Segundo Luigi Jovane, do IO, o modelo do megalago apresenta as particulares condições da região do Mediterrâneo, há dez milhões de anos, “que, aliás, são muito parecidas àquelas dos sedimentos encontrados no pré-sal brasileiro, do período Barremiano (Cretácico Inferior). Estamos falando de 130-125 milhões de anos atrás, quando o Atlântico estava nas fases iniciais de abertura e existia uma série de bacias mais ou menos salgadas com pouca conexão com os oceanos abertos”, diz. Jovane ressalta ainda que, para que essas condições se estabelecessem, ocorreram antes vários fatores que agiram conjuntamente e que contribuíram para a caracterização desses ambientes: variações do nível do mar e da circulação oceânica, mudanças climáticas, aumento da temperatura terrestre, precipitações irregulares, dentre outros. A pesquisa do Paratethys faz parte do projeto temático Mudanças do Nível do Mar e o Sistema Monçônico Global: avaliação através de testemunhos marinhos no Brasil, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). https://jornal.usp.br/ciencias/paratethys-uma-historia-de-cataclismos-de-quase-extincao-do-maior-lago-do-mundo/?fbclid=IwAR3bA-cwRRSk-vMLKAcVPFj1X6V6BIkk6gwryORCJ9HBAYkpYCGKPiFNphA -créditos: José Buzolin Toledo.
Outros projetos que poderiam afetar o Canal de Suez incluem o chamado “Trem da Paz”, anunciado por Netanyahu em 2018 para correr dos países do Golfo para Haifa na Palestina ocupada. Também estão em andamento negociações a portas fechadas para a construção de um oleoduto através da Arábia Saudita para exportar petróleo do Golfo para a Europa através de Israel. Isto seria um renascimento da Tapline, destruída por Israel quando ocupou os Montes Golan sírios em 1967. Há também um projeto proposto de canal ligando o Mar Morto ao Mar Vermelho.
Há milhares de anos, o Mar Morto fazia parte do Mar Vermelho, que se estendia terra adentro mas recuou por causa dos movimentos das placas tectônicas e deixou para trás dois volumes de água: o próprio Mar Morto e o Mar da Galileia, ao norte, em Israel.As praias do Mar Morto são o ponto seco mais baixo da Terra. Na ida até lá, seus ouvidos entopem. A água do Mar Morto é considerada um remédio para vários tipos de doenças,(e Israel quer acabar com isso). O Mar Morto é dividido entre 3 países, em ordem decrescente de tamanho de litoral: Jordânia, Cisjordânia (Palestina) e Israel.
O acidente Ever Given não foi necessariamente parte de uma conspiração, mas Israel certamente o usou a seu favor para anunciar seus planos e começar a implementá-los.
Canal de Suez, entre Kantara e El-Fedane. Os primeiros navios passam pelo Canal. Imagem do século XIX. Imagem: Wikipedia.O canal de Suez fenômeno nacionalista e do colonialismo agressivo que penalizou diversas regiões da Ásia e da África ao longo dos séculos XIX e XX. Permite ainda analisar a história ambiental da região, fluxos migratórios e a economia global, é muito utilizado desde o século XIX para transportar o petróleo extraído do Oriente Médio, mas todo tipo de produto passa atualmente por ele: celulose, café, grãos, peças automotivas, minério, carvão, sementes, fertilizantes, tanques, metais e todo tipo de carga seca. Calcula-se que 12% do comércio global passe pelo Suez.
Desfile dos faraós no Egito ocorreu no mesmo dia da divisão do Mar Vermelho
O Canal dos
Faraós, também conhecido como Canal de Neco. Este canal ligou o Rio Nilo ao Mar
Vermelho por intermédio do rio Uadi Tumilate. Historiadores especulam que o
projeto tenha começado ainda na época do Antigo Egito, possivelmente na gestão
do faraó Neco II, mas que só foi realmente concluído no período Ptolemaico, sob
o governo de Ptolomeu II, por volta do século III antes de Cristo. Governos
árabes e comerciantes venezianos, além de otomanos, tentaram empreender novos
canais na região, mas nenhum foi muito bem sucedido. Napoleão também teve
planos ousados para a região. Foi ele, na verdade, quem renovou a ideia de
construir um canal marítimo no local. Em 1798, após invadir o Egito, o mítico
general francês tornou pública a sua intenção de construir uma passagem rápida
para a Índia. Era preciso escoar a produção industrial europeia sem passar pela
África. Se isso pudesse ser feito rapidamente, ainda melhor. O novo capitalismo
não poderia esperar muito.
