quinta-feira, 16 de junho de 2016

O papa Francisco é um padre militante do kirchnerato, ele dá poder aos violentos

No Rio, na JMJ 2013, Para Francisco com Dilma, Cristina, Evo Morales 
e o vice-presidente do Uruguai pelo Frente Amplo "tupamaro"

A desigualdade de atitude de Francisco I ao receber o presidente Macri 
causou péssima impressão
O tratamento frio e até carrancudo dispensado ao novo presidente Macri numa recepção no Vaticano estranhamente de apenas 22 minutos fez transbordar o vaso.


Uma simples página de fotos do evento encheu-se de comentários reveladores, originados dos mais variados setores geográficos, ideológicos, culturais e religiosos da Argentina.

— “A cara do Papa é a de um político que não comunga com Macri ... Informaram-te das atrocidades morais e da corrupção que vivemos durante doze anos? (...) Parece que não, por isso tua cara de poucos amigos em relação àquele que procura nos tirar do inferno que deixou tua protegida... Não há mais nada a explicar sobre o Papa e suas preferências. A verdadeira corrupção não lhe tira o sono”

— “Ele sabia bem e sabe tudo. Mas alguém terá posto do nosso dinheiro e muitos milhões e agora é K[irchenista]. Um papelão, outro sem vergonha (...) como se atreve????” 

— “E acabou sendo que o papa é um padre militante do kirchnerato. Que desilusão tão grande, eu tinha fé de que neste encontro com o presidente eleito pela maioria dos argentinos iria ter uma atitude mais bondosa e paternal que essa cara de desgosto indissimulável. E o pior é pensar que ele ampara um grupo de delinquentes que logo deverão prestar contas ante a Justiça argentina”

— “O Papa parece acreditar que Judas está a seu lado, e o problema é que Judas deixou o governo em dezembro e ele não percebeu ou não quer admiti-lo”. 

— “Mais uma realidade difícil de digerir para o papa peronista. Mas seu Deus quis assim: Mauricio é presidente”.

— “Pensar que eu chorei de emoção quando foi anunciado seu nome como novo Papa. Que desilusão. Se vier na Argentina tentarei não assistir a nenhum ato”.
Por sua vez, a deputada católica Lilita Carrió, da base aliada do presidente Macri, foi mais longe: “A verdade é que Bergoglio não ajuda a pacificar o país. Ele dá poder aos violentos” (“Clarín”, 28.02.16). 

http://esta-acontecendo.blogspot.com.br/2016/06/a-argentina-esta-chocada-pelos-gestos_16.html

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O silêncio na caserna, Submarino nuclear traz novas suspeitas Odebrecht e a AMAZUL

Putaria na terra, no mar e no ar, por isso, o silêncio na caserna. Os militares estupram o Brasil desde 1889.

Modelo prevê criação de empresa nos moldes da Sete Brasil, privilegiando a Odebrecht em negócio sem licitação. Contrato garante à ODT, da empreiteira, parte das patentes se parceria com empresa da Marinha for desfeita
submarino nuclear 2
JULIO WIZIACK
SÃO PAULO - Alvo da Lava Jato, o projeto do submarino nuclear brasileiro despertou novas suspeitas. A desconfiança agora está na proposta de criação de uma empresa pela Odebrecht e a AMAZUL, companhia de projetos da Marinha.
Batizada de PRÓTON, ela seria controlada pela ODT (Odebrecht Defesa e Tecnologia), braço de defesa da Odebrecht. A estatal AMAZUL ficaria como minoritária. A ideia era dar agilidade nas contratações e evitar que a empresa tivesse milhares de funcionários.

Por outro lado, o contrato prevê que a controlada da Odebrecht fique com parte das patentes caso a parceria seja desfeita. (!!!!!!! procedimentos até então realizados por FHC!!!) 

A proposta, que está para ser definida pelo Comando da Marinha, reproduziu o modelo da Sete Brasil, companhia que construiria e alugaria sondas de exploração de petróleo formada por investidores privados e com a Petrobras como sócia minoritária — e que, pega na Lava Jato, está em recuperação judicial.

