comitê dos 300 como: "As Forças Tenebrosas"

O presidente Eisenhower, que jamais conseguiu passar do nível "hofjuden" (Judeu da Corte), descreveu o Comite dos 300 como "complexo industrial militar". 

Um governo mundial e um sistema monetário único sob oligarcas hereditários não eleitos pelo povo mas selecionados entre o seu próprio grupo como que num sistema feudal na época da Idade Média. Sob este governo mundial, a população será limitada por meio de restrições contra o número de filhos por família, doenças, guerras, fome, até que um bilhão de pessoas que sejam úteis para os governantes em áreas que serão definidas estrita e claramente, se tornarão a população total do mundo.

Não haverá classe média, apenas governantes e servos. Todas as leis serão uniformes sob um sistema de tribunais mundiais obedecendo a um único código penal, apoiado pela força policial de um único Governo e um poderio militar de um Governo Mundial único para executar leis em todos os ex-países onde não existirá mais limites nacionais. O sistema será baseado num só programa de assistência social; pessoas que são obedientes e subservientes ao Governo Mundial serão recompensadas com meios de subsistência; as pessoas rebeldes simplesmente morrerão de fome ou serão declaradas marginais, tornando-se assim alvo para qualquer pessoa que queira matá-las. Será proibido o porte de armas de qualquer tipo que seja.

Só se permitirá uma única religião que será na forma da igreja do Governo Mundial. Satanismo, luciferianismo e feitiçaria serão reconhecidos como legítimos dentro do governo mundial, deixando de existir escolas particulares ou igrejas. As igrejas cristãs já foram subvertidas e o cristianismo será coisa do passado quando o Governo Mundial subir ao poder.

Cada pessoa será totalmente doutrinada a acreditar que é uma criatura do Governo Mundial com um número de identificação claramente marcada em si mesma para ser de fácil acesso, sendo que este número de identificação ficará num arquivo matriz no computador da OTAN em Bruxelas, na Bélgica, podendo ser lido a qualquer momento por qualquer agência do Governo Mundial quando quiserem. Os arquivos matrizes da CIA, FBI, e órgãos da polícia estadual e municipal, do imposto de Renda, da FEMA e do programa de Seguridade Social se expandirão vastamente e formarão a base dos registros pessoais de todos os indivíduos nos Estados Unidos.

O matrimônio será contra a lei e não haverá vida familiar como nós a conhecemos agora. As crianças serão retiradas dos seus pais desde pequenas e criadas em institutos como propriedade do estado. Tal experiência foi feita na Alemanha Oriental sobre o governo de Erich Honecker quando crianças eram tiradas dos pais considerados cidadãos desleais ao estado.

Será promovida a pornografia e a apresentação obrigatória de filmes pornográficos em todo teatro ou cinema, inclusive pornografia de homossexuais e lésbicas. Será compulsório o uso de drogas "recreativas" e cada pessoa terá uma quota que poderá adquirir em lojas do Governo Mundial no mundo todo. Expandir-se-á o uso de drogas de controle mental e o uso das mesmas se tornará compulsório. Essas drogas de controle mental serão administradas no suprimento de alimentos e/ou de água sem o conhecimento e/ou consentimento das pessoas. Serão criados bares de drogas, dirigidos por funcionários do Governo Mundial, onde a classe escrava poderá passar o seu tempo livre. Desta maneira, as massas - todos os que não pertencerem à elite - serão reduzidas ao nível de comportamento de animais controlados sem vontade própria e facilmente arrebanhadas e manipuladas.

O sistema econômico se baseará na decisão da classe governante de só permitir que haja alimentos e serviços suficientes para manter os campos de trabalho da massa em funcionamento. Toda a riqueza estará acumulada nas mãos dos membros de elite do Comitê dos 300. Cada indivíduo será doutrinado para entender que depende totalmente do governo para sobreviver. O mundo será governado pelos Decretos Executivos do Comitê dos 300 que se tornarão lei instantaneamente. Boris Yeltsin está usando decretos do Comitê dos 300 para impor a vontade do Comitê na Rússia num projeto experimental. Existirão tribunais de punição e não tribunais de justiça.

