Nota e figuras minha: "Vou me tornar teu inimigo, porque te conto
a verdade?" Gálatas 4:16
A  verdade  histórica  é  que,  na  sombra  colossal do  Império, que impusera  uma disciplina e um grão-mestre à
franco maçonaria,  forçando-a   de
  certo   modo   à submissão(7),  formou-se  outra  maçonaria
a judaica, que  vinda das sinagogas da  Inglaterra e dos Estados Unidos manobrada pelos Rotschild, preparou lentamente Waterloo e Santa
Helena (Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de
Santa Helena, onde morreu em 1821). 
 - 7 de setembro de 1822, na verdade, "era a declaração  pública do que já estava resolvido nos
subterrâneos. Rio Branco, anotando Varnhagem, diz que a Independência já fora
proclamada pela Maçonaria judaica  na
sessão de 20 de agosto, 'em assembléia geral do povo maçônico', reunidas na
sede do Apostolado as três lojas metropolitanas, sob a presidência de Gonçalves
Ledo". D. Pedro I, com a "independência ou morte", colocou o
Brasil e o povo brasileiro à servidão dos banqueiros internacionais. Rothschild, financiou a Independência do
Brasil em 1824/25, Os Protocolos dos
Sábios de Sião[*], foram reformados por Rothschild antes de adquirir
seu verdadeiro significado:  Seremos
para o público, o amigo de todos. [...] Nós apoiaremos a todos, anarquistas,
comunistas, fascistas [...] e particularmente os operários. Ganharemos sua
confiança e eles se tornarão assim, para nós, um instrumento muito útil. [...]”.  duelo
entre maçons - também monarquistas e republicanos, assim como na revolução
francesa.  
 - Todos  os  marechais  que traíram  o   Imperador  D.Pedro no Brasil,   todos os áulicos  que o abandonaram
e todos  os   políticos que   o  venderam, eram  maçons; já estavam preparados,  formados, juramentados, pela Burschenschaften do largo de São Francisco[***] que a maçonaria judaica trouxe para o Brasil com o
prodigioso, misterioso e cruél Carlos Luiz
Sand (que o diga Augusto de Kotzebue) estava pronta no Brasil, a revolução preparada por
Rothschild  para  separar   o  Brasil de  Portugal, expulsar  do Brasil o imperador como um  ninguém, sem antes,  o condecorarem com o “falso título” de “falso
maçon”. Estava assim preparado por Rothschild o GRANDE ROUBO FINANCEIRO DA
HISTÓRIA MUNDIAL, QUE SE ETERNIZOU COM O GRANDE GOLPE DE 1889 NO BRASIL[**].  
 - A  Inglaterra  de Rotschild  apunhalou  pelas  costas  o Império,  que ninguém,
jamais, ousou comentar o assunto os que o fizeram foram condenado pelas cortes Burschenschaften jurídicas brasileiras. E os
livros para o conhecimento dos brasileiros que contaram a verdade dos fatos após, antes e durante o grande golpe da
República no Brasil, a maçonaria judaica
dos Rothschild  baniu, seqüestrou, proibiu a circulação no Brasil.
é uma judia, Hannah Arendt (citada pelo judeu Attali) quem
diz a verdade:
"Não existe melhor prova desse conceito fantástico de
um governo mundial judaico do que essa família, os Rothschilds, estabelecidos
em cinco países de regimes diferentes, poderosos em cada um, em estreitíssimas
relações de negócios com pelo menos três desses governos, e sem que guerras e
conflitos entre essas nações jamais tenham, nem ao menos por algum momento,
abalado aquela firme solidariedade entre banqueiros."...
Gustavo Barroso
Capítulo XIII - Vol.4
MAÇONS  AQUÉM  E  ALÉM  MAR
Pg. 13 a 22 
As  revoluções  que 
deveriam  cercear  o 
poder  real  com  a
constituição,  bem  como 
separar  o  Brasil 
de  Portugal  e 
ir  semeando  as 
primeiras idéias  republicanas,  etapas 
da  grande  marcha 
mundial  para  o 
domínio de  Israel,  estavam 
decididas  nos conluios 
secretos  da  maçonaria 
e  da  sinagoga. Os movimentos e perturbações se manifestariam aquém e além mar, nos domínios da coroa portuguesa, às vezes até de maneira contraditória,  o  que 
serve  para  estabelecer 
a  confusão  nos 
espíritos desprevenidos.  É  preciso 
compreender  que  o 
judaísmo  está  fora 
dos  povos  e quer  o  esmagamento 
de  todos.  Por 
isso,  lança  uns 
contra  os  outros, lucrando  com  todas essas 
lutas.  Seus  agentes de 
qualquer  espécie, portanto,  podem  figurar 
nos  campos  os 
mais  opostos. 
A  ação  da 
maçonaria  em  Portugal 
recrudesceu  no  fim 
do  século XVIII, aquecida pelas  chamas do
grande  incêndio revolucionário francês.
Em  1797,  a 
divisão  auxiliar  inglesa, 
que  viera  defender 
o  reino  contra os  jacobinos,  espalhara 
por  todo  ele 
as  lojas  de 
pedreiros-livres  (1). 
