quarta-feira, 21 de março de 2018

Barão Rothschild, Mario Garnero, e a Família Monteiro Aranha do RJ

Nota: Analisem a conquista das famílias que no Brasil chegaram com o conhecimento, tradição, e o poder que utilizaram para manipular governos, sob orientação dos banqueiros sionistas internacionais, para serem financiados com o erário brasileiro; -  enriqueceram, entregando, doando o Brasil; para que isso fosse possível, nomearam os business "CEOs"  estrangeiros para administrar  os bens surrupiados, e os laranjas brasileiros para os representar como Mário Garneiro, Eliezer Batista da Silva o líder e eterno dono da Vale que morreu na Alemanha, não no Brasil.
Mário Garnero, testa de ferro do 
Barão Rothschild no Brasil (?!)
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Ana Maria Monteiro de Carvalho do Grupo Monteiro Aranha, casada com Mario Garnero fundador da Basilinvest  testa de ferro do Barão Rothschild no Brasil 
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business "CEO" do Grupo Monteiro Aranha
Baby Monteiro de Carvalho, ao centro, Sergio Alberto Monteiro de Carvalho, Olavo Egydio Monteiro de Carvalho, Rui D'Espiney Patrício, Alberto Pinheiro Xavier, Ricrdo Abecassis Espírito Santo Silva, Eliezer Batista da Silva, Celi Elisabete Julia Monteiro de Carvalho, Rômulo Mello Dias e Astrid Monteiro de Cavalho.

Olavo Monteiro de Carvalho, presidente do Grupo Monteiro Aranha que Graças a Delfim Neto Ministro da Fazenda na ditadura militar,  ganhou parte da divisão do Jari de Ludwig na Amazônia sem pagar nada para o financiador Banco do Brasil, o povo brasileiro que pagou a conta  entre outros 26 membros que paparam parte do Pará AM[2]; - O grupo Monteiro Aranha, é ligado ao ex-presidente Collor de Mello por laços familiares, é sogro do primeiro casamento do ex-presidente Collor de Mello; Sócio do Banco Icatu junto com Daniel Dantas e Eike Batista (olho de Eliezer Batista)    - o grupo é acionista da Klabin detém participação societária de 6,90%; -  do grupo Ultra ou Ultrapar (Hélio Beltrão! o posto Ipiranga do Bolsonaro) uma companhia brasileira que atua nos setores de distribuição de combustíveis, por meio da Ipiranga e da Ultragaz; - combustíveis Ale; - rede de farmácias Big Bem; - em 2011 deixou de ser acionista  da Cisper  vidros em que o patriarca fundou em 1919; - A Ultrapar Participações S.A. é um dos mais sólidos grupos brasileiros, reúne empresas com posição de destaque em seus segmentos de atuação: Ultragaz, líder brasileira do mercado de Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), com 24% de market share; Oxiteno, a maior produtora de óxido de eteno e seus principais derivados na América do Sul e uma importante produtora de especialidades químicas no Brasil; e a Ultracargo, líder no fornecimento de soluções integradas para transporte rodoviário, armazenagem e serviços de manuseio para granéis especiais. Em 2007 a Ultrapar adquiriu os negócios de distribuição de combustíveis e lubrificantes do Grupo Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e o ex-presidente da Embraer, Frederico Curado, será o novo presidente CEO da Ultrapar, dona de negócios como os postos Ipiranga, a Ultragaz e a Extrafarma; -  MAPISA I S.A., uma parceria entre Monteiro Aranha e um investidor estrangeiro; -  40% em parceria com a Cyrela Empreendimentos imobiliários; - parceria com a Alphaville Urbanismo S.A. ...Olavo Monteiro de Carvalho, como presidente do Conselho da Rio Negócios, é, em última instância, o responsável pelo “pepinódromo” que se tornou a Rio Negócios. A agência está dando um calote no mercado de R$ 1,7 milhão. Só à Associação Comercial do Rio deve R$ 500 mil em aluguéis atrasados. Fora dessa conta estão os passivos trabalhistas, com várias rescisões feitas sem o pagamento dos compromissos fiscais correspondentes. Político nenhum do Rio de Janeiro viu ou denunciou.[6]

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OLAVO MONTEIRO DE CARVALHO COLOCA Á VENDA SUA MANSÃO EM SANTA TERESA Sotheby´s International Realty[1] resolveu viver em sua fazenda em Três Rios (RJ).

