Padre Alípio de Freitas português
revolucionário, dirigente das Ligas Camponesas de Francisco Julião,
ativista de Miguel Arraes, atuante no movimento de alfabetização com Paulo Freire, enquanto
o presidente João Goulart flertava com o comunismo; dirigente dos
movimentos sociais com as Ligas Camponesas do advogado pernambucano Francisco
Julião; alinhado ao paraibano Celso Furtado; ao pernambucano Paulo
Freire; Miguel Arraes, em Pernambuco; Leonel Brizola, no
Rio Grande do Sul; o alvo do seu atentado
no Aeroporto de Guararapes era o Marechal Costa e Silva; em 1961 realizou
treinamento em guerrilha em Cuba; – além de meditar
em Moscou, em 1962, no Congresso Mundial da Paz; inspirado, ele
se dedicou à “redemocratização”, e apontava para algo maior. O executor da ideia iluminada do sacerdote
português e revolucionário foi um militante da AP (Ação Popular), que
posteriormente transferiu-se para outra organização terrorista, a VAR-Palmares
– o grupo do qual participou “Estela”, quer dizer, “Luíza”, ou melhor,
“Patrícia”, “Wanda”, enfim, Dilma Rousseff, e criou o PCC e o CV na
prisão Ilhas das Flores no RJ;,,, E os brasileiros deram a Alípio a modesta
contribuição de 700 mil reais (o colunista Cláudio Humberto afirma que a
generosidade é maior, 1,09 milhão), e recolhem para ele um dízimo de 6 mil
reais por mês através da portaria do MJ/2009 endossada por Tarso Genro / Lula / CNBB - PT-RS.
Alípio costuma andar sempre com seu “uniforme”, uma camiseta com a inscrição
“Reforma Agrária, por um Brasil sem latifúndios” MST É com essa camiseta que
Alípio participou do último Fórum Social Mundial, em Belém (!!!)
Há que se fazer uma observação sobre Alípio de Freitas. Ele é conhecido
por “Padre Alípio” na literatura da esquerda do período do regime militar,
ocorre que na verdade ele foi afastado das suas funções na Igreja antes mesmo
de ser ordenado por envolvimento com grupos comunistas. As dioceses das regiões
onde ele militava eram obrigadas a publicar com frequência nos jornais locais
sobre a presença do falso padre alertando os seus fieis. Muitos acabaram caindo
na conversa do sujeito que se escondia atrás da falsa batina para subverter as
mentes dos homens de boa-fé.
Sobre Alípio, o autor do atentado à
bomba no Aeroporto de Guararapes, no Recife, em 1966. Esse atentado tirou
a vida e deixou ferido gravemente vários inocentes.
Vamos agora à íntegra da Portaria do MJ 107, de 15 de janeiro de 2009, publicada no pág. 40. Seção 1. do DOU de 15/01/2009, e que concedeu uma pensão vitalícia e a bolada de R$ 650 mil para o terrorista que pariu o PCC.
Vamos agora à íntegra da Portaria do MJ 107, de 15 de janeiro de 2009, publicada no pág. 40. Seção 1. do DOU de 15/01/2009, e que concedeu uma pensão vitalícia e a bolada de R$ 650 mil para o terrorista que pariu o PCC.
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais, com
fulcro no artigo 10 da Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, publicada no
Diário Oficial de 14 de novembro de 2002 e considerando o resultado do
julgamento proferido pela Comissão de Anistia – Caravana da CNBB, na 149ª
Sessão realizada no dia 26 de setembro de 2008, no Requerimento de Anistia nº
2002.01.07159, resolve:
N 107 – Declarar ALIPIO CRISTIANO DE FREITAS portador do CPF nº 628.433.707-87, anistiado político, concedendo-lhe reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação mensal, permanente e continuada, no valor de R$ 4.333,00 (quatro mil, trezentos e trinta e três reais), com efeitos retroativos da data do julgamento em 26.09.2008 a 04.03.1997, perfazendo um total retroativo de R$ 651.322,12 (seiscentos e cinqüenta e um mil, trezentos e vinte e dois reais e doze centavos), a contagem do tempo, para todos os efeitos, ao que refere-se ao impedimento da condição de cidadão brasileiro, nos termos da legislação competente, e o direito a revogação do ato que retirou sua cidadania, recomendando que seja oficiado aos órgãos competentes para que possa recompor o direito a Cidadania brasileira, nos termos da legislação competente, nos termos do artigo 1º, incisos I, II e III da Lei nº 10.559, de 2002. Tarso Genro.
N 107 – Declarar ALIPIO CRISTIANO DE FREITAS portador do CPF nº 628.433.707-87, anistiado político, concedendo-lhe reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação mensal, permanente e continuada, no valor de R$ 4.333,00 (quatro mil, trezentos e trinta e três reais), com efeitos retroativos da data do julgamento em 26.09.2008 a 04.03.1997, perfazendo um total retroativo de R$ 651.322,12 (seiscentos e cinqüenta e um mil, trezentos e vinte e dois reais e doze centavos), a contagem do tempo, para todos os efeitos, ao que refere-se ao impedimento da condição de cidadão brasileiro, nos termos da legislação competente, e o direito a revogação do ato que retirou sua cidadania, recomendando que seja oficiado aos órgãos competentes para que possa recompor o direito a Cidadania brasileira, nos termos da legislação competente, nos termos do artigo 1º, incisos I, II e III da Lei nº 10.559, de 2002. Tarso Genro.
