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domingo, 28 de dezembro de 2008

Percival Farquhar. "clássico construtor de império"


O MAGNATA ESTADUNIDENSE QUE FOI  BASTANTE
                                 FRIO, DISTANTE E "SINISTRO",
                                MAS ACREDITAVA NO BRASIL E NOS BRASILEIROS

Resultado de imagem para percival farquharPercival Farquhar nasceu em 1864, em York, na Pensilvânia. Filho de pai milionário, estudou engenharia em Yale. Mais tarde, graças a seu prestígio nas altas rodas de Wall Street, torna-se vice-presidente da Atlantic Coast Electric Railway Co. e da Staten Island Electric Railway Co., que controlam o serviço de bondes em Nova York. No início do século, já é diretor da Companhia de Electricidade de Cuba e vice-presidente da Guatemala Railway. Devido ao seu espírito empreendedor e conhecimento de companhias de trens e de desenvolvimento, resolve,então, lançar-se à concretização de um sonho, que era o de controlar o sistema ferroviário latino-americano.
Assim, em 1904, sem nunca ter vindo ao Brasil, compra a Rio de Janeiro Light & Power Co. e as concessões da Société Anonyme du Gaz. 
Em 1905adquire na Alemanha uma pequena empresa, a Brasilianische Elektrizitätsgesellschaft, que iria futuramente dar origem à Companhia Telefonica Brasileira. Nesse mesmo ano, organiza em Portland, no Maine, a Bahia Tramway, Light & Power Co. e adquire a concessão das obras do porto de Belém. Em 1906, adquire a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Percival Farquhar era nesse momento, um grande empresário que, através de diversos negócios, estava trazendo ao Brasil capitais estrangeiros e negócios que desenvolveram bastante este país.
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Em 02.08.1907, Percival finalmente constituiu a Madeira-Mamoré Railway Co., A Estrada de Ferro Madeira–Mamoré. Aberta na selva amazônica para dar cumprimento a um tratado entre Brasil e Bolívia e facilitar o acesso desta última ao Atlântico, a "ferrovia do diabo" foi uma insanidade: prodígio de engenharia que ligou o nada a lugar nenhum, como se disse na época, ela custou a vida de 1.500 trabalhadores e jamais deu o lucro esperado; Com um capital de 11 milhões de dólares, que entretanto é dividido entre duas outras empresas suas: a Brazil Railway Co. e a Port of Pará, pois para fins de levantamento de capitais, nenhum investidor estrangeiro, em sã consciência, aplicaria seus preciosos dólares ou libras nessa estrada que já era dada como "amaldiçoada". Junto com a concessão da ferrovia, Percival Farquhar tomou posse de milhares de kilometros quadrados de seringais localizados na beira da linha da estrada de ferro que totalizavam área maior que muitos países europeus. Na realidade, o grande lucro que o empresário esperava retirar desse empreendimento era a exploração da borracha, que se afigurava como muito mais rentável que a exploração da ferrovia em si.  
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  • De acordo com Monteiro Lobato, Farquhar teria sido um "clássico construtor de império".  "FARQUHAR PODE TER SIDO SINISTRO, MAS INVESTIU PESADAMENTE NO BRASIL:  Na década de 30, um de seus críticos mais ferrenhos foi o escritor MONTEIRO LOBATO O ATACAVA SEGUIDAMENTE, MAS, Anos mais tarde, contudo, Lobato mudaria de ideia. Num ensaio intitulado Farquhar e o Brasil, ele deixou de considerar o americano como um capitalista sinistro para descrevê-lo como um "clássico construtor de império", imbuído de um inabalável otimismo econômico. Uma visão bastante razoável sobre o personagem. O 'CLÁSSICO CONSTRUTOR DE IMPÉRIO' (capitalista) FOI EXTRAORDINARIAMENTE INTELIGENTE, AO APOSTAR NO LUCRO POSSÍVEL DA EXPLORAÇÃO DA MONUMENTALIDADE ECONÔMICA DO BRASIL, percepção, que, de resto, igualmente não escapou ao Rei da Bélgica, quando ajudou a que, em Minas Gerais, fosse construída a siderúrgica Belgo-Mineira Na década de 30, um de seus críticos mais ferrenhos foi o escritor Monteiro Lobato – o criador do Sítio do Picapau Amarelo. Anos mais tarde, contudo, Lobato mudaria de ideia. Num ensaio intitulado Farquhar e o Brasil,ele deixou de considerar o americano como um capitalista sinistro para descrevê-lo como um "clássico construtor de império", imbuído de um inabalável otimismo econômico. Uma visão bastante razoável sobre o personagem.