Na Próton, o plano era parecido. Além de ser fornecedora exclusiva da AMAZUL, todos os projetos de sistemas ligados ao submarino seriam de propriedade da nova companhia, e não da AMAZUL.

Se a PRÓTON fosse desfeita ou se a ODT vendesse sua parte, levaria consigo a maior parte dessa tecnologia — com exceção do reator, que compete à Marinha — segundo acordo de acionistas e estatuto da companhia, entregue à Amazul em 2014.

MONOPÓLIO 

A Odebrecht queria uma empresa robusta de defesa. Seu modelo era a francesa DCNS, parceira na construção dos submarinos.

A PRÓTON venderia para Forças Armadas e atuaria no mercado civil com serviços como controle de plataformas de petróleo. A empresa planejava faturar US$ 1 bilhão ao ano.

Inicialmente, o conselho da estatal concordou com as negociações, mesmo diante dos questionamentos do representante do Ministério do Planejamento e de membros do conselho. As discussões, porém, ficaram mais intensas com o envolvimento da Odebrecht na Lava Jato.

Críticos à proposta solicitaram a retirada de cláusulas que garantiam à Odebrecht o monopólio da área de defesa no Brasil. A empreiteira resistiu; disse que os detalhes já tinham sido acertados e que não faria sentido ter várias empresas no setor.

Os argumentos não convenceram os representantes mais resistentes do conselho. Foram propostas alterações contratuais, retirando a cláusula de exclusividade e a da propriedade intelectual.

A Odebrecht recebia a versão dos contratos e, por três vezes, devolvia assinada a versão original, "pegadinha" que irritou a Amazul e a fez contratar um escritório de advocacia especializado em acordos de acionistas.

Chegou-se a acordo prevendo retirada da cláusula de exclusividade e trava na propriedade intelectual. Mesmo assim, ainda se prevê a partilha das patentes em caso de dissolução da empresa.
Resultado de imagem para A AMAZUL, companhia de projetos da Marinha

A Folha apurou que a francesa DCNS também seria sócia na PRÓTON. Na França, a empresa criou uma tecnologia para o reator nuclear do submarino e se tornou parceira do Brasil após acordo assinado, em 2008 pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva.


Em 2009, foram assinados os contratos para a construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear.

O preço de partida foi de 6,7 bilhões de euros (R$ 25,9 bilhões atualmente), o maior contrato militar da história, para que o Brasil fosse um dos seis no mundo a contar com um equipamento desses.

A DCNS condicionou sua entrada no negócio à contratação da Odebrecht como parceira. Caberia à empreiteira a construção da base naval de Itaguaí (SC) por 1,7 bilhão de euros (R$ 6,6 bilhões).

A Polícia Federal suspeita de irregularidades na execução do programa de submarinos na Marinha.


Não houve licitação, o que provocou críticas à época. Até então, o Brasil vinha desenvolvendo submarinos com tecnologia alemã, vista por especialistas superior à dos franceses.

A DCNS ainda é acusada de propina em negócios envolvendo os mesmos submarinos para Índia e Malásia.
 

Outro lado 

Construtora não terá tecnologia, diz estatal
AMAZUL afirma que proposta de braço da Odebrecht foi alterada para atender interesses da Marinha brasileira 

  • Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante-de-Esquadra (FN) Marco Antonio Correa Guimarães, na presença do Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Walter Carrara Loureiro, e do Comandante do Material de Fuzileiros Navais, Contra-Almirante (FN) Cesar Lopes Loureiro, recebeu o Diretor-Presidente da MECTRON, Gustavo Ramos, e o Diretor da Unidade de Defesa da MECTRON, Rogério Salvador, para a assinatura do termo de entrega do 1º lote, composto de 16 munições com cabeça de guerra; um simulador de tiro; um equipamento de teste; e quatro jogos de manuais. O MSS 1.2 AC é um sistema de armas superfície-superfície, anticarro, guiado a laser, com alcance de cerca de 3 km. O sistema de guiagem a laser permite direcionar o míssil mesmo após o seu lançamento, acompanhando a trajetória do alvo.
SÃO PAULO - A AMAZUL, companhia de projetos da Marinha, afirmou que o conselho de administração aprovou a parceria com a Odebrecht após discussões que modificaram o acordo de acionista, apedido da estatal, com o qual a empreiteira concordou plenamente. A Marinha não se decidiu sobre o assunto porque ainda depende de parecer de outros ministérios, mas poderá se basear em decisões e sentenças do Poder Judiciário.

