Foi por meio do decreto 10.386, publicado no dia 2, que Bolsonaro e o ministro da defesa, o general Fernando
Azevedo e Silva, concederam ao Exército Brasileiro, após 79 anos, o direito de
voltar a ter aeronaves de asa fixa. Até então, decreto de 1986 permitia à Força
Terrestre operar apenas helicópteros.
"O problema não é o Exército ter sua avisção, mas o momento da
decisão, que não é oportuno", afirmou o tenente-brigadeiro-do-ar Sérgio
Xavier Ferolla, ex-presidente do Superior Tribunal Militar (STM).
O tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato,
ex-comandante da Força Aérea do Brasileira (FAB), enviou aos colegas
brigadeiros um documento no qual critica duramente a atual gestão do Ministério
da Defesa e a decisão do presidente Jair Bolsonaro de permitir ao Exército ter
aviação de asa fixa; o decreto que permitiu ao Exército ter aviões causou
críticas de brigadeiros e reação em peso da oficialidade da FAB. No documento
de duas páginas, Rossato afirma que, “em sendo aceita a vontade do Exército
Brasileiro, ficaria patente a dificuldade do Ministério da Defesa de otimizar
os recursos e validar a tão sonhada complementaridade das Forças Armadas”. O documento de Rossato, com o título Asa Fixa do
Exército diz que, em 2017, a possibilidade de dar ao Exército aviões foi
discutida em reunião do Ministério da Defesa com a presença do ministro, dos
comandantes das três Forças e do chefe do Estado-Maior Conjunto. “O comando da
Aeronáutica, apresentando fundamentadas razões, posicionou-se contrário à
decisão unilateral do Exército.” ; o general Carlos
Alberto dos Santos Cruz apresentado um ano antes ao Estado-Maior do Exército,
também afirmava que a aviação de asa fixa devia permanecer com a Aeronáutica.
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