A indústria será totalmente destruída, junto com os sistemas de energia nuclear. Apenas membros do Comitê dos 300 e a sua elite terá direito de usar os recursos da terra. A agricultura estará apenas nas mãos dos membros do Comitê dos 300, sendo a produção de alimentos estritamente controlada. Quando isto começar a ser colocado em prática, massas de população nas cidades serão forçadas a se mudarem para regiões remotas, e os que se recusarem serão exterminados como naquele projeto experimental do Governo Mundial no Cambódia sob a direção de Pol Pot.

A eutanásia será compulsória para os doentes terminais e idosos. Pelo menos 3 bilhões de "bocas inúteis" serão eliminadas até o ano 2050 através de guerras limitadas, epidemias organizadas de doenças fatais que evoluem rapidamente e fome. Energia, alimentos e água serão distribuídos em quantidades mínimas apenas para assegurar a subsistência dos que não são elite.

Todos os produtos farmacêuticos essenciais ou não, médicos, dentistas e trabalhadores do campo da saúde serão registrados na central de dados, e nenhum remédio ou assistência médica serão administrados sem permissão direta dos controladores regionais responsáveis por cada cidade, vila ou povoação.

Não haverá papel moeda nem moedas nas mãos de quem não pertencer à elite. Todos as transações serão feitas através de um cartão de débito que terá o número de identificação do proprietário. Qualquer pessoa que de alguma forma infringiras regras e regulamentos do Comitê dos 300 terá o seu cartão suspenso por tempo predeterminado segundo a natureza e severidade da infração.

Essas pessoas descobrirão, quando forem adquirir alguma coisa, que seu cartão está suspenso e que não poderão obter nenhum tipo de serviço. A tentativa de trocar moedas "velhas", isso quer dizer moedas de prata das ex-nações agora já inexistentes, será considerada crime gravíssimo sujeito a pena de morte. Todas estas moedas terão que ser entregues dentro de um prazo, junto com revólveres, armas, explosivos e automóveis. Apenas a elite e funcionários com altos cargos no Governo Mundial poderão ter um meio de transporte particular, armas, dinheiro e automóveis.

Caso a ofensa seja séria, o cartão será confiscado ao ser apresentado no ponto de verificação. Depois disso essa pessoa não poderá obter alimentos, água, assistência médica, abrigo e emprego, e será registrada oficialmente como marginal. Desse modo os marginais se agruparão em regiões onde terão que subsistir por seus próprios meios, sujeitos a serem perseguidos e mortos a tiros quando vistos. As pessoas que de alguma forma auxiliarem os marginais também serão mortas a tiros. Se algum marginal não se entregar à polícia ou aos militares depois de um determinado período de tempo, um membro da sua ex-família será se lecionado ao acaso para pagar a sentença na prisão em seu lugar.

Todos os serviços de informação e a imprensa escrita estarão sob o controle do Governo Mundial. Medidas regulares de lavagem cerebral serão consideradas "entretenimento" da mesma maneira que foi praticada e se tornou uma arte nos Estados Unidos. Jovens tirados de seus "pais desleais" receberão educação especial com a finalidade de embrutecê-los. Jovens de ambos os sexos serão treinados para serem carcereiros no sistema de campos de concentração do Governo Mundial.

É óbvio, ao se analisar o que está para acontecer, que ainda precisa ser feita muita coisa antes de poder ser instituída a Nova Ordem Mundial. O Comitê dos 300 há muito que aperfeiçoou seus planos para desestabilizar a civilização como nós a conhecemos. Na Europa Ocidental as nações estão trabalhando para formar uma federação de estados dentro da estrutura de um governo com só uma moeda. De lá o sistema do Mercado Comum Europeu será transferido aos poucos para os Estados Unidos e o Canadá. As Nações Unidas estão se transformando metodicamente num carimbo de aprovação para o governo mundial, sendo as suas políticas ditadas pelos Estados Unidos como vimos no caso da Guerra do Golfo.

