domingo, 7 de setembro de 2014

Unibanco - Itaú Arminio Fraga, Moreira Sales, classes dominantes

Nota minha: Assistam no vídeo abaixo, a trajetória de Walter Moreira Sales em Botelhos MG e o Banco Machadense no interior de Minas, incorporando interesses de bancos internacionais; 
1) Em 1948 WMS dirigiu a carteira de crédito  geral do Banco do Brasil e foi nomeado diretor da SUMOC - Superintendência da Moeda e do Crédito (anterior a criação do Banco Central do Brasil); 
2) Em 1951 WMS  participou em Washington da 4a. conferência  de consultados chanceleres americanos. WMS deixou a Sumoc; 
3) Em 1951 WMS se tornou embaixador em Washington;
4) Em 1951 Jucelino K. rompeu com o FMI e  para contrair empréstimos nomeou Walter Moreira Sales como Embaixador nos EUA permanecendo até 1960, para bom "relacionamento" com os EUA. Iniciou  nesse período, o relacionamento de Walter Moreira Sales com os Rockfeller/Rothschild, com a oligarquia internacional, com o descaminho do Nióbio Minério Brasileiro de Araxá Minas Gerais, "o descaminho dos minérios brasileiros" [7] ; 
5) Tancredo Neves anos 60  nomeou Walter Moreira Sales como primeiro ministro para pasta da Fazenda; 
6) No vídeo abaixo, Fernando Henrique Cardoso e  Lula da Silva mito secreto apadrinhados pela clã Rothschild, compartilham dos mesmos ideais [2]; 
7) Em 1999 FHC criou o Ministério da Defesa convocando um civil para ocupá-la privatizando áreas importantes nas fronteiras,  inibindo a segurança pelas FFAA;
8) O Unibanco -  tornou-se o maior banco do Brasil, através do descaminho do mais cobiçado minério no mundo que o Brasil detém 98% da sua produção mundial. O  Nióbio Minério Brasileiro;
9) Assistam o vídeo e saibam para que serve a Casa das Garças na Gávea RJ: Não importa se ganha a esquerda ou a direita o que importa é servir ao sistema dominante.




Casa das Garças  -   "Discreto" clube da elite
 (reduto da ortodoxia econômica, dominado pela PUC do Rio [5])
— Dionisio Carneiro  foi sócio-fundador do Instituto de Estudos de Políticas Econômicas Casa das Garças no RJ, veio a falecer em julho/2010.
Para os banqueiros sionistas integrantes das classes dominantes,  o importante é que o Presidente do Banco Central, 
o Ministro de Economia e/ou Ministro da Fazenda de um país 
seja um seus homens de confiança.
— Armínio Fraga ex- Diretor do Banco Central  no governo FHC, ocupa o Conselho de Administração do Unibanco [4].
Faz Parte:
Dionísio Carneiro
Professor da PUC e idealizador do projeto
Armínio Fraga
Ex-presidente do Banco Central e sócio da empresa de administração de fundos Gávea
Ilan Goldfajn
Professor do Departamento de Economia da PUC-Rio e sócio da Gávea
Pérsio Arida
Ex-presidente do BNDES e do Banco Central, foi um dos formuladores do Plano Real
André Lara Resende
Economista, comandou o BNDES e foi umdos autores do Plano Real
Pedro Moreira Salles
Presidente do Conselho de Administração do Unibanco
Edmar Bacha
Ex-presidente do BNDES e um dos pais do Real. É fundador da Casa das Garças



Banqueiros e economistas se associam para transformar uma mansão carioca num centro de debates dos "problemas brasileiros"
PATRÍCIA CANÇADO
Quando foi comprada por um ex-banqueiro, a Casa das Garças era apenas uma mansão abandonada na Gávea, no Rio de Janeiro. Desenhada por Oscar Niemeyer na década de 50, ganhou esse nome porque fica na confluência de dois rios, o que acabava atraindo essas aves. Agora o casarão será conhecido por outro motivo: virou ponto de encontro de alguns dos economistas e banqueiros mais influentes e poderosos do país. Ali se reúnem uma vez por mês gente do calibre de André Lara Resende, Edmar Bacha e Pérsio Arida (autores do Plano Real), do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga [1] e de Pedro Moreira Salles, presidente do Conselho de Administração do Unibanco. Num ambiente simples, mobiliado apenas com algumas cadeiras e mesas redondas, este grupo de notáveis se senta para tomar cerveja, planejar estudos, trocar idéias e propor soluções para problemas do Brasil. "É um espaço para arriscar, ver os problemas de forma menos contaminada", define o economista Dionísio Dias Carneiro, um dos articuladores do projeto junto com Bacha e Antônio Bittencourt, o ex-banqueiro dono da casa. "A intenção é criar um campo neutro, sem interferência acadêmica, empresarial ou política."

