quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Araguaia guerrilha sangrenta


Jobim nega chance de punição por tortura na guerrilha do Araguaia
15 de dezembro de 2010  19h21

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quarta-feira que a decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) de condenar o Brasil pelo desaparecimento de 62 pessoas na Guerrilha do Araguaia é meramente política e que não produz efeitos jurídicos no Brasil. Ele disse ainda não haver possibilidade de punição para os militares que praticaram tortura no País.
A CIDH condenou o Brasil por abusos ocorridos durante a ditadura militar (1964-1985) e declarou sem "efeitos jurídicos" a lei de anistia, que impede investigar e castigar os responsáveis por tais atos. Para a comissão, o governo é responsável pelo desaparecimento de 61 pessoas, vítimas de operações do Exército contra o que se denominou a Guerrilha do Araguaia, entre os anos 1972 e 1975.
Para Jobim, que já foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a validade da Lei da Anistia não deve voltar a ser discutida na Corte. "O assunto não pode voltar ao Supremo, pois a Corte está sujeita a suas próprias decisões. As decisões de constitucionalidade têm efeito contra todos, inclusive eles (os ministros)", disse.
Mais cedo, o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse que o STF poderia voltar a discutir a Lei de Anistia, julgada constitucional por sete votos a dois em abril deste ano. No entanto, Jobim disse, durante palestra na Secretaria de Assuntos Estratégicos, que "se você tem uma lei que anistiou, ela não pode ser revista hoje. É uma lei que se esgota em sua própria vigência".
Segundo Jobim, o Estado cumpre decisão da CIDH com o Grupo de Trabalho do Tocantins, que atua há dois anos e é formado por diversos especialistas que trabalham na localização dos corpos dos desaparecidos na guerrilha. O ministro afirmou ainda que a anistia foi negociada na transição entre o governo militar e o civil, o que assegurou uma ampla vigência para os dois lados.
"O processo de transição no Brasil é pacífico, com histórico de superação de regimes, não de conflito. Isso nem sempre acontece nos países da América espanhola, muitas vezes pautados por situações de degola e pelo lema lucha hasta la muerte (luta até a morte)", disse Jobim, em referência a um discurso do médico revolucionário argentino Ernesto Che Guevara na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1964, em defesa da revolução cubana para instaurar o comunismo naquele país.
Portal Terra
Com informações da AFP.

Familiares de vítimas da ditadura pedem a Lula um Wikileaks brasileiro

      

Um "Wikileaks brasileiro" é uma das formas que familiares de vítimas da ditadura militar no país usaram para expressar a demanda de abertura dos arquivos mantidos pelas Forças Armadas sobre o período. Após a divulgação, na terça-feira (14), da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos condenando o Brasil por não investigar os crimes cometidos pelo Estado na repressão à guerrilha do Araguaia, os peticionários consideram reaberto o debate sobre o direito à informação e à verdade.Anselmo Massad, na Rede Brasil Atual

"O Lula elogiou o Wikileaks. Por que não abre o nosso wikileaks?", disparou Criméia Almeida, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, atualmente com 63 anos, companheira de André Grabois, morto no Araguaia. Ela revela ter recebido com satisfação a sentença da Corte, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA).
A declaração de Criméia faz alusão ao site que vazou documentos secretos do governo dos Estados Unidos. Ela ironizou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu a iniciativa por duas vezes na última semana, alegando defesa da liberdade de expressão e de imprensa.
A crítica direta ao governo Lula deve-se ao fato de que a gestão dele não promoveu, a exemplo dos governos civis anteriores, qualquer forma de investigação efetiva ou abertura de arquivos da Ditadura.
A representante da Comissão participou, na manhã desta quarta-feira (15), de uma entrevista coletiva em São Paulo ao lado de membros dos dois demais peticionários da ação, que tramitou na Corte por 15 anos. O Grupo Tortura Nunca Mais e o Centro Pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil) assinaram o pedido com base em acordos internacionais firmados pelo país em 1992 e no reconhecimento da instância em 1998.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Saber para construir novas idéias na luta pedagógica