As obras começaram em 1859 e ficaram a
cargo da Companhia Universal Marítima do Canal de Suez, fundada pelo engenheiro
e diplomata francês Ferdinand de Lesseps em 1858; cerca de 400.000 ações da
Companhia Universal Marítima do Canal de Suez estavam nas mãos da França. Outra
parte, correspondente a um quarto das ações, foi comprada pelo líder do Egito,
o Quediva Ismail, e uma parte ainda menor foi comprada pela Áustria e pela
Rússia. Os britânicos não participaram do negócio e viam a construção com
preocupação. Acreditavam que o Canal era uma ameaça ao seu poder nos mares. a
construção envolveu a escavação e a dragagem de 74 milhões de metros cúbicos de
sedimentos. Usando o que havia de mais avançado para a época em termos de
tecnologia, o canal foi inaugurado em 17 de novembro de 1869.
Embora servisse para escoar a mercadoria
da Europa industrializada, o Canal do Suez tornou-se ele próprio um dos maiores
símbolos do avanço industrial do ocidente e, por extensão, da violenta força
colonialista europeia. Segundo apontam alguns relatos, mais de 1 milhão de
trabalhadores egípcios foram contratados para participar das obras do Canal de
Suez, dos quais cerca 130.000 podem ter morrido, não só em decorrência de
acidentes, mas principalmente de doenças, tais como catapora, cólera, hepatite,
desinteira e tuberculose. As condições de trabalho eram péssimas.
Em 29 de outubro de 1956, Israel que utilizava o canal de Suez hidrovia artificial de aproximadamente 193 quilômetros de extensão que liga o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho; para ter acesso ao comércio oriental, com o apoio da França e Reino Unido, declarou guerra ao Egito . O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra, tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuíam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o Estreito de Tiran no golfo de Acaba, a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao Mar Vermelho, o porto israelense de Eilat. Após o início dos combates, as pressões políticas dos Estados Unidos, da União Soviética e das Nações Unidas levaram à retirada dos três invasores. O episódio humilhou o Reino Unido e a França e fortaleceu Nasser. O Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de Assuão, que passaria a controlar o rio Nilo. em 16 de maio de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, britânicos e franceses negociaram o Acordo Sykes-Picot, que definiu o que fazer com o espólio do moribundo Império Otomano tão logo terminasse o conflito. O Canal do Suez, vital para o transporte do Petróleo, deveria ficar sob a influência de ambos. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, se recusaram a ajudar o Egito por causa de seus laços políticos e militares com a União Soviética. Os soviéticos se apressaram para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo, o Egito foi atacado e invadido por forças militares da Grã-Bretanha e da França. Em resposta a estes desenvolvimentos, a União Soviética, que na época, estava a suprimir impiedosamente uma revolta anti-comunista na Hungria, ameaçou intervir em nome do Egito. O presidente Eisenhower dos Estados Unidos pressionou a Grã-Bretanha, França e Israel a concordar com um cessar-fogo e uma eventual retirada do Egito. Os Estados Unidos, pegos de surpresa pelas duas invasões, estavam mais preocupados com a guerra soviética na Hungria e na Guerra Fria do que com a Grã-Bretanha e a França se envolvendo nas relações de Suez. A última coisa que o presidente Eisenhower queria era uma guerra mais ampla sobre Suez. A guerra em si durou apenas uma semana, e as forças invasoras foram retiradas em um mês, sob a supervisão das tropas das Nações Unidas.
Mayer, Michael S. (2010). The Eisenhower
Years. [S.l.]: Infobase Publishing. p. 44. ISBN 9780816053872
https://www.naval.com.br/blog/2021/03/29/os-eua-tinham-um-plano-para-explodir-um-canal-alternativo-ao-de-suez-atraves-de-israel-usando-520-bombas-nucleares/
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