Quem manda de verdade na Petrobrás? 14/02/2012
MUITOS ENVOLVIDOS, AONDE OS ACORDOS SÃO FEITOS NAS LOJAS SECRETAS, SOB O PISO EM XADRES BRANCO E PRETO!
A torre da Petrobrás não deve ser posta abaixo por um atentado terrorista, mas deve sentir um forte abalo político no próximo dia 11 de setembro.
A tensão aumenta com a divulgação de notícia no Valor Econômico de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga possíveis irregularidades na assembleia geral extraordinária datada de 19 de março deste ano, na qual Jorge Gerdau Johannpeter, controlador da Gerdau, foi eleito como representante dos acionistas titulares de ações preferenciais da Petrobras e Josué Christiano Gomes da Silva, controlador da Coteminas e filho do ex-vice-presidente da República, José de Alencar, eleito como representante dos acionistas minoritários para o conselho de administração da Petrobras.
A CVM quer saber se os fundos de pensão agiram em conflito de interesses, defendendo os deles próprios ou do acionista majoritário (governo), para indicar Gerdau e Alencar. É guerra e bastidores entre os investidores liderados pelos grupos BlackRock e Polo Capital e os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef, BNDES e BNDESpar que sacramentaram os nomes dos dois empresários. Além da apuração pela CVM, o caso tem tudo para parar na Justiça, porque a Petrobras sequer permitiu que os investidores tivessem acesso às cedulas de votação da Assembléia Geral.
Por tudo isso, a tal Audiência no Senado deverá provocar fortes emoções. Acredita-se que, nela, a Presidente da Petrobras será levada a esclarecer diversas questões polêmicas que têm envolvido a empresa nos últimos tempos. Os últimos acontecimentos demonstram que a situação da Petrobrás está se tornando insustentável. A própria Graça Foster tem criticado duramente a gestão de seu antecessor, Sérgio Gabrielli. E, nessas críticas, vislumbra-se um racha entre o pessoal de Dilma e a turma do chefão Lula.
Só duas hipóteses poderão frustrar as esperadas tensões e emoções: 1 – Se Graça Foster resolver não dar o ar de sua graça no Senado; 2 – Os senadores da oposição serem atropelados pelos governistas e nada de importante questionarem, como aconteceu com a “blindagem ideológica” praticada na CPI da Petrobras, em 2009. Dirigentes da empresa, notórios maus administradores dos recursos da mesma, saíram aplaudidos e rotulados de exemplares gestores públicos. Naquela ocasião, nossos senadores deram um atestado de idoneidade à Petrobras. E deu no que deu: hoje, a empresa está sendo comparada a um imenso Titanic.
O medo do governo é que perguntas irrespondíveis sejam feitas à Graça. Todos sabem que algumas dessas perguntas podem trazer para a berlinda o nome de Dilma Rousseff – Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras de janeiro de 2003 (início do primeiro governo Lula) até março de 2010, quando teve de sair para disputar a presidência da República. O próprio Lula ja fez tal ironia com a responsabilidade de Dilma, quando um integrante do governo criticou a gestão do baiano Sérgio Gabrielli – afilhado e parceiro de Lula.
Entre as delicadas perguntas que poderão ser feitas à Graça Foster, encontram-se as relativas à refinaria de Pernambuco (aspectos nebulosos da sociedade com o tiranete venezuelano Hugo Chavez, com erros de planejamento, superfaturamentos, quebras de cronograma etc.). Também as relativas à iminente revolta dos acionistas minoritários e as sobre as espúrias sociedades feitas pela Petrobras (é de se destacar que o caso Geminigate, objeto de uma série de artigos no Alerta Total, ainda não mereceu uma resposta).
Considerando a caótica situação da Petrobras, e diante da demora em discutir tão importantes assuntos, o Alerta Total resolveu disponibilizar um espaço para que os leitores encaminhem suas perguntas à Graça.