Desde que nasceu, Olavo Egydio Monteiro de Carvalho tem reunidas, na vista da janela de casa, as duas maiores joias da paisagem carioca: o Pão de Açúcar e o Corcovado. São 2.558 acres está com o preço de U$ 9.160,865 de dólares e o equivalente á 30 milhões de reais. Sua militância pelo Rio em 2005, quando assumiu a Associação Comercial do Rio (ACRJ) pelas mãos do falecido supermercadista Arthur Sendas.  

BLOG WILLIAM XAVIER: 2010

Mesmo fora da ACRJ, ele continuou atuando como conselheiro do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB),(por que tambérm não foi preso?) articulando encontros deles com empresários dispostos a palpitar na política para melhorar o ambiente de negócios da cidade. "A conquista do Cristo e da Olimpíada de 2016 teve a mão, o coração, o corpo e a visão do Olavo", lembra Cabral. "É sofisticado, carioca e tem uma qualidade extraordinária: é vascaíno como eu."

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Mario Bernardo Garnero(filho) com o megainvestidor George Soros e o empresário paulista Eliot Cohen.  Garnero hospedado no Mercer Hotel, que fica no Soho. Quem também mora  lá é o bilionário inglês Nathaniel Rothschild, amigo da família, que esteve recentemente no Brasil - Mario Bernardo Garnero com sua mãe Ana Maria Monteiro de Carvalho

Garnero em Paris: projetos bilionários fechados às margens do Sena, com vista para o Museu do Louvre
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Rothschild, de 39 anos, conhecido como Nat por amigos, recentemente adicionou outra joia à sua coroa de domicílios. No Rio de Janeiro, ele agora possui uma propriedade à beira-mar espetacularmente situada, uma casa de vidro construída em uma colina exuberante na década de 1980 por Claudio Bernardes, um dos arquitetos modernos mais estimados do Brasil[3].
Folhapress
O presidente da Brasilinvest, Mário Garnero, e o filho, o empresário Álvaro Garnero:
seu pai, Mario Garnero é fundador do grupo Brasilinvest, e o avô materno, Joaquim Monteiro de Carvalho, foi o responsável por trazer ao país empresas como a Volkswagen, a Peugeot e a Moët & Chandon. Aos 17 anos, Garnero foi morar nos Estados Unidos para estudar inglês. O plano era ficar seis meses, mas ele acabou ficando 15 anos. Lá casou, teve um filho (hoje com 14 anos) e tocou a parte imobiliária da Brasilinvest. De volta ao Brasil, já separado, passou a ser figura fácil em colunas sociais.

