sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PSDB não é igual ao PT,mas ambos estão unidos por um único ideal


ORA... CLARO QUE O PSDB NÃO É IGUAL AO PT.
ELES SÃO APENAS DIFERENTES NO MODUS OPERANDI, NA FORMA DE AGIR, NA FORMA DE FAZER POLÍTICA.
  
MAS AMBOS ESTÃO UNIDOS POR UM ÚNICO IDEAL.
  
Quando vivo, Enéas Carneiro, do extinto partido PRONA, denunciava a COOPERAÇÃO das esquerdas, e suas alianças com organismos internacionais, e com George Soros, um dos caras do grupo globalista ocidental.
  
Enéas dizia que PSDB, PT, qualquer "P", SEMPRE ESTIVERAM JUNTOS, e que era FALSA a briga entre eles.
   
ASSISTA: 


 Tanto o PSDB como o PT são partidos que trabalham para o mesmo fim. O Pacto de Princeton, onde FHC foi professor, durante seu exílio voluntário, durante o regime de 64/68, Os contatos entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano ajudariam a entender a enorme falta de ação da oposição aos desmandos do governo petista? mesmo que o PSDB não faz parte do Foro de São Paulo, isso para o movimento revolucionário não faz a menor importância. É exatamente disso que a esquerda precisa. Precisa de um partido ACESSÓRIO (PSDB), para que faça a parte "capitalista" do serviço revolucionário, como por exemplo, assumir o rótulo de partido privatista, ou neoliberal, fazendo o jogo da esquerda, e ficando com a culpa, para deixar a esquerda propriamente dita com fama de santa, para que possam depois, meter o pau nas privatizações, que a própria esquerda precisava que fosse feita. Isso é tema complexo, pois o povão é doutrinado pela Mídia a pensar errado, e ninguém entende como esse processo ocorre.

Isso foi inventado pelo Lênin. Se chama estratégia das tesouras. Só pra lembrar, foi o PSDB quem criou o Bolsa Família, foi o PSDB que ajudou o MST a ganhar força.
Foi o PSDB que criou agências regulatórias e o CADE, que são órgãos que visam controlar e ENGESSAR a economia, para fomentar o estado socialista, concentrando a economia nas mãos de grandes potentados econômicos, sócios / parceiros do governo, dos partidos de esquerda. Ou seja, por meio das privatizações, que venderam as estatais para grupos de empresários FINANCIADORES E COLABORADORES da esquerda, através do CADE, permitem fusões de empresas estratégicas dentro do esquema NEO socialista
Embora muitos liberais tenham entrado dentro do PSDB na esperança de combater o PT, ainda assim, o PSDB trabalha para a esquerda. 
É só recordar como o Serra SEMPRE COMPETE nas eleições para servir de saco de pancada, de SPARRING, para ser cuspido e atacado, e assim, fortalecer o lado da esquerda propriamente dita. Se faz de fraco de propósito, como o Alckmin fez em 2006, pra ajudar o PT a se manter no poder, e ajudar nessa farsa de democracia, que não existe. O que existe é apenas RODÍZIO de esquerdistas.
  
Tanto o PSDB como o PT são partidos que trabalham para o mesmo fim.
  
A diferença é que um tem de FINGIR que é de "direita", embora faça as coisas da esquerda por debaixo dos panos (que é o PSDB), e o outro, assume-se de esquerda propriamente dita, e faz a revolução ESCANCARADA (que é o PT), só é necessário ver que eles integram o Foro de São Paulo, tentaram o Marco Regulatório da Imprensa, decretaram o Programa Nacional de Direitos Humanos 3, que é ditadura pura, fizeram leis pra esvaziar presídios, querem a legalização das drogas, querem a PEC 37, e uma porção de outras medidas TOTALITÁRIAS SOCIALISTAS.
esse papinho que a Globo e a revista Veja são de direita. Puta mentira deslavada.
A Globo não é de direita, a Globo é simplesmente OPORTUNISTA, ela apoia quem está no poder. Se quem está no poder for da esquerda, como o PT, eles apoiam, escondendo o Foro de São Paulo, omitindo a verdade sobre as conexões das esquerdas com países totalitários, blindando o Lula, ajudando a esconder um monte de coisas. Etc... tudo pra se dar bem.

Ora.
Toda essa gente aí, do Brasil, do Chile, até os que eu não citei, como os da Argentina, Uruguai, Paraguai, etc... todos eles fizeram coisas boas e ruins.
Mas chamá-los de direitistas só porque combateram as guerrilhas em seus países, e detiveram o avanço comunista, não é correto!

Direitista nenhum defende ditadura.
Direitismo é defesa da liberdade individual, e não do controle estatal totalitário sobre as pessoas.
Direita defende a liberdade econômica.
Direita defende a propriedade privada, e a inviolabilidade do lar.
Direita defende a liberdade de imprensa.
Etc...

Isso é a direita.

A esquerda MENTE!
MENTE, e MENTE MUITO!

Querem ganhar na base do grito e da desonestidade intelectual, mentindo sobre a história, deturpando os fatos, omitindo detalhes importantes, e afirmando mentiras sem parar para que a mentira fixe na mente da população e se transforme em senso comum.

Por isso que vemos ainda hoje gente IDIOTA dizendo que os guerrilheiros lutavam pela democracia no Brasil.
Ainda hoje existe gente IMBECIL falando uma merda dessas.

Quando os próprios esquerdistas, como o Gabeira, por exemplo, que confessou que a esquerda armada queria implantar o comunismo À FORÇA no Brasil e em toda a América Latina.
E como disse a autora Denise Rolemberg, uma esquerdista, a guerrilha já existia desde 1961.

Pra que guerrilha se não havia regime militar?

Então, vamos parar com essa lenga lenga, com essa MENTIRA descarada, com esse CINISMO, e vamos falar a verdade!

A Verdade é que o regime militar no Brasil, e nas outras nações sul americanas foram OBRIGADOS a tomar o poder, e a derrubar os presidentes estabelecidos para poder conter o avanço das guerrilhas, e impedir que eles instalassem o comunismo à força em seus respectivos países.

Em alguns países houveram muitas mortes, como no Chile, por exemplo, que passou das 3 mil baixas, de ambos os lados da contenda. E no Brasil, houve poucas, nem chegou a 500.

Esse papo de estigmatizar os regimes militares de direitistas, pra ofender e estereotipar a direita, é coisa de esquerdopata DESONESTO E FILHO DA PUTA!

Faz parte da ideologia.
Como dizia Lênin:

"Acuse os inimigos daquilo que você faz, xingue-os daquilo que você mesmo é".

Ou seja.

Se os caras (esquerdistas) pretendem tomar o poder a força mediante golpe, acuse o adversário de tentar tomar o poder mediante golpe, ou de estar tramando dar o golpe.
Se os caras (esquerdistas) são mentirosos, então chama os adversários de mentirosos.

E assim por diante.

Os soviéticos criaram a união soviética para expandir o regime comunista para o mundo.
E como os Estados Unidos e a Inglaterra atrapalhavam esse intento, eles sempre acusaram os EUA de serem imperialistas.

Na verdade os imperialistas eram e sempre foram os soviéticos.
Que criaram a URSS, e converteram todos os estados do leste europeu em estados comunistas, assim como o sudeste asiático.

O restante do mundo seguia seus regimes normalmente.
 
