Adendo set/2018:
No ano passado, essas empresas saltaram para o oitavo e o nono lugares. Estão à frente da Nestlé, por exemplo. Ainda em 2004, uma terceira empresa de Colnaghi, a Agripek Tecnologias, passou a integrar o ranking: entrou direto no 15º lugar.
Na última quarta-feira, a Folha solicitou à assessoria de Colnaghi os dados referentes à exportação para Angola nos últimos três anos. Anteontem, um assessor do empresário informou que a empresa não havia concluído o levantamento em Penápolis.
Amigos de Palocci
Colnaghi, um empresário que nasceu em Penápolis, a 491 km de São Paulo, conheceu Palocci em 2001, quando o petista assumiu a prefeitura de Ribeirão Preto em seu segundo mandato. O empresário buscava nas prefeituras da região clientes para sua empresa de informática.
A Soft Micro não ganhou nenhum contrato da prefeitura de Ribeirão, mas Palocci passou a usar o jatinho de Colnaghi quando se tornou um dos coordenadores da campanha de Lula em 2002. Era Ademirson quem fazia a ponte entre Palocci e Colnaghi.
A quebra do sigilo telefônico de Ademirson revelou que Vladimir Poleto era um dos seus interlocutores mais assíduos. Foi Poleto quem fez a viagem no avião Seneca de Colnaghi na qual teriam sido transportados os dólares que o PT teria recebido de Cuba.
A CPI dos Bingos contabilizou cerca de 1.400 telefonemas entre Ademirson e Poleto num período de 24 meses que se estende de 2003 a 2005. Essas ligações foram feitas tanto no celular que o próprio Ademirson usa como no número que Palocci atende. Segundo os números da CPI, os dois conversavam, em média, duas vezes por dia.
Os deputados suspeitam que Colnaghi usava Poleto para conversar com Palocci.
Colaborou JANAÍNA LEITE, da Reportagem Local - MARIO
CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL - São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005
o
vice-presidente de Malabo, capital da Guine Equatorial , Teodoro Obiang Mang e comitiva teve
sua bagagem aprendida pela PF no Aeroporto de Viracopos. Com eles foram
encontrados US$1,4 milhão e 20 relógios cravejados de diamantes, avaliados em
US$ 15 milhões.
O ex-presidente
Lula cumprimenta o ditador de Guiné Equatorial Teodoro Obiang Nguema durante
encontro em 2010 (Ricardo Stuckert/PR/AFP). mensagens
interceptadas pela Polícia Federal entre executivos da OAS revelam as relações
próximas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e algumas das maiores
empreiteiras do país na obtenção de contratos de obras públicas em países da
África e na América Latina; o governo francês pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) sua extradição, por acusações de corrupção e lavagem de
dinheiro. Na ocasião, 17 carros de luxo de propriedade de Teodorín foram
apreendidos no país europeu. No entanto, ele saiu do Brasil antes que o Supremo
falido do Brasil, julgasse o pedido feito pela França.
No Brasil, Colnaghi e a Asperbras têm sido personagens recorrentes em
escândalos políticos. Em 2005 estiveram sob investigação no caso mensalão, por
estranhas operações com o Trade Bank, via Angola; — Hoje figuram, simultaneamente, nos inquéritos
de Curitiba sobre subornos na Petrobras e de Brasília sobre o derrame de
dinheiro na recente eleição do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. É preso em
Portugal, paga fiança de € 3 milhões e confessa ter dado mansão de presente a
ministro do Congo; — Em maio de 2013, Dilma Rousseff
perdoou 79% dessa dívida, US$ 280 milhões (R$ 924 milhões). O Senado aprovou,
sem debate.
Amigo de Palocci teve acesso a crédito de US$ 8,5
milhões com juros baixos após audiência no BB; Operação
Rota do Atlântico, em Portugal, por suspeita de estar envolvido em corrupção e
lavagem de dinheiro em negócios realizados
no Congo-Brazzaville, José Veiga, seu sócio no Congo-Brazzaville, país que
é o quarto maior produtor de petróleo da África e onde há 47 anos impera o
ditador Denis Sassou Nguesso. Mansão havia sido comprada pela Asperbras
como presente a Gilbert Ondongo, ministro da cleptocracia Sassou Nguesso —
confessou Colnaghi.
Veiga foi preso, depois de tentar comprar o controle do Banco
Internacional de Cabo Verde, espólio do falido Grupo Espírito Santo;[1] — Foi localizado numa pequena joia da
arquitetura da Quinta da Marinha, em Cascais, em cuja garagem estavam
estacionados quatro Porsches, Mercedes e um Bentley. Num cofre, a polícia
encontrou € 7 milhões (R$ 24,5 milhões). Outros € 10 milhões (R$ 36
milhões) acabaram “congelados” em bancos portugueses; — Dono de um avião que transportou o ministro
da Fazenda, Antonio Palocci, na campanha presidencial de 2002, Colnaghi figura
na lista dos maiores exportadores para o país africano, remessas da Trade Link para ministro; um avião Sêneca de sua propriedade
transportou caixas de uísque de Brasília para São Paulo, supostamente contendo
de US$1,4 milhão a US$3 milhões vindos de Cuba para a campanha do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002; — Além da Asperbras
Nordeste, têm negócios com Angola a Asperbras Bahia Ltda, e a Asperbras
Importação e Exportação Ltda, também de Colnaghi.