Está ocorrendo exatamente a mesma coisa com o Parlamento Britânico. Discutiu-se o mínimo possível a participação da Inglaterra na Guerra do Golfo e só depois de muito tempo durante uma moção para a reunião do Parlamento. Isso nunca tinha acontecido em toda a história do Parlamento, onde uma decisão tão importante teve que ser tomada com tão pouco tempo para discutir o assunto. Um dos acontecimentos mais dignos de nota na história do Parlamento passou praticamente despercebido.

Países sob um regime de assistência social existem em abundância na Europa, e os Estados Unidos estão se tornando rapidamente no país onde o povo mais vive com base na assistência social. Uma vez que as pessoas passem a depender do governo para a sua subsistência, será muito difícil desligá-las disso.

A proibição do porte de armas particulares já está em vigor em três quartos do mundo. Somente nos Estados Unidos a população ainda pode possuir as armas de fogo que quiser, mas este direito está sendo violado a nível alarmante através de leis municipais e estaduais que infringem o direito constitucional que todos os cidadãos têm de porte de armas. Até chegarmos ao ano 2010, porte de armas particulares terá se tornado algo obsoleto nos Estados Unidos.

Semelhantemente, a educação está sendo minada a um ritmo alarmante. Escolas particulares estão sendo forçadas a fechar devido a uma série de estratagemas legais e falta de condições financeiras para funcionarem. O padrão de educação nos Estados Unidos já afundou a um nível tão deplorável que hoje mal pode ser chamado de educação. Isto está de acordo com o plano; como eu descrevi anteriormente, o Governo Mundial não quer que os nossos jovens recebam uma educação adequada.

O desejo de ser livre

Entretenimento popular, principalmente a indústria cinematográfica, foi usada para fazer cair no descrédito aqueles que fizeram advertências sobre esta ameaça tão perigosa à liberdade individual e à liberdade do ser humano.

Liberdade é uma lei dada por Deus que o homem constantemente buscou subverter e minar, mesmo assim o anseio que cada indivíduo tem por liberdade é tão grande que até agora nenhum sistema conseguiu arrancar esse sentimento do coração humano. As experiências conduzidas na URSS, Grã-Bretanha e nos EUA, para sufocar a ânsia pela liberdade, até agora não obtiveram êxito.

Mas, com a ascensão da Nova Ordem Mundial/Governo Mundial, vão ser agilizadas amplas experiências para extirpar da mente, corpo e alma do homem aquele anseio por liberdade que Deus lhe deu. O que já está ocorrendo não é nada, é algo insignificante em comparação com o que está por vir. O ataque à alma é a essência de uma multidão de experiências que estão sendo maquinadas.

Manipulação da opinião pública

O que toma o Comitê incrível é o sigilo também incrível que prevalece a respeito dele. Nenhum órgão noticioso jamais mencionou essa hierarquia de conspiração, portanto, como seria de se esperar, as pessoas duvidam da sua existência. Grande parte do Comitê dos 300 está sob o controle da monarquia britânica, neste caso Elizabeth II.

Não existe uma entidade que o Comitê não possa influenciar e controlar, e é óbvio que o campo da comunicação é rigorosamente controlado. Se olharmos para a RCA, veremos que a sua diretoria é composta de personalidades proeminentes na Grã Bretanha e nos Estados Unidos que também têm altos cargos em outras organizações, como por exemplo no Conselho das Relações Exteriores, OTAN, no Clube de Roma, na Comissão Trilateral, nos Maçons, no Skull and Bones, Bilderbergers, Round Table, Sociedade Milner e na Sociedade Jesuíta-Aristotles. Entre estas pessoas se encontrava David Sarnoff, que se mudou para Londres ao mesmo tempo que Sir William Stephenson se mudou para o prédio da RCA em Nova Iorque.

