"Educandário" Romão Duarte RJ
Em 1888 não teve políticas de abolição. Os "barões" que enriqueceram com a Monarquia ganhando terras, títulos de nobreza, usando o trabalho escravo, lutaram pela República contra a Monarquia e passaram a ser protegidos pelos políticos e militares, dando destino a vida do menos favorecidos. Crianças negras eram transferidas dos "educandários" para o trabalho escravo de forma louvável, a eugênia era pseudociência, o diferente era anormal e tinha que ser escondido, eliminado, transferido para fazendas no trabalho forçado, sem remuneração, sob a proteção do chicote.
A exploração dessas áreas do interior paulista teve início no fim do Império. Elas foram parte do presente de D. Pedro I (1798-1834) ao brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar (1794 – 1857), fundador da Polícia Militar de São Paulo, por seu casamento com a Marquesa de Santos (1797 – 1867), oficializado em 1842. Em 1906, o brigadeiro as vendeu para Luis Rocha Miranda. As terras teriam sido compradas para a prática da caça a perdizes, aves características daqueles campos. Contam-se muitas histórias sobre as caçadas que os Rocha Miranda realizavam ali, junto aos numerosos amigos que traziam do Rio de Janeiro em composições fretadas da Estrada de Ferro Sorocabana. Integradas por carros-dormitório, carro-restaurante e carro-sala de estar, especialmente decoradas, essas composições permaneciam em uma estação construída pelos Rocha Miranda e hoje conhecida como Estação Hermilo, em Angatuba (SP). Terminada a temporada de caça, o luxuoso trem os levava de volta para o Rio de Janeiro.
Reprodutor Apolo, de Sérgio da Rocha Miranda, campeão
da Exposição de 1940, em Itapetininga (SP) [3]
da Exposição de 1940, em Itapetininga (SP) [3]
Eduardo Oswaldo Cruz, o técnico Raymundo Francisco Bernardes e Carlos Eduardo Rocha-Miranda
Como formador de alunos,(! piada!) Rocha-Miranda também tinha um talento especial. "Ele recrutava pessoas porque identificava algum talento naqueles indivíduos, encontrava algo que podia dar certo no laboratório", contou Linden. De fato, ao longo dos anos, todos do grupo se tornaram destacados cientistas - muito diferentes uns dos outros, mas com qualificação da ciência brasileira [1]
Santiago Martinich, Luis Gawryszewski, Eliane Volchan, Ricardo Gattass, Carlos duardo Roche Miranda, Cecilia Rocha Miranda, Roberto Lent, Rafael Linden e Leny Cavalcante
Recomendo a humanidade assistir este documentário: A elite globalista, a brasileira, é sórdida, cruel, egoísta, hipócrita, cínica, racista, recusaram conviver com a raça mestiça, negando-lhe a cultura; - a eugênia sempre foi pseudociência e o diferente foi, é, o anormal a ser escondido no trabalho forçado, eliminado, não mais útil. Perguntemo-nos, por que, nos tempos atuais, desde a ditadura militar até hoje, ninguém, nenhuma autoridade, nenhum governo, nunca! tirou a arma das mãos do soldado militar, contra o negro, o mestiço? Por que, os presídios estão lotados e os ocupantes na sua maioria negros, mestiços, ou descendentes, e o Brasil paga, para eles permanecerem na prisão? O explorador (elite e governos) salva! explorando, escondendo, humilhando, matando.
Celso e Malu da Rocha Miranda e, em evento social em sua casa da Gávea no RJ herdada dos Rocha-Miranda. Celso – que foi dono da PanAir do Brasil- faleceu. Malu ainda ficaria lá até 2014 fazendo o que mais gostava:
recebendo a família com todo o bom gosto e "carinho"[2].
Celso da Rocha Miranda, empresário perseguido pela Ditadura![4]
Menino 23 infâncias perdidas no Brasil - Documentário - 2016 "Educandário" Romão Duarte RJ
O Educandário, que sempre esteve vinculado à estrutura da Santa Casa de Misericórdia, desde 1738, quando foi inaugurado com o nome de Casa da Roda, passou a ter o nome atual em 1911. Já foi denominado também como Casa dos Expostos, de 1821 a 1911. Hoje o prédio faz fronteira com a comunidade Morro Azul, no Flamengo. Outrora, como pode ser visto na foto abaixo, a área do prédio se estendia até a praia do bairro, que ficou ainda mais afastada com a criação do Aterro do Flamengo, em 1950.
A convite de Paulo Barata, desembargador aposentado pelo TRF2, o juiz federal Vladimir Vitovsky, titular da 9ª Vara de Execução Fiscal/RJ e supervisor do CAIJF, e a equipe do referido Centro de Atendimento foram conhecer a estrutura atual do Educandário Romão de Mattos Duarte, que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social e que estão sob a custodia das Varas da Infância, da Juventude e do Idoso do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). https://www10.trf2.jus.br/portal/justica-federal-vai-ao-cidadao-caijf-visita-educandario-romao-de-mattos-duarte/
Educandário Romão de Mattos Duarte
Na década de 1930, no interior de São Paulo, a Fazenda Cruzeiro do Sul, perto de Campina do Monte Alegre, escondia algo assustador. Na fazenda eram mantidas crianças, principalmente negras, levadas de orfanatos com a falsa promessa de uma vida melhor. Mas a realidade era bem deferente: chegando à fazenda, elas recebiam números no lugar de seus nomes e trabalhos e castigos severos.
Aloysio da Silva, um dos primeiros meninos levados para trabalhar na fazenda, deu uma entrevista para a BBC em 2014. “Ele prometeu o mundo – que iríamos jogar futebol, andar a cavalo. Mas não tinha nada disso. Todos os dez tinham de arrancar ervas daninhas com um ancinho e limpar a fazenda. Fui enganado”, contou. As crianças eram espancadas regularmente com uma palmatória e eram chamadas apenas por seus números. Aloysio era o número 23.