Tais perguntas serão selecionadas, publicadas e encaminhadas tanto aos senadores integrantes da CAE como à ouvidoria da Petrobras.
Naturalmente, a identidade do leitor que fizer a pergunta só será revelada com sua explícita autorização.
É de se notar que a pauta da Audiência em questão ainda não foi elaborada. Portanto, ainda não existe limitação quanto aos temas das perguntas.
As indagações para a Graça podem ser enviadas para nosso e-mail: serrao@alertatotal.net
Polêmica da Gasolina
De cara, uma pergunta deve ser feita à Graça sobre a justificativa para esperados aumentos da gasolina que serão arcados pelos consumidores.
Não tem lógica que seja apenas o aumento do dólar, encarecendo a importação da gasolina, o fator real para justificar o reajuste.
Senadores de oposição já desconfiam – e prometem questionar Graça - que a Petrobrás precise aumentar a receita com a venda de combustíveis para corrigir algum problema grave de gestão na Br Distribuidora.
MUITOS ENVOLVIDOS, AONDE OS ACORDOS SÃO FEITOS NAS LOJAS SECRETAS, SOB O PISO EM XADRES BRANCO E PRETO!
Investidores minoritários exigem que Mantega tire Josué Alencar e Jorge Gerdau do Conselho da Petrobras
Nem dá para o governo comemorar, tranqüilamente, a posse da primeira mulher a presidir a Petrobras. O conselho de Administração da empresa, presidido pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, é alvo de contundentes críticas dos investidores minoritários. Eles voltam a exigir que deixem de ser “representados” pelos conselheiros Jorge Gerdau Johannpeter e Fábio Coletti Barbosa (ou seu substituto Josué Alencar) – que também atuam no Comitê de Auditoria da Petrobrás.
Junto com a nova “presidenta” Maria das Graças Foster – cujo marido Colin Vaughan Foster é
Junto com a nova “presidenta” Maria das Graças Foster – cujo marido Colin Vaughan Foster é
maçonicamente ligado à família Real Britânica -, Gerdau e Barbosa são os tentáculos mais fortes da Oligarquia Financeira Transnacional na Petrobrás. Em agosto do ano passado, os acionistas minoritários brasileiros pediram a saída de ambos do Conselho de Administração da “estatal de economia mista” por “conflitos de interesses”. Ambos atuam “indiretamente financiadores e fornecedores de serviços financeiros e materiais metálicos para construção de refinarias e plataformas de petróleo para a Petrobras”. Barbosa pediu para sair em 19 de dezembro, mas foi substituído por Josue Alencar (filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar) - o que para os minoritários representou trocar seis por meia-dúzia.
Por Jorge Serrão 21/08/2012
A torre da Petrobrás não deve ser posta abaixo por um atentado terrorista, mas deve sentir um forte abalo político no próximo dia 11 de setembro.
Torre Petrobras
Pergunte para a Graça Esta é a data da Audiência Pública na qual a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE) ouvirá a Presidenta da estatal de economia mista, Maria das Graças Foster. A competente engenheira que foi colocada no poderoso cargo não por ser amiga pessoal da Presidenta Dilma, mas por ser bem cotada pela Oligarquia Financeira Transnacional que detém a fatia estrangeira de ações ordinárias da companhia e não quer saber de prejuízos.A tensão aumenta com a divulgação de notícia no Valor Econômico de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga possíveis irregularidades na assembleia geral extraordinária datada de 19 de março deste ano, na qual Jorge Gerdau Johannpeter, controlador da Gerdau, foi eleito como representante dos acionistas titulares de ações preferenciais da Petrobras e Josué Christiano Gomes da Silva, controlador da Coteminas e filho do ex-vice-presidente da República, José de Alencar, eleito como representante dos acionistas minoritários para o conselho de administração da Petrobras.
