Sem entrar no mérito da doença, mas apenas nos prejuízos causados, usando como base as orientações do pensamento liberal que prega a liberdade, igualdade, fraternidade e soberania dos povos, da mesma forma que a pregação de Jesus Cristo, abaixo as minhas modestas contribuições de fontes de recursos para pagar os prejuízos causados pelo coronovirus, de uma forma cristã:
1 - A aberração da Dívida dos Contribuintes com o INSS - Fonte ME.
Em 31 de dezembro de 2018 existia um estoque de dívidas dos contribuintes com a previdência de R$ 504,9 bilhões (7,39% do PIB).
2 - A aberração da renúncia fiscal – Fonte ME.
Em 2006 o governo federal renunciou a R$ 65,4 bilhões (2,80% do PIB) em tributos, e em 2020, segundo previsão orçamentária, vai renunciar a R$ 320,8 bilhões (4,25% do PIB). Crescimento de bondades e caridades aos amigos e aliados da ordem de 51,79% em relação ao PIB.
3 - A aberração da concentração de renda entre os indivíduos – Fonte IBGE.
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, alcançou R$ 277,7 bilhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 43,1%.
4 - CAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR (CBE) – FONTE BCB
Os dados coletados no CBE ano-base 2018 foram compilados e incorporados às estatísticas da PII. Em 2018, a posição total de ativos brasileiros no exterior atingiu US$ 493,2 bilhões.
Em 2018 existiam 58.597 investidores pessoas físicas, representado investimentos de US$ 171,5 bilhões e 4.867 investidores pessoas jurídicas, representando investimentos de US$ 321,7 bilhões.
5 - A aberração da orgia de gastos com pessoal no Brasil - Fonte ME.
Um grupo de trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) composto por 12,6 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares) que representam apenas 6,35% da população brasileira, sendo 2,2 milhões federais, 4,0 milhões estaduais e 6,4 milhões de municipais gastaram R$ 1.129,0 bilhões em 2018 correspondentes a 16,53% do PIB. Esse percentual representou 49,70% da carga tributária que foi de 33,26% do PIB em 2018.
6 - Extinções imediatas dos cargos de assessores parlamentares (não concursados) – Fonte projeção pessoal.
São amigos, parentes e aliados dos políticos, não são concursados, não têm direitos adquiridos, não têm estabilidade de emprego, não é garantido pelas cláusulas pétreas da Constituição, além de representarem um contingente correspondente a três vezes o efetivo ativo das FFAA com 381.830 militares.
7 – Extinções dos cartões corporativos – Fonte ME.
O escândalo dos cartões corporativos é uma crise política no governo do Brasil iniciada em 2008 após denúncias sobre gastos irregulares no uso de cartões corporativos. Os cartões foram instituídos em 2001, mas só entraram em funcionamento no ano seguinte para uma maior transparência e rapidez em gastos emergenciais. O problema dos cartões corporativos é estrutural, pois o sistema que deveria ser usado para despesas pequenas e urgentes vem sendo usando para dispensar licitações e dar mimos aos governistas.
8 – Extinções imediatas das 157 estatais com controle indireto da União, já que não necessitam da aprovação do Congresso Nacional – Fonte ME.
- São 203 empresas estatais federais, sendo 46 com controle direto da União (18 dependentes exclusivas do tesouro nacional, e 28 não dependentes do tesouro nacional), e 157 com controle indireto (112 subsidiárias no Brasil, e 45 subsidiárias no exterior.
9 – Extinções imediatas das imoralidades de gastos com ex- presidentes da república – Fonte ME.
Presidentes brasileiros que deixam o cargo não recebem pensão ou qualquer tipo de remuneração direta. Mas o que lhes é oferecido chega a custar o equivalente a R$ 12 mil por dia aos contribuintes.
Trata-se de gastos com até oito servidores comissionados (motoristas, seguranças, apoio pessoal e assessoramento) a que cada um tem direito.
A União paga os salários, passagens e diárias em casos de viagens para acompanhar o ex-mandatário. Além disso, cada ex-presidente tem à disposição dois carros e o pagamento das despesas de combustível.
Essas garantias foram concedidas por meio da Lei 7.474/86 e pelo decreto 6.381/2008.
10 – A putaria reinante no palácio do planalto que o seu morador, guardião da moral e da ética da humanidade, ainda não conseguiu ver.
As regalias do Planalto: frota de 102 carros e 5 consultórios de dentistas
As regalias do Planalto: frota de 102 carros e 5 consultórios de dentistas
Com uma estrutura pouco conhecida, a sede do governo federal tem mais funcionários que a Casa Branca - a folha de pagamento soma 160 milhões de reais ao ano
Por Roberta Paduan - Atualizado em 3 jan 2020, 10h25 - Publicado em 3 jan 2020, 06h00
DUAS FACES - A obra de Niemeyer: beleza do lado de fora e gigantismo interno Igo Estrela/Getty Images
A imagem mais conhecida do Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília, é o edifício modernista projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1960. Diante de tanta beleza, a maioria das pessoas nem chega a notar o conjunto de prédios construídos do lado direito, abaixo do nível da rua. Os três anexos — além de um restaurante, operado pelo Sesi — são conectados ao palácio por um túnel e formam um conjunto arquitetônico bem menos exuberante que o lugar de onde despacha o presidente da República. Mas é essa área pouco conhecida que abriga uma grande e surpreendente estrutura. Ela inclui um mini-hospital com profissionais de diversas especialidades e um laboratório próprio. Há também por ali cinco consultórios odontológicos. Os serviços só atendem funcionários do palácio e seus familiares. Por falar em funcionários, o total de empregados do palácio é 3 234. O exagero fica evidente na comparação com seus equivalentes americanos, a Casa Branca e o Edifício Eisenhower. Juntos, eles abrigam as equipes dos principais auxiliares do presidente dos Estados Unidos e somam aproximadamente 2 000 servidores.
