Em março de 1938,o General Cordeiro de Farias foi nomeado
interventor no Rio Grande do Sul em substituição a Daltro Filho, que falecera
dois meses antes. Já no primeiro mês de seu governo, tomou diversas medidas
contra a expansão do nazismo nas áreas de colonização alemã, concitando a
população de origem alemã a adotar exclusivamente a nacionalidade brasileira,
convidando diretores de jornais a cessarem a propaganda hitlerista e
nacionalizando o ensino em todo o estado.
Cordeiro de Farias fechou em maio de 1939 o
escritório do Partido Nazista, deportando o seu principal dirigente no Rio
Grande do Sul. Conseguiu também que fosse determinada em novembro a saída do
país do cônsul-geral da Alemanha no Brasil, Friedrich Ried, envolvido na
operação de instalação de radiotransmissores próprios para espionagem em navios
alemães ancorados no porto do Rio Grande. Segundo seu depoimento ao Cpdoc, foi
interpelado pelo chefe do EME, general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, para
quem a medida prejudicava as relações diplomáticas do Brasil. Manteve contudo
sua posição, conseguindo o apoio de Vargas. A essa altura, já se havia iniciado
a Segunda Guerra Mundial.
Em 1° de setembro de 1939, Getúlio Vargas
revelava certa simpatia pelo nazismo ao prever um futuro melhor; montou um poderoso esquema de propaganda pessoal ao criar o
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), claramente inspirado no aparelho
nazista de propaganda idealizado por Joseph Goebbels. Em 1940 a ideologia
nazista, contudo, fascinava os homens que operavam o Estado Novo a tal ponto
que Francisco Campos, o autor da Constituição de 1937, chegou a propor à
embaixada alemã no Brasil a realização de uma "exposição
anticomintern", com a qual pretendia demonstrar a falência do modelo
político comunista. Góes Monteiro, o chefe do Estado Maior do Exército, foi
mais longe. participou de manobras do exército alemão e ameaçou romper com a
Inglaterra quando os britânicos apreenderam o navio Siqueira Campos, que trazia
ao Brasil armas compradas dos alemães.
Oswaldo Aranha o Chanceler brasileiro é a grande figura da III
Reunião de Consulta. Sem ele, teria perecido, naquela ocasião, a unidade
continental. (...)
A Europa ocupada, a Inglaterra subjugada, a
Rússia invadida, não precisariam os Exércitos nazistas atravessar os oceanos. A
Conferência do Rio de Janeiro teve uma importância decisiva nos destinos da
humanidade. Pela primeira vez, em face de um caso concreto, positivo e
definido, foi posta à prova a estrutura do pan-americanismo. Pela primeira vez
todo um continente se declarou unido para uma ação comum, em defesa de um ideal
comum, a Liberdade".
Em 1942 quando algumas embarcações brasileiras
foram atingidas e afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico, em 22 de agosto de 1942,
Vargas reúne-se com seu novo ministério: " diante da comprovação de dos
atos de guerra contra a nossa soberania, foi reconhecida a situação de
beligerância entre o Brasil e as nações agressoras - Alemanha e Itália".
Em 31 de agosto foi declarado o estado de guerra em todo o território nacional. A partir deste momento,
Vargas fez um acordo com Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e o Brasil
entrou na guerra ao lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França, União
Soviética, entre outros). Brasil
forneceu matérias-primas, principalmente borracha, para os países das forças
aliadas.
O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais
para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal (Rio Grande
do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos Estados
Unidos.
1955: o apoio
dos comunistas a Juscelino Kubitschek JK, autêntica
"raposa pessedista", estava ciente da importância das bases locais
para a viabilização de sua candidatura, principalmente das bases de Minas
Gerais.
O PCB divulgou um Manifesto Eleitoral
apoiando oficialmente a chapa JK-Jango. Esse apoio repercutiu nos meios
militares de tal forma que o ministro da Guerra, general Henrique Lott, veio a público condenar a aproximação de JK com os
comunistas, fato negado pelo candidato pessedista JK.
Em 1963:Jânio iniciara uma
revolução em política externa (abertura à África e aos países socialistas).
Fascinado pelo terceiro- mundismo (Tito, Nehru, etc
O governo de
Goulart demonstrou ser simpático com o comunismo, bom para os marxistas, apoiando-os, mas era péssimo para
o País, não somente por razões ideológicas, Confuso, impotente, não passava de
conveniente fachada legal, manipulada por aqueles que, determinada e
afoitamente, queimavam etapas na perseguição de objetivos definidos e
preconizados no receituário anárquico-sindicalista, travestidos de Reformas de
Base.
Ao cabo de pouco mais de dois anos, o País assistiu, atônito, à
institucionalização da baderna, traduzida na intencional inversão de valores e
preocupante quadro econômico – robusta inflação e despudorada corrupção –
acompanhados de acintoso desrespeito ao princípio da autoridade, inclusive no
meio militar. Para todos, já era claro que o próprio governo financiava e incentivava
a anarquia. Seus mentores de fato controlavam, com audácia, as rédeas do
aparelho governamental. Não se aperceberam de que, na verdade, não detinham o
poder.
O Brasil
pós-1964 deu continuidade ao tipo de desenvolvimento capitalista iniciado no
governo Kubitschek, dependente do capital estrangeiro e dos investimentos do
Estado nas atividades econômicas.
http://redescobrindoovale.blogspot.com/2018/05/os-campos-de-vargas.html
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