A AMAZUL confirmou que a ODT apresentou a minuta inicial do acordo de acionistas, como revelado pela Folha. A reportagem já tinha solicitado o documento via Lei de Acesso à Informação, mas a empresa se recusou a entregá-lo porque o "processo decisório está em curso".

"A proposta da ODT foi reformulada de acordo com os interesses da AMAZUL e da Marinha", disse, em nota.

Também foi confirmada pela Amazul que a proposta inicial previa exclusividade na prestação de serviços para o governo brasileiro.

"Essa pretensão não foi aceita porque viola a Lei de Licitações", disse.

A empresa negou que essas mudanças tenham sido feitas em decorrência da Lava Jato e disse que a demora pela decisão se deve à cautela da Marinha, que está analisando "os aspectos de oportunidade em face da conjuntura atual".

A AMAZUL afirmou que a legislação prevê que a estatal possa participar como acionista minoritária de outras empresas para atuar como "empresa de fomento à Base Industrial de Defesa".

Diferentemente do que pensava o representante do Ministério do Planejamento na AMAZUL, a estatal não considera que a Próton seria uma concorrente. "Muito pelo contrário. Espera-se que ela seja complementar, porque seria uma empresa privada atuando no mercado de defesa de forma ágil e flexível."

A AMAZUL seria um dos sócios, colaborando para o "desenvolvimento de tecnologias e gerenciamento de projetos e processos necessários ao Programa Nuclear Brasileiro, o Programa Nuclear da Marinha e o do  Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)".

A empresa reafirma que as atividades nucleares não serão objeto da Próton, o que é vedado pela Constituição a empresas privadas. "Em nenhum momento, a AMAZUL decidiu abrir mão da posse da tecnologia do submarino nuclear. A Odebrecht foi informada, desde o início, de que não haveria transferência de tecnologia nuclear e nem de propriedade intelectual da tecnologia nuclear da Marinha para a PRÓTON."
 
A Odebrecht e o Comando da Marinha não comentaram. Teori: a  procrastinação impede a Operação Lava Jato
boca_fechada15,

13 de Junho, 2016 - 15:00 ( Brasília )
http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2015/07/o-programa-secreto-brasileiro-de.html
http://www.otaviosaleitao.com.br/noticias/submarino-nuclear-traz-novas-suspeitas-click-aqui

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Trump parece crer que o papel do governo é servir à sociedade, não o contrário.

Você se espanta que uma empresa capitalista financie socialistas e comunistas? Ora, o movimento socialista sempre foi financiado pelo capitalismo. Aliás, sem o financiamento dos capitalistas, o movimento socialista sequer poderia existir ou manter-se.
O público brasileiro, mesmo aquela sua parcela de resto bem informada, costuma compreender muito mal o espectro político norte-americano da última década, o que tem levado a interpretações verdadeiramente delirantes das disputas ali em curso.

É comum por aqui o pressuposto de que os EUA são, como um todo, um país de tendência político-cultural conservadora, e que a esquerda ali se desenvolve de modo anti-natural, aos trancos e barrancos, mediante compromissos (retóricos, que sejam) com o centro. É como se fosse impossível a priori a existência de uma esquerda radical, socialista e revolucionária naquele país. Toda esquerda nos EUA seria forçosamente moderada, restando à direita o monopólio do extremismo e do radicalismo.