A Casa das Garças, como está sendo chamado o Instituto de Estudos de Política Econômica, é um filhote do Departamento de Economia da PUC do Rio de Janeiro. Todos os seus 16 integrantes são professores ou alunos ilustres que já passaram pela universidade. O clube de economistas não aceita novos sócios e prima pela discrição. A começar pela própria casa. As salas de reunião ficam nos fundos e o auditório não comporta mais do que 50 pessoas. O lugar não tem sequer uma secretária para atender os telefonemas - o único funcionário fixo é um aluno de doutorado da PUC. O comedimento não é fruto de falta de dinheiro. Foi intenção dos sócios montar um clube fechado, onde as pessoas se conheçam e se sintam à vontade para debater e criticar. "Platéia grande sempre gera constrangimento", diz Antônio Bittencourt. "As pessoas podem achar que o instituto é um braço do PSDB, mas não é verdade. Para muitos de nós, a discussão é um hobby." A Casa das Garças se propõe a organizar dez sessões ordinárias por ano e pelo menos uma reunião informal por mês - uma happy hour de intelectuais. "Eu quis fazer parte porque sabia que o nível do debate seria alto", diz Pedro Henrique Mariani, dono do Banco BBM. "É uma discussão ponderada, um meio-termo entre a academia e o mercado financeiro."

Os integrantes são tão reservados que os eventos ocorridos até agora passaram longe dos holofotes. Pouca gente soube, por exemplo, que a Casa promoveu um seminário em parceria com o Banco Mundial para discutir o que houve com a economia brasileira entre 1999 e 2002. Participaram nomes de peso do mundo acadêmico como Olivier Blanchard, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e Charles Wyplosz, do Instituto de Economia Internacional de Genebra. Vez por outra, funcionários do governo também participam. Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Loyo, diretor de Estudos Especiais do Banco Central, e Marcos Lisboa, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, já fizeram parte da platéia.
  • O BNDES, os fundos do Tesouro gerenciados sem parâmetro, sem projetos, sem diretrizes, deixou  o Brasil desgovernado;  formou um rombo no governo em torno de 8 R$trilhões,
No Brasil e no mundo, a grande impressa não divulga a influência de organizações representantes de grupos econômicos transnacionais, o sistema dominante.  É importante que os brasileiros saibam o que existe por detrás dos governantes entreguistas, que corrompem o Estado entre o sistema dominante do socialismo fabiano e do socialismo eurasiano [3]:

A maioria dos políticos brasileiros participaram e participam do mesmo modelo entreguista neoliberal estabelecido no Relatório Kissinger e no Consenso de Washington que norteiam as entidades globalistas como a ONU, o FMI, a Fundação Ford, o Diálogo Interamericano, a Comissão Trilateral, o Clube de Roma, o Clube de Bilderberg  o Forum de Davos, o Foro de São Paulo, Tanto essas entidades dos fabianos, como as entidades dos eurasianos, tem como objetivo estabelecer uma Nova Ordem Mundial a partir de uma ditadura de partidos corruptos em todos os países do mundo para garantir o lucro das empresas transnacionais e dos banqueiros internacionais. O Diálogo Interamericano (DI) ligado ao Foro de San Pablo, seminário a que FHC compareceu, e cuja ata de fundação subscreveu no início da década de 80 (1982), juntamente com LULA) é ONG ligada a órgão do Congresso dos EUA, o Centro Acadêmico Woodrow Wilson (CAWW), sendo suas verdadeiras finalidades estatutárias desconhecidas. FHC ocupa, alta posição na direção do DI Diretório Internacional [6]. 
Notas:
[1] - Swissleaks: fundo de investimento de Armínio Fraga é investigado nos EUA
ex-presidente do Banco Central teria transferido US$ 4,4 mi das Cayman para Suíça: http://noticias.r7.com/brasil/swissleaks-fundo-de-investimento-de-arminio-fraga-e-investigado-nos-eua-18032015
[2] - Lula Secreto foi treinado em Cursos ministrados pelos globalistas e desenhados sob medida para parecer da esquerda, apenas parecer da esquerda, para continuar atendendo o sistema dominante.
[3] - Juntos o socialismo Fabiano de FHC e o socialismo Eurasiano de Lula da Silva

Suiá Missú MT doação do PT às ONGS que tomam as terras brasileiras.

A Sra. Dilma Rousseff NÃO retificou a OIT/ONU 169 até 24/07/2014 e NENHUMA entidade social elaborou Uma ADIN a procura de um Autor: A Lei Nº 9.868, de 10.11.1999 é a que determina quem pode propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade. Estão reservando a Amazônia brasileira para as ONGS internacionais a preços cifr$dos, não para os verdadeiros índios que são massa de manobra, A FUNAI é a responsável JUNTO AO GOVERNO com ajuda do MST, pela expulsão dos índios, quilombolas, agricultores familiar, alocando os falsos índios e reservando as  áreas  à serviço das ONGs NÃO NACIONAIS. 

AS ONGS INTERNACIONAIS ESTÃO INVADINDO O BRASIL, ESTÃO TOMANDO O BRASIL.  OS ÍNDIOS SÃO MASSA DE MANOBRA DAS ONGS, AMPARADAS PELO GOVERNO CORRUPTO.
DILMA ROUSSEFF  NÃO RETIFICOU A OIT/ONU 169 QUE EXPULSARÁ BRASILEIROS DE SUAS TERRAS;
MARINA SILVA   ALIADA A ONG  INTERNACIONAL WWF DOARÁ A AMAZÔNIA BRASILEIRA, E O RESTO DO BRASIL, OS BRASILEIROS SERÃO EXPULSOS DE SEUS TERRITÓRIOS E PERDERÃO A NACIONALIDADE:

Suiá Missu: Ministros vêem pessoalmente entregar terras
As Ongs Internacionais podem comemorar, venceram, e o troféu será entregue pelas mãos dos nosso representantes, representantes da Presidenta que o Brasil escolheu. Os ministros da Saúde, Justiça , Reforma Agraria, “Cacique” Damião, “Dom” Pedro Casadagla,  estarão nesta sexta-feira em São Felix para entregar de fato a Reserva Indigena Marawatsede. 04/04/2013

Suiá Missú: O que o governo esconde sobre a gleba suiá missú  24/12/2012


Jornalista Camila Nalevaiko desabafa sobre a retirada dos moradores da Gleba Suiá Missú (Parte 01)

Confronto Suía Missu cenas Fortes 11/12/2012


EXÉRCITO RUMO A SUIÁ MISSÚ, BRASILEIROS ESTÃO ÓRFÃOS DO GOVERNO Chegaram com tratores e destruíram tudo! – 19/12/2012

Clip mostra Posto da Mata sendo desmanchado e muitas famílias sem ter para onde ir

https://www.youtube.com/watch?v=zRg3IeJTW9o

Governo petista fazendo limpeza étnica de mestiços em Suiá Missu, Brasil 
https://www.youtube.com/watch?v=D-sMyGAir4k


População abandona "Posto da Mata" e termina resistência na Suiá Missú  08/01/2013