2002[4]
Tomada um: Movimentam-se pelos salões mais exclusivos do Hotel Meurice, em Paris, o crème de la crème das finanças e negócios globais. Não são ainda nem oito horas da nublada manhã, na última terça-feira 16, e Mário Garnero, o anfitrião, já ouve o farfalhar de vozes dos convidados. Estão lá, por exemplo, Nathaniel Rothschild ? o herdeiro da Casa inglesa dos Rothschild ? e seu monumental fundo Atticus Capital, de US$ 1,6 bilhão; o italiano Leonardo Ferragamo, presidente do Pallazzo Feroni e da grife que leva seu sobrenome; o sheik Salman Bin Khalifa Al-Khalifa, que produz 6,5 milhões de barris de petróleo ? mais de três Petrobras ? com a sua Bahrain Petroleum Company; o russo Oleg Deripaska, controlador de 15% da produção mundial de alumínio, e o mitológico executivo Jack Welch, ex-presidente da GE. A dinastia Tang trouxe seu representante maior, o principal empresário de Hong Kong, o chinês David Tang, que leva a alcunha de ?Imperador da Seda?, cujas lojas se espalham por vários continentes ? só encontrando adversário à altura na americana Bergdorf-Goodman, de Nova York. Carlo De Benedetti, o lendário homem da Olivetti, William Cohen, ex-secretário de Defesa americano, Julio Mario Santo Domingo, conhecido como o ?Dono da Colômbia? com suas 185 empresas e um fundo de US$ 2 bilhões para gastar em países emergentes, também se fazem presentes. É um encontro tão inusitado como inequívoco na sua demonstração de poder.

Encontro no Meurice: na mesa quadrada dos trabalhos, quase uma ONU empresarial; Bush (Abaixo) discursa na abertura do evento que reuniu um time de US$ 100 bilhões
Os sobrenomes se multiplicam a cada contato. Todos ali são figuras quase mitológicas do mundo empresarial e estão presentes à ocasião por um motivo específico: integram ? a maioria ? o novo Conselho Internacional do Brasilinvest, o banco de negócios do brasileiro Mário Garnero, que está completando 25 anos de operação, com US$ 2 bilhões de investimentos já realizados e outro US$ 1 bilhão na ponta da agulha para ser lançado. Garnero passeia por esse grand monde do poder como quem atravessa o próprio viveiro de plantas raras, cultivadas à exaustão com a sua inesgotável capacidade de influenciar pessoas e multiplicar relações de amizade.
Tomada dois: Garnero também não perde tempo para fazer negócios. No elegante Salon des Tuileries, com a sua atmosfera renascentista, reúne a nata de bilionários em torno de uma mesa quadrada, para que cada um apresente a sua organização e fale dos seus interesses ? de fazer mais dinheiro, é claro!, se possível com o Brasil. Numa conta preliminar, o Brasilinvest estima que estão ali sentados mais de US$ 15 bilhões em patrimônio e US$ 100 bilhões em faturamento. É uma espécie de ONU empresarial, tamanha a diversidade de países representados e o volume de recursos envolvidos. O italiano Sergio Cragnotti, aquele que controla a indústria de molhos Círio e a Bombril ? às voltas com uma multa de US$ 62 milhões da CVM ? revela que quer comprar a participação dos sócios brasileiros na fabricante de palhas de aço, uma transação que deve girar em torno de US$ 200 milhões, muito provavelmente com a intermediação do Brasilinvest. O sheik do petróleo Bin Khalifa é sério candidato à aquisição de aviões Tucano, da Embraer, para a conflituosa Região do Golfo. O francês Marc Pietri, dono da Constructa, que administra mais de US$ 3 bilhões em empreendimentos imobiliários, comunicou que inaugura em parceria com Garnero, no próximo dia 20 de maio, na Flórida, um shopping e um complexo imobiliário, o Mary Brickell Village ? coisa de US$ 110 milhões ?, que tem ainda como sócio Emerson Fittipaldi. Garotos, simples garotos, como o inglês Nathaniel (34 anos), o colombiano Julio (35 anos) e o russo Oleg (35 anos), com seus sapatos New & Lingwood, de US$ 1.400, gravatas Hermés, ternos Armani ou Ferragamo, falam de bilhões como se estivessem tratando de trocados. Os dois primeiros fazem parte de uma estirpe que já acumulava em caixa US$ 1 bilhão antes mesmo de completarem a maioridade. Ganhe agora! É o lema dessa turma. Esses rebentos do mercado livre, verdadeiros legatários de George Soros, Mark Mobius e Warren Buffett; esses herdeiros de sobrenomes que dominam a economia globalizada, encantaram-se com a febre de hedge funds e estão fazendo fortunas nos mercados emergentes, e também nas ondas da Europa e EUA. Garnero aponta que ali, unicamente naquele dia, o Banco registrou pelo menos 150 oportunidades concretas de negócios. Um sucesso medido em cifras. Marcos Azambuja, embaixador brasileiro em Paris, presente à abertura dos trabalhos, ficou boquiaberto com as potencialidades. Derramou-se em elogios a Garnero. O encontro foi um grande campo de provas da mais recente ambição do Brasilinvest: colocar o País como ator importante no jogo do comércio multilateral.