As três maiores redes de televisão vieram da RCA, principalmente a National Broadcasting Company (NBC), que foi a primeira, e logo depois surgiu a American Broadcasting Company (ABC) em 1951. A terceira grande rede de televisão foi a Columbia Broadcasting System (CBS) que, como as duas outras companhias, era e continua sendo dominada pelos serviços secretos britânicos. William Paley recebeu instrução técnica de lavagem cerebral em massa no Instituto Tavistock antes de ser considerado qualificado para dirigir a rede CBS.

Daniel Yankelovich é o rei da estrutura das corporações de pesquisa de opinião pública nos Estados Unidos, um vasto aparato que provê "opinião pública sobre assuntos sociais, econômicos e políticos de relevo", segundo disse Edward Bernays. Foi este grande aparato que fez a maioria dos americanos, que nunca tinham ouvido falar de Saddam Hussein e que mal sabiam que o Iraque era um país em algum lugar no oriente Médio, ficarem bradando pelo sangue dele e o extermínio da nação iraquiana.

Yankelovich utilizou ao máximo todo o conhecimento adquirido durante a Segunda Guerra Mundial. Yankelovich, como guerreiro de segunda geração, é incomparável; é por isso que as pesquisas da ABC conduzidas pela empresa dele sempre são as que definem a "opinião pública". A população dos Estados Unidos estava sendo alvo de um ataque ao seu senso de realidade. Logicamente esta técnica é um treina-mento padrão para certos grupos de serviço secreto, inclusive a CIA.

A tarefa de Yankelovich era destruir os valores tradicionais americanos e substituí-los pelos valores da Nova Era e da Era de Aquário. Como o mais antigo manipulador da opinião pública no Comitê dos 300, ninguém duvida que Yankelovich fez um trabalho incomparável.

Manipuladores de opinião desempenharam um papel importante nesta guerra nos Estados Unidos; precisamos examinar o papel do Comitê dos 300 em causar essas alterações tão amplas e como os engenheiros sociais usaram análises centrais de sistemas para evitar que o público expressasse alguma outra opinião além das políticas do governo invisível. Como e onde tudo isso começou?

De acordo com documentos que falam da Primeira Guerra Mundial que consegui recolher e examinar no Escritório de Guerra em Whitehall Londres, parece que o Royal Institute for International Affairs foi incumbido pelo Comitê dos 300 de fazer um estudo sobre manipulação de informação de guerra. Esta tarefa foi dada ao Lord Northcliffe e ao Lord Rothmere e Arnold Toynbee, que era agente M16 no RIIA. A família de Lord Rothmere era dona de um jornal que estava acostumado a apoiar diversas posturas do governo, por isso considerou-se que o jornal poderia alterar a percepção do público, principalmente entre o número cada vez maior de pessoas que eram contra a guerra.

verdadeomitida Enviado por verdadeomitida em 25/10/2010 Código do texto: T2577972

Notas:

1.https://pt.scribd.com/document/167468606/131834368-John-Coleman-O-Instituto-Tavistock-de-Relacoes-Humanas-Conformando-o-Declinio-Moral-Espiritual-Politico-e-Economico-Dos-Estados-Unidos-Da-Am

2.https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2577972 - Hierarquia dos Conspiradores: O comitê dos 300 por Dr. John Coleman - Enviado por verdadeomitida em 25/10/2010 Código do texto: T2577972

3.https://istoe.com.br/40218_HERANCA+MALDITA/

4.https://pt.slideshare.net/jcrech/o-comite-dos-300

5.http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/BibliotecaDigital/BibDigitalLivros/TodosOsLivros/As-Veias-Abertas-da-America-Latina.pdf