A CVM quer saber se os fundos de pensão agiram em conflito de interesses, defendendo os deles próprios ou do acionista majoritário (governo), para indicar Gerdau e Alencar. É guerra e bastidores entre os investidores liderados pelos grupos BlackRock e Polo Capital e os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef, BNDES e BNDESpar que sacramentaram os nomes dos dois empresários. Além da apuração pela CVM, o caso tem tudo para parar na Justiça, porque a Petrobras sequer permitiu que os investidores tivessem acesso às cedulas de votação da Assembléia Geral.
Por tudo isso, a tal Audiência no Senado deverá provocar fortes emoções. Acredita-se que, nela, a Presidente da Petrobras será levada a esclarecer diversas questões polêmicas que têm envolvido a empresa nos últimos tempos. Os últimos acontecimentos demonstram que a situação da Petrobrás está se tornando insustentável. A própria Graça Foster tem criticado duramente a gestão de seu antecessor, Sérgio Gabrielli. E, nessas críticas, vislumbra-se um racha entre o pessoal de Dilma e a turma do chefão Lula.
Só duas hipóteses poderão frustrar as esperadas tensões e emoções: 1 – Se Graça Foster resolver não dar o ar de sua graça no Senado; 2 – Os senadores da oposição serem atropelados pelos governistas e nada de importante questionarem, como aconteceu com a “blindagem ideológica” praticada na CPI da Petrobras, em 2009. Dirigentes da empresa, notórios maus administradores dos recursos da mesma, saíram aplaudidos e rotulados de exemplares gestores públicos. Naquela ocasião, nossos senadores deram um atestado de idoneidade à Petrobras. E deu no que deu: hoje, a empresa está sendo comparada a um imenso Titanic.
O medo do governo é que perguntas irrespondíveis sejam feitas à Graça. Todos sabem que algumas dessas perguntas podem trazer para a berlinda o nome de Dilma Rousseff – Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras de janeiro de 2003 (início do primeiro governo Lula) até março de 2010, quando teve de sair para disputar a presidência da República. O próprio Lula ja fez tal ironia com a responsabilidade de Dilma, quando um integrante do governo criticou a gestão do baiano Sérgio Gabrielli – afilhado e parceiro de Lula.
Entre as delicadas perguntas que poderão ser feitas à Graça Foster, encontram-se as relativas à refinaria de Pernambuco (aspectos nebulosos da sociedade com o tiranete venezuelano Hugo Chavez, com erros de planejamento, superfaturamentos, quebras de cronograma etc.). Também as relativas à iminente revolta dos acionistas minoritários e as sobre as espúrias sociedades feitas pela Petrobras (é de se destacar que o caso Geminigate, objeto de uma série de artigos no Alerta Total, ainda não mereceu uma resposta).
Considerando a caótica situação da Petrobras, e diante da demora em discutir tão importantes assuntos, o Alerta Total resolveu disponibilizar um espaço para que os leitores encaminhem suas perguntas à Graça.
Tais perguntas serão selecionadas, publicadas e encaminhadas tanto aos senadores integrantes da CAE como à ouvidoria da Petrobras.
Naturalmente, a identidade do leitor que fizer a pergunta só será revelada com sua explícita autorização.
É de se notar que a pauta da Audiência em questão ainda não foi elaborada. Portanto, ainda não existe limitação quanto aos temas das perguntas.
As indagações para a Graça podem ser enviadas para nosso e-mail: serrao@alertatotal.net
Polêmica da Gasolina
De cara, uma pergunta deve ser feita à Graça sobre a justificativa para esperados aumentos da gasolina que serão arcados pelos consumidores.
Não tem lógica que seja apenas o aumento do dólar, encarecendo a importação da gasolina, o fator real para justificar o reajuste.
Senadores de oposição já desconfiam – e prometem questionar Graça - que a Petrobrás precise aumentar a receita com a venda de combustíveis para corrigir algum problema grave de gestão na Br Distribuidora.