Tomada três: George Bush, o pai, e Mário Garnero chegam ao edifício dos Pietri, no Seiviéme, região nobre de Paris. É noite de segunda-feira 15, e o Lincoln Continental da embaixada americana estaciona pontualmente às 21h30, cercado por uma entourage de seguranças. Nesta temporada, como tout le monde sabe, não é bom abusar da sorte com terroristas, mesmo em jantares informais nos discretos apartamentos da Seiviéme. Garnero, na condição de co-anfitrião com o marselhês Marc Pietri, ainda à porta, lança um olhar exploratório ao hall, repleto de convivas que vão fazer negócios no dia seguinte. O trajeto está iluminado por grupos de minúsculas arandelas, com cúpulas de cristal, de cada lado. As paredes são forradas de uma reluzente seda verde francesa, a seda emoldurada por frisos dourados e os frisos emoldurados por corda. E o brilho da douração e da seda verde francesa torna todos os rostos ainda mais resplandecentes e potencializa o ruído de vozes excitantes. Bush, levado pelo braço por Garnero, examina os presentes e, decerto, imediatamente percebe um padrão: são todos ? ou quase ? bilionários. Logo, Bush e Garnero encontram-se na sala de estar do apartamento ? ou salão, pois obviamente é uma peça destinada a recepções, já que a família Pietri mora numa propriedade secular nos arredores de Paris. A imensa sala, com lareira e paredes revestidas de tecido acolchoado em cores quentes, tem janelas que se abrem para o Trocadero e a Torre Eiffel. Suas cortinas de pregas fartas cobrem parte da luminosidade exterior e alguns abajures de cúpulas douradas fornecem toda luz, de modo que a atmosfera desse planetinha gloriosamente atulhado de endinheirados está mergulhada em sombras profundas e suaves claridades. Não há um único sinal do século XX na decoração e os convivas zunem de puro êxtase. Bush e Garnero alcançam a sala de jantar dos Pietri, em um triunfo de visões gastronômicas e aromas da nouvelle cuisine. O banquete está posto entre candelabros de prata, tigelas de cristal Baccarat e talheres cinzelados, tão maciços que pesam nos dedos. Eis que Bush e Garnero resolvem tomar o rumo da cozinha e, suprema surpresa, começam a comer canard com as mãos ? isso mesmo, o pato foi devorado até os ossos numa suprema informalidade pela dupla de amigos. Definitivamente, Garnero está íntimo do poder.
A fórmula. Os três momentos, distantes poucas horas entre si, nos dias 15 e 16 últimos, retratam com um poder revelador o status internacional de um brasileiro. Status esse que se mantém desde a origem do grupo Brasilinvest ? constituído a partir de um evento semelhante, nos anos 70, na histórica cidade de Salzburgo, berço de Mozart, na Áustria ?, quando ele reuniu 80 empresários de 16 países 

(gente do calibre de Gianni Agnelli, da Fiat, e Jacques Solvay, do império químico belga de mesmo sobrenome) que viraram seus parceiros na empreitada. O que traduz a fórmula Garnero de sucesso é a sua reconhecida habilidade para abrir portas impensáveis, em lances de ousadia e generosas camadas de persistência. É o rei do networking, com boas relações por onde anda. Ele mesmo costuma dizer que seu maior patrimônio é sua agenda de telefones ? uma agenda que, antes de Salzburgo, contava com 250 telefones internacionais, pulou para dois mil e hoje conta com dez mil, segundo seus próprios cálculos. Goste-se ou não dele, o fato é que ninguém fica indiferente a Garnero. Talvez porque ele consiga trazer à mesa engenhosas oportunidades de negócios com seu savoir-faire, talvez porque ofereça soluções aparentemente simples para transações complexas, ou talvez ainda porque exerça um magnetismo no mercado raro entre seus pares ? capaz de colocar no papel os velados e muitas vezes inconfessáveis desejos de parceria de algumas empresas e garimpar fontes de recursos para viabilizá-las.
