sábado, 8 de junho de 2019

Banestado "para o Itaú" desviou trilhões pela CC5 muito mais do que o Petrolão, e poupou o tucanato


As famigeradas constas CC-5:
A remessa ilegal de dólares ocorria via o antigo Banestado — privatizado e vendido para o Itaú — por meio de contas CC-5 na agência de Nova York.
As contas CC-5, extintas pelo Banco Central em 1996, serviam para que empresas multinacionais ou brasileiras com interesses no exterior transferissem dinheiro para fora do País, mas também eram são utilizadas para o envio de dinheiro a brasileiros que moram no exterior.  Entretanto, pela mágica de doleiros, o dinheiro era enviado para outros bancos nos EUA e, depois, para paraísos fiscais – como acontece em esquemas de lavagem de dinheiro.
Antonio Celso Cipriani ex-investigador, ex-presidente da Transbrasil , empresário ligado a Teixeira compadre de Lula, o homem que parou a CPI do Banestado. Cipriani sabia cercar-se de pessoas-chave. Em 1978, ele era investigador do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) quando foi levado pelo então delegado Tuma à Transbrasil, para investigar suspeita de uso dos vôos de Manaus pelo narcotráfico. “Foi uma retaliação contra o relator por ter pedido a reconvocação de Gustavo Franco.”  “Não tenho interesse em entrar numa polêmica pública com o relator da CPI José Mentor (PT-SP), mas ele defendeu apurar tudo de Beacon Hill,( consórcio de doleirosde toda a América Latina e até do Oriente Médio, especializado na abertura de offshores em paraísos fiscais e das chamadas contas ônibus ou de passagem — abertas com o único objetivo de levar e trazer dinheiro sem procedência justificada no exterior) menos Cipriani”, referindo-se à conta no JP Morgan cujo sigilo foi quebrado. Dentre os depoentes, estavam o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o dono do Itaú Olavo Setúbal (morto em 2008) — ambos acusados de evasão de divisas e sonegação fiscal.
  • leia a íntegra do documento do procurador da República Celso Três que disseca as ‘10 medidas contra a corrupção’: O procurador Celso Três diz que não se pode dizer de “iniciativa popular” por que “é de exclusiva autoria dos Procuradores da República componentes da Lava Jato, em nenhum momento tendo sido debatido”,o procurador Celso Três não prosperou na carreira. Este o verdeiro final do filme.

  • Alberto Youssef operava para tucanos e demos do Paraná desde a primeira eleição de Jaime Lerner, em 1994. Assim como operou também para FHC e Serra em 1994 e 1998. O Banestado, um dos bancos mais sólidos do sistema financeiro do país, foi saqueado pelos tucanos na década de 90. Após devastarem as finanças da instituição, o PSDB, que governava o país, iniciou um processo de privatização cheio de fraudes.  O Banestado foi então vendido para o Itaú, pela bagatela de R$1,6 bilhão. Existem acusações de que a privatização do Banestado gerou prejuízo de R$42 bilhões aos cofres públicos. ,

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Quanto à mídia, não se via o mesmo entusiasmo “investigativo” dos tempos atuais. Alberto Youssef, Marcos Valério, Toninho da Barcelona e Nelma Kodama, a doleira do dinheiro na calcinha, entre outros, tiveram seus nomes vinculados ao esquema Banestado.
O juiz Sergio Moro arbitra uma operação que investiga um extenso esquema de corrupção e evasão de divisas intermediadas por doleiros que atuam especialmente no Paraná. Delações premiadas e acordos de cooperação internacional são celebrados em série. Lava Jato? Não! Trata-se do escândalo do Banestado
Do escândalo do Banestado, um esquema de evasão de divisas descoberto no fim dos anos 90 e enterrado de forma acintosa na transição do governo Fernando Henrique Cardoso para o de Lula.
Ao contrário de agora, os malfeitos no banco paranaense não resultaram em longas prisões preventivas. Muitos envolvidos beneficiaram-se das prescrições e apenas personagens menores chegaram a cumprir pena.
Essas constatações tornam-se mais assustadoras quando se relembram as cifras envolvidas. As remessas ilegais para o exterior via Banestado aproximaram-se dos 134 bilhões de dólares. Ou mais de meio trilhão de reais em valor presente. Para ser exato, 520 bilhões.
De acordo com os peritos que analisaram as provas, 90% dessas remessas foram ilegais e parte tinha origem em ações criminosas. A cifra astronômica foi mapeada graças ao incansável e inicialmente solitário trabalho do procurador Celso Três, posteriormente aprofundado pelo delegado federal José Castilho. Alguém se lembra deles? Tornaram-se heróis do noticiário?
Empreiteiras, executivos, políticos e doleiros que há muito frequentam o noticiário poderiam ter sido punidos de forma exemplar há quase 20 anos. Não foram. Os indiciamentos rarearam, boa parte beneficiou-se da morosidade da Justiça e a maioria acabou impune.
Há um motivo. Os investigadores descobriram a existência de contas CC5 em nome de meios de comunicação (TV Globo). Essa modalidade de conta foi criada em 1969 pelo banco  Central do Brasil, para permitir a estrangeiros não residentes a movimentar dinheiro no País. (Vejam quem é o BIS, o banco central no comando de todos os bancos centrais, criado em 1930 pelos sionistas na Basileia - Suissa)
Era o caminho natural para multinacionais remeterem lucros e dividendos ou internar recursos para o financiamento de suas operações. Como dispensava autorização prévia do BC, as CC5 viraram um canal privilegiado para a evasão de divisas, sonegação de imposto e lavagem de dinheiro.
Em seu relatório, o procurador Celso Três deixa claro que possuir uma conta CC5, em tese, não configuraria crime, mas que mais de 50% dos detentores não “resistiriam a uma devassa”.  Nunca, porém, essa devassa aconteceu. A operação abafa para desmobilizar o trabalho de investigação começou em 2001. Antes, precisamos, porém, retroceder quatro anos a partir daquela data.
A identificação de operações suspeitas por meio das CC5 deu-se por acaso, durante a CPI dos Precatórios, em 1997, que apurava fraudes com títulos públicos em estados e municípios. Entre as instituições usadas para movimentar o dinheiro do esquema apareciam agências do Banestado na paranaense Foz do Iguaçu, localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina e famosa no passado por ser uma região de lavagem de dinheiro.
Nota:
http://contabilidadecsl.blogspot.com/2011/02/alguem-lembra-do-banestado-banco-do.html
http://www.lourivalsantanna.com/paises/america-do-sul/brasil/cipriani-o-homem-que-parou-a-cpi-do-banestado/

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