Nada mais equivocado. Há hoje uma vasta bibliografia disponível pela qual é possível conhecer a dimensão da presença das ideologias revolucionárias de esquerda nos EUA, e isso desde a década de 1930, com o reconhecimento da URSS por parte de Washington, quanto o partido comunista americano (CPUSA) passou a servir de fantoche do KOMINTERN. Em 1954, já Bella Dodd descrevera em The School of Darkness a penetração soviética na América – penetração perpetrada pelo CPUSA através de instituições sociais como igrejas, escolas, universidades, sindicatos e órgãos de imprensa.

Já estava muito claro que a estratégia soviética jamais consistiria no confronto direto, mas na penetração insidiosa na cultura do inimigo, fazendo desta, e a partir de suas próprias virtudes (o pluralismo democrático, por exemplo), o dócil hospedeiro de um parasita implacável. Para quem quiser saber mais do assunto, basta procurar no Google, entre outros, as palestras e entrevistas do ex-agente da KGB Yuri Bezmenov (ou Tomas Schuman) acerca dos métodos soviéticos de guerra cultural.

A partir da década de 1990, depois da abertura dos arquivos de Moscou e da pesquisa ali realizada por autores como Hervey Klehr (o primeiro historiador americano a vascular os arquivos), John Earl Haynes, Christopher Andrew, entre outros, restam documentalmente comprovadas as revelações há muito feitas por outros ex-espiões soviéticos, a exemplo de Elizabeth Bentley, por muito tempo acusada pela esquerda americana de “neurótica” e “mitômana”: a penetração soviética nos EUA chegou até os altos escalões das administrações Roosevelt e Truman, envolvendo nomes como Alger Hiss, Harry Hopkins e Harry Dexter White, todos atuando como agentes soviéticos no coração do poder americano.

Ademais, baseada no material dos arquivos, uma das principais obras escritas por 
Klehr e Haynes, The Secret World of American Communism, fornece abundante evidência de uma estreita cooperação entre o KOMINTERN, o CPUSA e as agências 
soviéticas de espionagem no exterior. Outra obra de referência sobre o tema é The World and the Shield: the Mitrokhin Archive and the Secret Story ofthe KGB, escrita pelo historiador Christopher Andrew com base nos arquivos de Vasily Mitrokhin, um dos dissidentes soviéticos de mais alta patente.

Estamos falando ainda de um período anterior à década de 1960, quando a assim chamada “nova esquerda” (pós-soviética, frankfurtiana e gramsciana) tomou de assalto a maior parte das instituições de cultura nos EUA, utilizando-as como arma de propaganda anti-americana e pró-comunista.

Trata-se da famosa geração hippie, tão ruidosa contra a guerra do Vietnã (mas silenciosa, por exemplo, em relação ao genocídio promovido pelo Khmer Vermelho e aos paredões cubanos de fuzilamento), e tão anti-americana quanto qualquer guerrilheiro latino-americano. É a geração de homens como Noam Chomsky, o intelectual público mais influente da América, e um radical de esquerda típico, capaz de urrar contra George W. Bush, mas ronronar de tolerância e mal-disfarçada admiração para com o Hezbollah.

É, finalmente, a geração de alguns dos protagonistas da disputa política americana contemporânea. Sobre eles, escreveu Alan Charles Kors num artigo incontornável: “Garotos que, na década de 1960, tinham retratos de Mao e Che colados nos muros da faculdade – o equivalente moral de exibir retratos de Hitler, Goebbels ou Horst Wessel no dormitório – agora ensinam nossas crianças sobre a superioridade moral de sua geração política”.

Mas, como dizíamos, o comentarista brasileiro é cego para a esquerda americana, talvez por acreditar na superioridade moral de sua própria geração. De modo geral, o partido democrata é visto no Brasil como um partido de centro-esquerda, representante dos valores tradicionais do liberalismo (político e econômico) e da democracia. A candidata Hillary Clinton, por exemplo, seria a encarnação paradigmática desseestablishment. O seu ainda concorrente interno, o senador Bernie Sanders, estaria apenas um tantinho mais à esquerda, nada que pudesse perturbar o conservadorismo cultural de fundo. Se Hillary é tida por social-democrata e liberal (no sentido econômico), Sanders seria um socialista (jamais comunista!) com muitas aspas.

