quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Energia Nuclear. Marinha do Brasil. Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul)


"Foi criada no dia 8 de agosto de 2012, por meio da Lei nº 12.706, a empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), proposta no âmbito do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. A empresa, vinculada ao Ministério da Defesa por meio do Comando Geral da Marinha, é o resultado de cisão parcial da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). A nova empresa terá sede em São Paulo e poderá, futuramente, estabelecer escritórios e filiais em outros estados e no exterior.

O objetivo da Amazul é o de promover, desenvolver, absorver, transferir e manter tecnologias necessárias às atividades nucleares da Marinha do Brasil, do Programa Nuclear Brasileiro (PNB), inclusive o Programa Nuclear da Marinha, e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

O Programa Nuclear da Marinha, desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, visa à capacitação tecnológica voltada à propulsão nuclear naval, com o intuito de desenvolver planta propulsora de submarino movido à energia nuclear.

No âmbito do PROSUB, está prevista a construção, em parceria com a França, de quatro submarinos convencionais, um submarino nuclear e de uma base naval e um estaleiro em Itaguaí-RJ. Trata-se do principal programa de cooperação internacional do Brasil em andamento na área da defesa.

A Amazul será responsável, ainda, por fomentar a implantação de novas indústrias no setor nuclear, estimular e apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento nesse setor bem como elaborar estudos e trabalhos de engenharia, realizar projetos de desenvolvimento tecnológico, construir protótipos e outras tarefas afetas ao desenvolvimento de projetos de submarinos.

Além dos supracitados, os seguintes projetos deverão ser implementados pela Amazul:
i) construção e operação do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), primeiro reator nuclear de potência projetado e construído por brasileiros;
ii) operação da Usina de Hexafluoreto de Urânio (USEXA); e
iii) elaboração do projeto e construção da fábrica de ultracentrífugas, que deverá, no futuro, tornar o Brasil autossuficiente em enriquecimento de urânio."

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