A "ÉTICA" DE BOLSONARO

 Por: Loryel Rocha

Jair Bolsonaro, já cometeu vários crimes como Presidente da República, conforme listou Reinaldo Azevedo e Marco António Villa, por mais de 15, o que, em tese, deveria lhe render impeachment. Mas, o Brasil não é um país sério. Sai um corrupto e entra outro no lugar e ficam corruptos apontando o dedo da falta de "ética" para outros corruptos.

No meio desse caos, o povo, segue, abestalhado e confuso matutando em quem deve "acreditar" ou "apoiar", para, uma vez "decepcionado" com seu voto, "mudar de lado" em busca de um "menos corrupto". A corrupção não é uma questão de escala ou de qualidade ou de lado político. Ela é um FATO em si, que pode ser agravada caso se junte a outros fatores extra-corrupção. Eis o presente caso de Bolsonaro:

1) um tipo cuja família está envolvida em esquemas de milícias e corrupção, mas, ele, o "big boss" familiar, não tem "nada a ver" com isso. Ou seja, jacta-se de ser o "cabeça da família", mas, o esquema de corrupção que envolve os filhos e entorno não lhe diz respeito. Coisas do Brasil, mas esquema de milicia não pode ser considerado corrupção, certo? Coisas da falta de vergonha do brasileiro.

2) um presidente que conduziu e conduz pessoalmente um democídio do povo brasileiro.

3) um presidente cujas ações investem na destruição do já combalido Estado de Direito nacional para implantar uma "Democracia direta" (eufemismo para Ditadura); que investe na desmoralização da República em si e dos seus 3 Poderes.

4) um presidente que estimula via redes sociais uma militância mentirosa, cínica e bélica para promover uma "Primavera Árabe" a la brasileira, em nome da "moral cristã, do patriotismo, da alta cultura"...

Bolsonaro deixará um legado presidencial imbatível: milhares de mortes atrás de si, e uma nova definição jurídica para a palavra "corrupto, corrupção e corruptor".

Mesmo que se "prove" que o esquema das milicias cariocas não podem ser categorizadas como "corrupção, lavagem de dinheiro, narcotráfico, assassinato", etc. restam os outros ítens (2,3,4) que em si mesmo também são gravíssimos e agravantes.

Assim, nesse caso, temos que a SOMA dos delitos torna esta personagem grotesca, tosca, cafona, desrespeitosa, anti-ética que ocupa a Presidência da República uma bomba atômica. Mas no Brasil, tudo termina em samba, não é mesmo? E o fato de terminar em samba, invalida o FATO?