6.A questão da imigração latina como um caso de segurança nacional, pelo potencial de alteração da cultura americana. A ideia era reduzir a referida imigração ao mínimo a imigração latina é praticamente incontrolável, e até fundamental para o futuro dos Estados Unidos. os muros não carregam, nem o de Berlim, na sua queda, as utopias, ainda que derrube governos, ou nem acabam com as idiossincrasias daqueles que não aceitam os que não são frutos da mesma árvore ou do mesmo solo, pois os considerarem “inimigos de classe”. O projeto que estava delineado para que “fosse conquistado, na AL(América Latina), uma espécie de contrapartida, do que já se antevia, nessa reunião, ou seja, que a URSS iria perder o leste europeu”. Para os Castros, o Muro já estava balançando, com o que estava ocorrendo na Polônia, depois da eleição do Papa João Paulo II. O Dr. Graça Wagner denunciou o Foro de SP braço da Pátria Grande, Olavo de Carvalho escondeu por quinze anos, deturpando, as informações, fazendo uso das mesmas para proveito próprio. Fidel morreu, e a Pátria Grande continua LÁ, na CF/88.  Esse é outro assunto importante que devemos desvendar, revelar, todas as informações do advogado Graça Wagner arquivadas até hoje.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O povo brasileiro jamais foi consultado pela Assembléia Constituinte, sobre a criação da Pátria Grande e comunista

Esse crime vem com a CF/88 Parágrafo único Art. 4º. E nenhum político até hoje denunciou para deter o processo da Pátria Grande, crime de destruição da Soberania Nacional. Como o comunismo no Brasil foi sendo implantado? comprando parlamentares, e eleições, implantando urnas viciadas, pervertendo as Instituições, e tudo isso logo no final do regime militar iniciando o civil, sinal que o comunismo não foi contido pelo regime militar, ele veio com o regime militar. Porque em 1988 existia tantos comunistas? O Brasil é um país comunista. Vamos virar a China como era a 500 anos atrás. A destruição da Soberania Nacional. Os políticos continuam brincando de eleição ilegal, levando a cada dia o Brasil para uma linha socialista fechada. Qual o candidato a presidência da República que vai suprimir o Parágrafo único da Pátria Grande da CF/88? Se nenhum deles o fizer, estaremos mais uma vez sendo enganados dentro do Brasil, rumando para uma democracia socialista. A população está sendo enganada pelos políticos não sobra um. Na Unasul temos a supressão real de fronteiras, países não existirão mais, a unificação de todas as polícias, da força nacional, de todos os exércitos, do judiciário, do legislativo do executivo. Na CF/88 foram inseridos todos os dispositivos legais que integra a Unasul, a Ursal, a Pátria Grande, nessa Lei maior tem um artigo que permite isso é Lei Constitucional, e será implementado independentemente do governo que assumir gostando o povo ou não. Ouçam o vídeo do Professor Loryel Rocha relatando os fatos depois pesquisem a veracidade dos fatos. - https://www.youtube.com/watch?v=t2sHLhPZ81U

Observem na calada, o militar Ministro da Infra Estrutura Tarcísio Freitas obediente ao Artigo quatro da Pátria Grande, na construção das estradas ligando a outros continentes, como destaca o mapa acima:

A Constituição de 1988 permitiu aos diplomatas integrantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) atuar nos mais diversos campos das relações internacionais do Brasil. Destaco o caráter jurídico  dos dez princípios constantes do artigo 4º, que são, inclusive, reconhecidos por instituições de referência do Direito Internacional, como as Nações Unidas.

O POVO BRASILEIRO JAMAIS FOI CONSULTADO PELA  ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE, SOBRE A CRIAÇÃO DA PÁTRIA GRANDE:

  • Até a guerra do Paraguai  1870, o Brasil era feudal, com nobres que viviam da agricultura, uma massa de plebeus e muitos escravos.  Hoje 2021, o Brasil no comando os militares de Cá e de Lá é feudal, com nobres que vivem da agricultura, outros da pecuária, outros dos minérios, outros argentários banqueiros, uma massa de plebeus sionistas e ricos, militares e políticos cleptocratas ricos, e milhões de escravos desempregados, famintos, na miséria.
  • Governaram o Brasil durante todo o tempo sem qualquer projeto nacional, continuaram a obedecer o feudalismo daqueles que chegaram no Brasil farto de tudo, com bagagem de experiência, os especuladores multiplicaram suas fortunas de pai para filho; impediram o crescimento da industrialização; induziram a massa para servidão com mentes transformadas pela engenharia social a impensantes; impediram novas tecnologias; privatizaram a cultura do saber para o povo brasileiro o vulnerável e que passa fome; eliminaram a transparência das contas públicas criando contas secretas para prática da cleptocracia; determinaram por mais de cincoenta anos, os arquivos dos fatos secretos. 