A prova de que, vista do Brasil, a esquerda americana aparece como moderada (ou seja, avessa a radicalismos e a rupturas revolucionárias) está na posição assumida por alguns de nossos analistas habitualmente críticos da esquerda doméstica. Nomes como Arnaldo Jabor, Caio Blinder, Demétrio Magnoli, entre outros, que costumam devotar um olhar mordaz contra as práticas e idéias “arcaicas” da esquerda pátria, tida por eles como manifestação da perfeita idiotia latino-americana, quedam-se deslumbrados e acríticos em face das mesmas idéias e práticas, quando avançadas pela esquerda norte-americana.

O mesmo comentarista brasileiro capaz de fazer troça das propostas de uma Luciana Genro – taxação das grandes fortunas, transporte público gratuito, combate ao capitalismo financeiro – as aceita como razoáveis se vindas da boca de um Bernie Sanders. É como se a língua inglesa conferisse razoabilidade e moderação a idéias políticas que, se ditas em português ou espanhol, soariam naturalmente como emboloradas e radicais.

Ora, basta analisar a biografia e trajetória política dos personagens democratas em questão – e poderíamos incluir aí o atual presidente Barack Hussein Obama – para notar que, na última década, o partido democrata deu uma guinada violenta rumo à extrema-esquerda. Não há nada de moderado ou centrista em Bernie Sanders, um comunista-padrão. E tampouco em Hillary Clinton.

Levando em conta exclusivamente a opinião de nossos palpitadores, seríamos tentados a ver na ex-Secretária de Estado uma representante tradicional da democracia liberal norte-americana, uma herdeira intelectual de John Locke, Stuart Mill, Karl Popper, quiçá John Rawls!

Nada mais distante da realidade. Nossos palpitadores não sabem, ou fingem não saber, que madame Clinton é discípula confessa de Saul Alinsky, o auto-intitulado guru “radical” da nova esquerda norte-americana dos anos 1960, com quem a atual candidata trocou várias cartas na juventude e sobre quem escreveu uma monografia de conclusão de curso.

O mesmo vale para Barack Obama, cuja carreira política deve muito a outro mentor ideológico tão “moderado” quanto Alinsky: Bill Ayers, o líder do grupo terrorista The Weather Underground, que promoveu uma série de atentados a bomba nos EUA da década de 1970, sob o pretexto de lutar contra o imperialismo norte-americano.

Alinsky, guru de Hillary, foi um dos mais habilidosos estrategistas e ativistas políticos da esquerda americana e mundial. Inspirado em Antonio Gramsci, que abandonara o modelo soviético de tomada violenta do poder de Estado em favor de uma abordagem não-violenta e de longo prazo, com ênfase na conquista prévia da hegemonia cultural, Alinsky foi o fiel executor desse novo método revolucionário – um método não-aversivo, dir-se-ia, visando a uma “guerra de posição”, não “de movimento”, para usarmos um vocabulário gramsciano.

Em seu livro mais conhecido, Rules for Radicals (“Regras para Radicais”), Alinsky dá uma verdadeira aula de como a esquerda deveria abandonar ortodoxias ideológicas e dogmatismos teóricos, buscando, ao contrário, uma unidade puramente estratégica, no âmbito da ação política revolucionária. Alinsky queria atrair todos os descontentes, revoltados, marginalizados e criminosos – todos aqueles que, com desprezo, Marx agrupara sob o rótulo de lumpemproletariado – para as fileiras da guerra cultural contra a América.

Amigo de Al Capone e de seus comparsas nos tempos de estudante de criminologia em Chicago, Alinsky passou a adotar a expressão “organização comunitária” (community organizing), um termo obscuro derivado das ciências sociais da época, para descrever a sua missão; um termo estranho que veio a consagrar a carreira política de Barack Obama, tido por competente “organizador comunitário”. Tratava-se, na verdade, de organizar ódios e ressentimentos (de origem racial, econômica, sexual, geracional, pouco importava) e canalizá-los contra a sociedade americana de então.