Resultado de imagem para percival farquharPorém, sua fome de novos negócios prosseguia e no início do século a "Brazil Railway Co." assume o controle de diversas outras ferrovias nacionais, como a Estrada de Ferro Sorocabana (1910 a 1920) e a "Cia Auxiliaire des chemin de fer au Brésil" (1911 a 1919), depois VFRGS, entre outras, como a São Paulo-Rio Grande Railway. O truste formado por ele possuía ainda hotéis no Rio de Janeiro e São Paulo, loteamentos em Santa Catarina e em 1909 ainda forma a Companhia de Navegação do Amazonas, encomendando a estaleiros holandeses 26 embarcações de grande tonelagem. Cria ainda a Amazon Development Co. e a Amazon Land & Colonization Co. e inicia, no Paraná, a exploração madeireira em grande escala, criando a Southern Lumber & Colonization Co. Em 1911, recebe do Governo brasileiro, como doação, 60 000 quilômetros quadrados de terras, que hoje constituem o território do Amapá. Possuía ainda interesses ferroviários na Bolívia e Chile e devido a essa concentração de poder e influência, incomuns na época, era pesadamente atacado pela imprensa nacional e internacional, que denominavam seu grupo de "sindicato Farquhar".
Paralelamente a essa campanha, o advento da I Guerra Mundial mergulhou a Europa e os Estados Unidos (por tabela) em uma situação em que houve dreno dos recursos para investimentos no "estrangeiro", reduzindo-se muito o fluxo de dinheiro para novos negócios no Brasil e outros países em desenvolvimento, o que levou os banqueiros a cortarem parte dos créditos para os negócios do Grupo Farquhar no Brasil, levando-o a uma situação econômico-financeira próxima da bancarrota, quando então é destituído do comando de suas empresas, sendo substituído por W. Cameron Forbes, ex-Governador das Filipinas e, embora tenha se tornado apenas um diretor assalariado de suas exempresas, ganhando 25 000 dólares anuaisl, continuou demonstrando interesse no desenvolvimento do Brasil, desenvolvndo grandes projetos, como exportação de minério de ferro e implantação de siderúrgicas a carvão "coque".
Embora sempre tenha sido combatido pelos nacionalistas "xenófobos", que o tachavam de "explorador do Brasil" (como aliás essas pessoas, em sua visão curta, vêem qualquer um que tenha lucro em sua atividade comercial ou industrial), Percival Farquhar deve ocupar um lugar de honra na galeria de grandes nomes de empresários desse país, pois devemos a ele a implantação de grandes projetos no Brasil, com empresas e capitais estrangeiros que não haviam no país, onde a própria construção da E.F.Madeira-Mamoré é um exemplo, pois o Governo Brasileiro não teria condições de construí-la com seus próprios meios. Temos também, exemplificando, que durante o período de sua administração (1910 a 1920), a Estrada de Ferro Sorocabana teve, nas palavras de especialistas no assunto, "...anos...de prosperidade"..