Tudo não passa de estratégia para controlar sua mente, suas reações, controlar seu comportamento, e te fazer servo fiel obediente da ideologia esquerdista.

É uma técnica muito filha da puta de manipulação moral, psicológica, e midiática.
É inversão dos valores, da moral, da ordem natural dos fatos e dos acontecimentos, é adulteração da história, controle da informação da mídia, e repetição de mentira constante, juntamente com confrontação de valores, para constranger e forçar as pessoas a serem do jeito que eles querem que as pessoas sejam.

Portanto, totalitários e fascistas são os esquerdistas.
A história já provou isso.

E os que bravamente lutaram contra o império marxista leninista foram IMPIEDOSAMENTE chamados de fascistas, e INCORRETAMENTE chamados de direitistas.

Direita não tem nada a ver com ditadura, nem com racismo, nem com xenofobia, nem com interesse da chamada classe burguesa, ou qualquer outra merda que a esquerda fala!

A esquerda MENTE, sempre mentiu,e continuará a mentir.
Isso faz parte da estrutura da personalidade deles.
São mitômanos conscientes e inconscientes, sem cura, sem retorno.
Vão morrer assim!
Muitos são mitômanos e BURROS ao mesmo tempo.
E tem os que são mitômanos, BURROS, e muito mal informados, o que torna a situação dessa gente mais deplorável ainda.
 
Então, é isso aí.
A esquerda se apropria do discurso de defesa dos direitos humanos, de defesa das minorias, de defesa dos pobres, etc... pra parecer "boazinha", e atribui todas as coisas ruins à direita.

Quando eles cometem crimes, é porque sempre fizeram "em boa intenção", para libertar alguém da "opressão" da direita capitalista imperialista.
Quando eles levam tiros, aí não vale, e quem atirou é ditador e fascista de extrema direita.

E assim por diante.

Como se vê, são um bando de esquerdopatas canalhas, cínicos, vagabundos filhos da puta!

EU ODEIO ESQUERDOPATAS!

E você?

É uma pessoa direita e de DIREITA, que defende o Direito Constitucional, os Direitos individuais, o Direito à sua propriedade privada, a inviolabilidade do seu lar, o Direito à liberdade de expressão o Direito a ir e vir, o Direito à liberdade de religião ou à ausência dela, o Direito à liberdade de opinião e a livre consciência, o Direito à Imprensa Livre, etc...???
Você defende isso?


Se você defende isso, você é de DIREITA!!!

Se você além disso, defende o livre mercado, o estado mínimo, e a diminuição dos impostos, e a liberdade dos costumes, então você é um DIREITISTA LIBERAL.

Se você defende aquelas coisas acima, e é a favor da família, dos valores morais tradicionais, a favor da vida, contra as drogas, etc... você é um DIREITISTA CONSERVADOR.

Se você defende aquelas coisas, e tolera ambas as correntes, respeita as diferenças com mais profundidade do que os dois acima, e aguenta uma sociedade com mais liberalismo nos costumes, menos apegado a valores tradicionais, e nem tanto rígido quanto às liberdades individuais, abrindo mão de algumas coisas, para ter um controle ou regulação coletiva sem prejudicar a propriedade privada, embora aceite alguns controles estatais, então você é um CENTRO-DIREITISTA .

Se você aceita coisas da esquerda e da direita ao mesmo tempo, e tem coisas em comum com ambos os lados do espectro político, e tem também algo contra os dois lados, e faz uma seleção do que acha melhor, então você é de CENTRO!

O resto, eu não gosto de comentar, pois ODEIO OS ESQUERDISTAS, e quero mais que eles vão à.......................................................

Diálogo Interamericano, o que é?