Na sua biografia de magnata dos bons contatos, Garnero já coleciona façanhas importantes. Trouxe para o Brasil o primeiro computador através da empresa Labo. Com a japonesa NEC, de telecomunicações, colocou no mercado o primeiro celular. Na presidência da Anfavea ? a associação dos fabricantes de automóveis ?, foi um dos responsáveis pelo lançamento do primeiro carro a álcool. Está no momento produzindo negócios como poucos. Em junho próximo, numa parceria meio a meio com o maior grupo petrolífero do mundo, a americana Pennzoil, de Houston (Texas), começa a vender e, numa segunda fase, a produzir no Brasil 28 marcas de lubrificantes para uso automotivo e industrial e 35 produtos aditivos. Garnero também acaba de acertar a construção de um gigantesco complexo imobiliário em São Paulo, no bairro da Lapa. O conjunto terá 24 torres ? oito de escritórios e o restante com 1,7 mil apartamentos ?, cada uma delas com 20 andares, além de um centro de convenções e auditório, em 256 mil metros quadrados. O monumental projeto deve render R$ 800 milhões na venda de unidades e tem como parceiros preferenciais os mesmos que no passado montaram a engenharia financeira para conceber a torre paulista SP Tower ? que seria o mais alto prédio do mundo e acabou não saindo do papel por pendengas políticas. À época da torre, desenhada pelo mesmo escritório do World Trade Center, uma reportagem na CNN definiu assim o recuo na idéia: ?O caos político fez o Brasil perder um investimento de US$ 1,6 bilhão?. Garnero lamenta o fim das negociações, mas diz que a experiência rendeu ao Brasilinvest um conhecimento dessas estruturas, das exigências técnicas, que poucos grupos detêm em seu portfólio. ?Ninguém hoje entende mais de prédio alto na América Latina que nós, porque mergulhamos no know-how de como colocar esses gigantes de pé?, diz. É de posse dessa expertise que o time de Garnero angariou propostas até fora do País. Além do Mary Brickell Village Shopping, o Brasilinvest concluiu um condomínio, o Ocean Steps (empreitada de US$ 80 milhões) em Miami. Agora deve dar partida à segunda fase que será um centro de entretenimento nos moldes do Coconut Grove.
Tacadas. Na carteira de tacadas do empresário estão ainda uma parceria com a inglesa Rolls Royce, fabricante de turbinas, para erguer três usinas termelétricas no Brasil a partir deste ano (negócio de US$ 100 milhões) e um megaprojeto em Campinas, onde mora, com resort, universidade e loteamentos de luxo, num total de US$ 250 milhões. A pilotagem dessas empreitadas do Brasilinvest, como sempre, é feita em parcerias de peso. Com a Dijion, por exemplo, desenvolve um projeto de fibras ópticas para atrair clientes de telecomunicações. A canadense Bombardier fechou com Garnero acordo para trazer ao País os trens rápidos, numa eventual concorrência pública. Com os alemães do BBB montou um fundo de eurobonds que já movimenta US$ 70 milhões.