O nome da Abin
apareceu associado a episódios turbulentos, como as fitas do BNDES e o
escândalo de corrupção nos Correios. A agência participou? Buzanelli negou, no entanto, Lula o substituiu o
diretor da Abin por Paulo Lacerda ex-diretor da PF e imediatamente o exonerou
enviando-o como adido policial para Portugal com salário milionário, foi para
proteger Colnaghi em Portugal?
Le Président de la République, le Pr Alpha Condé, a
reçu dans la matinée de ce 24 juin 2011 une délégation brésilienne conduite par
Mr José Roberto COLNAGHI, Président du groupe ASPERBRAS. La délégation a été
introduite auprès du Président de la République par le ministre de l’Habitat,
le Général Mathurin Bangoura.
Cette audience a été sanctionnée par la signature d’un protocole
d’accord entre le gouvernement Guinéen et cette société brésilienne dans le
cadre de la construction d’une zone industrielle et commerciale ainsi que deux
centrales électriques de 25 mégawatt fonctionnant au fuel lourd pour
l’alimentation de 15 unités de production industrielle qui seront construites
dans la préfecture de Dubréka. - Le Bureau de Presse de la
Présidence - Guinée News.
O empresário Roberto Colnaghi, amigo do ministro da
Fazenda, Antonio Palocci Filho, obteve neste ano um financiamento do Banco do
Brasil de US$ 8,5 milhões (cerca de R$ 19 milhões, quando corrigidos pelo
câmbio atual) para exportar equipamentos agrícolas para Angola.
Colnaghi é um dos donos do jatinho Citation que Palocci usou na campanha presidencial do PT, em 2002, e pelo menos duas vezes quando já era ministro da Fazenda. É dele também o Seneca, um avião de menor porte que o PT teria usado para transportar dólares recebidos de Cuba, de acordo com a revista "Veja".
Colnaghi é um dos donos do jatinho Citation que Palocci usou na campanha presidencial do PT, em 2002, e pelo menos duas vezes quando já era ministro da Fazenda. É dele também o Seneca, um avião de menor porte que o PT teria usado para transportar dólares recebidos de Cuba, de acordo com a revista "Veja".
O Banco do Brasil financiou as exportações de uma empresa de Colnaghi chamada
Asperbras por meio do Proex (Programa de Financiamento às Exportações).
Os recursos do Proex saem do Orçamento da União e são administrados pelo Banco
do Brasil. A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda é
responsável pelo programa e decide quais critérios serão aplicados na ajuda aos
exportadores.
Colnaghi fez o primeiro contato com o Banco do Brasil para tratar do financiamento em 2001, mas o recurso só foi liberado neste ano.
Entre o pedido e a liberação do financiamento, o empresário foi recebido no
Banco do Brasil, em Brasília, numa reunião que foi agendada por Ademirson
Ariovaldo Silva, assessor especial do ministro Palocci, segundo empresários
ouvidos pela Folha que acompanharam a operação, pelo menos
parcialmente.
Colnaghi nega que tenha tido alguma reunião no Banco do Brasil agendada com a ajuda de Ademirson. Diz que teve inúmeras reuniões para cuidar de exportações, mas nunca se encontrou com a cúpula do banco nem recebeu nenhum tipo de ajuda de Ademirson.
O assessor de Palocci, por sua vez, informou, por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, que não marcou nenhuma reunião no BB para Colnaghi. O Banco do Brasil confirma que o empresário foi recebido por dois gerentes executivos _cargo logo abaixo da função de diretor na hierarquia da instituição_ da diretoria de agronegócios. Os recursos do Proex, de acordo com o banco, são administrados por outra diretoria, a de comércio exterior.
Obter um financiamento do Proex não é um processo simples, sobretudo por causa da exigência de carta de crédito de bancos internacionais de primeira linha. Para obter o financiamento de US$ 8,5 milhões, Colnaghi apresentou uma carta de US$ 11 milhões do banco português BPN.
As exigências são compensadas pelos juros baixos. Enquanto os bancos comerciais cobram taxa de 10% ao ano para um financiamento de exportação que tenha um prazo hipotético de seis meses, a taxa de juros dessa mesma operação pelo Proex seria de 2%, 3% ao ano.
Não é a primeira vez que uma empresa de Colnaghi recebe recursos do Banco do Brasil. O governo de Tocantins pegou R$ 9,4 milhões do banco, por meio de um convênio, e repassou-o para a Soft Micro Informática sem licitação. A Soft Micro foi contratada para instalar programas de administrações públicas em 139 municípios daquele Estado. O BB informa que a responsabilidade pela verba é do governo de Tocantins, não do banco.