Aproveitando o aparente caos político e institucional na América Latina em seguida à guerra das Malvinas e à crise da dívida externa, ambas em 1982, interesses internacionais moveram-se rapidamente buscando manter seu domínio político e econômico na região. Desse esforço surgiu o que se convencionou chamar Diálogo Interamericano.
Em junho, julho e agosto de 1982 foram organizados três seminários para debater as repercussões da guerra das Malvinas nas relações interamericanas, sob os auspícios do Centro Woodrow Wilson, uma espécie de banco de cérebros, com sede em Washington. O Centro Woodrow Wilson foi criado em 1968 pelo Congresso dos EUA, como “um centro privado de investigação e documentação política”. OCentro é dirigido por uma junta composta por 8 funcionários oficiais, dentre os quais o Secretário de Estado, e outras 11 personalidades do setor privado, porém nomeadas pelo governo. Entre essas personalidades figuram luminares das finanças, como John Reed, presidente do Citibank, Max Kampelman, presidente honorário da Liga Antidifamação B’nai B’rith, e Dwayne O. Andreas, presidente do gigantesco cartel graneleiro Archer Daniels Midland.
No primeiro dos três seminários realizados após o término da guerra das Malvinas, Heraldo Muñoz, então professor da Universidade do Chile, argumentou que o intento de recuperar a soberania sobre as ilhas Malvinas “só foi possível porque não havia um governo democrático na Argentina”. Muñoz, posteriormente, foi nomeado embaixador do Chile perante a OEA (Organização dos Estados Americanos).
No segundo seminário, Viron Varky, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, e Nicolas Ardito Barleta, arquiteto do sistema financeiro do Panamá e então vice-presidente do Banco Mundial, chegaram à conclusão que a crise oferecia a oportunidade de se criar “um sistema de governo hemisférico mais forte”.
No terceiro seminário, o ex-embaixador norte-americano William Luers opinou ser necessária uma maior comunicação entre os EUA e a América Latina.
Desses seminários surgiu a idéia do Diálogo Intermaricano e, de outubro de 1982 a março de 1983, oCentro Woodrow Wilson patrocinou uma série de reuniões já dentro dessa idéia, nas quais 48 delegados da América Latina e dos EUA, a título pessoal, debateram um longo temário. Todavia, é certo que o apoio oficial do governo norte-americano a esse esforço foi mais além dos auspícios doCentro Woodrow Wilson, considerando-se que a reunião de fundação do Diálogo, em 15 de outubro de 1982, contou com a presença do então Secretário de Estado George Shultz e do Subsecretário de Estado para Assuntos Interamericanos, Thomas Enders.
A fundação do Diálogo Interamericano reuniu a nata do establishment norte-americano. Membros daComissão Trilateral eram maioria no grupo que fundou o Diálogo (Comissão Trilateral é uma entidade fundada em 1973 por David Rockefeller, Zbigniew Brzezinski e cerca de 200 personalidades do setor econômico, principalmente banqueiros, dos EUA, Europa Ocidental e Japão, intitulada “uma iniciativa provada da América do Norte, Europa e Japão para assuntos de interesse comum”). A partir de 1973 e até a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989, e o desaparecimento da União Soviética, em dezembro de 1991, viu-se um Primeiro Mundo unido em torno da Comissão Trilateral, um Segundo Mundo agrupado em torno da falida ideologia socialista e um Terceiro Mundo subdesenvolvido, praticamente à mercê dos ditames dos outrosdois mundos no que diz respeito à proliferação da energia nuclear, terrorismo, direitos humanos, desmatamento e venda de armas convencionais.
Abraham Lowental, do Centro Woodrow Wilson, é uma espécie de diretor-executivo do Diálogo Interamericano. Desde sua fundação, o Diálogo passou a propor a criação de estruturas supranacionais para monitorar as atividades militares no hemisfério. Em um de seus primeiros documentos, “As Américas na Encruzilhada”, foi apresentada a proposta de encarregar a OEA da vigilância de ditas atividades militares, e que os direitos humanos servissem de pretexto para a intervenção da Organização dos Estados Americanos, adiantando-se ao que viria a se transformar em uma campanha que vem sendo desenvolvida nos bastidores da ONU. O documento “As Américas na Encruzilhada” afirmava que a “a ação multilateral cuidadosamente considerada, para proteger direitos humanos fundamentais, não é uma intervenção e sim uma obrigação internacional”. O documento instava também a um diálogo dos governos de El Salvador, Nicarágua e Guatemala com os respectivos “movimentos de oposição” (expressão usada para denominar a guerrilha e a luta armada nesses países) para encontrar uma forma de resolver as “controvérsias” sobre uma base que reconhecesse “os interesses vitais de cada parte”, ou seja, dos governos e da guerrilha, definindo a luta armada como “uma controvérsia”.
Em abril de 1986 o Diálogo emitiu um novo documento, descrevendo os três temas principais possíveis de controlar os acontecimentos políticos no hemisfério:
- que se formalizasse o “direito” da União Soviética - já em estado terminal - de expressar-se nos assuntos do hemisfério;
- que as drogas estupefacientes fossem legalizadas;
- que se construísse uma “rede democrática” com poderes suficientes para opor-se “aos comunistas e aos militares”, colocados, assim, em pé de igualdade.
Para lograr este último objetivo, o documento do Diálogo considerou ser urgente reduzir a participação militar em “assuntos civis”.
Em fins desse ano de 1986, o Diálogo pôs em marcha um projeto que culminou com a publicação, em 1990, do chamado “Manual Bush”, uma obra anti-militar editada em espanhol com o título “Los Militares y la Democracia: El Futuro de las Relaciones Cívico-Militares en América Latina”, que sugeria o desencadeamento de uma guerra econômica contra os militares latino-americanos, assinalando que “o nível de recursos a ser destinado aos militares” deveria ser questionado e mudado, como uma das formas mais efetivas de “conter a influência das Forças Armadas” dos países ao sul do Rio Bravo. O flanco econômico transformar-se-ia, assim, rapidamente, no ponto forte daguerra contra os militares da América Latina.
Em 17 de junho de 1990, o “Jornal de Brasília” publicou matéria segundo a qual, em Washington, aComissão Trilateral defendera a substituição das Forças Armadas dos países subdesenvolvidos, notadamente da América Latina, por forças regionais de defesa, uma Força Interamericana de Defesa. Na mesma reunião, o expert espanhol Julio Feo condenou o excessivo crescimento populacional nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, pois “o excesso populacional agride a natureza e provoca o aquecimento da Terra”. Foram também recomendados pactos mundiais para forçar as nações atrasadas ao cumprimento de rigorosas medidas protecionistas do meio ambiente, em troca da promessa de redução de suas dívidas externas. Ao propor a criação deforças regionais de defesa, foi assinalado que a Guerra Fria acabara e que não havia mais riscos de comunismo na América Latina. Sobre a eliminação das Forças Armadas nacionais, a conclusão daTrilateral é a de que em muitos países da América Latina elas tendem a “ser promotoras institucionais vigorosas de comportamentos nacionalistas”.
Por fim, a reunião da Comissão Trilateral apontou uma outra vantagem para a substituição das Forças Armadas tradicionais por uma Força Regional de Defesa: os militares da América Latina teriam uma ocupação “mais útil, reduzindo-se sua propensão histórica ao envolvimento nos assuntos políticos de seus países”.
Em dezembro de 1990, durante uma visita ao Cone Sul, o então presidente George Bush batizou esse projeto global da era pós-Guerra Fria (o Muro de Berlim já havia caído, em 9 de novembro do ano anterior) com o pomposo nome de “Nova Ordem Mundial”, projeto que deveria ser imposto através da democracia. Aduziu, todavia, que esse “novo amanhecer” não surgiria sem uma quota de sofrimento: “A mudança não será fácil. As economias que agora dependem da proteção e da regulamentação do Estado deverão abrir-se à competitividade. Por um tempo a transição será penosa (...) Tais mudanças ajudarão a eliminar as falsas distinções entre o Primeiro Mundo e o Terceiro Mundo, que por demasiado tempo já limitaram as relações políticas e econômicas nas Américas”.
Recorde-se que nesse mesmo mês, em 4 de dezembro, um dia após a revolta militar na Argentina comandada pelo coronel Mohamed Ali Seineldin, o embaixador da Argentina no Brasil, José Manoel de La Sota, propôs a formação de “uma aliança no Cone Sul em defesa da democracia”, a qual utilizaria sanções econômicas e, inclusive, intervenções armadas contra qualquer país-membro que não mantenha “um sistema democrático”. Essa proposta foi formulada em um almoço onde se encontravam o então presidente Collor e 21 embaixadores latino-americanos, durante uma visita do presidente Bush ao Brasil. O “Financial Times”, de Londres, de 11 de janeiro de 1991, referindo-se a esse fato expressou que o Ministro da Fazenda argentino Domingo Cavallo, “está tratando de interessar seus vizinhos em um pacto de segurança regional que manterá os generais fora da política e ocupados com deveres não ameaçadores, como proteger o meio ambiente e erradicar o narcotráfico”.
Prosseguindo, em 15 de abril de 1991, Luigi Einaudi, então homem-chave do Departamento de Estado no projeto anti-militar denominado “Manual Bush”, e na época também embaixador dos EUA junto à OEA, disse, em um seminário sobre “O Futuro da OEA e a Segurança Hemisférica”, realizado noCentro Woodrow Wilson, que as atuais estruturas da OEA e da Junta Interamericana de Defesa (JID) são inadequadas para garantir a segurança hemisférica. Expressou sua “grande frustração pela incapacidade de reunir a OEA e a JID - a autoridade política e a autoridade militar institucional -. Está claro que é hora de que traduzamos a solidariedade democrática que temos logrado no hemisfério em uma definição e papel para os militares”.
Posteriormente, ainda em abril de 1991, um dos membros fundadores do Diálogo Interamericano, o ex-Secretártio de Defesa dos EUA, Robert McNamara, em discurso durante a reunião anual do Banco Mundial, entidade da qual foi presidente, exigiu que as instituições financeiras internacionais condicionassem suas ajudas a drásticas reduções dos orçamentos militares das nações que recebiam ditos benefícios. Essas reduções, segundo McNamara, acelerariam o processo de substituição das instituições militares nacionais por forças supranacionais da ONU. A doutrina de segurança da Nova Ordem Mundial deveria ser a “ação coletiva” de conformidade com a intervenção da ONU no Iraque. McNamara instou que a OEA também se transformasse: “Um acordo do Conselho de Segurança da ONU de que os conflitos regionais que coloquem em perigo a integridade territorial sejam enfrentados com a aplicação de sanções econômicas e, se necessário, ações militares impostas por decisões coletivas e utilizando forças multinacionais (...) Um mundo assim necessitaria de um líder e não vejo alternativa a que o papel de liderança seja cumprido pelos EUA (...) Organizações como a OEA e a Organização de Unidade Africana (OUA) devem funcionar como braços regionais do Conselho de Segurança”.
Em fins de novembro de 1991, Guillermo Kenning Voss, importante empresário boliviano, na época presidente da Corte Eleitoral de Santa Cruz de la Sierra, definiu que a Bolívia já não precisava de Forças Armadas. Logo em seguida, em 1 de dezembro, o jornal boliviano “Última Hora”, analisando essa declaração, transcreveu trechos do “Manual Bush”.
Quando ficou claro que os militares e civis bolivianos levavam a sério a existência desse Manual, a embaixada dos EUA em La Paz difundiu, em 7 de dezembro, um comunicado à imprensa esclarecendo que o chamado “Manual Bush” é o livro “Os Militares e a Democracia”, mas que ele, todavia, “não tem qualquer relação com o governo norte-americano”, o que não é verdade, pois o prefácio do livro assinala que o governo dos EUA custeou o projeto e que o Exército, o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado deram assessoria e apoio logístico para realizá-lo.
