DECODIFICANDO: AS AUTORIDADES DO BRASIL E OS ILUSTRES VISITANTES
Profa. Guilhermina Coimbra*
Decodificar significa trabalhar em benefício de todos,
tentando fazer compreender os discursos competentes de autoridades nacionais e
internacionais; significa tentar esclarecer e fornecer argumentos para a
população brasileira devidamente esclarecida mude o curso das políticas
que pretendem para o Brasil.
Tudo indica que o deslumbramento com os
visitantes ilustres da Rio+20, vai fazer as Autoridades Brasileiras agirem pior
do que Otávio Mangabeira, Ministro do Governo do Presidente Getúlio Vargas agiu
ao beijar as mãos do presidente Eisenhower, na ocasião da visita do Presidente
Norte-Americano à Natal. RGN, Brasil (Na época dizem que causou tremendo
mal-estar na população e nas Forças Armadas brasileiras, as quais se sentiram
humilhadas até a alma).
As declarações das Autoridades Brasileiras
corroborando com o nosso entendimento são:
1- A aceitação
pelos Ministros da Secretaria da Presidência (Gilberto Carvalho) e do
Meio-Ambiente – de que o Brasil “ ...não tem necessidade de se desenvolver
exatamente ao nível de desenvolvimento dos demais Estados desenvolvidos...”
(O Globo, final de abril/2012, em “Rio +20”, página dedicada à Conferência) .
Com esse “entendimento”, o Brasil pode
parar o seu desenvolvimento tecnológico, porque, não tem necessidade de se
desenvolver exatamente como todos os demais Estados desenvolvidos;
2- A Ministra
do Meio-Ambiente declarou, ...”que o padrão de consumo dos países
desenvolvidos não pode ser replicado para todo o planeta”(em O Globo,
11.5.2012, p. 40, Rio +20). A Ministra do Meio Ambiente do
Brasil repetiu o pensamento das ONGs que trabalham contra o desenvolvimento dos
países eternamente em desenvolvimento. A Ministra do Meio Ambiente do
Brasil, repetiu o argumento, daquela ONG que barrou e
hidroelétrica na Índia, preferindo ver a população indiana carregando água
insalubre e barrenta para beber e morrer, com o argumento de que (Entrevista no "60 Minutes"). A
Ministra do Meio Ambiente do Brasil ao fazer tal declaração, se posicionou,
concordando expressamente que o mundo deve continuar dividido em países
subdesenvolvidos-escravos dos Estados desenvolvidos, para que estes possam
continuar se desenvolvendo a custa desse sistema escravagista - em vigor desde
a Revolução Industrial.
3-A concordância das Autoridades Brasileiras
em vender o direito do Brasil se desenvolver utilizando os créditos de carbono
a que tem direito. Isto é, vender o direito de desenvolver para que os Estados
desenvolvidos continuem se desenvolvendo cada vez mais a custa do
subdesenvolvimento do Brasil: uma ignomínia inaceitável para um país como o
Brasil;
3- As autoridades brasileiras vão concordar em
continuar paralisando o desenvolvimento do Brasil, aceitando fazer com que o
Brasil volte a ser um mero país agrário e um reles país extrator de minerais
energéticos estratégicos in natura, para continuar locupletando os
depósitos dos Estados desenvolvidos (Brasil: celeiro de minerais transformáveis
em combustível e celeiro de alimentos do mundo desenvolvido);
4- O Brasil vai continuar fazendo vista grossa
para o contrabando do nióbio, o metal precioso e indispensável componente para
todos os manufaturados que necessitem de alta tecnologia (denunciado, também,
no depoimento de um dos envolvidos no escândalo do “Mensalão”, como o tema que
deveria ser “o” objeto de CPI, face à derrama de divisas que se esvai da Caixa
do Tesouro Nacional brasileira, as quais são canalizadas diretamente para
enriquecer caixas de tesouros alienígenas e os poucos brasileiros conhecedores do
mapa da mina);
5- As deslumbradas Autoridades brasileiras
pretendem “tranqüilizar“, os ilustres visitantes (todos muito bem-vindos,
porque os brasileiros são hospitaleiros, amigos e inclusivos, por tradição) e
“acalmando” as autoridades dos Estados interessados em imobilizar o
desenvolvimento do Brasil por mais 20 anos, até que os Estados desenvolvidos
– fartamente locupletados com tudo o que o Brasil tem de melhor: petróleo,
urânio, tório, nióbio e outros minérios energéticos transformáveis em
combustíveis – deixem de se importar com o Brasil, tratando as Autoridades
brasileiras remanescentes com o humor habitual, porque, entreguistas e
colaboracionistas são risíveis, para serem usados e descartados;
6- As Autoridades brasileiras,
deslumbradas com os visitantes ilustres, estão preparando-se para
tranqüilizá-los, asseverando que as programadas há mais de 30 anos construções
das usinas nucleares brasileiras vão ser paralisadas – exatamente como vêm
sendo paralisadas com marchas e contra-marchas há mais de 50 anos o programa
Nuclear Brasileiro;
7- As
Autoridades Brasileiras deslumbradas com os visitantes importantes estão
preparando-se para tranqüilizá-los, assegurando-lhes...”que absolutamente, o
Brasil não tem a intenção de se tornar um “Japão na América do Sul”; que fiquem
tranqüilos porque o Brasil vai imobilizar todos os empreendimentos à revelia
dos contribuintes de fato e de direito do Brasil: empresários, industriais da
área de infra-estrutura , da área de alta tecnologia, agros-negócios,
pecuaristas, madeireiros e outros; que o Brasil - gigante aceita adormecer pelo
tempo que for necessário para que vossas
excelências autoridades estrangeiras cresçam e floresçam – a custa e à revelia
dos contribuintes brasileiros – há anos pagando altíssimos tributos, para que
vossas excelências autoridades do mundo
desenvolvido, contem sempre com o Brasil submisso às vossas vontades;
8 – As
Autoridades brasileiras fascinadas com os eméritos visitantes vão
assegurar a todos eles, a paz necessária para que continuem no mercado
internacional de bens, serviços, alta tecnologia e outros sem a concorrência do
Brasil, porque o Brasil vai renunciar ao direito da concorrência.
Mas, se
não for nada disso (e esperamos sinceramente
que todas as inaceitáveis pretensões das autoridades brasileiras sejam a tempo
corrigidas publicamente, porque o respeito pelo Brasil se conquista com
declarações e atuações públicas verdadeiras) então, as declarações são
falsas. E falsidade, os ilustres visitantes por não estarem acostumados, não
conseguem aceitar muito bem, não.
Mas, a História
tem demonstrado a aceitação e o respeito devotado pelos ilustres visitantes,
aos governos que jogam limpo: Canadá e Austrália (submetidos à Comunidade
Britânica) disseram “não podemos”, “não concordamos”.
Idem, Índia, China, Koréia do Norte e muitos outros. São exemplos de como agir com sinceridade.
Dói, mas, passa. Os que sabem dizer não, simples e sinceramente, acabam mais do
que parceiros, estreitam as amizades e o respeito mútuo.
Resista Brasil: você já resistiu antes. Resista mais um pouquinho e você, Brasil, chega lá. O Brasil, amigo e
inclusivo, merece respeito.
- Curriculum Lattes
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