Como dinamizar as potencialidades das instituições educacionais a fim de propor mudanças no sistema educacional que se encontra fragmentado e ineficaz, adequado aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante;-  "do ponto de vista dos interesses dominados". Quando muito ela apenas sugere que uma teoria da educação que tenha por objetivo transformar a sociedade capitalista em sociedade socialista deve ser formulada do ponto de vista dos interesses dos dominados -- mas isso dificilmente pode ser considerado novidade, podendo a escola ser (enquanto o socialismo não vem) apenas um aparelho de estado destinado a reproduzir a ideologia dominante.

Como já apontava Marx; Engels (1989), que os homens são produzidos, envoltos pelo modo de produção capitalista. Portanto, para Marx e Engels (1989, p. 37) “[...] não é a consciência dos homens que determina o seu ser social; mas o seu ser social é que determina sua consciência”.
Porem, o ensino não deve ser pensado como mercadoria, serviço ou sinônimo de status.

Enquanto alguns se contentam com a bolsa família, e outros se contentam com a bolsa Miami, sem procurarem saber o intuito político 'dessas bolsas', o Brasil caminha vulnerável frente aos desmandos dos três poderes; que agrega impunidade e corrupção política, colocando em risco a democracia, e a soberania brasileira;- E o pior! negando ao cidadão brasileiro, o ensino público gratúito, e de qualidade. 

A sociedade brasileira atuante, clama pela dignidade política e justiça social no Brasil;- “todos devem ter acesso aos mesmos conteúdos, sem discriminação por classe social”.

A problematização dos temas sociais é fundamental para uma profunda e real transformação da educação brasileira. Enfatiza-se que se quisermos que o país tenha uma educação de qualidade, cabe-nos a tarefa de reafirmar a escola como um espaço de acesso a cultura elaborada, espaço de produção cultural e intelectual.

O professor assume o papel de mediador entre o saber elaborado e o conhecimento a ser produzido. É importante ensinar aos alunos que as estruturas de um determinado espaço social variam de uma sociedade para outra e numa mesma sociedade, pois ela reflete as condições econômicas, políticas, sociais e culturais das sociedades.

Para isso, o professor deve questionar e induzir seus alunos à crítica da realidade circundante abrindo espaço para a democratização do saber.

Para um professor realizar o trabalho dentro de uma sala de aula, ele precisa possuir o conhecimento sobre o tema a ser trabalhado, selecionar bibliografias, preparar antecipadamente as aulas e pensar método de ensino a ser aplicado.

O Ministério da Educação DEVERIA POR OBRIGAÇÃO, À DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE, FRENTE À VAGA AVASSALADORA DAS PRIVATIZAÇÕES DO ENSINO NO BRASIL, OFERECER PARA OS PROFESSORES ATUANTES NA REDE PÚBLICA DE ENSINO INFANTIL FORMADOS EM CURSO MÉDIO, O CURSO  UNIVERSITÁRIO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA, GRATÚITO, cobrando como resultado, melhora no rendimento escolar e capacitação das crianças, jovens e adolescentes brasileiros.

É fundamental a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos, a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia ou outros.

É importante que o professor não leve ao aluno uma interpretação fechada, e sim, os relatos, os dados pertinentes para o conhecimento, e, procurar mobilizar o conhecimento que o aluno já dispõe, e, ao mesmo tempo, procurar levá-lo a novos horizontes. Seria uma ingenuidade acreditar que os alunos não sabem nada sobre a realidade a qual pertence.

O fracasso educacional deve-se a um conjunto de contradições dentre os quais, em particular, caminha para técnicas de ensino ultrapassadas e sem conexão com o contexto social e econômico do aluno, mantendo-se o status quo, haja vista que a escola ainda é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado, e esse papel vem sendo muito bem desenvolvido, tendo em vista que formamos indivíduos “acríticos” ao sistema vigente, pois muito do que os indivíduos e as coletividades pensam, sentem, imaginam ou fazem relaciona-se direta e indiretamente com a lógica do modo de produção capitalista desenvolvida em âmbito local, nacional, regional e mundial.