MÁFIA DA FUNAI, ONG`S, QUADRILHA DO PT

https://www.youtube.com/watch?v=D-sMyGAir4k

Números de suicídios de produtores da Suiá-Missú aumenta  28/04/2014


Polícia Federal prende ex-produtores da Suiá-Missú nesta quinta, dia 07/08/2014

sábado, 6 de setembro de 2014

As privatizações criaram novas estatais no Brasil

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Em julho de 2014, a página oficial de Dilma Rousseff no Facebook comemorou a produção recorde de minério de ferro pela Vale. Segundo a página da presidente, a empresa “quebrou recorde histórico de produção de minério de ferro para o segundo trimestre”, o que representou uma “alta de 12,6% em relação ao mesmo período de 2013”.
Rapidamente, várias páginas apontaram para o “ato falho” de Dilma Rousseff, que teria celebrado o bom desempenho de uma empresa privatizada — supostamente anátema para o PT, sempre contrário a privatizações e particularmente contrário à venda da própria Vale em 1997. Rodrigo Constantino, em seu blog no site da revista Veja, não perdeu tempo em apontar para a incoerência dilmista: “Seria um reconhecimento tardio de que a privatização da estatal, tão condenada pelo PT, foi boa afinal?”
Mas não havia qualquer incoerência da parte de Dilma nem do governo, porque a Vale é uma estatal. Isto é, a Vale, fundamentalmente, nunca deixou de ser controlada pelo estado brasileiro.
Não quero que reste qualquer dúvida, então vale repetir: ao contrário do que pensa o autor de Privatize Já, a Vale é literalmente comandada pelo governo do Brasil. Prova do fato foi a demissão do presidente Roger Agnelli da empresa em 2011 por pressão do próprio governo petista. O acontecimento, amplamente noticiado na época, foi extremamente elucidativo. Ele mostrava não só a conexão próxima entre as grandes empresas e o governo brasileiro, mas também como temos uma compreensão absolutamente inadequada sobre o processo das privatizações no Brasil.
As “privatizações” no Brasil não foram marcadas por qualquer transferência ou pulverização de poder e controle econômico; elas, efetivamente, foram reestruturações corporativas que mudaram muito pouco a distribuição do controle econômico e modificaram o regime jurídico das empresas apenas o suficiente para que se tornassem economicamente viáveis novamente.
Evidentemente ocorreram melhorias técnicas e aumentos produtivos; é também evidente que esse era o objetivo inicial das reestruturações, que não incluía qualquer mudança substancial no controle acionário das empresas “vendidas”. As privatizações brasileiras não foram uma maneira de livrar o estado do controle sobre empresas, mas foi a maneira que o estado brasileiro encontrou para manter o controle sobre elas.
A campanha eleitoral de 2014 conta com alguns candidatos que pretendem reavaliar os méritos das privatizações. Discutir as privatizações não é nada novo; a cada quatro anos há um novo ciclo de condenações a elas pontuados por alguns elogios infundados. A realidade é que apoiadores e opositores das privatizações falam de processos ideais imaginários. Poucos falam da realidade das privatizações no Brasil: não foi “entreguismo”, “privataria”; também não foi o ápice da “eficiência” e “enxugamento do estado”. Foi uma reformulação do aparato estatal e a inclusão da classe corporativa em seus quadros.
A privatização da Vale
As estatais eram um modelo esgotado nos anos 1990 e o estado brasileiro estava falido depois de uma década de hiperinflação. A privatização das estatais foi incluída como um dos fatores para o sucesso do Plano Real, que incluía “zerar o déficit público”. Essa zeragem do déficit público deveria incluir a receita dos leilões de empresas do governo.
A venda da Vale foi a maior privatização feita no Brasil e foi a que sofreu mais resistências — e, sim, o PT foi um dos partidos mais contrários, junto com grande parte da esquerda e de movimentos sociais. Para driblar as resistências, o estado brasileiro promoveu uma “coalizão de apoio”, que consistia basicamente em formar novos grupos de investimento encabeçados por fundos de pensão estatais. O BNDES patrocinou a formação da Valepar S.A., que controla o Conselho Administrativo da Vale, com 53,3% do capital votante. A Valepar é controlada por quatro fundos de pensão estatais, encabeçados pela Previ, que é o fundo dos funcionários do Banco do Brasil e maior fundo de pensão brasileiro, com 58% das ações. Além dos fundos de pensão, a Valepar ainda é controlada pelo Bradesco, pela multinacional Mitsui e pelo próprio BNDES, que possui 9,5% de suas ações.
Com a atuação do BNDES e a inclusão dos fundos de pensão estatais, o governo “viabilizava” as privatizações. E, assim, a nova Vale, privatizada em 1997 com dinheiro estatal, passou a ser controlada por fundos de pensão estatais e pelo BNDES. Desde o começo dos anos 2000, o BNDES e os fundos de pensão formam a rede de controle que não apenas comanda as empresas que deixaram de ser formalmente estatais, mas também colocam empresas nominalmente “privadas” (mesmo que não tenham sido estatais anteriormente) a serviço do governo.
Fundos de pensão e o controle dos sindicatos pelo estado
Os fundos de pensão, que foram criados nos anos 1970 para incentivar a poupança, se converteram na maior ferramenta de investimento do Brasil. Seu potencial de investimento, em 2010, já era de 300 bilhões de reais (16% do PIB), com perspectivas de crescimento. Em montante de investimentos, considerados como um todo, os fundos de pensão são ainda mais representativos que o BNDES — que já é o maior banco de “desenvolvimento” do mundo, ainda maior que o Banco Mundial (em 2009-10, por exemplo, o Banco Mundial fez empréstimos de cerca de US$ 40 bilhões, menos da metade do que o BNDES fez).
A partir do final dos anos 1980, os fundos de pensão ganharam cada vez mais participação das lideranças dos sindicatos, principalmente por conta de algumas reformas que ocorreram na época de Fernando Henrique Cardoso que abriram a gestão para os trabalhadores. Líderes sindicais se converteram em gerentes de fundos de pensão. A campanha de Lula em 2002 à presidência especificamente estimulava os trabalhadores a formarem esses fundos, não só como meio para aumentar o padrão de consumo dos trabalhadores, mas também para formarem blocos de controle em posições de investimento. Com isso, os fundos de pensão formados poderiam ser controlados pelo governo para direcionar políticas e “disciplinar” o capitalismo.
A unicidade e o imposto sindical do Brasil sempre ajudaram o estado nesse sentido, porque mantiveram os sindicatos sob a tutela governamental — o que jamais foi desafiado pelo governo petista. Não à toa, a partir do final dos anos 1980, os sindicatos brasileiros mais fortes (ligados às montadoras de carros no ABC paulista, por exemplo) passaram a adotar uma postura de “sindicalismo propositivo” ou “sindicalismo cidadão”, que é contrário a choques entre trabalhadores e classes gerenciais e enfatiza a inserção dos próprios trabalhadores em posições de gerência. A CUT e a Força Sindical, as maiores centrais sindicais do Brasil, representam perfeitamente esse paradigma e atuam como porta-vozes gerencialistas.