Em maio de 1992, os uruguaios Juan Rial e Carina Perelli, membros de uma sociedade de análise política uruguaia, denominada “PEITHO”, considerada o braço latino-americano do Diálogo, entrevistados no programa de rádio “En Perspectiva”, entrevista posteriormente publicada na revista“Círculo Militar”, do Uruguai, argumentaram que as mudanças nas Forças Armadas são necessárias; disseram que as nações necessitam de Forças Armadas, mas elas devem ser “reestruturadas”segundo as normas fixadas pela “Nova Ordem Mundial”: cortes orçamentários, redução de efetivos, abandono da missão histórica de defender o Estado Nacional, participação em forças multinacionais, etc. “As Forças Armadas terão que aceitar que as coisas não podem continuar como até agora; que certas mudanças terão que ser feitas, porque há uma mudança muito forte em nível mundial que indica que as grandes organizações de tipo estatal estão em crise (...) As Forças Armadas, como uma instituição estatal, sofrem o mesmo destino que todos os demais organismos do Estado: perdem poder, perdem dinheiro e perdem lugar”. Perguntados sobre qual o papel das Forças Armadas latino-americanas, hoje, Juan Rial e Carina Perelli responderam: “Fundamentalmente, sobreviver”.
Posteriormente, em um simpósio de três dias realizado no Centro Woodrow Wilson, em Washington, no período de 19 a 21 de outubro de 1992, sob o título “Ensinamentos da Experiência Venezuelana”, dedicado a analisar as conseqüências, tanto na Venezuela como em toda a região, do levante militar ocorrido naquele país em 4 de fevereiro de 1992 contra o então presidente Carlos Andrés Perez, os participantes foram mais francos do que de costume e apontaram os militares como um dos grandes fatores que mantêm viva na América Latina “a cultura do nacionalismo econômico” e, com isso, as possibilidades de rebelião.
Registre-se que, nesse seminário, o analista militar brasileiro Alexandre Barros - foi assessor do comando da Escola Superior de Guerra em 1973 e 1974 e atualmente prepara análises de risco para investidores estrangeiros no Brasil. Em 30 de outubro de 1988, em uma dessas análises de risco, declarou ao jornal “O Estado de São Paulo” que o Brasil “está caminhando para um golpe de Estado”, pois o governo Sarney “é fraco, hesitante e indeciso, portanto perigoso para o capital estrangeiro” - encabeçou os ataques contra os militares. Jactando-se, com arrogância, de que o desmoronamento de seus salários e do seu prestígio criaram uma “profunda crise de identidade entre os militares no continente”, assegurou que “está crescendo a brecha entre gerações novas e velhas” na instituição militar, e que “a geração mais jovem está imbuída do ponto de vista da sociedade civil (..) Ao ir-se ajustando as novas democracias ao neoliberalismo, os militares tendem a uma visão retrospectiva de buscar o nacionalismo e de regressar à política antiga. Porém, isso mudará, pois a profissão de militar está a ponto de converter-se em uma profissão como qualquer outra”.
Em 14 de dezembro de 1992, o boletim do FMI, “IMF Survey”, referiu-se a um Foro realizado na sede do órgão, em Washington, para discutir o tema de se as instituições financeiras internacionais “têm responsabilidade e recursos para pressionar os países (...) a reduzir o nível de seus gastos militares”.
Nesse Foro, Russel Kincaid, então chefe da Divisão de Facilidades e Emissões Especiais do FMI, fazendo eco da tese central do discurso de McNamara, em 1991, argumentou que o objetivo a ser buscado é “a segurança coletiva (...) que suplante os mecanismos de segurança individual”, acrescentando que alguém ainda terá que “fazer o papel de gendarme mundial”.
O projeto anti-militar buscava, sem dúvida, implementar mudanças na Carta da OEA, como já foi exposto. Foram propostas duas mudanças principais: a primeira, objetivando estabelecer mecanismos para suspender ou expulsar da OEA qualquer país cujo governo seja considerado “não-democrático”; a segunda, colocar a Junta Interamericana de Defesa sob a autoridade direta da OEA. Atualmente as atividades da JID limitam-se às de um corpo consultivo dos representantes dos Estados-membros. Caso a Carta da OEA venha a ser emendada, a JID poderia ser transformada em uma força militar supranacional dirigida pela OEA, da mesma forma que são os capacetes azuis da ONU.
Em 27 de outubro de 1992, em uma teleconferência sobre o tema “Relações Cívico-Militares”,organizada pelo Serviço de Informações dos EUA (USIA), o general John Galvin, ex-comandante do Comando Sul dos EUA, explicou que uma aliança como a OTAN, neste hemisfério, poderia levar à redução do tamanho das forças militares: “Poderíamos evitar a necessidade de pensar em uma Força Aérea, Naval e Exército tão grandes para proteger-nos de países vizinhos”.
Robert Pastor Jr., assessor para assuntos de América Latina do Conselho de Segurança Nacional do ex-presidente Jimmy Carter e assessor da equipe de transição do presidente Bill Clinton, escreveu um artigo na influente revista trimestral “Foreign Policy”, da Fundação Carnegie para a Paz Internacional, no outono de 1992, apontando quatro motivos para a criação de uma força militar regional: a necessidade de “uma força da OEA contra o narcotráfico; uma força para supervisionar as tréguas; uma força de paz internacional para restaurar a democracia; e o emprego de “uma pequena força interamericana” para defender o Canal do Panamá, agora que o Panamá já não tem Forças Armadas. Pastor propôs ainda que se estabelecesse na região “um centro independente com autoridade para reunir informação detalhada sobre todas as vendas de armas, dando-se o prazo de um ano aos governos para planejar reduções de 50% em suas compras de armas e gastos de defesa, com exceção dos EUA, que tem responsabilidades globais”. Observou que haveria resistência das lideranças militares, “mas isso poderia ser contido, porque a melhor forma de incentivá-los na nova ordem democrática é empregá-los, em forma moderna e legítima, como guardiões da paz internacional”, ou seja, integrando Forças de Paz da ONU. Segundo Pastor, as disputas fronteiriças deveriam também ser submetidas a um controle supranacional, enumerando as disputas territoriais entre El Salvador e Honduras, Peru e Equador, Bolívia e seus vizinhos do Pacífico, e Venezuela e Colômbia, entre outras.
Um outro perigoso movimento destinado a fragmentar as nações latino-americanas é o chamado“Movimento pelos Direitos Indígenas”, grupos que operam em quase todos os países do continente. Onde não há indígenas nativos, missionários e antropólogos estrangeiros os constituem ou reconstituem. Esse movimento é financiado, dirigido e promovido desde o exterior como uma força dirigida explicitamente contra o Estado Nacional. Observe-se que em fevereiro de 1993, o DiálogoInteramericano constituiu um grupo de trabalho encarregado de “Divisões Étnicas e a Consolidação da Democracia nas Américas”, com o objetivo expresso de “estimular o debate entre os povos do hemisfério sobre a relação entre os governos e os povos indígenas” e se propôs emitir aos governos da região “recomendações programáticas práticas” sobre a matéria.
Finalmente, nos dias 24, 25 e 26 de julho de 1995, em Williamsburg, Virgínia, EUA, foi realizada uma conferência com a presença dos Ministros da Defesa dos países da América, à exceção de Cuba. A agenda dessa conferência foi a seguinte: transparência e medidas de confiança mútua; cooperação defensiva pós-Guerra Fria; Forças Armadas nas democracias do século XXI. O jornal “Gazeta Mercantil” de 25 de julho, comentando a conferência, escreveu que “os Exércitos das Américas receberão uma lição coletiva e interativa sobre os direitos humanos na primeira reunião da história dos ministros da Defesa da região (...) uma disciplina que o Pentágono introduziu recentemente na controvertida Escola das Américas, em Fort Benning, Geórgia”.
Essas foram, em resumo, as proposições de personalidades, organizações governamentais e não-governamentais dos países do chamado Primeiro Mundo, após o fim da Guerra Fria e do socialismo real, para a estruturação de uma Nova Ordem Mundial que preencha o vazio deixado pelo fim das preocupações estratégicas de lideranças de todo o mundo, das contradições Leste-Oeste, e anteponha-se a antigos problemas que, embora dados como sepultados, ressurgem, como o racismo, o nacionalismo extremado e a religião como fatores aglutinadores de povos, redefinindo unilateralmente conceitos de segurança, estabilidade, ordem e democracia, invadindo áreas da exclusiva competência dos Estados nacionais, notadamente na América Latina, como o tamanho e a finalidade das Forças Armadas, definidas pelas constituições de cada Estado Nacional soberano.
Observamos, então, que a Trilateral e o Diálogo Interamericano buscam os seguintes objetivos:
- manter a hegemonia econômica, militar, política e social dos EUA no mundo;
- evitar o desgaste dos chamados países centrais, seja pela concorrência entre si, seja por intromissão em áreas de influência alheias;
- impor aos países em desenvolvimento e ao chamado Terceiro Mundo um sistema de divisão de trabalho, onde lhes caiba fornecer produtos agrícolas, matérias-primas e mão-de-obra de baixo custo;
- garantir o fluxo de matérias-primas e insumos energéticos - especialmente petróleo - para os países centrais;
- agir no sentido de que, no futuro, as fontes de energia do planeta estejam sobre o controle exclusivo dos países centrais;
impedir que os países periféricos consigam dominar o ciclo completo de geração de energia nuclear, utilizando para isso o argumento da não-proliferação de armas nucleares;
- manter algumas áreas, ricas em matérias-primas e minerais, sob controle internacional, para uma futura exploração, em benefício próprio;
- estrangular economicamente os países periféricos que se recusarem a aceitar a divisão de trabalho estabelecida;
- intervir militarmente nas áreas onde houver o que for considerado uma grave ameaça aos interesses dos países centrais, rateando entre si os ônus financeiros dessas atividades.
As Forças Armadas e os Órgãos de Inteligência dos países-alvo são encarados, como revelam os dados aqui transcritos, “os maiores inimigos dessas atividades”e, portanto, devem ser desmantelados, desmoralizados, oprimidos economicamente, transformados em órgãos policialescos e, se necessário, eliminados. Recordamos a intensa campanha desenvolvida em passado recente por determinados órgãos da mídia visando ridicularizar os membros dos Órgãos de Inteligência - “arapongas” - , minimizar a importância das Forças Armadas e desmantelar a indústria bélica “numa era em que a ameaça comunista deixou de existir”.
Esta matéria é concluída com um trecho do livro “A Terceira Onda - A Democracia no Final do Século XX”, de Samuel Huntington, considerado o ideólogo da Comissão Trilateral, professor da Universidade de Harvard, especialista em assuntos de segurança e governo desde 1957:
Deve-se reduzir drasticamente o número de tropas sediadas na capital e arredores. Elas devem ser deslocadas para as fronteiras e outros lugares despovoados e relativamente remotos.
Deve-se dar-lhes brinquedos. Isto é, proporcionar-lhes tanques novos e bonitos, aviões, veículos blindados, artilharia e equipamentos eletrônicos sofisticados. O equipamento novo os manterá contentes e ocupados, tratando de aprender a manejá-lo (...) Os militares devem ser advertidos de que só continuarão recebendo seus brinquedos se tiverem bom comportamento, porque os legisladores norte-americanos não vêem com bons olhos a intervenção dos militares na política.
Já que aos militares lhes encanta o reconhecimento (...) assistir às cerimônias militares, outorgando-lhes medalhas (...) Alcançar e manter um grau de organização política capaz de mobilizar apoio nas ruas da capital, em caso de tentativa de golpe militar.
Se tudo isso falhar, abolir as Forças Armadas”.