A Fazenda Cruzeiro do Sul tinha pertencido aos Rocha Miranda, uma família de industriais ricos do Rio de Janeiro. O pai, Renato, e dois filhos, Otávio e Osvaldo, eram membros da Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de extrema-direita simpatizante do Nazismo.
A família às vezes organizava eventos na fazenda, recebendo milhares de membros do partido. Mas também existia no lugar um campo brutal de trabalhos forçados para crianças abandonadas.
Argemiro dos Santos foi outro sobrevivente. Quando menino, foi encontrado nas ruas e levado para um orfanato. Um dia, Rocha Miranda apareceu para buscá-lo. “Eles não gostavam de negros”. “Havia castigos, deixavam a gente sem comida ou nos batiam com a palmatória. Doía muito. Duas batidas, às vezes. O máximo eram cinco, porque uma pessoa não aguentava”, lembra Argemiro, também em entrevista à BBC.
Alguns dos descendentes da família Rocha Miranda dizem que seus antepassados deixaram de apoiar o Nazismo antes da Segunda Guerra Mundial. Maurice Rocha Miranda, sobrinho-bisneto de Otávio e Osvaldo, também nega que as crianças eram mantidas na fazenda como “escravos”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, ele disse que os órfãos na fazenda “tinham de ser controlados mas nunca foram punidos ou escravizados”. O historiador Sidney Aguillar Filho, no entanto, acredita nas histórias dos sobreviventes.
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DE CRIANÇAS NO BRASIL.
Percurso histórico e desafios do presente
https://docplayer.com.br/320702-A-institucionalizacao-de-criancas-no-brasil-percurso-historico-e-desafios-do-presente.html
Crianças iam para a cadeia no Brasil até a década de 1920
Fonte: Agência Senado
Os senadores e deputados faziam parte daquela sociedade patriarcal e não queriam perder o poder absoluto que tinham sobre suas famílias até então. O Código de Menores mudava essa realidade, permitindo que o Estado interviesse nas relações familiares e até tomasse o pátrio poder — explica a historiadora Sônia Camara, autora do livro Sob a Guarda da República (Quartet Editora), que trata das crianças da década de 1920.
O historiador Eduardo Silveira Netto Nunes, estudioso da evolução das leis da infância, vê um terceiro motivo. De acordo com ele, uma parcela dos parlamentares tinha aversão às propostas de Código de Menores porque a construção dos reformatórios, escolas e tribunais previstos na nova lei exigiriam o aumento dos impostos.
— Até então, o governo estava ausente das políticas sociais. Sua atuação se resumia à repressão policial.
Fonte: Agência Senado
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/07/07/criancas-iam-para-a-cadeia-no-brasil-ate-a-decada-de-1920
NOTAS:
[1] http://www.abc.org.br/2015/07/31/um-talisma-da-neurociencia-no-brasil/
[2] http://acordacasa.com.br/2016/06/15/casa-de-familia/
[3] http://www.guatambu.com.br/historia.html
[4] https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2020/07/celso-da-rocha-miranda-empresario.html
[5] https://pt.qwe.wiki/wiki/Krupp
[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfried_Krupp_von_Bohlen_und_Halbach
[7] Pesquisa: Os caicós, do município de caicós . Terra de exportação de camponeses anos 50,60,70
[8] Como bancos ingleses lucraram com escravidão no Brasil
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53385247?fbclid=IwAR3X8tRe8nss3lc5fFtMv0CbzUCYxZ2I0NTnxsCoC_PnJjjrS4AAGqxos_4
Crianças iam para a cadeia no Brasil até a década de 1920
Os senadores e deputados faziam parte daquela sociedade patriarcal e não queriam perder o poder absoluto que tinham sobre suas famílias até então. O Código de Menores mudava essa realidade, permitindo que o Estado interviesse nas relações familiares e até tomasse o pátrio poder — explica a historiadora Sônia Camara, autora do livro Sob a Guarda da República (Quartet Editora), que trata das crianças da década de 1920.
O historiador Eduardo Silveira Netto Nunes, estudioso da evolução das leis da infância, vê um terceiro motivo. De acordo com ele, uma parcela dos parlamentares tinha aversão às propostas de Código de Menores porque a construção dos reformatórios, escolas e tribunais previstos na nova lei exigiriam o aumento dos impostos.
— Até então, o governo estava ausente das políticas sociais. Sua atuação se resumia à repressão policial.
Fonte: Agência Senado
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/07/07/criancas-iam-para-a-cadeia-no-brasil-ate-a-decada-de-1920
NOTAS:
[1] http://www.abc.org.br/2015/07/31/um-talisma-da-neurociencia-no-brasil/
[2] http://acordacasa.com.br/2016/06/15/casa-de-familia/
[3] http://www.guatambu.com.br/historia.html
[4] https://mudancaedivergencia.blogspot.com/2020/07/celso-da-rocha-miranda-empresario.html
[5] https://pt.qwe.wiki/wiki/Krupp
[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfried_Krupp_von_Bohlen_und_Halbach
[7] Pesquisa: Os caicós, do município de caicós . Terra de exportação de camponeses anos 50,60,70
[8] Como bancos ingleses lucraram com escravidão no Brasil
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53385247?fbclid=IwAR3X8tRe8nss3lc5fFtMv0CbzUCYxZ2I0NTnxsCoC_PnJjjrS4AAGqxos_4
Um escravo sendo torturado em uma fazenda brasileira na visão do pintor francês Jean-Baptiste Debret, que viajou o país retratando cenas da vida no século 19
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