Ao pensar especificamente nos alunos, muitas vezes esses vêem de famílias carentes e não possuem um referencial na família a respeito de uma sólida educação, o que não quer em nenhum momento dizer que eles não tenham potencial, pelo contrário, muitas vezes precisam apenas de oportunidades, que lhes são geralmente negadas. É evidente que nestes locais surgem alunos que conseguem vencer nos vestibulares, porém este número é muito inferior ao que se pode considerar como um índice satisfatório. Aliado a isto, as escolas são permeadas de medidas burocráticas de todo o tipo, que inviabilizam uma alternativa ao ensino tecnicista, ou a busca de novos métodos.

O educador não pode ver a prática educativa como algo sem importância, ao contrário, ele deve sempre perseguir um constante processo de reafirmação dos valores da educação. O educador não deve barrar a curiosidade do aluno, pois é de fundamental relevância o incentivo à sua imaginação, intuição, senso investigativo, enfim, sua capacidade de ir além. Conhecimento é poder, poder de questionar os discursos dominantes.

A prática educativa é um constante exercício em favor da construção e do desenvolvimento da autonomia de professores e alunos, não obstante transmitindo saberes, mas debatendo significados, construindo e redescobrindo os mesmos, pois temos a necessidade de aprender e também de ensinar, intervir e conhecer. Construir uma nova sociedade pode ser também construir novas relações e consciências.
Referências:
BARRETO, V. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998
BEHRENS, M. A. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2005.
BOURDIEU, P. Pierre Bourdieu. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Àtica, 1983.
__________, P. Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do campo cientifico. São Paulo: Unesp, 1997.
FREIRE, P. Educação e Mudança. 4ºed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
_________. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
_________. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
_________. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.
_________. Por uma pedagogia da pergunta. 3ºed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. Júlio César Lourenço e Verônica Yurika Mori

Zumbi dos Palmares era um ditador cruel e escravocrata

Nos perguntamos, por que Dilma "pagou" a dívida com a África pelos escravos que o Brasil “utilizou” sabendo da verdadeira história aonde a maioria dos escravos, que ainda trabalhava em outros países sul americanos, numa espécie de segunda fase do tráfico, chegavam à América do Sul através de portos brasileiros, e pelo interior do Brasil, eram conduzidos aos demais países tornando o Brasil o infrator, deduzimos:Que dívida é essa? Dívida ou, compra de Diamantes Africanos? ou, Investimentos particulares na África?
(Adendo)
Dilma disponibilizou mais de R$7 bilhões para angola ao ditador
africano que está no poder a mais de trinta anos.
Eram os  ditadores Africanos que capturavam seus negros para vendê-los para outros países. 
Assim, o partido PT e militância enalteceram Zumbi dos Palmares omitindo a verdadeira história  e instituindo a Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, o dia 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Antropólogos engajados, vendidos aos interesses estrangeiros, “atestam” a veracidade
das alegações quilombolas, aliados às ONGs especializadas no tema, como fazem com as questões indígenas (ONU OIT-169?), reivindicando terras que eles, os quilombolas, alegam ser deles por direito histórico. 
Ora, sabe-se que grande parte dessas alegações são falsas e descabidas e só servem para acirrar o
embate social que envolve o mal disfarçado racismo brasileiro.
A transformação de Zumbi dos Palmares em um herói nacional é uma das maiores falácias da História do Brasil. A imagem de que Zumbi foi um líder revolucionário movido por "grandes sentimentos de amor" -- como declarou ironicamente, séculos mais tarde, o argentino Ernesto "Che" Guevara -- e que o Quilombo dos Palmares era um paraíso de igualdade e justiça social é uma imagem que em nada condiz com a realidade. Zumbi era um líder autocrático que governava o quilombo com mão-de-ferro. Exigia ser tratado como um rei e que, de fato, recebia a deferência de um estadista não apenas de seus súditos, mas igualmente de representantes do governo colonial. Era sobrinho de Ganga Zumba ("Grande Senhor"), o primeiro Rei de Palmares. 
Zumbi, considerado o grande herói de Palmares,era um ditador e escravocrata cruel. 
"Mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres raras nas primeiras décadas do Brasil transformando-as em esposas e servis, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo". Escolhiam e capturavam  garotos, que depois transformariam em guerreiros,e adultos para trocar por ferramentas e armas com os europeus.

