DOM
PEDRO II, brilhava como o sol aqui em Uruguaiana, era o imperador que estava
aqui...para expulsar as tropas invasoras, guerra do Paraguai, 1865.
A
República até hoje não funcionou bem. A maçonaria não comenta nada...
A maldade vem de longe, hein? Quanta ingratidão! Dói o coração saber disto...
Após 2 dias da expulsão da família Imperial, todos
seus bens foram saqueados pelos militares e outros leiloados por preços
irrisórios. Dona Teresa Cristina morreu em poucos meses (o enterro foi pago por
amigos, devido a difícil situação financeira do Imperador), Pedro Augusto teve
que ser trancado em uma cabine pois não parava de gritar e tremer. O único que
o acalmava era seu avô Pedro II, que entrava na cabine sentava ao chão e o
abraçava em prantos, dizendo que tudo ficaria bem.
Quando a família Imperial
chegou a Lisboa uma multidão esperava no porto junto aos seus familiares, aonde
foi oferecido um palácio e uma voluptuosa fortuna e renda mensal para Pedro.
Porém eles não aceitaram qualquer tipo de ajuda financeira dos parentes
portugueses, mesmo Pedro tendo o título de Arquiduque em Portugal, Filho do Rei
Pedro, Irmão da Rainha Maria da Glória e Tio do reinante da época. Dona Isabel,
Conde D’eu e seus 3 filhos foram para o palácio D’eu, de seu pai o Duque D’eu,
na França. Aonde tiveram uma vida confortável diante a fortuna que a família
D’eu possuía. Pedro II e Pedro Augusto partiram para o centro de Paris, aonde
se hospedaram em um simples hotel de 3 estrelas, pago por um grande amigo de
Pedro, que viajou logo em seguida para Europa quando soube do acontecido. Pedro
Augusto preferiu ficar em um casa de uma amiga íntima de Freud, que tinha
grande estima pelo rapaz, um lugar maior e mais sossegado para acalmar o
sofrido jovem. A casa ficava 2 quarteirões do hotel aonde Pedro se hospedara,
então as visitas de seu avô eram diárias, onde levava seu neto aos museus e
bibliotecas da cidade luz.
Tudo parecia que estava em formação,
uma nova realidade para todos, e a vida continuava. Pedro adorava dar aulas na
principal biblioteca de Paris para universitários, de história, geografia,
botânica , grego e inglês. Sua rotina se resumia em acordar bem cedo, preparar
suas aulas, ir para biblioteca, visitar exposições, visitar amigos, tomar café
pela tarde e ler até 5 livros em uma única madrugada. Pedro adorava traduzir de
forma perfeita as maiores obras literárias para o português, e foi o primeiro a
traduzir a obra “Mil e uma Noites” do árabe original para o português do
Brasil. A relíquia encontra se na biblioteca nacional de Coimbra em Portugal.
Em 1890, uma pneumonia instalou-se em
seus pulmões, o limitando a ficar na cama de solteiro de seu quarto, escrevendo
seus amados contos e poesias e lendo seus livros preferidos.. Alguns meses após
a doença e tratamento sem bons resultados, morrera naquela cama sozinho , com
um saco de areia da praia de Copacabana em seu bolso. O velório foi digno de um
imperador da França, devido a tal prestigio que Pedro gozava entre os
intelectuais e nobres da Europa. Um cortejo de mais de 500 mil pessoas tomaram
a rua de Paris, e todas as honras Monárquicas foram feitas pelo governo
Francês. Um fato histórico, pois nunca Paris tinha se mobilizado tanto, nem
mesmo por falecimento de governantes locais. Reis, Rainhas, nobres, burgueses
de todo o mundo estavam presentes no velório e no cortejo, como a Rainha
Vitória da Inglaterra, o presidente dos Estados Unidos e centenas de amigos
intelectuais como o próprio Freud e o filósofo Friedrich Nietzsche.
O Governo Militar ditatorial
brasileiro, revoltou-se pelo tamanho da comoção mundial envolta do falecimento
de Pedro II. Rompendo acordos diplomáticos com a França, Inglaterra e Alemanha. Nenhum representante do novo governo brasileiro foi mandado para o enterro do
expulso Imperador. A mídia fechada pelos militares no Brasil, não puderam ao
menos noticiar o falecimento do Monarca. A grande maioria do povo brasileiro só
souberam do acontecido 3 meses depois.
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Fonte: Diário Barão e Baronesa de Loreto, Museu Imperial de Petrópolis, Biblioteca Nacional RJ.
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Fonte: Diário Barão e Baronesa de Loreto, Museu Imperial de Petrópolis, Biblioteca Nacional RJ.
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