Cel José Gobbo Ferreira
Abril de 2014
O respeitável ancião Fernando
Henrique Cardoso, outrora presidente desta República, deu aquilo que se chama
“um tiro no pé” ao sugerir que o Exército deveria pedir desculpas pelos
supostos excessos durante a defesa da sociedade contra as ações desumanas de um
bando de marginais a serviço de Havana, Moscou e Pequim.
Se não houver nenhum motivo de
ordem geriátrica, somente o entusiasmo socialista criado pelo março negro que
acabamos de atravessar, de satanização das FFAA, poderia explicar a infeliz
declaração do Sr. FHC.
Esse senhor nasceu em berço
militar. Filho do Gen. Leônidas Cardoso, ativo participante do movimento
tenentista, neto do Gen. Joaquim Cardoso e com antepassados igualmente sérios e
patriotas, o Sr. FHC cedo esqueceu-se dos exemplos familiares e enveredou pelo
marxismo e, posteriormente, pelo gramscismo.
Navegando sinuosamente entre o
socialismo e o fabianismo, tornou-se refém da Trilateral Commission ao
participar da fundação do Diálogo Interamericano, uma entidade
entreguista privada, fundada nos Estados Unidos para limitar os esforços dos
países latino americanos por uma verdadeira independência política, econômica,
militar e tecnológica.
Os militares brasileiros, que
ele agora condena, malgrado todas as agruras de um período em que tinham que
governar buscando aceitação internacional para aquilo que era descrito lá fora
como uma ditadura militar (inclusive por ele próprio), nunca se curvaram às
pressões para limitar nosso progresso tecnológico em áreas sensíveis. O agora
bravo conselheiro Sr. FHC, quando Presidente da República, de uma vez só
assinou em 1995 o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e em 1998 o
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Com isso ele frustrou nossos
esforços tanto nas tecnologias espaciais, onde trabalhei por mais de vinte
anos, quanto no domínio e exploração autóctones da energia nuclear, para os
fins que se revelassem estrategicamente adequados, conforme as circunstâncias.
Hoje, tanto nosso Veículo Lançador de Satélites quanto nosso submarino nuclear
e demais tecnologias nucleares patinam, por serem proibidos de dispor da
tecnologia adequada para seus desenvolvimentos. Isso graças à tibieza e às
convicções concordes com uma chamada nova ordem mundial do Sr. FHC. E esses
tratados nos escravizarão para sempre!
Responsável por um processo de
privatização altamente discutível em sua condução, e acionista majoritário do
sempre ilibado Congresso Nacional onde, mercê das barganhas adequadas, adquiriu
o direito à reeleição que hoje tanto atormenta o povo brasileiro sério. Não me
parece que o Sr. FHC tenha moral para sugerir que o Exército Brasileiro faça o
que quer que seja.
Melhor faria se fizesse uma
“autocrítica” tão a gosto dos seus colegas marxistas da juventude e assim
talvez descobrisse a quem cabe o dever de pedir desculpas à nação brasileira
pelos prejuízos causados, se a nós ou se a ele.
O Exército Brasileiro jamais
pedirá desculpas por ter agido com patriotismo, profissionalismo e firmeza,
qualidades ausentes no Sr. FHC, por ter impedido que nosso país caísse sob o
domínio comunista e por ter destruído o embrião daquilo que poderia ser em
nosso território uma FARC ou um Sendero Luminoso, bandos de criminosos que há
tanto tempo fazem sofrer os povos dos países onde, ao contrário do Brasil,
conseguiram se implantar.
Termino parodiando S.M o Rei
Juan Carlos quando se dirigiu a um outro falastrão, também chegado a
declarações inconvenientes: Don Fernando:¿por qué no te callas?
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