Assim, a legislação brasileira funciona como ferramenta para transformar os sindicatos monopolistas do país em instrumentos de política e controle econômico. Os maiores fundos de pensão do Brasil (Previ, Petros e Funcef) continuam sob controle direto do governo, assistindo funcionários do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica. E com a conversão dos líderes sindicais (em sua maioria, componentes da Articulação, a tendência majoritária do PT) em gerentes de fundos de pensão, se tornando numa nova classe de managers, o governo ganhou acesso direto a esses fundos.
Em 2011, a revista Exame reportava como havia sido o processo de demissão de Roger Agnelli da presidência da Vale. “Roger, espera! Este é um assunto de acionistas. E está sendo tratado por nós, acionistas.” Quem disse isso foi Ricardo Flores, então presidente da Previ, o fundo de pensão principal entre os controladores da Vale, na época da discussão da saída de Agnelli da posição por pressão do governo Dilma. Ironicamente, mais tarde ele foi afastado da presidência da Previ por conta de disputas por poder.
BNDES: privatizações estatais, estatizações privadas
O BNDES é o maior banco de desenvolvimento do mundo. Foi instrumental nas privatizações e viabilizou a mudança formal de controle de 30% do PIB. Durante esse mesmo processo, o BNDES se colocou como parceiro-chave das novas empresas, como a própria Vale e outras, como as doze empresas que surgiram a partir da privatização da Telebrás. Mais tarde essas empresas foram unificadas com o nome Oi e o BNDES passou a controlar 25% de seu capital. Para viabilizar a compra da Brasil Telecom, que foi outra empresa que surgiu a partir da “privatização” da Telebrás, o BNDES fez novos empréstimos. Com a compra da Brasil Telecom pela Oi, a empresa ter 50% das ações sob poder do estado, através do BNDES e dos três maiores fundos de pensão (Previ, Petros e Funcef). Mais 20% das ações ficaram sob poder da Andrade Gutierrez, que também é extremamente dependente e simpática ao governo.
É até difícil encontrar trajetórias diferentes para as ex-estatais. Na verdade, o controle acionário através do BNDES e dos sindicatos também não conta toda a história. Os anos 1990 no Brasil assistiram a um processo de captura regulatória by design. Ato contínuo às privatizações, foram estabelecidas agências reguladoras para os novos setores em que o estado havia “deixado” de atuar. Foi o primeiro grande momento de trânsito entre o governo e as grandes corporações. Com os subsídios aos processos de privatização, as novas classes de empresários e acionistas não apenas ganharam acesso ao capital produtivo, mas também ganharam acesso ao estado na forma de representação regulatória. Foi um processo quase simultâneo no caso das telecomunicações.
Portanto, as “privatizações”, longe de cortar o acesso do estatal aos recursos produtivos, na verdade foram simplesmente uma reconfiguração organizacional do capital. O capital formalmente saiu debaixo da asa do estado, mas permaneceu sob seu controle efetivo e mudou seu regime jurídico sem maiores consequências econômicas. Não se trata apenas de dizer que o capital que foi “vendido” durante os anos 1990 tenha se assumido um papel “corporativista”; na verdade, esse capital continua a fazer parte do estado, é controlado diretamente (pelo BNDES e pelos fundos de pensão) ou indiretamente (através do aparato regulatório de controle conjunto das empresas e do governo) por ele.
O processo contrário também ocorreu em alta velocidade durante todo o governo petista (principalmente após a crise de 2008) e ainda está em curso até hoje. O BNDES passou a capitalizar corporações privadas e eleger seus braços político-econômicos. Isso incluiu a fusão da Perdigão e da Sadia, da VCP e da Aracruz Celulose, da Friboi com a Bertinpara aquisições da Ambev, entre várias outras. As empresas de construção também são braços de atuação do governo brasileiro. A Odebrecht, particularmente, é aliada do PT desde 1992, e durante os governos Lula e Dilma, se realinhou em diversos programas de infraestrutura e militares. Outras empresas, como Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que tiveram seus crescimentos historicamente alinhados aos projetos de infraestrutura nacionais, atualmente são braços de execução de planos políticos do governo. O governo tem uma caixa de ferramentas completa com contratos e controle acionário direto pelo qual ele influencia o setor “privado” no Brasil.
Na verdade, é incorreto considerar que os grandes conglomerados no Brasil sejam “privados” ou “estatais”. É uma distinção sem qualquer significado nesse contexto; as privatizações criaram conglomerados mistos, com controle tanto privado quanto estatal e as grandes empresas que já eram privadas têm um nível de influência governamental grande o suficiente a ponto de os seus interesses e os interesses do governo estarem interligados. Não existe oposição entre o particular e o público, entre o privado e o estatal, porque há uma convergência de ambições entre grandes empresas e do estado que os funde.
O vocabulário das privatizações
Tanto quem apoia quanto quem rejeita as privatizações tende a sua posição pelos motivos errados.
As melhorias técnicas e dos serviços que aconteceram com as privatizações, no Brasil, não se deveram a mudanças fundamentais no controle do capital. Foram reformas que alteraram a estrutura organizacional e de incentivos das empresas “públicas”, fazendo com que sua capitalização e suas ações fossem racionalizadas. A melhora que de fato existiu no desempenho das empresas privatizadas não se deveu a uma desestatização, que não ocorreu, mas à sua reestruturação. (Da mesma forma, houve uma melhora no desempenho e na capitalização da Petrobras, mesmo sem ter deixado de ser estatal. As privatizações, assim como a abertura do capital da Petrobras, podem ser vistas então como estratégias de capitalização mais do que como cortes no poder estatal.)
Nossa linguagem reflete uma dualidade entre o “privado” e o “estado” e entre “privatizar” e “estatizar” que simplesmente não são reais. Essas dicotomias não têm poder explicativo porque o estado não está limitado por seu poder de ação formal e porque o estado não é uma barreira intransponível que as empresas não conseguem ultrapassar. Basta ver, por exemplo, a trajetória do ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, que foi instrumental no processo de fusão da Sadia com a Perdigão. Furlan saiu da Sadia para entrar no governo. Após a fusão, saiu do governo e voltou para a presidência do Conselho Administrativo da empresa.