Relações com Angola
Antes de obter o empréstimo do Banco do Brasil, as exportações de Colnaghi para
Angola já eram um fenômeno. Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que
duas empresas dele (Asperbras Nordeste e Asperbras Bahia) ocupavam em 2003 a
58ª e a 168ª posições, respectivamente, no ranking dos exportadores para aquele
país africano.Colnaghi fez o primeiro contato com o Banco do Brasil para tratar do financiamento em 2001, mas o recurso só foi liberado neste ano.
Colnaghi nega que tenha tido alguma reunião no Banco do Brasil agendada com a ajuda de Ademirson. Diz que teve inúmeras reuniões para cuidar de exportações, mas nunca se encontrou com a cúpula do banco nem recebeu nenhum tipo de ajuda de Ademirson.
O assessor de Palocci, por sua vez, informou, por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, que não marcou nenhuma reunião no BB para Colnaghi. O Banco do Brasil confirma que o empresário foi recebido por dois gerentes executivos _cargo logo abaixo da função de diretor na hierarquia da instituição_ da diretoria de agronegócios. Os recursos do Proex, de acordo com o banco, são administrados por outra diretoria, a de comércio exterior.
Obter um financiamento do Proex não é um processo simples, sobretudo por causa da exigência de carta de crédito de bancos internacionais de primeira linha. Para obter o financiamento de US$ 8,5 milhões, Colnaghi apresentou uma carta de US$ 11 milhões do banco português BPN.
As exigências são compensadas pelos juros baixos. Enquanto os bancos comerciais cobram taxa de 10% ao ano para um financiamento de exportação que tenha um prazo hipotético de seis meses, a taxa de juros dessa mesma operação pelo Proex seria de 2%, 3% ao ano.
Não é a primeira vez que uma empresa de Colnaghi recebe recursos do Banco do Brasil. O governo de Tocantins pegou R$ 9,4 milhões do banco, por meio de um convênio, e repassou-o para a Soft Micro Informática sem licitação. A Soft Micro foi contratada para instalar programas de administrações públicas em 139 municípios daquele Estado. O BB informa que a responsabilidade pela verba é do governo de Tocantins, não do banco.
Relações com Angola
No ano passado, essas empresas saltaram para o oitavo e o nono lugares. Estão à frente da Nestlé, por exemplo. Ainda em 2004, uma terceira empresa de Colnaghi, a Agripek Tecnologias, passou a integrar o ranking: entrou direto no 15º lugar.
Na última quarta-feira, a Folha solicitou à assessoria de Colnaghi os dados referentes à exportação para Angola nos últimos três anos. Anteontem, um assessor do empresário informou que a empresa não havia concluído o levantamento em Penápolis.
Colnaghi, um empresário que nasceu em Penápolis, a 491 km de São Paulo, conheceu Palocci em 2001, quando o petista assumiu a prefeitura de Ribeirão Preto em seu segundo mandato. O empresário buscava nas prefeituras da região clientes para sua empresa de informática.
A Soft Micro não ganhou nenhum contrato da prefeitura de Ribeirão, mas Palocci passou a usar o jatinho de Colnaghi quando se tornou um dos coordenadores da campanha de Lula em 2002. Era Ademirson quem fazia a ponte entre Palocci e Colnaghi.
A quebra do sigilo telefônico de Ademirson revelou que Vladimir Poleto era um dos seus interlocutores mais assíduos. Foi Poleto quem fez a viagem no avião Seneca de Colnaghi na qual teriam sido transportados os dólares que o PT teria recebido de Cuba.
A CPI dos Bingos contabilizou cerca de 1.400 telefonemas entre Ademirson e Poleto num período de 24 meses que se estende de 2003 a 2005. Essas ligações foram feitas tanto no celular que o próprio Ademirson usa como no número que Palocci atende. Segundo os números da CPI, os dois conversavam, em média, duas vezes por dia.
Os deputados suspeitam que Colnaghi usava Poleto para conversar com Palocci.
Os papéis do Itamaraty também mostram que o ex-presidente
usou o nome de Dilma Rousseff junto a presidentes africanos
THIAGO BRONZATTO
02/10/2015
- 23h20 - Atualizado 09/10/2015 20h40
https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/10/documentos-secretos-revelam-lula-fez-lobby-para-odebrecht-em-licitacao-na-guine.html
DA REPORTAGEM LOCAL - São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 2005
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2811200513.htm
Os empresários José Roberto (Beto) e Francisco
(Teté) Colnaghi tornaram-se colaboradores da Fundação Xuxa Meneghel, no Rio de
Janeiro.
[1] Portugal Telecom: Lula, Zé Dirceu, José Sócrates, PP, PDT, Lewandowski, Banco Espírito Santo http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2015/09/portugal-telecom-lula-ze-dirceu.html
[1] Portugal Telecom: Lula, Zé Dirceu, José Sócrates, PP, PDT, Lewandowski, Banco Espírito Santo http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2015/09/portugal-telecom-lula-ze-dirceu.html
[2] https://veja.abril.com.br/economia/lula-a-ponte-entre-empreiteiros-e-o-ditador-da-guine-equatorial/
Nenhum comentário:
Postar um comentário