Dados Bibliográficos:
- “El Complot para Aniquilar a las Fuerzas Armadas y a las Naciones de Iberoamérica”, de autoria de ExecutiveIntelligence Review, Washington, 1993

- noticiário da imprensa nacional e internacional.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Transferências de recursos feitas pelo Tesouro ao BNDES que começaram em 2008.

Transferências de recursos feitas pelo Tesouro ao BNDES que começaram em 2008  aumentaram excessivamente a dívida pública, tornando o Brasil insustentável:  “A nossa indústria de tecnologia de ponta foi destruída nos  últimos anos. Não houve nenhuma política que incentivasse o seu desenvolvimento.  Não se desenvolve, no curto prazo, um setor que foi destruído. A China levou vinte  anos para ter a sua indústria tecnológica. A Índia, quinze anos. Essa é uma prioridade,  mas é preciso formar engenheiros, cientistas.”

A primeira transferência do Tesouro para o banco, no valor de 100 bilhões de reais, foi  tomada como uma saída para evitar a estagnação. As fontes de crédito haviam secado  e o BNDES foi uma das poucas instituições a continuar emprestando. Os ataques  começaram quando o governo liberou, com a aprovação do Congresso, mais um  aporte de 80 bilhões de reais para o banco. Como os recursos não foram obtidos por meio do aumento de arrecadação, ou da  redução de gastos, o Banco Central emitiu títulos da dívida pública, pagando juros de  14,5% pelos papéis. Os reais levantados com a venda dos títulos foram repassados ao  BNDES, que os emprestou às empresas a juros de 5% ao ano. Ou seja: o governo  pegou dinheiro caro no curto prazo para emprestar barato às empresas, que os saldam  em prazos longos. No final de setembro, o Tesouro transferiu mais 25 bilhões de reais  ao banco. “O Brasil não está gastando mais porque está arrecadando mais, e sim porque está  aumentando a sua dívida” disse Armando Castelar, ex-chefe do departamento  econômico do BNDES e agora sócio da Gávea Investimentos, administradora de  recursos de Armínio Fraga. “Esse é um modelo muito arriscado porque joga o  problema para o futuro. Em algum momento, a conta terá que ser paga.” No começo de julho, Henrique Meirelles reclamou publicamente que o nível recorde  de empréstimos do BNDES freava a redução da dívida pública. Segundo ele, o  excesso de dinheiro na economia obrigava o Banco Central a elevar os juros para  evitar o aumento do consumo e, consequentemente, dos preços. Foi uma das poucas  vezes que Luciano Coutinho (Cebrap) reagiu: afirmou que os créditos concedidos ajudavam a  aumentar o investimento.

