sexta-feira, 2 de março de 2018

ICONOGRAFIA DE SUPOSTOS OVNIS


A literatura da antiguidade está repleta de citação de "objetos ou máquinas" voadoras. Um dos casos mais expressivos são os Vimanas (carros dos Deuses) na Índia. No Tibet, os Vimanas, são veículos voadores relacionados ao Rei do Mundo, Senhor de Agartha, que vem à Terra anualmente toda Lua Cheia de Wesak manifestando-se aos monges tibetanos. Outros casos há com referência expressa a Israel, como no caso da moeda francesa do século 17. No século XX, tivemos o famoso relato nas Aparições de Fátima de um "objeto voador" donde caiam os famosos "cabelos de Anjo", documentação pesquisada pioneiramente pelo historiador da Universidade Fernando Pessoa, Porto, Joaquim Fernandes e Fina D'Armada. Concerne destacar que algumas dessas imagens apresentam uma semelhança notável, tal como se pode notar na imagem 1 e 3.
Existem algumas pinturas, afrescos, moedas, livros, etc, que tem chamado a atenção de pesquisadores de fenômenos anômalos aero-espaciais, ufólogos e leigos. Deixo postadas algumas delas que tem sido objeto de investigação e dúvidas. Há muita nota forçada nesses assuntos, de modo que, cautela e caldo de galinha nunca fazem mal. Há muito por pesquisar e manda a prudência que toda conclusão fechada é precipitada.
1) O Batismo de Cristo, Aert de Gelde, 1710.
2) O Milagre da Neve, Masolino da Panicali, 1428-1432
3) Moeda Francesa com a Roda de Ezequiel, segundo algumas interpretações.
4) Vimanas, Mahabharata, "The Tibetan Books Tantyua".
5) Formas de OVNIS de 1968-1969 catalogadas no Boletim SIOANI da Força Aérea Brasileira
4) Vimanas, Mahabharata, "The Tibetan Books Tantyua".
5) Formas de OVNIS de 1968-1969 catalogadas no Boletim SIOANI da Força Aérea Brasileira

OVNIS X UFOS
UFO e OVNI não são a mesma coisa, nem tampouco a mera transliteração ou tradução de uma língua para outra, no caso, da inglesa para a portuguesa. A evolução bibliográfica dos termos mostra isso claramente. OVNIS (Objeto Voador Não Identificado) é uma designação genérica para todo e qualquer fenômeno aéreo, ou seja, pode ser a aparição de um Anjo, uma aparição mariana, uma possessão demoníaca, etc. OVNI não é um objeto, designa fenômeno ou númeno. UFO é um objeto físico, inicialmente, uma arma militar. UFO não tem, necessariamente, ligação com extraterrestre, ou seja, deve-se separar o objeto de uma suposta tripulação e jamais misturar o fenômeno com o objeto.
Há uma vasta e erudita bibliografia sobre OVNIS na história, incluso eclesiástica. UFOs surgem na literatura do século XX. A ufologia casuística no Brasil em sua imensa maioria só fala de UFO, e tripulado.
 OVNIS encontram-se estudados dentro dos 4 elementos: ar, agua, terra, fogo. Há terminologias imprecisas e que nada contribuem para os estudos, este é o caso. De modo semelhante temos a designação "geoglifos" para os achados arqueológicos da Amazônia brasileira.
Loryel Rocha
02/03/2018

IMAGEM DO PRIMEIRO "DISCO VOADOR" (UFO) DESCRITO EM 1947 POR KENNETH ARNOLD
Repito: um OVINI não é um UFO!
Depois de 1947, a maioria dos objetos não identificados passou a ser chamados de "flying saucer" , mesmo que não tivesse forma de disco ou que sequer fosse arredondado. A expressão passou a abrigar um conjunto variado de eventos que não tinha denominação própria antes de 1947. E mais, UFO, inicialmente designava ARMA DE GUERRA. Tempos depois, é que lhe foi anexado tripulação, ETs, até chegar nos Annunaki atual. O conceito sofreu uma mutação RADICAL descambando para as coisas mais inauditas, a ponto de certos "grandes ufólogos" no Brasil estarem afirmando que SACI-PERERÊ é ET e que todas os seres míticos são ETS. O brasileiro inventa o que ele quer. É muito difícil dialogar num país onde tudo se INVENTA.
O mínimo que uma investigação criteriosa teria de fazer é saber a origem e evolução dos conceitos.
Resultado de imagem para IMAGEM DO PRIMEIRO "DISCO VOADOR" (UFO) DESCRITO EM 1947 POR KENNETH ARNOLD