Zumbi dos Palmares, descendia dos imbangalas, considerados os "senhores da guerra" na África Centro-Ocidental. Ou seja, nada mais natural que se considerasse no direito de ter seus próprios servos, eram os ditadores Africanos sanguinários que matavam e matam e sempre venderam seus negros por uma moeda, os próprios africanos na época colonial estavam envolvidos na captura de escravos negros para seus senhores os grandes ditadores africanos. Sempre houve em África a escravidão – e sempre aliada o canibalismo. O ditador de Uganda Idi Amim era canibal? Essa afirmação, sem dúvida, não era à toa.

Zumbi dos Palmares foi um dos maiores senhores escravistas de seu tempo. E não se engane: aqueles que ousavam fugir do "paraíso" quilombola de Palmares eram perseguidos por experientes capitães-do-mato e, uma vez recapturados, eram torturados e mortos em praça pública. Assim, o que de bom a civilização negra poderia trazer para o Brasil, além da cultura do tambor? Tudo isso deve-se ao “politicamente correto” – e não ao historicamente correto – à hipocrisia, à mentira e aos interesses eleitoreiros junto à população negra e parda do Brasil. Bem, ao menos, deve-se à “cultura negra” aquilo que se pode chamar de a “civilização do tambor”, nada mais do que isso.

A escravidão não era – e nunca foi – privilégio exclusivo das raças ditas brancas. Provavelmente, muito antes da instituição dessa prática pelas sociedades brancas, a escravidão já era – e ainda é – praticada no seio do próprio continente africano, pelo fato de sabermos que, certamente, a raça negra é bem mais antiga do que a branca. O comércio de escravos negros era, na verdade – e antes de mais nada – fomentado, alimentado, incrementado e muito bem administrado pelo próprios negros da Mãe África. Havia, inclusive, algumas tribos dominantes, como os ferozes ashantis, por exemplo, que a literatura da época relatava como “cobertos de ouro”, de tão grandes que eram os lucros por eles obtidos com a venda de outros negros, eram os próprios africanos que operavam o comércio de escravos. O rei africano controlava o preço dos escravos e podia, de repente, mandar todos os europeus embora, fechando o país para o comércio estrangeiro. Também podia dar uma surra no branco que o irritasse. 
Em certas praias africanas, havia verdadeiros entrepostos de “passagem”, venda e “estoque” de lotes de prisioneiros negros, que eram comerciados pelos “reis” e outros grande chefes das tribos dominantes da região – entrepostos esses erigidos pelos próprios africanos para esse fim específico. Os entrepostos de comércio de escravos eram, muitas vezes, muito grandes, o que causava admiração aos “visitantes” estrangeiros. nenhum “rei” tenha sido vendido aos brancos pelos escravocratas negros vencedores. Muito inversamente. É de se supor, também, que as tribos vencedoras ficassem para si com os melhores elementos sobreviventes das conquistas, por motivos óbvios, e só tenham tido interesse em se desfazer daqueles indivíduos menos aptos ao seu próprio uso, ou seja, os mais fracos, mais velhos, doentes e feridos – e isso se aplica, de maneira mais óbvia ainda, no que diz respeito às mulheres capturadas… o que provavelmente foi vendido aos brancos era a escória dos vencidos. Isso sem se contar o fato de que as populações vencidas já eram as mais débeis, mais frágeis, de menos cultura e de menos recursos humanos e técnicos – tanto que perdiam as guerras. 