Toda essa diversidade de atuação brota de situações muitas vezes inesperadas. Na manhã da segunda-feira 15, em sua suíte no Meurice ? hotel que já abrigou da espiã Mata Hari ao surrealista pintor Salvador Dali, o ?palácio de soberanos, presidentes e imperadores, arqueduques e sultãos?, como descreve a carta local, e onde a diária alcança os US$ 3 mil ? Garnero está sentado numa poltrona de ornamentos dourados da sala (porque dourados são todos os apetrechos locais), janelões abertos para o Louvre, quando o telefone toca, em meio a conversa com a reportagem da DINHEIRO. Do outro lado, investidores interessados numa empreitada hoteleira no Brasil. A pergunta é inevitável: ? Garnero, você tem algum projeto no ramo???Tempos atrás, tentei comprar este hotel aqui, o Meurice, junto com o Grupo Marriott. Chegamos a fazer gestões. Custava US$ 35 milhões. Mas a reforma iria custar outros US$ 70 milhões. Era caro.?
A conversa prossegue com Garnero revelando que já está em entendimentos para tentar adquirir ?O Serrador?, no Rio de Janeiro, ao lado da rede hoteleira Accor. O passo seguinte, alega, é um fundo imobiliário que deve gerir seus investimentos no ramo. Naquela manhã, vive-se os momentos que antecedem a rodada de encontros multilaterais da criação do novo conselho do Brasilinvest e Garnero transmite a nítida impressão de estar muito à vontade nesse papel de regente de negócios. De uma maneira ou de outra, para além do lucro das empreitadas, numa ação típica de diplomacia empresarial, Garnero está colocando o Brasil no palco principal de transações do comércio globalizado. O business no caso de Garnero é um objetivo que não se esgota em si. Ele almeja a inserção comercial do mercado nacional. Como presidente do Fórum das Américas, uma ONG que criou e conta com o apoio de Bush pai, Garnero está firmemente mergulhado no propósito de atrair capitais para o País. Organiza freqüentemente encontros que promovem essa política. Há alguns anos, reuniu seu amigo o príncipe Rainier, dirigentes do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ex-chanceler alemão Helmut Schmidt, além de empresários de calibre de toda a América para discutir a integração hemisférica, na aprazível riviera de Mônaco.
Suas articulações rumo a um mercado comum têm dado um sentido prático aos acertos políticos que cercam o assunto. Como ferrenho defensor da Alca, a área de livre comércio das Américas, Garnero busca agora catalisar a discussão para a iniciativa privada. Ele acha surpreendente que países como o Brasil ? ?que deveria ter exportações de US$ 110 bilhões para fazer frente ao seu PIB? ? estejam entre os raros que mantêm déficit na balança com os EUA e, mesmo assim, resista a uma aproximação. ?Este é um mercado fantástico e o Brasil não pode ficar fora dele. Quem já está lá, como o México, só tem indicadores positivos a mostrar?, afirma. É fato que a Alca abriria uma avenida de oportunidades para bancos com o perfil do Brasilinvest, mas quem conhece o trabalho de Garnero sabe que ele tenta se mover tomado muito mais por uma missão messiânica de embaixador informal. Fez costuras sofisticadas no passado para trazer ao Brasil presidentes americanos como Ronald Reagan, Gerald Ford e o próprio Bush, para eventos que estreitaram os laços entre os dois países. Cultivou amizades com Henry Kissinger, Bob Kennedy e David Rockefeller no intuito de vender a imagem Brasil. ?Não podemos esperar que apenas o Itamaraty faça esse trabalho?, diz.