Falar em “privatizações” é uma cortina de fumaça, porque as privatizações não passaram de uma revolução dentro do poder, viabilizando a continuidade do controle estatal sobre setores vitais da economia. E é impossível reclamar sobre a ingerência governamental sobre empresas privadas: o grande empresariado brasileiro é parte do estado. A Vale é braço político-econômico do governo brasileiro; seu processo de privatização e capitalização foi estruturado justamente com esse propósito. Quando o cabeça da Vale deixou de ser interessante para o governo brasileiro, ele foi demitido.
Nossa linguagem não está preparada para refletir essa falta de discrepância entre o que é público e o que é privado. Também é difícil para a maioria das pessoas pensar no governo e nos grandes conglomerados como parte do mesmo sistema.
Além disso, tendemos a tratar o que é “estatal” como algo público e o que é “privado” como algo particular; nenhuma dessas definições é necessária. É perfeitamente plausível e, na verdade, é o que ocorre na maior parte dos casos que um bem estatal seja totalmente “privatizado”; ou seja, é perfeitamente possível (e, eu argumentaria, inevitável) que os bens estatais sirvam somente a uma pequena casta. Os termos que usamos são tão absolutamente impróprios que falamos de “nacionalização” ao falar de empresas estatizadas e de “entrega” quando falamos de privatização. A experiência política e econômica brasileira prova que são todos termos inadequados e que nós temos que desenvolver um vocabulário que represente a realidade como ela é: onde empresas estatais ou “nacionalizadas” servem só aos interesses do estado e de grupos ligados a ele e onde empresas privadas possuem interesses convergentes aos do governo — ambos em oposição à população de forma geral.
Nossas ideias políticas só estão preparadas para lidar com grandes generalizações que colocam o governo e o setor privado como categoricamente distintos e que suas influências um sobre o outro são apenas desvios pontuais — tendemos a pensar que, na maioria dos casos, o governo e as empresas fiquem presos a seus papéis ideais. As privatizações, segundo esse pensamento, serviram para tirar do governo o controle de empresas e recursos e colocá-los em uma esfera sob a qual ele não teria qualquer influência. Embora as pessoas geralmente reconheçam as forças que atuam no relacionamento entre o governo e as empresas, a maioria tende a adotar essa visão ingênua e a-histórica ao analisar processos e defender suas visões político-ideológicas.
Permanece o fato: as privatizações não foram uma diminuição, mas uma forma deestender e reformular o poder do estado. E o discurso pró-privatizações, assim, as defende nesses termos e não sob condições ideais. O contrário também vale: os opositores e detratores das privatizações tendem a pensar nelas como uma diminuição do poder do estado. Mas se as empresas de fato continuam sob controle estatal, qual pode ser o problema?
Semifascismo
Qualquer discurso pró-privatizações no Brasil, como alguns que têm surgido durante as campanhas eleitorais, deve levar em conta o seguinte fato: o estado brasileiro e as grandes empresas são uma só entidade.
Isso significa que qualquer esforço privatizante deverá levar em conta a presença e a influência do estado como fato fundamental. “Privatizar”, assim, não é modificar radicalmente a estrutura de poder do estado, mas fazer leves ajustes e mudanças em regimes jurídicos de capitalização de empresas que, em última análise, permanecem sob o controle estatal. Logo, tanto a ideia de privatizar quanto seu correspondente estatizador são ideologias fundantes do poder do estado.
Deve ser óbvio que privatizar, em si, não é passaporte para o desmonte do poder do governo; na Rússia, por exemplo, basicamente a mesma elite soviética assumiu o controle dos recursos “privatizados” na transição para o capitalismo.
No Brasil, o controle do governo sobre os grandes conglomerados corporativos nacionais “privatizados” e mesmo sobre as empresas que já eram nominalmente “privadas” não foi acaso nem um processo que sofreu resistências internas; a classe empresarial sempre esteve de braços abertos a esse relacionamento. Houve, na última década e meia, especialmente, um alinhamento da visão da cúpula do governo formada pela elite petista e o empresariado nacional. Esse alinhamento também incluiu uma incorporação do velho nacionalismo defendido pela elite militar, que está confortavelmente encastelada e representada dentro do governo (apesar do que alguns conservadores afirmam, como se os militares fossem ignorados e humilhados pelo atual regime).
O Brasil vem desenvolvendo, na prática, um sistema semifascista de subsídios sistemáticos aos grandes capitalistas, de controle direto e indireto pelo governo das empresas e de comando dos sindicatos (que, através dos fundos de pensão, se tornaram também capitalistas).
As críticas de direita e esquerda a esse sistema são inadequadas porque acabam defendendo um aspecto diferente desse mesmo sistema durante o ataque. A defesa das privatizações, por exemplo, pode servir como crítica ao poder do governo, mas, se executada como foi no Brasil, serve também para estender o controle sobre empresas e capital que o governo possui.
Aliados e inimigos
Privatizar não é suficiente. O setor corporativo e o governo são uma só classe. As desregulamentações que ocorreram não foram capazes de frear a influência estatal sobre a economia, mas simplesmente alteraram seu caráter. Nosso vocabulário político não reflete bem as reais questões políticas, porque coloca em oposição fundamental categorias que não são fundamentalmente distintas: privado e estatal, corporações e governo. A oposição real está entre aqueles que possuem e os que não possuem o poder.
Como eu mencionei em dois artigos que comentavam a atuação sindical no Brasil, a articulação que ocorre atualmente no país se dá entre setores empresariais, a elite estatal e as lideranças sindicais. Entre eles, se formou uma nova classe gerencialista que representa as aspirações do indivíduo e decide a repartição do bolo econômico. A única forma de resistir a essa realidade — que, sim, foi moldada pelas privatizações — é com a percepção de que a classe dominante não se limita a um setor categórico de “empresários” ou “burocratas”. É uma classe mista com livre trânsito dentro do governo, dos sindicatos e dos conselhos administrativos.
Com o mais novo escândalo bilionário de corrupção na Petrobras, alguns já falam da necessidade de privatizar a empresa para tirá-la da esfera de interferência política. Mas o que se deve lembrar é que as privatizações brasileiras jamais tiveram o intuito de retirar do estado seu poder de influência.
O público e o privado, o capital e o trabalho agora não são opostos, são aliados. Por isso não é surpreendente que Dilma comemore os 12,6% de alta na produção de minério.
Quem pagou por esse recorde foi você.
Citations to this article:
Como as privatizações criaram novas estatais no Brasil