Na época, Portugal era “aliado” (melhor dizendo, “controlado”) da Inglaterra, e esta, tinha como arqui-inimiga a Espanha. Grande parte das riquezas espanholas e outras tantas mercadorias vitais ao seu país em guerra, vinha de suas colônias da América do Sul, inclusive ouro e prata – assim,  como Portugal mandava para a Inglaterra nosso ouro, prata e diamantes – provenientes de minas operadas por escravos negros. Impedindo o comércio de escravos e proibindo a escravidão negra na América do Sul, a Inglaterra debilitava fortemente a economia espanhola. Daí a iniciativa de forçar o Brasil a abolir a escravidão e o comércio de escravos, pois a maioria deles, que ainda trabalhava em outros países sul americanos, numa espécie de segunda fase do tráfico, chegavam à América do Sul através de portos brasileiros, e pelo interior do Brasil, eram conduzidos aos demais países. Lembramos na oportunidade, que o Brasil foi uma das últimas nações – se não a última – a abolir a escravidão. Assim, vê-se que a nossa princesa não era – e não foi – tão boazinha assim como parece, como diz a história oficial, por sua livre e espontânea vontade…Isabel assinou a Lei Áurea sob pressão da Inglaterra

O que pretendo com essa série de artigos é desmistificar a imagem de vítimas do povo africano que os ativistas da cultura negra tentam incutir na mentalidade do povo brasileiro, e com isso, minimizar as consequências dessas ações no que diz respeito às reivindicações daqueles que se dizem descendentes diretos dos negros africanos e que, numa clara farsa, reivindicam coisas às quais não têm o menor direito e, pelo contrário, coisas essas que eles mesmos, os negros, contribuíram para acontecer – e que hoje conhecemos como a escravidão e, na atualidade, surge como o movimento dos “quilombolas”.
Este movimento, juntamente com o movimento das “cotas raciais”, para os que não sabem, é diretamente ligado ao movimento indigenista internacional, que visa a separação das nações tendo como base a raça. Isso, sim, é racismo, e, além de contribuir para o atrito entre as diversas raças que constituem a nação brasileira, ainda faz com que se corra o risco de haver verdadeiras divisões territoriais no Brasil. É o que se chama de “balcanização” do Brasil, termo que é uma alusão à divisão territorial que ocorreu na antiga Iugoslávia – nos Bálcãs – divisão essa baseada na separação étnica e religiosa. Eu não quero que isso aconteça no Brasil.
(Husc)