No encontro de Paris, sob uma temperatura de cinco graus, podia se ver Garnero nessa ação mista de diplomata-empresário. No discurso de recepção, citou Montesquieu ? ?O doce comércio deve substituir a guerra como principal forma de relações internacionais? ? para saudar o ?dream team? do Conselho, como ele definiu seus parceiros ? que, além dos presentes, incluía o ex-secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Alejandro Orfila, Domingo Alzugaray, do Grupo de Comunicação Três, e Albin Chalandon, ex-ministro da Justiça da França. Para formar o Conselho, a equipe do Brasilinvest trabalhou por seis meses numa corrida de contatos. Desta vez, Garnero recorreu com maior ênfase à segunda geração do grupo: os três filhos ? Mário Bernardo, vice-presidente de marketing, Fernando Garnero, vice-presidente financeiro e Álvaro Garnero, vice-presidente de novos negócios ? além de Marcos Troyjo, vice-presidente corporativo, que cuidaram diretamente dos convites. Juntos atuaram como D?artagnan e os Três Mosqueteiros em aventuras de relações públicas, da Rússia à China, EUA e Europa. Principalmente Mário Bernardo e Troyjo ? este recrutado diretamente dos quadros do Itamaraty, onde atuava como membro da delegação brasileira no Conselho de Segurança da ONU, em Nova York ? repetiram a fórmula Garnero de pegar o telefone, marcar cada reunião e firmar as tratativas.
Pelo resultado, demonstram ter herdado o talento do patriarca do Grupo para compor vistosos mosaicos empresariais. Quem lançar uma lupa sobre o plantel de parceiros do novo Conselho Brasilinvest, vislumbrará a capacidade dessa turma para gerar fortunas. O russo Oleg, por exemplo, recentemente comprou por US$ 80 milhões uma antiga fábrica soviética de carros. Exatos dois meses depois, repassou a mesma fábrica à japonesa Toyota por US$ 200 milhões. Em 60 dias havia lucrado US$ 120 milhões. Devido a sua hegemonia no ramo dos metais, é mais conhecido como o ?Antônio Ermírio? da Rússia. Leonardo Ferragamo ? ?o homem mais rico de Florença? ?, não satisfeito com o império de moda, que lhe gerou um patrimônio de US$ 1,5 bilhão, está entrando agora na área de hotéis. Abriu nove deles na Itália e é forte candidato a participar das empreitadas de Garnero no mesmo campo. Carlo de Benedetti, depois de ter repassado a Olivetti, construiu um grupo financeiro e de comunicação que fatura mais de US$ 1 bilhão ao ano. O chinês Tang também já diversificou para imóveis e reina absoluto no mercado imobiliário de Hong Kong.
São incontáveis as façanhas, mas eles parecem querer sempre mais e enxergam no brasileiro Garnero um player à altura. Reservam para ele reconhecimento pelo seu trabalho. ?Garnero é uma referência para quem quer fazer negócios, no Brasil e no mundo?, diz Ferragamo. ?É o maior embaixador que o Brasil podia ter?, aponta Hermínio Blanco, ex-ministro da Indústria e Comércio do México. ?O Mário é um grande estrategista, com muito conhecimento da economia mundial e apresenta seu País com grande credibilidade?, reforça Sergio Cragnotti, da Círio e BomBril. Para o ex-secretário de Defesa americano, William Cohen, ?Mário Garnero tem sido vital ao conduzir todos juntos para o estabelecimento de relações pessoais?. Segundo Conhen, o Conselho do Brasilinvest tem uma missão especial: ?Precisamos estar sempre em contato uns com os outros, pois essa associação de amigos, de parceiros comerciais, pode trabalhar pela globalização e pelas mudanças no mundo?. Ninguém, no entanto, na coleção de epítetos sobre Garnero, foi mais afetivo que George Bush. Indagado pela reportagem de DINHEIRO sobre como definiria o empresário, o ex-presidente foi direto: ?Mário é um amigo! E os amigos da família Bush são para sempre.?