ANEXOS - Complexo do Planalto: custo anual estimado em 250 milhões de reais Arquivo/Agência Brasil
No início do atual governo, ao tomar conhecimento da exorbitância herdada de outras administrações, o então ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, encomendou um estudo para enxugar custos. O primeiro passo era chegar ao número exato de empregados lotados no complexo presidencial, que inclui os ministérios da Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional, Secretaria-Geral, Secretaria de Governo e Vice-Presidência. Ao saber que havia por lá mais de 3 200 servidores, Bebianno começou a afiar o facão. Só a folha de pagamento soma 160 milhões de reais por ano, de acordo com a administração do palácio. O custo anual sobe para quase 250 milhões quando se consideram as demais despesas de custeio para a manutenção da estrutura palaciana. “Meu objetivo era reduzir esse número em 30% em uma primeira fase e chegar a 50% no fim da reestruturação”, diz Bebianno. Na época, ele conseguiu obter o apoio de Vicente Falconi, um dos maiores consultores brasileiros em administração, que se dispôs a ajudá-lo na tarefa gratuitamente.
ESTRUTURA PÉSADA: Além de ter milhares de empregados, o local dispõe de um hospital e uma frota grande de veículos.
MAIS MÉDICOS: Treze médicos e cinco dentistas - mais fisioterapeuta e enfermeiros - dão expediente em uma espécie de hospital que só atende os funcionários do Palácio e seus familiares. No local há um laboratório onde é possível fazer exames de sangue, ultrassonografia e raio X
FUNCIONÁRIOS: Quase 3.300 servidores trabalham no Palácio. Oito secretárias cumprem expediente no gabinete de cada um dos quatro ministros palacianos, e a área de recursos humanos conta com cerca de 100 funcionários.
VEÍCULOS: A frota de carros é composta de 102 veículos, incluíndo o Tolls-Royce ano 1952, que atendem o presidente, o vice-presidente e os quatroo ministros que trabalham no Palácio. Há uma diretoria específica para cuidar da manutenção e limpeza dos automóveis.
O enxugamento seria possível com o redesenho dos processos de trabalho de todas as áreas. O excesso de pessoal foi identificado em vários departamentos. “Cerca de 100 pessoas trabalhavam basicamente para rodar a folha de pagamento”, afirma Fabian Seabra, que coordenou o plano de reestruturação engavetado com a saída de Bebianno do governo, em fevereiro. A título de comparação, a Nestlé, com aproximadamente 30 000 empregados no Brasil, tem 200 funcionários no departamento de recursos humanos. Ou seja, proporcionalmente, o RH do palácio é quase cinco vezes maior que o da multinacional suíça. Parte da estratégia de Seabra visava a acabar com a sobreposição de funções, como ocorre com as equipes de cerimonial, que organizam eventos e solenidades oficiais. Cada ministro tem uma equipe para executar esse tipo de atividade, sem contar as equipes do presidente e do vice. “Um único cerimonial daria conta do recado com bem menos gente”, diz Seabra. A frota de veículos palacianos também estava na mira: há 102 carros próprios destinados a transportar o presidente, o vice, ministros e alguns de seus auxiliares. Pelos cálculos de Seabra, porém, a frota completa tem em torno de 240 veículos, contando os terceirizados, que incluem guincho e ambulâncias.
QUE GARAGEM – Parte da frota de 102 carros: o especialista em gestão Vicente Falconi ia ajudar a cortar os excessos Marcos Corrêa/PR
A joia do complexo médico palaciano é a Coordenadoria de Saúde (Cosau). Chamado de ambulatório ou enfermaria pelos funcionários, o local, no Anexo III, é na verdade um pequeno hospital que dispõe de treze médicos de várias especialidades, entre elas cardiologia, ginecologia e psiquiatria. A turma trabalha em esquema de revezamento, de forma que sempre haja pelo menos dois profissionais de prontidão. No laboratório são feitos desde exames de sangue até ultrassonografias. Para especialistas em gestão hospitalar, não é racional manter esse tipo de estrutura sem ter uma alta demanda — por isso a maioria dos hospitais privados terceiriza os exames.
NOS EUA - Casa Branca: a sede do governo americano tem 2 000 servidores Joe Sohm/Universal Images Group/Getty Images
De acordo com um levantamento ao qual VEJA teve acesso, 85 funcionários trabalham na Cosau, incluindo enfermeiros, radiologistas e fisioterapeuta. Um luxo na comparação com qualquer empresa de grande porte, em que o serviço médico tem a função de dar os primeiros socorros em caso de emergência. Procurada por VEJA, a administração do palácio não quis conceder entrevista sobre o assunto. Por ironia, uma das baixas recentes no quadro de funcionários acabou sendo justamente a do autor do plano de enxugamento: Seabra foi demitido em outubro, segundo decisão publicada no Diário Oficial, sem nenhuma explicação.
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