Arno Agustin, secretário do Tesouro Nacional, é um gaúcho de olhos claros e barba  eriçada no estilo dirigente sindical da década de 80. No Ministério da Fazenda, ele é o  responsável final pela liberação dos recursos para o BNDES. “Quando veio a crise,  tínhamos que sustentar o nível de investimento porque teríamos enormes dificuldades  de retomá-los”, disse Agustin. “O aporte era a única forma de impedirmos que o  Brasil voltasse à velha situação de crescer um pouquinho, interromper o crescimento e  a produção, ter mais inflação, obrigando o Banco Central a dar uma porrada na  política monetária, aumentando novamente os juros, para conter os preços.” http://mansueto.files.wordpress.com/2010/10/revista-piaui-o-desenvolvimentista.pdf

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Foro de San Pablo: O colapso da URSS. PC de Cuba e PT do Brasil. O Diálogo Interamericano e CFR

Nota:  A sociedade brasileira está hoje na terrível opção de escolher o candidato à presidência do Brasil. Peço a todos lembrar  quando FHC se tornou membro do DI Diretório Interamericano "Establishment"  e logo depois Lula  também foi ingresso. Lembrem quando a Dilma  aproveitou a sua ida a ONU para camuflar uma visita obrigatória ao QG. do Governo Mundial em New York, o CFR. E outros que virão também o farão. O Diretório e o CFR tem ligações com o Foro de San Pablo.  Mas há que voltar ao Foro de São Paulo, que nasceu em julho de 90, tendo Fidel por pai e Lula por mãe,  em reunião de cúpula do PC de Cuba e PT do Brasil em janeiro de 89. José Genuíno estava presente, conforme descrição do livro de Frei Beto (irmão terceiro dominicano, que não é sacerdote), com o título de “O Paraíso Perdido” - Nos Bastidores do Socialismo”. 

Para saberem sobre o CFR: 
CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais (braço do CFR) no Brasil

Quando a "direita" brasileira  recusou ouvidos, ao advogado paulista José Carlos Graça Wagner, sobre o Foro de São Paulo que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem  o rotulasse  como “teóricos da conspiração”., perdeu não só a oportunidade de sobreviver politicamente - hoje, até os "Srs" presidentes da República sabe e declara que a direita já não tem a mínima perspectiva de acesso ao poder. De 1990 até então, a direita nacional não fez senão tentar por todos os meios aplacar o inimigo, oferecendo-lhe uma resistência débil e risível que só criticava seus pequenos erros econômico-administrativos para melhor ajudá-lo a ocultar seus crimes maiores[2]. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente 15 membros da organização do Foro, seu nome começou a aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.    https://www.youtube.com/watch?v=BRW-fdcaMfM#t=195

Marina Silva,  declarou  sobre o Foro de São Paulo: O Foro não chegou a ser desenvolvido! eu mesma foi quem representei contra esse foro quando era senadora  do PT e tem mais, quando eleita pelo PSB (que pertence ao Foro!) vou exterminar todo vestígio que ficou dele .Qualquer desgraça que o PT fez pra tirar a democracia no Brasil será desfeita.  Só o tempo dirá se de fato Marina irá contra os argumentos do seu padrinho Lula![7]

(NT: Marina discursa ao sabor do vento conforme sua conveniência interesse e, como afirmou Dirceu, é o Lula de saias.)

Os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo. 

Todos aqueles supostos liberais, intelectuais e conservadores se calaram a respeito do Foro de São Paulo quando ainda era possível deter o crescimento.  

Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos seqüestros, como as FARC e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime. 

Desde 1990, todos os jornais, canais de TV e estações de rádio deste País – todos, sem exceção, inclusive aqueles que mais se gabavam de primar pelo jornalismo investigativo e pelas denúncias corajosas – se recusaram obstinadamente a noticiar a existência e as atividades dessa organização. A Ligação íntima entre o Foro de São Paulo e uma prestigiosa entidade da esquerda chique americana, o "Diálogo Interamericano". Não sei se essa prova específica existe ou não, nem se ela é realmente necessária para demonstrar algo que metade da América já conhece por outros e abundantes sinais. 

O Diálogo Interamericano DI, fazia propaganda descarada do candidato petista Lula, proclamando-o “uma encarnação do sonho americano”. Embora fosse uma interferência ilegal e indecente de autoridade estrangeira numa eleição nacional -- só não causando escândalo porque até a prepotência imperialista se torna amável quando trabalha para o lado politicamente correto. Logo em seguida, foi repetida ipsis litteris, sem citação de fonte, num artigo da New York Review of Books que celebrava entusiasticamente a vitória de Lula. Adivinhem quem assinava o artigo? O indefectível  Kenneth Maxwell. Em artigo publicado na New York Review of Books – e, é claro, reproduzido na Folha --, Maxwell declarava que o Foro simplesmente não existia, porque “nem os mais bem informados especialistas com quem conversei no Brasil jamais ouviram falar dele”. 

Luiz Felipe de Alencastro, professor de História do Brasil na Sorbonne e colunista da Veja, brilhava num debate do CFR emprestando à tese da inexistência do Foro de São Paulo. [3,4,6].

Em 1999, Membros importantes do CFR tiveram contatos próximos com as organizações criminosas participantes do Foro de São Paulo o presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Richard Grasso,membro do CFR, fez uma visita de cortesia ao comandante das Farc, Raul Reyes, e saiu dali festejando a comunidade de interesses entre a quadrilha colombiana e a elite financeira “progressista” dos EUA. Logo em seguida, outros dois membros do CFR, James Kimsey, presidente emérito da America Online, e Joseph Robert, chefe do conglomerado imobiliário J. E. Robert, tinham um animado encontro com o próprio fundador das Farc, o velho Manuel Marulanda, e em seguida iam ao presidente colombiano Pastrana para tentar convencê-lo, com sucesso, a ficar de bem com a narcoguerrilha.
A divisão de trabalho era nítida: os potentados do CFR negociavam com a principal força de sustentação militar e financeira do Foro de São Paulo, enquanto seus office-boysintelectuais  cuidavam de despistar a operação proclamando que o Foro nem sequer existia. 
O CFR "alardeava a intenção" de eliminar a influência do narcotráfico nos governos ao mesmo tempo que contribuía ativamente para que essa influência se tornasse mais vasta e fecunda do que nunca.

Ao CFR pertencia também o presidente Clinton, cujo famigerado Plano Colômbia tinha tido por principal resultado eliminar os concorrentes e entregar às Farc o quase monopólio do mercado de drogas na América Latina [4].  Em 2003 Lula protegeu e  armou  pelo Foro de San Pablo o narcotráfico, e decretou o  “estatuto do desarmamento” que não veio para garantir a segurança e a vida do cidadão comum, mas para escravizá-lo.

