Há dias atrás do ministro do GSI afirmou: "'Se desejam o Parlamentarismo, mudem a Constituição". Em seguida, instiga o povo a ir as ruas contra o Congresso e manda um sonoro foda-se para o Legislativo. Não vou falar de miudezas recordando que é impróprio a um ministro falar nestes termos, que usa da patente e do símbolo de EX-general para arrogar para si e seu grupo "pureza e ética ilibada" contra os "corruptos civis parlamentares". Deixemos de lado o uso e manipulação simbólica e de virtude tão ao gosto de ex-militar obsediado pelo espírito de Napoleão.
Heleno não é um boçal porque ignora o que faz, é um perverso, cuja ação manifesta no governo é provocar crueldades psicológicas contra o povo.
Sua fala do Parlamentarismo e do Parlamento traz à baila 2 conceitos distorcidos e muitas MENTIRAS: DEMOCRACIA E PARLAMENTARISMO. Vamos a elas, de modo resumido:
1) A mentira de Heleno começa por confundir (!?) a ambas insuflando que se há uma "crise" no Parlamento, há uma "crise" na Democracia. SE, há de fato uma "crise" no Parlamento não necessariamente há uma "crise" na Democracia, ou vice-versa;
2) A mentira continua. Heleno quer fazer coincidir os conceitos de Democracia e Parlamentarismo. Acontece que estes não são termos equivalentes e um não implica no outro. Democracia é forma de regulação de conflitos para gerar menos autocracia, não é governo, simplesmente. Parlamento, é uma instituição que controla e fiscaliza os atos do governo. Vê-se que o Parlamento, por natureza e exercício de função, é algo diferente de governo e de Democracia;
3) A mentira amplia. Quando ele incita a militância a atacar o Parlamento endossa que o governo pode governar sem ser fiscalizado física ou moralmente (atribuição do Parlamento), deseja que o Executivo seja "liberado" de controle. Nesse caso, o Parlamento tem uma existência inútil porque exerce uma "fiscalização fictícia" ou tolhida. Pior do que um Congresso corrupto é fiscalização nenhuma sobre o Executivo, porque estamos diante do exemplo amplificado de um DITADOR, inimigo natural das Democracias.
4) A mentira alarga. Ao querer fazer coincidir os conceitos de crise na Democracia e no Parlamento, deixa em aberto que a solução é MAIS MILITAR contra CIVIS e sem Parlamento ou Democracia, ou seja, receita AUTOCRACIA, tudo aquilo que é antítese da Democracia.
A presença de um ex-militar que se autoriza a usar do cargo que ocupa para conspirar contra o país e o Parlamento (tão legitimamente eleito -goste-se, ou não dos parlamentares- quanto o miliciano mítico fabricado pelos militares) torna sua existência política uma inutilidade indesejável para a nação.
Como disse muito bem Rodrigo Maia, Heleno não viu nenhum problema no Parlamento quando este votou o imoral e ilegal AUMENTO DE SALÁRIO dos militares da ativa e da reserva.
A indicação do GOLPE DE ESTADO que os militares dariam e do projeto da intervenção militar que fariam já estava no horizonte desde o início do governo Temer, começando com a indicação do general Sérgio Etchegoyen para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Augusto Heleno é um dos generais da Vergonha auto-pregado atavicamente no muro Simbólico das Forças Armadas desferindo murros demolidores contra ela.
São os militares do partido militar que CONSPIRAM contra o Brasil, desde o século XIX.
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