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

GILBERTO CARVALHO E O DECRETO DITATORIAL 8243 - REINALDO AZEVEDO





Gilberto Carvalho vetou junto a Câmara Federal a votação do PDC 1491/2014 que derruba o Decreto 8243 e emitiu outro decreto aprovando os conselhos populares. Eles assim, estão distribuindo folhetos incitando o povo a votarem na FARSA do Plebiscito Constituinte. Não entrem nesta.

ALERTA GRAVISSIMO A NAÇÃO - DECRETO 8243 - CANAL RURAL





O governo do PT Gilberto Carvalho vetou na Câmara a votação do PDC 1491/2014 que cancela o Decreto 8243 vamos reagir e cobrar do Senado a derrubada desta Decreto soviets. Porque o Senado está demorando para cancelar? Será que estão pensando em traição a Nação com aliança para o segundo turno? 

Urânio As sagas da exploração...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Socialismo, ideologia macabra e assassina

“Vivemos em um mundo louco onde os contrários se convertem continuamente entre si, os pacifistas se descobrem  adorando Hitler, os socialistas  tornam-se nacionalistas, os patriotas colaboracionistas, os budistas oram pela vitória do exército japonês, e a Bolsa sobe se os russos preparam a ofensiva”. G. ORWELL, Horizonte, set.1943

No socialismo o governo se torna o corruptor destruindo o capitalista forma assim a ditadura do proletariado. O governo do PT e aliados prometeram que com os impostos pagos pelo povo nas mãos deles o País se transformaria em um mundo melhor, de igualdade, mas eles  se  corromperam,  não cumpriram o prometido.

O socialismo não pode ser mantido por muito tempo, exceto por meio do terror; o uso do terror são as características específicas mais necessárias para um líder socialista se manter no poder. Ele ascendeu ao topo por meio de um processo de seleção natural socialista: a seleção do pior. Os requisitos para a manutenção do sistema de controle de preços e salários trazem à luz a natureza totalitária do socialismo. O socialismo como um sistema econômico requer um ato maciço de roubo — os meios de produção devem ser expropriados de seus donos e tomados pelo estado. É virtualmente certo que tais expropriações provoquem grande resistência por parte dos proprietários, resistência que só pode ser vencida pelo uso de força bruta, como evidenciado foi na União Soviética. Seu caráter é o dos ladrões armados preparados para matar caso isso seja necessário para dar cabo dos seus planos. Já os nazistas, em geral não tiveram que matar para expropriar a propriedade dos alemães, fora os judeus. Isto porque, como vimos, eles estabeleceram o socialismo discretamente, por meio do controle de preços, que serviu para manter a aparência de propriedade privada. Os proprietários eram, então, privados da sua propriedade sem saber e, portanto, sem sentir a necessidade de defendê-la pela força.

O século XX será lembrado como uma época de utopias negativas, ou seja, de distopias, do pesadelo social, das sociedades completamente imperfeitas, e isso não apenas no plano de efetividades sociais   —  os campos de concentração resumem o assunto – mas também no âmbito das formulações literárias. Eric Hugh Blair – mais conhecido como  George Orwell (1903-1950) é, com Aldous Huxley, o antiutopista mais famoso do século passado.  O primeiro de seus contos utópicos, Animal farm (1945), mesmo não sendo o mais conhecido, é talvez o melhor do ponto de vista literário. Em A Fazenda dos Animais: A nova  república procura elevar o espírito das massas, que infelizmente são pouco influenciáveis, sobretudo as ovelhas.  Reduzem-se  portanto os princípios a um só, facilmente assimilável: “ Quatro patas é bom; duas pernas é mau”, ilustração de um radical maniqueísmo. Logo surgem as discórdias a situação piora para a maioria, enquanto os porcos no poder isolam-se nos privilégios. “O slogan fundamental se torna: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”. Reduzidos novamente à escravidão, os bichos verão os porcos entrarem em acordo com os fazendeiros vizinhos para explorá-los.
Orwell mostrou em sua obra 1984  publicada em 1949  uma profecia sobre as coisas que virão e uma advertência  para que esperemos o pior se nada for feito para mudar. Uma anatomia de forma grotesca dos regimes nazista e bolchevique. Orwell fala da anulação da identidade individual, da corrupção da linguagem através do comunismo macabro, manipulação ideológica, da falsificação e perda da memória histórica pela ação dos meios de comunicação de massa. Orwel mostrou  como um partido único se apodera das mentes, as submete e entrega sem resistência ao Estado onipotente. A guerra permanente entre as superpotências, mantém viva a psicose do terror;   e foi inventada  para “consumir inteiramente os produtos da máquina sem elevar o padrão geral de vida”, porque as massas devem permanecer pobres e ignorantes para serem dominadas. Os três super-Estados possuem de fato o mesmo sistema político, e esta guerra não busca outro fim a não ser o de “manter intacta a estrutura da sociedade”. Isto explica o slogan “A guerra é a paz”, que eliminaria todo dissídio interno diante do perigo externo. Em resumo, busca-se o poder pelo poder. Quando estiver destruída a família, erradicado o instinto sexual e absorvida a vontade individual, então “não existirá mais amor senão aquele pelo Grande irmão”. Para alcançar este fim, a filosofia do Partido é simples: não existe realidade exterior à mente que a concebe: dominai as mentes e dominareis a realidade.