O famoso Contrato Itabira de 1920Esse ousado e gigantesco projeto, orçado em 80 milhões de dólares, obteve toda a simpatia do presidente da república Epitácio Pessoa, que assinou. Imediatamente Farquhar passaria a sofrer uma feroz oposição de Arthur Bernardes, presidente do estado, então quase autônomo, de Minas Gerais.No final do século XVIII,foram descobertas as lavras de ouro de Conceição, Itabira e Santana e a exigência de técnicas de explorações sofisticadas fez surgir companhias de mineradoras que utilizavam a mão-de-obra escrava. Este segundo ciclo do ouro se estendeu até meados do século XIX. Na primeira metade do século XX, a economia de Itabira sofreu influência da conjuntura econômica internacional e nacional: o Congresso Geológico Internacional de Estocolmo, realizado em 1908, divulgou o potencial ferrífero do Brasil e atraiu o interesse de vários investidores estrangeiros na região. Assim, em 1910, um grupo de ingleses construiu a Itabira Iron Ore Company Limited com a intenção de garantir as reservas de minério e o controle da estrada de ferro que seria construída entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, o controle da Companhia foi transferido para um grupo de "investidores europeus e norte-americanos" liderados por Percival Faquhar seu principal sócio e dono da Light do Rio de Janeiro – Alexandre Mackenzie. http://pt.wikipedia.org/wiki/Percival_Farquhar

Percival Farquhar lançou a base para o início de inúmeros serviços públicos, como gás e iluminação, Telefonia, Hotelaria, Madeireiras e Empresas e sistemas aduaneiros, havendo construído inúmeras obras de grande vulto, como cais de portos, ferrovias, etc..., sendo digno de reconhecimento por parte do Brasil, que deve ter, com esse empresário, uma dívida de gratidão, como pode ser verificado pela análise do patrimônio de Percival Farquhar no início do século e pela percepção de que muitas dessas companhias (ou suas sucessoras após o fim da "Era-Farquhar") prestaram e ainda prestam serviços valiosíssimos ao País:
  • 38% das ações da Cia Paulista de Estradas de ferro;
  • 27% das ações da Cia Mogiana de Estradas de Ferro;
  • Estrada de Ferro Sorocabana, de 1910 a 1920;
  • As ferrovias do Rio Grande do Sul (2.100 km);
  • A Estrada de Ferro Paraná;
  • A Estrada de Ferro Norte do Paraná;
  • A Estrada de ferro Dª Tereza Cristina, em Santa Catarina;
  • A Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande;
  • A Companhie Auxiliaire des Chémins de Fer au Brésil (R.S.);
  • Serviço de bondes de Salvador.;
Havia incorporado:
  • Rio de Janeiro Light and Power Co.;
  • São Paulo Tranway Light and Power Co.;
  • Brasilianische Elektrizitätsgesellschaft (Cia Telefônica Brasileira);
  • Bahia Gás Co.;
  • Bahia Tranway Light and Power Co.;
  • Cia Française du Port de Rio Grande do Sul;
E mais....
  • Concessão das obras do Porto de Belém;
  • Concessão para as obras da Estrada de Ferro Madeira Mamoré;
  • Companhoa de Navegação do Amazonas;
  • Direitos da E. F. Vitória a Minas;
  • A "Compagnie du Port de Rio de Janeiro";
  • A "Southern Lumber and Colonization Co.", possuidora da maior serraria da América do sul na época e fato gerador da "Guerra do Contestado", na região Sul do País;
  • A "Amazon Devellopment Co";
  • A "Amazon Land and ColonizationCo.";
  • 67.000 alqueires de fazendas de gado em Descalvado (São Paulo) e no Pantanal;
  • Hotéis no Rio de Janeiro e São Paulo;
  • Loteamentos em Santa Catarina;
  • Indústrias de papel;
  • O primeiro frigorífico do Brasil (o atual Frigorífico wilson).
COMPANHIA DO GUARUJÁ
http://www.oocities.org/br/tramway_guaruja/tgpercivf.htm

ENFIM, OS GOVERNANTES CORRUPTOS, ENTREGUISTAS, DESTRUÍRAM AS FERROVIAS PARA DAR PASSAGEM AO MINERODUTO DESTRUINDO O SOLO E CIDADES INTEIRAS POR ONDE  ELES PASSAM.