Artigo 4 da Constituição Federal de 1988

Constituição Federal de 1988

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

  • A comunidade latino-americana de Nações conhecida também por UNASUL  - (C.F/1988., parágrafo único, art. 4º): o paradigma da União Européia: usando a União Européia como paradigma, e modelo supranacional de integração e, o MERCOSUL como exemplo intergovernamental,  a necessidade de aperfeiçoamento das propostas consolidadas na UNASUL e na CELAC, tendo assim, vistas à formação de uma Constituição para a comunidade latino-americana de Nações , distinta da antiga propositura européia, observando as diferenças existentes entre os Estados latinos; respeitando suas culturas; enaltecendo como vigas, a dignidade da pessoa humana, respeito ao meio ambiente e o pluralismo; exacerbando a noção de pertencimento a uma comunidade em nome da paz, solidariedade e Justiça social.

  • Por Loryel Rocha: A Patria Grande está prevista na CF/88 em seu Artigo do Parágrafo Único Artigo quarto fala claramente da criação do que ficou conhecido como pátria grande. A República  Federativa Do Brasil buscará os povos da América Latina visando a formação de uma comunidade Latino Americano de Nações. Todos os governos independentes da Legenda partidária, serão e são obrigados a trabalhar para concretizar o projeto da pátria grande comunista. A legislação é um projeto de Estado, como está previsto no Parágrafo Único Artigo quatro da CF/88.  A comunidade latino-americana de Nações. O projeto de comunização do Brasil será feita dentro da mais absoluta legalidade institucional. Pergunta aos candidatos: Qual candidato a Presidente, Senador, Dep. Federal, Dep. Estadual, se compromete de extirpar da CF/88 o Artigo quatro Parágrafo único?

  • Os países latino-americanos têm demonstrado sólida integração intra e extra fronteira a exemplo do Mercado Comum do Sul. Essa unidade, incomum em outras partes da terra, é de tal modo responsável pela própria noção de latinidade. E mais, ela consolidou a convivência majoritariamente pacífica ao longo dos anos entre vizinhos fronteiriços. Assim, admitir eventual secessão territorial no âmbito de Estado pertencente à comunidade sul-americana de nações seria um atentado à história e às boas relações de convivência na região. Isso sem mencionar o grave precedente que essa prática poderia ensejar.  Com efeito, a união dos Estados sul americanos depende do estabelecimento de princípios e normas reguladoras capazes de fortalecer a unidade, imantando os Estados contra possíveis movimentos que irrompam a união no contexto regional. É cediço (desagradável) que a integração entre os diversos países do mundo não se trata de situação contemporânea. No entanto, as características atuais são peculiares e necessárias.  Assim, as variáveis benéficas nos campos político e jurídico, considerando os aspectos, cultural, científico, sociológicos e, sobretudo, os direitos humanos, do meio-ambiente e da paz mundial, pela qual tanto pugnaram os iluministas, levando à relativização das soberanias nacionais e à primazia do direito internacional. (José James Gomes Pereira (NBR 6023:2018 ABNT) 






