sexta-feira, 24 de maio de 2019

Barão de Cocais Gongo Soco MG Brasil foi a mina que mais produziu ouro em toda a história da humanidade

créditos: Neiva Pacheco 

Barragem da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais
Século XVIII. 
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Barão de Cocais, Vila de Nossa Senhora do Socorro, pertencente à mina de Gongo Soco, em Minas Gerais. Lá morava o padre Antonio Tavares de Barros, apaixonado por queijos e ouro, que era por ele enterrado na própria fazenda. Um dia, um gato comeu seu queijo. Furioso, o padre o trancou dentro de um quarto para açoitá-lo. Encurralado, o animal pulou em seu pescoço e, com as unhas, rompeu uma de suas artérias. Os dois foram encontrados mortos dias depois. O lugar onde o padre enterrava o ouro ficou conhecido como tesoureiro. Nele, existe uma lamparina que iluminava e guarda o ouro. Atualmente só existem ruínas na fazenda e o local, dizem, é mal-assombrado.
Ao fundo, em meio às ruínas, é possível ver o cofre onde o Barão de Catas Altas guardava o ouro extraído da região
Ao fundo, em meio às ruínas, é possível ver o cofre onde
o Barão de Catas Altas guardava o ouro extraído da região
Casarão do Barão de Catas Altas em 1913
Casarão do Barão de Catas Altas em 1913
São muitas as histórias que rondam aquela área. No caminho para a fazenda Gongo Soco, estão as ruínas do palácio do Barão de Catas Altas e o arco do triunfo, por onde passaram Dom Pedro I e Dom Pedro II com suas comitivas. No trajeto existem ainda ruínas de uma antiga cidadela inglesa, também do século XVIII.
Sob a direção dos ingleses, a mina de Gongo Soco produziu cerca de 12 mil quilos de ouro! Após 30 anos de exploração, a produção do ouro foi reduzida a apenas 29 quilos! Isso porque, em 1856, o maquinário não foi suficiente para atingir os veios mais profundos da mina. Assim, os ingleses deixaram a fazenda, finalizando mais uma etapa da história de Gongo Soco. [1]
Gongo Soco (Barão de Cocais MG) foi de propriedade de João Batista de Sousa Coutinho, o Barão de Catas Altas, que, a partir de 1818, apurou somas fabulosas de ouro daquelas lavras a céu aberto.
Durante dois anos, o Barão extraiu, por dia, nada menos do que 7 quilos e meio de ouro puro dos talhos abertos do Gongo Soco
Julgando, esgotada a mina, Catas Altas a vendeu para os ingleses da Imperial Brazilian Mining Association, que passariam a empregar tecnologia mecanizada na exploração do ouro, como o trem de vagonetes e o engenho hidráulico de pilões, cujas cabeças dos trituradores eram produzidas pela Fábrica de Ferro de João Monlevade.
Depois de extinta a Companhia Inglesa do Gongo Soco, a mina passou a ser explorada pela Vale também por seu minério de ferro que é puríssimo e, obviamente, muito rico em ouro
Hoje, o Gongo Soco se transformou numa verdadeira bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento, mediante do risco da ruptura de mais uma barragem de mineração. Pesquisa histórica e texto de Fernando Fonseca Garcia
Fonte: Heitor Bragança

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Os 30 mil moradores de Barão de Cocais, município de Minas Gerais próximo à mina de Gongo Soco, vivem momentos de apreensão Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
[1] Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
“Gongo Soco”, Agripa Vasconcelos
Senac Minas Gerais – Descubra Minas
Histórias de nossas histórias

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