George Orwell nasceu em Motihari na Índia, no ano de 1903. Completou seus estudos na Universidade de Eton. Aos 19 anos entra para a Polícia Imperial Britânica. Passou muitos anos entre a Índia e a Birmânia. Revolta-se com o imperialismo inglês, abandona tudo e volta para a Europa. Renuncia sua origem burguesa e sua fortuna. Considera seu passado vergonhoso, e por isso muda seu nome. Seu nome verdadeiro é Eric Arthur Blair. Trabalha como operário de fábrica em Paris e depois como professor primário em Londres. Assim, sente pela primeira vez a opressão da classe trabalhadora. E é neste contexto que ele começa a escrever sua literatura. Participa da Guerra Civil Espanhola em 1936, lutando ao lado do P.O.U.M. (Partido Obrero de Unificación Marxista). George Orwell era a favor das classes sociais baixas, e ficou decepcionado com os Partidos Comunistas da época, fiéis aos ditames de Moscou. Era um anti-stalinista, não pelo socialismo, mas contra todo o tipo de totalitarismo. E é em 
?Revolução dos Bichos? (1945) que ele tece toda a crítica ao regime. 

George Orwell mostra através de uma história de ficção, a ganância de poder do ?ser humano?. O autor descreve uma granja, cujo dono é o Sr. Jones (Granja do Solar). Os vários animais da granja, porcos, galinhas, vacas, cachorros, gatos, cavalos, gansos e pássaros são induzidos a uma revolta por um porco mais velho (Major). Este diz ter tido um sonho no qual via um lugar onde todos os animais eram iguais e auto-suficientes. Era o princípio do que chamaram de Animalismo. Este porco morreu duas semanas mais tarde, fortalecendo assim a idéia da revolução. Tempos depois, a revolução ocorreu e o Sr. Jones, sua mulher e seus peões foram expulsos da fazenda. Liderados por Bola-de-Neve (um porco), os animais reorganizaram toda a fazenda, plantavam e faziam colheitas, aprendiam a ler e escrever, estipularam datas comemorativas, hinos, bandeiras e celebrações. A granja mudou de nome para Granja dos Bichos, foram criados sete mandamentos que eram a síntese do Animalismo e todos os assuntos eram discutidos em círculo e sugestões eram dadas. Mas tinha um porco (Napoleão) que sempre se discordava de Bola-de-Neve. Um dia Napoleão traiu Bola-de-Neve expulsando-o da granja com a ajuda de nove cães fiéis que ele havia criado em segredo. Depois desse acontecimento a política da granja mudou radicalmente. Os animais não mais podiam dar opiniões nem fazer protestos, porque estavam sob a ameaça dos cães. Os assuntos da granja passaram a ser discutidos somente entre os porcos e não mais com toda a comunidade. Eles agora apenas recebiam ordens e as executavam. Aos poucos Napoleão desrespeitou todos os sete mandamentos. Dormiu em camas, usou roupas, bebeu álcool, mandou matar vários animais da granja, fez comércio com humanos, e finalmente, começou a andar sob duas patas. E tudo sempre com uma boa desculpa dada pelo seu fiel amigo Garganta. Este foi um aliado imprescindível de Napoleão na imposição do novo regime que se procedia na granja; uma espécie de ditadura. Napoleão foi aos poucos mostrando sua ambição e personalidade totalitarista. Proibiu o canto do hino ?Bichos da Inglaterra? pois lembrava os princípios da revolução, modificou a bandeira, obrigava os bichos a trabalhar com comida reduzida e as galinhas a botar mais ovos que sua capacidade. No fim, os animais estavam trabalhando mais do que quando o Sr. Jones era dono da granja e com menos alimento. George Orwell utiliza-se da ficção para condenar o aburguesamento do regime soviético. Condena os revolucionários em tese, mas burgueses na prática. O livro é indicado para pessoas que se interessam pelo relacionamento humano em sociedades e lutas de poder.Considerando o contexto no qual Revolução dos Bichos foi escrito, o autor cria uma ficção para mostrar, condenar e protestar o totalitarismo político. Ele tenta mostrar que tanto o capitalismo opressor instalado na Inglaterra da época, quanto o socialismo na Rússia, eram a mesma coisa. Napoleão, o porco do livro, representa Stalin, que o autor considera um traidor da revolução. As figuras como Sansão e Quitéria (eqüinos), mostram a classe trabalhadora ingênua e oprimida. O que o autor deixa em aberto é se houve mesmo uma revolução ?verdadeira? ou se tudo não passou de jogo de poderes entre os porcos. Como o conto faz alusão a revolução socialista em 1917, a de se supor que Bola-de-Neve era Lênin. Porém esta suposição não se confirma. Ao mesmo tempo em que o autor mostra que na época em que Bola-de-Neve liderava, a granja era mais democrática e justa, mostra também que os ?boatos? que Napoleão fala sobre Bola-de-Neve eram verdadeiros, já que muitos animais da granja morreram por confessar ajudar Bola-de-Neve em seus planos de sabotagem, o que exclui a possibilidade de serem falsos os boatos. Os boatos eram que Bola-de-Neve pretendia entregar a granja a Frederick (dono da fazenda vizinha), que destruiu o moinho de vento, e que influenciava os animais a sabotar a granja. O que para um líder revolucionário serie impraticável já que a Granja dos Bichos era uma espécie de sonho realizado. A quem diga que Bola-de-Neve foi Trotsky, porém também não se confirma esta hipótese, já que quem iniciou a revolução foi o próprio Bola-de-Neve.