Sob vários aspectos, portanto, Hillary Clinton é muito mais radical que o próprio Bernie Sanders (um comunista revolucionário), pois ela assimilou muito bem o método político de Alinsky, dando preferência à ação efetiva e silenciosa sobre o histrionismo retórico da esquerda mais ortodoxa. Muito mais à esquerda que o seu marido, Hillary foi mestre em vestir o seu radicalismo com as “roupas” da democracia liberal.

De todo modo, o mero fato de serem esses os dois candidatos democratas restantes já indica que o partido do burrico, como um todo, rompeu com o tradicional equilíbrio entre contrários característico da política americana até então: a disputa entre “liberais” e “conservadores” no seio de uma concepção de nação mais ou menos comum, baseada no respeito incondicional à Constituição e aosFounding Fathers, na importância do federalismo, na crença na excepcionalidade americana e na defesa das liberdades civis em face do Estado.

Com Obama, Hillary e Sanders (OH&S), o partido democrata coloca-se definitivamente fora daquela normalidade democrática. Em primeiro lugar, a personalidade política dessas três figuras foi formada, intelectual e politicamente, por críticos radicais da excepcionalidade americana e dos valores tradicionais associados aos Founding Fathers. Seus gurus ideológicos são, além de Alinsky e Ayers, outros campeões do anti-americanismo tais como Che Guevara, Regis Debray, Frantz Fanon, Edward Said, Frank Marshall Davis et caterva.

Em suma: ao contrário de todos os presidenciáveis anteriores, quer republicanos, quer democratas (incluindo o gângster Bill Clinton), OH&S são os primeiros políticos a recusar oexcepcionalismo americano, ainda que nem sempre tenham a coragem de professá-lo com todas as letras. Para eles, os EUA são um país como outro qualquer, talvez até um pouco pior (demasiado consumista, racista, machista ou imperialista).

Além disso, os três parecem acreditar na necessidade de uma concentração cada vez maior de poder de Estado como meio da impor as reformas sociais que julgam necessárias, ainda que ao custo das liberdades individuais.

O verdadeiro Estado policial montado por Obama e Hillary – que faz do escândalo de Watergate parecer uma brincadeira de criança – não deixa dúvidas quanto ao atual desprezo dos “democratas” americanos pela ordem democrática.

Nesse sentido, nenhum dos políticos em questão foge à tradição revolucionária da esquerda: não confiam na sociedade e em sua autonomia; com efeito, desprezam-na e pretendem dirigi-la desde cima. Numa verdadeira inversão do espírito da constituição americana, toda pensada para limitar o poder do Estado e proteger as liberdades individuais, OH&S gostariam de dar poderes ilimitados ao Estado, para que ele possa aprovar leis (restrição sobre a posse e o porte de armas pelo cidadão, por exemplo) unanimemente rejeitadas pela população.

Os três foram criados aprendendo a odiar a América, e agora reivindicam os meios de “transformá-la fundamentalmente”, como disse Barack Obama em discurso revolucionário e histórico (pelos piores motivos, que fique claro).

Quanto à retórica de Sanders contra o big business, Wall Street e o mercado financeiro, tudo não passa de bafo de boca. Sanders não é burro. Ele sabe muito bem que, na hora H, entre ele e um candidato republicano, os maiores financistas e bilionários americanos (um Soros, um Rockefeller, um Ford, um McArthur e seus herdeiros) apostarão suas fichas nele e não no republicano. Este tem sido o padrão nas últimas décadas nos EUA: entre dois candidatos quaisquer, o grosso de Wall Street tem quase sempre preferido aquele mais à esquerda, o mais estatista, o mais hostil ao livre-mercado.

Trata-se de fenômeno histórico que ilustra a simbiose – em tese contraditória, mas na prática sempre observável – entre comunistas e grandes financistas. Ambos são experts em monopólio – os primeiros, no monopólio do poder político; os segundos, no do poder econômico. Daí que nem uns, nem outros demonstrem grande apreço pelo autêntico liberalismo político e econômico. Como notou o romancista britânico H. G. Wells em seu livro Rússia nas Sombras (Oxford: Benediction Classics, 2007. p. 100): “O grande negócio não é de forma alguma antipático ao comunismo. Quanto mais ele cresce, mais se aproxima do coletivismo”.