http://blogdoambientalismo.com/os-africanos-lutaram-contra-o-fim-da-escravidao/

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O dia seguinte

Segunda, 29 de novembro de 2010, 08h28  Portal Terra

O dia seguinte

AFP
Policiais vigiam supostos traficantes durante a operação no Complexo do Alemão
Policiais vigiam supostos traficantes durante a operação no Complexo do Alemão
Cláudio Lembo
De São Paulo
As cenas dos últimos acontecimentos no Rio de Janeiro preocupam. Há em alguns meios de comunicação uma euforia juvenil pelas ações militares. São expressivas. Demonstram capacidade de ação.
Ocorre que, na outra ponta, se encontram pessoas fragilizadas pela situação e enfraquecidas pela dura realidade que as cercam. Não são os integrantes do tráfico.
Trata-se daquelas pessoas que compõem a comunidade e nela desenvolvem suas vidas e esperanças. Todas, em razão da generalização, são tratadas como delinqüentes.
Perigosa percepção. Tanta gente boa e trabalhadora. Sensata. Envolvida, porém, pela violência e por um preconceito generalista e inconseqüente. As questões sociais exigem mais do que armas.
Sente-se, nos episódios do Rio de Janeiro, a ausência de comissões específicas de parlamentares federais. Onde estão os representantes do povo no Congresso Nacional?
Até agora foram incapazes de conceber um grupo para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos dos órgãos de segurança. Nada, absolutamente nada.
O Judiciário - federal e o estadual - certamente poderia ter instalado juizados nos locais afetados para receber eventuais registros de um Ministério Público até agora aparentemente ausente.
A mesma observação cabe à Defensoria Pública. Onde se encontra este novo órgão concebido pela Constituição de 1988? Há uma ausência das entidades significativas da sociedade.
Só contingentes militares. Nada de atividade social. Pessoas preparadas para enviar mensagens em situações de confronto. Apenas armas. Nenhuma atividade de solidariedade aos bons.
Esquecem os agentes da legítima ação contra os traficantes que há um dia seguinte e este diz respeito à comunidade como um todo. Os habitantes de todas as regiões precisam conviver em harmonia.
É própria das cidades a convivência civil. Aquela que permite a igualdade, ao menos formal, entre as pessoas. As armas são instrumentos transitórios. Pode-se resolver aparentemente um conflito.
Elas, todavia, jamais levam à paz. Esta é conseqüência da harmonia entre pessoas e da busca comum da felicidade. Este anseio não pode ser apenas de alguns. Para ser efetiva necessita ser de todos.
Falta, na fala das autoridades, a exposição do dia seguinte. Como serão tratadas as comunidades? Quais os investimentos a serem efetivados? Como se combaterá a ociosidade oriunda da ausência de escolas e trabalho?
As operações são necessárias em razão da violência atomizada que se espalhou pelo Rio de Janeiro. Mas o extermínio de alguns poderá contentar setores da sociedade. Não resolverá, porém, a questão.
Esta necessita de esforço conjunto de todas as esferas de Governo. Contentar determinados segmentos da sociedade, em detrimento de outros, não é boa política.
A política sadia é desapaixonada. Pensa no bem comum. Esquece diferenças. Compreende que todas as pessoas são iguais e merecem, em conseqüência, tratamento igualitário.
As exposições das autoridades, em grande massa, nas rádios e televisões apontam para o momento. Lembram comandantes de batalhas contra inimigos da Nação.
Jamais se lança palavra apaziguadora e sensata. A comunicação eletrônica, nestes momentos difíceis, deve ser usada para dirigir mensagens positivas à parte que se deseja reintegrar na sociedade.
Caso contrário, todos se tornam bravateiros em busca de fama transitória, Esta se transformará em veredicto histórico. Até hoje, acontecimentos sociais do passado são relembrados.
Aquilo que, no momento, parece heróico mostra-se com o afastamento do tempo patèticamente amargo. Basta reviver Canudos. O Rio de Janeiro é diferente, dirá alguém. Trata-se de criminalidade puro e simples.
É verdade. Mas mesma miséria que gerou inúmeros episódios pelo Brasil afora, no longo dos séculos, se encontra presente nos morros da cidade do Rio.
Valeira a pena pensar em recolher as armas. Procurar a paz. Os brasileiros não podem ser divididos por brasileiros. É preciso buscar - desesperadamente - a união de cada cidadão com o seu conacional.
Assim se construirá o futuro.

Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado de São Paulo de 2003 a março de 2006, quando assumiu como governador.

domingo, 28 de novembro de 2010

Estado-Nação. A tese do bode expiatório. O imperialismo deve ser considerado o primeiro estágio do domínio político da burguesia

 

A tese do bode expiatório¹ segundo Hannah Arendt. Quanto o judeu  veio a ser entendido pelo Imperialismo²´³ como supérfluo,  do peso econômico do desemprego, entre outros fatores, na revolução industrial, em especial, das políticas do imperialismo, do peso econômico do desemprego, entre outros fatores, que introduziram rupturas na história humana, quando o  antissemitismo “no quadro mais amplo do desenvolvimento do Estado-Nação”, que surgem  depois    da Revolução Francesa têm mais necessidades de capitais; em troca de seus empréstimos, são ampliados os direitos dos judeus. coincide com o declínio desse Estado, cada classe da sociedade que, em um momento ou outro, entrava em conflito com o Estado tornava-se antissemita porque os judeus eram o único grupo social que parecia representar o Estado , os próprios judeus pensaram que o antissemitismo4 era um excelente meio de manter a unidade do povo judeu e de lhe garantir uma vida eterna (Arendt, 1972, p.68),