NOTA: 
Engano pensar que a União Sovietica foi eliminada em 1989. Derrubaram o muro de Berlin e criminosamente introduziram o Decreto da Pátria Grande socialista/comunista na CF/88, logo após a ditadura militar liberar geral os comunistas dentro do Brasil, com a farsa da anistia. Destruirão o Brasil. O Brasil sem Soberania, sem fronteiras, passará a ser a China de 500 anos atrás. Lembrem-se de Hong Kong, da miséria, dos confiscos, depois, a Inglaterra deu 99 anos para Hong Kong se democratizar! e hoje, a China comunista não permite essa democracia, isso acontecerá com o Brasil. Séculos antes do PT, a maçonaria lançou o conceito de Governo Mundial. A Pátria Grande significa o conceito disso tudo. Artigo quatro Parágrafo Único incerido na CF/88. O processo de integração da América Latina nascida da vontade popular,(mentira) da ordem dos países da América Latina. (mentira) Combater o Foro de São Paulo, não extingue a Pátria Grande, porque ela faz parte da CF/88, prenderam a vítima, cobrindo o mito com flores, o Foro e a Pátria Grande continua com o mito e continuará com os seguintes "falsos" presidentes. O Brasil tem que parar de viver de commodities. Tem que focar mais em novas tecnologias, derrubar madeira, rasgar a terra para tirar minérios, é inadmissível nos dias de hoje, o Brasil não tem corpo científico, afugenta os cientístas intelectuais, pesquizadores. O Brasil é uma fraude histórica. O Brasil é uma ditadura. Qual candidato a Presidente, Senador, Dep. Federal, Dep. Estadual, se compromete de extirpar da CF/88 o Artigo quatro Parágrafo Único da Pátria Grande? A estrutura internacional INVISÍVEL, tomou conta de tudo. A maçonaria não é um governo, não cuida da política, ocupa-se do esquema financeiro, coapta a política dentro do esquema financeiro. O PT não é o responsável pelo Foro de SP. O Foro de São Paulo é um dos grandes braços da Pátria Grande, para o Brasil completar o 6º. reino (Clube de Roma Ag.21-a sede fica em Winterthur, na Suíça). Qual é o outro agente que introduziu na CF/88 os dispositivos no Art. 166 (dívida pública) que levaria o Brasil a um colapso institucional? (Nelson Jobim e Righi) Um setor invisível. VEJAM, o PT ficou visível, foi colocado pra fora para que o projeto continuasse de vento em pompa. Michel Temer, Bolsonaro, o Liberal Paulo Guedes e a falsa direita aliando-se a Bannon, Trump nazismo, facismo,... Paulo Guedes disse que o dinheiro que arrecadaria com a previdência era Shit "merda" ele quer entregar o Brasil para a Banca, ajuda a elite a dar cabo do Brasil. D. Pedro chora em seu túmulo ver tanto estrago com o Brasil. Tudo é irreversível, estão a leiloar o Brasil. A esquerda tem problemas, muitos, MAS a esquerda não é a responsável sózinha pelo CAOS brasileiro, tudo isso vem sendo programado gradativamente desde 1822 e é invisível, foi sendo transferido o comando do Estado para essa elite invisível. INTELECTUAIS! Distanciamento histórico, sómente o Brasil inventou, vamos comentar os fatos em tempo para salvar o Brasil. Os documentos que o Advogado Graça Wagner entregou oficialmente sobre o Foro de São Paulo totalmente distorcido por Olavo de Carvalho, até hoje está escondido, secreto,, deve ser revisto, analisado, discutido. Ouçam o vídeo do Professor Loryel Rocha detalhando todos esses fatos. Pesquisem, como a Inglaterra conseguiu se apoderar de Hong Kong por 99 anos. De 1907 até 1997. https://www.youtube.com/watch?v=JsFVcGAFyak

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

os crimes... o alto comando da milicada abjeta, seus cupinchas, os "pauloguedes", a jagunçada política, a censura

 


Priscila Garcia

Tá pensando que alguém vai poder xingar a cambada de generais TRAIDORES, aqueles sacripantas canalhas, aquele bando de LADRÕES a se entupir de picanha e lombo de bacalhau SUPERFATURADOS enquanto o povo PASSA FOME?

Tá pensando que vai poder vir aqui, ou a qualquer lugar, pra chamar o bando de FACÍNORAS GENOCIDAS pelo nome CORRETO de FACÍNORAS GENOCIDAS?
Vai não, meu chapa: você ou qualquer um de nós nem sequer VAMOS SABER quais são os CRIMES que o alto comando da milicada abjeta, seus cupinchas, os "pauloguedes" da vida e a jagunçada política cevada a propina e suborno estão cometendo contra nós: porque a primeira coisa que esta escória faz é CENSURAR A MIDIA - em suma, é BARRAR qualquer tipo de informação verdadeira.