Diante da candidatura democrata, resta-nos admitir que Donald Trump, goste-se ou não dele (e eu particularmente preferia Ted Cruz, Carly Fiorina ou Ben Carson), é o representante possível da continuidade do liberalismo e da ordem democrática nos EUA. A despeito de eventuais equívocos e incongruências em sua plataforma, ele não pretende “transformar radicalmente” a América, mas, ao contrário, respeitar a sua história e tradição. Diferente de Hillary, e mais fiel ao espírito dosFounding Fathers, ele parece crer que o papel do governo é servir à sociedade, não o contrário.

O governo não existe para ensinar, dirigir, tutelar ou transformar fundamentalmente a sociedade. Ele não pode pretender ser uma forma pura a se impor sobre uma matéria plástica e inerte. Ao contrário, o governo deve ser infundido com a alma da sociedade, que preexiste a ele de um ponto de vista histórico e moral. John Adams, segundo presidente americano, e o mais conservador dos Founding Fathers, ilustrou-o bem, ao escrever em 1798 sobre a Constituição Americana:

“Não há governos capazes de lidar com paixões humanas desenfreadas, imunes à moralidade e à religião. A avareza, a ambição, o desejo de vingança ou a luxúria poderiam romper as sólidas amarras de nossa Constituição qual uma baleia através de uma rede de pesca. A nossa Constituição foi feita exclusivamente para um povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada para qualquer outro”.

Uma constituição adequada a um povo moral e religioso. A idéia de uma ordem moral eterna e transcendente e de um governo que a ela deve se submeter. Uma nação temente a Deus. Eis aí a América que o atual partido democrata quer “transformar fundamentalmente”. Não é por acaso que o seu grande mentor intelectual, Saul Alinsky, tenha dedicado seu livro mais famoso a Lúcifer, “o primeiro dos rebeldes” (sic).

Que contraste! Que abismo! Que confronto político, social, cultural, histórico, religioso e cósmico não representa a atual corrida presidencial nos EUA! Por trás das figuras um tanto quanto medíocres e inegavelmente kitsch dos dois protagonistas, que certamente não estão à altura daquilo que representam, o que está em jogo na América é uma disputa entre a devoção religiosa e patriótica do americano médio e as paixões políticas de uma elite luciferina que o despreza; entre a tradição cultural que forjou a maior nação do planeta e a imaginação revolucionária que pretende dissolvê-la numa nova ordem global; entre os Founding Fathers e os “organizadores comunitários” pós-americanos.
Em suma: que vença Trump, apesar de Trump!
http://netrightdaily.com/category/cartoons/branco-toons/
http://subversivoxxi.blogspot.com.br/2016/05/america-beautiful-contra-os-discipulos.html

sexta-feira, 10 de junho de 2016

A Cia nascida da escola de Frankfurt frustou a Operação Condor

Jamais os militares deveriam ter criado o AI5 A "Anistia aos comunistas  presos políticos"
A Operação Condor foi uma aliança estabelecida formalmente, em 1975, entre as ditaduras militares da América Latina. O acordo consistiu no apoio político-militar entre os governos da região, visando perseguir e prender os comunistas que infiltrados,  se opunham aos regimes autoritários. Na prática, a aliança apagou as fronteiras nacionais entre seus signatários para a repressão aos adversários políticos. fizeram parte da aliança: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nos anos 1980, o Peru, então sob uma ditadura militar, também juntou-se ao grupo. Em 1975, o chefe da polícia secreta chilena, Manuel Contreras, voltando de uma viagem aos Estados Unidos, coordenou a primeira reunião da Condor em Santiago de Chile, onde participaram dois enviados brasileiros com aval do General Ernesto Geisel e do então chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações), João Baptista Figueireido “A ideia que o Contreras tinha era criar uma Interpol contra as organizações guerrilheiras, contando com o mesmo tipo de coordenação usadas pelas policias para atuar rapidamente.
Ditadura Militar: Um mal necessário por Marco Aurelio Méllo
https://www.youtube.com/watch?v=83tscv7ucCI 