¹ O bode expiatório  nada mais é do que um indivíduo, grupo ou categoria de pessoas usados como objeto de culpa no sistema social. Essa figura fornece mecanismo para dar vazão à raiva, à frustração, ao ressentimento, ao medo e outras emoções que, de outra forma, seriam expressadas de maneira que danificariam a coesão social, contestariam o status quo ou atacariam os grupos dominantes e seus interesses. Imigrantes e MINORIAS, por exemplo, são muitas vezes usados como bodes expiatórios durante épocas de dificuldades econômicas e considerados causa de desemprego e de outros problema sociais. Como resultado, certos aspectos de sistemas sociais que geram crises econômicas, tais como a competição e a exploração capitalista, são ocultados do público e de possível crítica influentes junto à monarquia.

² O imperialismo é o último estágio do capitalismo, para Hannah Arendt, porém, o imperialismo deve ser considerado o primeiro estágio do domínio político da burguesia e não o último estágio do capitalismo.   O imperialismo, esse desejo insaciável de expansão e de colonização do Estado – Nação no final do século XIX(mais precisamente, de 1884 até 1914), baseado fundamentalmente no princípio proferido por Cecil Rhodes( o ladrão de diamantes na África financiado por Rothschild), “expansão é tudo”, ou “expansão por amor a expansão, expansão sem limite onde nações inteiras eram vistas como simples degraus para a conquista das riquezas e para o domínio de um terceiro país que por sua vez, se tornava mero degrau no infindável processo de expansão e de acúmulo de poder, distingue-se de acordo com Hannah Arendt (1989, p.147-48).

³ Na primeira fase do imperialismo, onde terras imensas caíram sob o domínio completo, não da lei, mas do decreto, onde seus nativos eram classificados como cidadãos inferiores na mera base de raça ou cor e que esteve na origem das selvagens matanças de Carl Petters, no Sudoeste Africano Alemão, a dizimação da pacata população do Congo reduzida de 20 milhões para 8 milhões, Hannah Arendt vê um caso de cristalização. Afinal, a “causa” desses massacres residia, portanto, no encontro de duas “causas parciais”, que, inicialmente, não estavam ligadas por nenhuma necessidade intrínseca. Percebe-se que antes da sua conjugação no acontecimento do imperialismo, nem o racismo nem a burocracia teriam podido abrir-se à dedução do imperialismo. Portanto, de acordo com Hannah Arendt, o governo totalitário não foi importado da Lua,  do céu, mas sim, brotou no mundo não totalitário cristalizando elementos que ali encontrou (Arendt, 1993, p.41.).

4 De um lado, o poder arbitrário, sem freio das leis, exercido no interesse do governante e contra os interesses dos governados; e de outro, o medo como princípio de ação, ou seja, o medo que o povo tem pelo governante e o medo do governante pelo povo (Arendt, 1990, p.513.), o antissemitismo se revelou uma arma de tão grande eficácia que era agitada por diversos escândalos financeiros e pelo mito de uma internacional judaica que manipulava os destinos políticos da terra. também, alerta Hannah Arendt, é preciso desconfiar das ideias preconcebidas: não é a sociedade que segrega progressivamente os judeus; eles mesmos, desde o fim do século XVI, afastam se dos grupos sociais e rejeitam a integração em nome de uma eleição superior e mítica do povo judeu. E quando, no século XIX, os primeiros partidos antissemitas denunciam uma peseudo-sociedade secreta judia que desejaria tomar o poder, já era tarde demais.