Em resumo, apresento matéria completa do foro de San Pablo com vídeos no link:  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/24/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/

 Notas:
[8] A Rússia foi o primeiro país do mundo a implantar um regime socialista baseado nos princípios do marxismo.
Em 1959 o bloco socialista seria ampliado com a inclusão de Cuba, primeiro país da América Latina a adotar o regime comunista. Fidel Castro é o campeão absoluto da "exclusão social", pois 2,2 milhões de pessoas, 20% da população de Cuba, tiveram que fugir durante o regime comunista. Esses fatos promoveram a aproximação de Fidel com os soviéticos, de quem passou a receber ajuda financeira.
É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que, nos anos 60, este grande país Brasil não tinha senão duas miseráveis opções: "anos de chumbo" ou "rios de sangue"...
Não houve prisões brasileiras comparáveis a La Cabaña (onde ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos). Estranhamente, artistas, intelectuais e políticos que denunciavam a tortura brasileira, visitam Cuba e chegam a tecer homenagens a Fidel e a seu algoz-adjunto, Che Guevara.
A morte de Brejnev em 1982, trouxe problemas na cúpula hierárquica, pois seus sucessores, idosos e doentes, vieram a falecer pouco tempo depois da posse.
Em fevereiro de 1986, Gorbatchev lançou uma campanha contra a corrupção e a ineficiência na administração, com propostas de maior liberdade na política, na economia e na cultura. 
Em março de 1989, pela primeira vez na União Soviética, realizaram-se eleições livre
Em fevereiro de 1990, uma nova legislação partidária estabelecia a permissão para a organização de novos partidos políticos. Em março de 1991, um plebiscito em toda a União Soviética.
Em 1990,  Lula Fidel Castro, Farc, cria o Foro de San Pablo no Brasil. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente, as conversações discretas, ou reservadas, onde o destino de vários países é decidido pelas costas da população.  Lula conheceu Fidel Castro no dia 19 de julho de 1980 do primeiro aniversário da Frente Sandinista quando o orador principal foi Tomás Borges.. TODOS os que ocultaram ou disfarçaram durante quase duas décadas a existência do Foro de São Paulo são culpados pelo que está acontecendo hoje no Brasil.
Em 19 de agosto de 1991,  Gorbatchev fora vítima de um golpe de Estado, Gorbatchev permaneceu 60 horas preso na Criméia.  Vários chefes de Estado do Ocidente exigiram enfaticamente a recondução de Gorbatchev ao poder.
Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, e Bóris Yeltsin, na qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras nove repúblicas, em sessão extraordinária do Congresso dos Deputados do Povo, apresentaram um plano de transição para criar um novo Parlamento. em li de dezembro de 91, a situação se precipitou com a consolidação da independência da Ucrânia, aprovada em um plebiscito com uma votação favorável de 90% de sua população.
Numa espécie de golpe branco contra Gorbatchev, sete dias depois, os presidentes das repúblicas da Rússia, Ucrânia e Bielorússia, reunidos na cidade de Brest, criaram a Comunidade de Estados Independentes (CEI), decretando o fim da União Soviética.
Em 17 de dezembro de 1991 Gorbatchev foi comunicado que a União Soviética desapareceria oficialmente na passagem de Ano Novo.
Na seqüência, no dia 21 de dezembro, os líderes de 11 das 15 repúblicas soviéticas reuniram-se em Alma-Ata, capital do Casaquistão, para referendar a decisão da Rússia, Ucrânia e Bielorússia e oficializar a criação da Comunidade de Estados Independentes e o fim da União Soviética. 
Gorbatchev, agora, governava sobre o vazio.
Em 1991, Fidel Castro que até então vivia com ajuda da extinta União Soviética, sigilosamente, passou a viver as custas do Brasil, do suor do povo brasileiro através do comunista Foro de San Pablo mantido pelo governo petista.

Foro de San Pablo, Papa, Fidel, Lula, Frei Beto, MST,

Mas os cubanos não são de propriedade de Fidel. São filhos de Deus. E disso não podia esquecer o papa         


JOSÉ CARLOS GRAÇA WAGNER

Fidel Castro recebeu o papa afirmando que a igreja não deve esquecer o seu passado, a Inquisição. É difícil julgar o passado, ainda que ele tenha produzido males que permanecem até hoje, reconhecidos pelo próprio papa. Que dizer, porém, da "Inquisição" comunista, que matou muito mais gente do que qualquer outra "visão de mundo"?

Em Cuba, ela serviu para justificar a instalação de tirania pessoal, apresentada à opinião pública latino-americana e aos deslumbrados governantes do sul como demonstração de vontade forte de enfrentar o inimigo do norte.

A revolução, no início democrática, se tornou tirânica pela intenção de Fidel de vingar as injustiças sofridas pela América Latina, advindas da falta de verdadeira solidariedade das Américas. Se de fato ela existisse, teria impedido a ditadura em Cuba e afastado, bem antes, as injustiças que lhe deram causa.

Mas a tal ponto a revolução cubana se transformou em tirania pessoal que não se sustentará após o desaparecimento físico de Fidel. Tivesse mantido a natureza democrática da revolução, teria sido, pelos seus extraordinários talentos pessoais, líder da maior expressão em todo o continente.

Fidel, ao contrário, assumiu a guerra contra a burguesia de todos os países, acusada, juntamente com a igreja e com as Forças Armadas, de ser aliada do "inimigo". Enxergando-se como "anjo vingador", tornou-se responsável direto pelas centenas de milhares de mortes provocadas pela "luta armada" desencadeada em toda a América Latina. Desestabilizou regimes democráticos; gerou, como reação, regimes militares em vários países; e retardou o desenvolvimento econômico.

Fidel fez, ainda, milhões de cubanos perderem 40 anos de suas vidas, sem o direito de possuir uma trajetória própria para exercer seu livre-arbítrio. Vidas semi-abortadas, sem o livre exercício dos seus talentos para participar da construção da história no seu tempo. Em Cuba, esse livre-arbítrio foi monopolizado por Fidel -responsável pela condenação à morte até de amigos, por considerar sua missão mais importante que a vida das pessoas.

Mas os cubanos não são de propriedade de Fidel. São filhos de Deus. E disso não podia esquecer o papa, mensageiro da paz e revolucionário do amor. Não podia perder a chance de dar esperanças aos que vivem numa sociedade forçada ao ateísmo, em que as famílias foram separadas pelo pretenso desmonte da "sociedade burguesa".

Os quase 2 milhões de cubanos expulsos do país teriam contribuído, mais do que os "subsídios" da URSS, para o progresso da nação. Todos esses exilados são, na mente de Fidel, inimigos da pátria, embora pertencentes a uma classe média profundamente democrática, que apoiara a revolução.
Pouco importavam os motivos políticos de Fidel para consumar o convite. Ele precisava de oxigênio depois que a URSS deixou de fornecer recursos para a luta armada e para melhorar, como vitrine, os "índices sociais" cubanos.

Pouco importava a intenção de obter um reforço indireto para a utopia de construir, na América Latina, um "neo-socialismo", que frei Betto imagina possível com o uso da infra-estrutura da Igreja Católica no continente.

A ideia de convidar o papa, de fato, não foi algo repentino. Começou quando frei Betto se lançou à empreitada de escrever "Fidel e a Religião", em 1979. Continuou na reunião de janeiro de 1989, em Havana, testemunhada em outro livro de frei Betto, "O Paraíso Perdido". Com a previsão do colapso da URSS, as cúpulas do PC de Cuba e do PT do Brasil formularam estratégias para manter o "socialismo" em Cuba e fazê-lo expandir-se para o continente.