Republico
IMAGINÁRIO EXTRATERRESTRE- GÊNEROS LITERÁRIOS E ASSUNTOS
A temática do imaginário extraterrestre não se restringe de modo algum ao que publica a ufologia casuística; aliás, a casuística pouco ou nada tem a contribuir nesse sentido. Portanto, o desconhecimento sobre esse tema é proporcional a ignorância que paira sobre o mesmo.
Gênero- Compêndios cosmológico-geográfico; Tratados teológicos e metafísicos; escritos apologéticos-religiosos; ensaio filosófico-didáticos; poesia científico-filosófica; imprensa periódica.
Assuntos:
1) Antropologia Filosófica, Anatomia e Biologia Evolutiva;
2) Outros céus e outras gentes;
3) Conceito de universo na cultura luso-brasileira do século XV até o XXI;
4) Conceito de mundos vários no firmamento;
5) Visionários e Visões celestes na poesia, na filosofia, na teologia, na literatura, etc;
6) VIsão de "Outros Mundos" na literatura de ficção;
7) Metafísica;
8) Ideia de cultura proposta no mito;
9) "Literaturas do fim";
10) Psicologia;
11) Fenômenos Anômalos;
12) Folclore...
Link para uma obra importantíssima: "Espelho do invisivel, em que se expoem a Deos, hum, e trino, no throno da eternidade, as divinas ideas, Christo, & a Virgem, o ceo, & a terra : poema sacro",
Troylo Vasconcellos da Cunha (1654-1729) dedicada ao cardeal Nuno da Cunha de Attahide.
créditos Loryel Rocha
https://archive.org/stream/espelhodoinvisiv00vasc#page/n3/mode/2up

"O DR. BENIGNUS", O PRIMEIRO LIVRO BRASILEIRO QUE FALA SOBRE EXTRATERRESTRE
"O Doutor Benignus" de Augusto Emílio Zaluar, português naturalizado brasileiro. A obra, um romance-folhetim, publicado em 1875 por O Globo, em fascículos, traz questionamentos filosóficos e perspectivas naturalistas, dado que Dr. Benignus é médico e naturalista. "O Doutor Benignus" é considerado o primeiro romance de ficção científica de inspiração verniana no Brasil.
Ele anda pelo interior do Brasil ,encontra-se com um ser do Sol, traça inquéritos sobre a pluralidade dos mundos habitados. Mas, sustentando o romance existe a questão do darwinismo e o aperfeiçoamento das raças além de um inquérito sobre a Criação e o Criador. O livro é lançado poucos anos depois que Darwin lançou sua teoria sobre a Origem das espécies. "O Doutor Benignus" é o primeiro romance brasileiro a fazer menção a Darwin. Dr. Benignus traz referências precisas à obra de diversos cientistas contemporâneos, entre os quais estão Peter Wilhelm Lund, Camille Flammarion e José Vieira Couto de Magalhães.

É interessante o silêncio sepulcral que paira sobre a obra, sobretudo vinda dos grandes eruditos da literatura como José Guilherme Merquior que não a menciona em sua obra "De Anchieta a Euclides: breve história da literatura brasileira.".
Dr. Benignus antecede H.G.Hells ("A Guerra dos Mundos", 1897) escritor britânico e membro da Sociedade Fabiana. É uma obra que merece ser lida, pois, entre outras coisas, a ideia de ser humano vai sendo questionada e o desenho que será futuramente um "extraterrestre" apresenta contornos interessantes, depois descartados.
Anexo, um leve artigo sobre Dr. Benignus.
CRÉDITOS LORYEL ROCHA
http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300878709_ARQUIVO_ODoutorBenignus-AorigemdohomemnaconcepcaodanaturezadeEmiloZaluar.pdf

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