Vamos à reportagem publicada na revista Época em 2009 com a confissão de
Alípio sobre sua atuação política nos presídios brasileiros na época do regime
militar.
Entre
1964 e 1981, o padre Alípio de Freitas foi encarcerado, torturado e transferido
16 vezes de prisão em prisão pelo Brasil. Perdeu a nacionalidade portuguesa, a
brasileira e o direito de lecionar. Quase enlouqueceu. Preso político,
organizou grupos na resistência com seus companheiros e com os presos comuns
que conviviam com eles nas celas. Foi essa mistura que lhe custou a fama de ser
o “pai” de duas organizações criminosas que hoje aterrorizam o Brasil, o
Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital. Hoje, aos 80 anos, ele ajuda
imigrantes brasileiros em dificuldades em Portugal.
Neste ano, sairá pela editora Record o livro O assalto ao poder e
a sombra da guerra civil no Brasil, do jornalista Carlos Amorim. Como nos dois
livros anteriores da trilogia, Comando Vermelho, a história secreta do crime
organizado (1993) e PCC, a irmandade do crime (2003), Alípio de Freitas vai
merecer um capítulo. “Tudo o que os intelectuais queriam era resistir ao
sistema penal. No meio, os presos comuns iam aprendendo a se organizar”, diz
Amorim. “Depois, os intelectuais foram embora e deixaram a semente. Os outros
se apoderaram.”Alípio participou com Francisco Julião dos primórdios das Ligas
Camponesas e foi seu último secretário-geral, em 1964. Foi ativista nas
campanhas de Miguel Arraes no Recife, amigo de fé de Paulo Freire no movimento
pela alfabetização, assíduo no lendário Centro Popular de Cultura, o CPC. Soube
que não vestiria mais a batina quando, às vésperas do golpe, o clero apoiou a
Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, nas ruas de São Paulo. Professor
de história expulso da Universidade de Brasília, jornalista privado da carteira
pelo sindicato, padre Alípio exilou-se no México. Mas sempre voltava ao Brasil,
clandestino. Foi Mário, Guilherme, Carlos e tantos outros que, ao surgir um
“subversivo” novo na parada, era ele que os militares apertavam, por precaução,
na cadeia. Casou-se três vezes, teve uma filha, viu vários companheiros morrer,
salvou outros da ordem de lamber paredes, do suicídio, do medo, da loucura. Foi
condenado em dois tribunais a 150 anos de prisão; cumpriu dez. Ao ser solto,
era apátrida. Começou ali a luta para conseguir de volta a cidadania
brasileira, retirada por uma auditoria da Marinha. Sem emprego, foi camelô no
Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro, até que, passando por ali, o
jornalista Hélio Fernandes o reconheceu vendendo camisas e deu-lhe emprego na
Tribuna da Imprensa. Por fim, cansado, foi embora para Portugal. No ano
passado, depois de 27 anos, ganhou uma ação de indenização contra o Estado
brasileiro.
A mistura de presos políticos com presos comuns na ditadura era
proposital. O objetivo era desvalorizar o heroísmo daqueles ao fazê-los
conviver com estes. Isso permitiu a participação de criminosos comuns nas
organizações criadas, muitas sob a liderança de Alípio. A primeira, na Ilha
Grande, foi a Falange Vermelha, assim chamada porque as fichas dos presos da
Lei de Segurança Nacional vinham com tarja vermelha. Seus integrantes acharam
que “Falange” lembrava os fascistas e mudaram o nome para Comando Vermelho.
Quando o governo acordou, em 1979, já era tarde. Para complicar, os presos de
São Paulo se misturaram com os do Rio de Janeiro e a convivência levou à
fundação, em 1993, do Primeiro Comando da Capital.
Alípio não nega seu papel na criação desses monstros. “Tenho poder
de organização. Organizo grupos por onde ando. Fiz isso em todas as prisões por
onde passei. Não me arrependo. Perguntem à polícia por que um grupo de
malfeitores se apoderou na cadeia dos princípios da organização dos presos
políticos. Primeiro, nos misturaram alegando que ambos assaltávamos bancos.
Depois, mataram na cadeia todas as lideranças entre os presos comuns, os que
estudaram conosco. Pensavam com isso desmantelar o CV ou o PCC. Mas deixaram os
bandidos, a cadeia entregue à bicharada, unida à polícia corrompida.”
Alípio
costuma andar sempre com seu “uniforme”, uma camiseta com a inscrição “Reforma
Agrária, por um Brasil sem latifúndios”. É com essa camiseta que Alípio
participou do último Fórum Social Mundial, em Belém, pouco antes de completar
80 anos. Desde que deixou o Brasil (embora faça questão de dizer: “Eu nunca
deixei o Brasil”), Alípio vive em Portugal para amaciar a vida dos brasileiros.
Criou a Casa do Brasil, refúgio seguro dos novos imigrantes brasileiros, que já
são 100 mil. “Agora chegam por aqui os menos abastados. Vão morar mais barato
do lado de lá do Rio Tejo. Criamos então a Associação Brasil Casa Grande”, diz.
Ao mesmo tempo que leciona história da cultura brasileira na Universidade
Lusófona, Alípio protege os brasileiros da acusação de terem criado uma versão
do PCC em Portugal, o Primeiro Comando Português. “Pura xenofobia europeia. Há
uns que assaltam, outros não, mas não se pode generalizar”, diz. Não há mesmo
tortura que o dome, como cantou Zeca Afonso.”
O padre guerrilheiro que criou o PCC http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64752-15228,00.htm
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