Se Lula vencesse as eleições presidenciais daquele ano, assumiria o apoio logístico para a sobrevivência do regime cubano. Caso contrário, hipótese admitida expressamente por Fidel, seria formada uma intercontinental socialista, coordenada pelo petista. Ela se formou em 1990, sob o nome de Foro de São Paulo, com o MST como ponta-de-lança. O foro visa trabalhar pela sobrevivência e expansão do fidelismo, por mais utópica que seja tal façanha.

Esse grupo via o convite ao papa para ir a Cuba como decisivo para a estratégia sustentada pelo irmão leigo dominicano. Nada teria repercussão maior no continente e no mundo. Cuba seria uma espécie de Meca da nova revolução católico-socialista, largamente cogitada nas conversações com o tirano no livro "Fidel e a Religião". Enfim, uma aparente cartada de mestre.

Mas os que jogam o jogo do poder humano cometem o erro de não acreditar no poder divino. Acham que manipulam a igreja e chegam a dar a impressão, em certos momentos, de ter êxito. Embora "mensageiros" da história, não conseguiram ler as mensagens que provam que "as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

Se há alguém que enfrenta o colosso americano, não é Fidel. É o papa. Se alguém enfrenta o tirano caribenho, não é o embargo americano. É o papa. Se há uma revolução a ser feita na América Latina, é a pregada pelo papa, não a de frei Betto. Se há uma opção verdadeira pelo social, não é a de Che, por mais que ele tenha pretendido lutar por isso. É a do amor de Cristo pelos pobres, comprovada pela igreja em séculos. Hoje, ela é representada pelo papa, que convoca todos para a solidariedade -não para a tirania dos iluminados.

O tiro está saindo pela culatra para Fidel e seus companheiros do Foro de São Paulo. O que subsiste após a visita a Cuba é a revolução do papa. Não é de todo impossível que se escreva outra história, diferente do "romance" imaginado por frei Betto, pois o homem põe e Deus dispõe.

Fidel pode se transformar no grande convertido -cair do cavalo, como São Paulo. Seria o primeiro tirano de índole marxista a converter-se, pelo carisma do papa, à sua antiga religião, como acontece com muitos jovens que andam por ínvios caminhos, mas voltam à casa do Pai. Será a maior revolução do fim do século -e talvez venha até a ser acompanhada pela conversão de frei Betto. Grande epílogo para uma triste novela, comprovando que de um grande mal se pode tirar um grande bem.

José Carlos Graça Wagner, 67, advogado, é diretor da Associação Comercial de São Paulo, presidente do Instituto Brasileiro pela Liberdade Econômica e Desenvolvimento Social (SP) e presidente do Conselho Curador da Fundação Cásper Líbero.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Milicianos pró-russos viriam para América Latina. O Brasil que se cuide,

Milicianos espanhóis viriam para América Latina
Milicianos espanhóis viriam para América Latina
O jornal “El Mundo”, de Madrid, entrevistou dois milicianos espanhóis que lutam no “Batalhão Vostok”, no leste da Ucrânia, por causa das afinidades do grupo separatista com as crenças comunistas.

Ángel Arribas Mateo, 22, é de Cartagena e tem tatuada a imagem de Lenine no braço direito e a de Stalin no esquerdo.

Rafael Muñoz Pérez, 27, é das Astúrias. Os dois ingressaram como voluntários na milícia pró-russa mais violenta e sanguinária.

Eles receberam instrução militar no local e estão adquirindo experiência de combate. Ostentando a bandeira da II República espanhola da Guerra Civil 1936-1939, eles repetem a todos o slogan comunista “No pasarán”.

Ángel frequentou a juventude do Partido Comunista dos Povos da Espanha (PCPE) e o Partido Comunista (PCE), que faz parte da Izquierda Unida, representada no Parlamento espanhol.

Rafael e Ángel partilham a visão marxista-leninista do mundo, e por isso decidiram se unir aos separatistas guiados por Moscou.

“Não temos passagem de retorno”, dizem, mas reconhecem que a situação militar está ruim para os pró-russos e, se piorar, já pensam em fugir para a Rússia e depois seguir para Cuba e/ou Venezuela.

Quando conseguiram entrar no território rebelde e se apresentaram como “comunistas espanhóis”, foram aclamados pelos terroristas do “Vostok”.

Sem conhecer a língua local, estreitavam efusivamente as mãos daquela brigada internacional e bradavam: “No pasarán!”.

Para eles, trata-se de vingar a Guerra Civil espanhola, perdida por seus pais e avôs.

Os dois foram criados no clima de distensão e anestesia que dominou Espanha nas últimas décadas. Por isso, foi uma surpresa quando pegaram em armas de guerra e começaram a treinar.

“Entrarei em combate, se for necessário, contra os bastardos fascistas”, disse Ángel. Para eles, o maior sinal de amizade dos terroristas foi ter-lhes fornecido modernas Kalashnikovs.

Ángel e Rafael foram visitar a estátua de Lenine e os monumentos soviéticos que estão sendo derrubados nas cidades livres da Ucrânia.

Fanatismo comunista-republicano os levou para Ucrânia e os traria para América Central ou do Sul
Fanatismo comunista-republicano os levou para Ucrânia
e os traria para América Central ou do Sul
Para se distinguirem dos milicianos provenientes de países tão diversos como a Chechênia ou a Sérvia, eles costuraram a bandeira da Segunda República, que ostentam, na bandeira comunista vermelha com a foice e o martelo.

Ambos dizem estar orgulhosos, porque em Donetsk “não há polícia, mas não há problema algum (sic!). Sou comunista, mas se isto é anarquismo, eu troco”, brinca Ángel, com uma linguagem orwelliana.

É claro que, se há “problema”, são os saques e crimes praticados por seus colegas de milícia. E se um cidadão resistir, pode acabar na fossa comum. É assim como está sendo feita a paz na anarquia comunista!

Perguntado pelo jornalista sobre o que fariam se a rebelião fracassar apesar do ingente apoio de Putin, Rafael responde:

— Não sei o que dizer. Eu imagino que se a resistência sucumbir, não pensamos nos imolar. Se virmos que isto está perdido, vamos embora, diz Rafael.

Ángel está muito à vontade no “Vostok”, e acrescenta: “Se ganharmos a guerra, eu ficaria vivendo aqui. Ofereceram-nos até casa e carro próprio”, obviamente confiscado à ponta de Kalashnikov.

Porém, os dois reconhecem que a realidade não parece prometer a realização desse desejo. O exército ucraniano está rodeando a cidade, as bombas atingem os ninhos rebeldes e os milicianos já não podem sair para treinar.

As noites são difíceis: quando bombardeiros e drones sobrevoam o quartel, todos pulam para fora do prédio, com medo de serem sepultados com ele.

“Se a coisa ficar feia, tentaríamos cruzar a fronteira russa. Se não nos deixarem voltar à Espanha, pediríamos asilo a Cuba ou à Venezuela”, diz Ángel, que confidencia ter sonhado participar na revolução marxista de Fidel.

O testemunho desses dois milicianos comunistas revela a afinidade ideológica entre as falanges subversivas internacionais colocadas por Putin na Ucrânia e os grupos revolucionários marxistas ou populistas há tempos bem instalados na América Latina.

Essa afinidade poderá amanhã atrair graves perigos para nossos países. O Brasil que se cuide. 
http://www.elmundo.es/cronica/2014/08/10/53e5f24ce2704ec30d8b4570.html
http://esta-acontecendo.blogspot.com.br/2014/09/milicianos-pro-russos-viriam-para.html