Garnero, no passado recente, quando George Walker Bush (o filho) tomou posse nos EUA, fez uso dessa relação fraterna para aproximar FHC e o novo presidente americano. No dia seguinte à confirmação da vitória, ligou para Bush pai e pediu a intermediação para uma audiência. Numa pescaria na Flórida com a Condoleezza Rice, assessora direta do filho, Bush acertou o encontro de FHC e fechou com Garnero uma agenda que incluiria os seguintes temas: 1) o fast-track, 2) o plano de combate ao tráfico na Colômbia, 3) os problemas na Venezuela e em Cuba, 4) a resolução da ONU para o pagamento de atrasados no Conselho de Segurança. Um almoço entre FHC e Bush estava confirmado. Semanas depois, Celso Lafer tomou posse como ministro das Relações Exteriores e na Argentina disse que a Alca só poderia sair em 2006. Os EUA queriam antecipar para 2003. Com o desentendimento, o almoço foi cancelado. FHC fez uma rápida passagem por Washington que mal deu tempo para as fotos. As relações Brasil/EUA, desde então, esfriaram. Com o mesmo prestígio que experimenta junto aos Bush, Garnero aproximou-se de outro ex-presidente, Gerald Ford. Hoje, ele é o único brasileiro a integrar o fechadíssimo clube de Beaver Creek, um fórum mundial organizado anualmente por Ford, que conta com nomes como Dick Cheney (vice-presidente dos EUA), Alan Greenspan (do FED) e Lawrence Lindsey (economista-chefe da Casa Branca), além de outros 20 participantes da economia privada mundial. Projeção semelhante levou Garnero a ser convidado por Koffi Annan a abrir uma representação privada da ONU no Brasil. Nessa condição de dirigente da ONU-Brasil, Garnero conseguiu um feito surpreendente: indicou, e trabalhou pela vitória, do nome de José Gregori ? então secretário de Direitos Humanos, depois ministro ? para o Prêmio dos Direitos Humanos, espécie de Nobel concedido a cada cinco anos, que nunca havia sido vencido por um latino-americano. ?Entupimos a ONU com cartas de recomendação de várias ONGs e de entidades como a Fiesp e CNBB. Valeu a pena?, orgulha-se Garnero.
Ousadia. É de ações como essa que vem à tona outra faceta reveladora de sua personalidade: Garnero acredita em todos os lances. Foi assim que bateu à porta de Bob Kennedy, sem apoio diplomático, e conseguiu convencê-lo a vir ao País para uma convenção. Do mesmo modo, ainda estudante de Direito, nos idos de 1961, numa lendária ousadia, fantasiou-se de garçom e aproximou-se do ex-presidente JK, com quem veio a trabalhar depois em campanhas políticas. Do alto de sua experiência, acha que o País pode ter a mesma sorte de bons resultados: ?O Brasil quando se articula pode conseguir o que quiser?, diz. No campo empresarial, ele faz o que chama de pré-investimento: é capaz de pegar um avião e atravessar continentes para conhecer alguém, sem que isso necessariamente renda dividendos. ?Boas relações você tem não para pedir algo, mas para que o sujeito atenda ao seu telefone?, ensina. Pessoalmente, ele nunca deixa uma ligação sem retorno, parte vital da estratégia do Brasilinvest, cujo singelo funcionamento baseia-se em três vigas mestras: engenharia de negócios, captação de investidores e formação de uma rede de relações multilaterais. Assim, Mário Garnero fez a globalização quando ela ainda não passava de um nome feio. Desde então, seu tempo pessoal esteve sempre à frente do seu tempo histórico.

NOTAS:
[1]http://www.zeronaldo.com/2017/olavo-monteiro-de-carvalho-coloca-a-venda-sua-mansao-em-santa-teresa/
[2]http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com.br/2012/02/projeto-jari.html
[3]https://www.architecturaldigest.com/story/look-inside-a-spectacular-beachfront-bachelor-pad-in-rio-de-janeiro
[4]https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20020501/mario-garnero-brasileiro-alta-roda-dos-negocios-mundiais/21048  - Dez/2016
[5] https://homemculto.com/tag/mario-garnero/

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