A Cia truncou os objetivos da Condor em conter o avanço do comunismo, 

A Escola de Frankfurt foi fundada por Felix Weil, filho de um milionário comerciante de grãos. Seguindo as idéias de Karl Korsch de que para alcançar a utopia marxista seria necessário destruir o Estado, a Escola de Frankfurt observou que as bases do Estado burguês eram culturais: as artes, a religião, a família, a filosofia, o direito e as instituições intermediárias, que são a escola, a igreja e a família. Para desmantelar o Estado, seria necessário desmantelar essas bases.

Escola de Frankfurt “terminou” em 1933 quando Hitler ascendeu ao poder.  — nos anos 60, Marcuse tornou no "Grand Old Man" da "Nova Esquerda", e a par com o seu colega Wilhelm Reich, o principal ideólogo da "revolução sexual". Bolton documenta como o aborto, o homossexualismo, o feminismo, a música psicadélica e a arte degenerada foram fomentadas pela CIA e largamente financiadas pelo Grande Capital e pelas organizações com isenção fiscal tais como a Ford, a Carnegie e a Rockefeller. Quando isso aconteceu, todo este grupo de académicos Judeus Comunistas, e de forma irónica, transladou-se da capital financeira da Alemanha para a capital mundial do capitalismo, Nova York. Em 1944, com a derrota  iminente da às evidências apresentadas pelo FBI, General William “Wild Bill” Donovan, o chefe do OSS declarou: Eu sei que eles são Comunistas. É por isso mesmo que eu os contratei.  "Eu seria capaz de colocar Estaline na folha de pagamentos da OSS se isso nos ajudasse a vencer Hitler" (1). Aí, o Instituto Frankfurt exilado foi recebido pela Columbia University. Membros proeminentes como Herbert Marcuse e Franz Neumann passaram os anos 40 dividindo o seu tempo entre as prestigiosas universidades Ivy League e a  "Office of Strategic Services", que mais tarde se tornou na CIA (Central Intelligence Agency). A Cia marxista  também envolvida no assassinato de J.Kennedy.
  1. O que foi a Escola de Frankfurt? Bem, nos dias que se seguiram à Revolução Bolchevique na Rússia, acreditava-se que a revolução do proletariado iria varrer a Europa e, eventualmente, chegar aos Estados Unidos. Mas isto não aconteceu. Mais para o final de 1922, a Internacional Comunista (Comintern) começou a considerar as lições que se poderiam extrair disto e sob iniciativa de Lenine, decorreu um encontro no Instituto Marx-Engels em Moscovo. O propósito deste encontro era o de esclarecer, e dar efeito concreto, à revolução cultural Marxista. O Marxismo Cultural é a táctica primária da esquerda militante. Escola de Frankfurt  eles desenvolveram tácticas que visavam a implementação da revolução comunista;
  2. Quando a União Soviética finalmente foi desmantelada, as mesmas forças não perderam tempo para avançar com a sua antiga ideia dum governo global que tornaria o mundo seguro para a exploração financeira, criaram o Fôro de São Paulo para orquestrar os governantes que sem caráter, formaram quadrilhas organizadas dentro do poder desviando o erário, corrompendo as instituições;
  3. Hoje, de acordo com o jornalista investigativo John Dinges, a melhor ferramenta nesta questão é a guerra de informação, que os EUA está praticando com êxito. A Operação Condor outra vez em uma escala maior, com mais recursos do que há 40 anos”.
Entendendo o pensamento de esquerda: de Kant a escola de Frankfurt
https://www.youtube.com/watch?v=-xeuOw2KMg4

 -[1] Mitchell, Susan. Icons, Saints, and Divas. Australia: HarperCollins, 1997.
Smith, Richard Harris. 1972. OSS: The Secret History of America’s First Central Intelligence Agency. Connecticut: Lyon s Press, 2005.