Dentre elas, a mais ativa talvez fosse a Filantrópica de Santarém, fundada sob  os auspícios do duque de
Sussex  (2). Já em  1798 vimos a maçonaria agindo  na Bahia. Antes, agira
em Minas. Em 1801, pôs as manguinhas de fora numa conjuração alinhavada entre Portugal e Brasil, aproveitando a  guerra  com 
a  Espanha.  O 
plano  era  vasto 
e  visava  a 
proclamação  da  república  em 
Pernambuco,  sob  a 
proteção  de  Bonaparte, 
Primeiro Cônsul.  Nunca  se 
pôde  penetrar  bem 
"os  esconderijos  desse 
mistério", 
confessa  um  historiador 
de  peso  (3). 
Estavam  implicados  na 
meada  os irmãos Cavalcanti  de Albuquerque,
os irmãos Arruda Câmara e  os irmãos Suassuna  da  famosa 
academia  de  seu 
nome,  no  Cabo. 
Os  documentos  mais  comprometedores  desapareceram 
como  que  por 
encanto dos autos da  devassa.  Pela 
mão  dum  religioso, 
frei  José  Laboreiro, correram  rios de  dinheiro  para 
a  soltura  dos 
presos  e  a 
restituição  dos  bens 
seqüestrados,  "sem  se  saber  de 
onde vinha tanto ouro  (4)"! 
Em  1803, 
já  funcionavam  no  Rio  de 
Janeiro  três  lojas: Reunião,  Constância  e 
Filantropia.
A  última  quase 
repetia  o  nome 
da  famosa  de Santarém. A Inquisição andara
farejando esses conciliábulos, metendo na  cadeia, 
em  Lisboa,  o 
judeu  e  maçon 
Hipólito  da  Costa 
e  um  dos Vieira  Couto, 
iniciado  no  Tijuco, em 
Minas, ao  tempo da Inconfidência. Hipólito, de quem Vieira Couto
era íntimo, conseguira livrar-se da entaladela  e 
escafeder-se  para  Londres, 
onde  fazia  no 
"Correio 
Brasiliense" 
a política da  nossa 
independência,  não  como 
meio de  nos engrandecer, porém  como 
fim  de  diminuir 
Portugal.  Vieira  Couto 
só  foi  posto 
em  liberdade  com 
a  entrada  dos 
soldados  de  Junot. 
Conta-se que,  quando se  apresentou 
ao  general  francês, 
este, que o  conhecia  de 
nome (?), lhe disse:
—
"Seu  crime  é 
ser  maçon, e  também 
é  maçon  o 
Imperador  meu amo
(5)".  Um  especialista 
na  matéria  escreve 
o  seguinte:  "Certos autores afirmam  que 
Napoleão  foi  feito 
maçon.  É  possível 
que  o  Imperador tenha  recebido 
um  grau  inteiramente 
honorífico(prestar homenagem). A maçonaria devia-lhe essa
gentileza, afim de  obter a  sua benevolência. Se por acaso assistiu à  sessão de alguma loja, decerto evitaram
tratar em sua presença assuntos  subversivos 
(6)".  
batalha de Waterloo,  casa que Napoleão ficou exilado na ilha Santa Helena, D.Pedro seguindo para o exilado na Europa.
A  verdade 
histórica  é  que, 
na  sombra  colossal do  Império, que 
impusera  uma disciplina e um
grão-mestre à franco-maçonaria,  forçando-a 
de  certo  modo  à  submissão 
(7),  formou-se  outra maçonaria
que,  vinda das sinagogas da  Inglaterra e dos Estados Unidos manobrada
pelos Rotschild, preparou lentamente Waterloo e Santa Helena (Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821).  Todos 
os  marechais que  traíram 
o  Imperador D. Pedro,  todos 
os áulicos  que o  abandonaram e todos os 
políticos  que  o 
venderam  eram  maçons. 
Basta uma
pequena lista: Augereau, Marmont, Murat, Talleyrand, Fouché... 
A  nova 
maçonaria  não  era 
mais  do  que 
a  repetição  do 
Rito  Escocês Perfeito,  com 
o  aumento  dos 
graus  até  33. 
Foram  seus organizadores os  judeus 
Moisés-Cohen,  Hyes  Franken, 
Morin  e  Spitzer. 
O  primeiro conselho  supremo 
realizou-se  em  Charleston, 
nos  Estados  Unidos, 
a 31 de
maio de 1801, sob a presidência do judeu Isaque Long. Sua instituição  em 
França  data  de 
1804,  ano  da 
coroação  de  Napoleão 
I.  Com essa  arma 
oculta,  a  Inglaterra 
de  Rotschild  apunhalou 
pelas  costas  o Império  (8). A 
queda da maior 
potência  política  da 
época ia permitir
que  se 
erguesse a 
maior  potência  financeira 
dos  nossos  tempos (9). 
Podemos
acrescentar: a  maior  potência 
financeira  de  todos os tempos!
Durante
todo o governo de D. João VI, as potências ocultas trabalharam com
afinco, sem que cessassem as inteligências entre as maçonarias de  Portugal 
e  do  Brasil 
(10).  Desse  trabalho 
pertinaz  resultaram  os  movimentos  de 
1817  nos  dois 
países,  quase  simultâneos, 
manobrados pela  "infame 
facção de mortandade e roubo", como 
rezam alguns documentos  (11). A 
coisa  ia  rebentar 
em  Lisboa, intentada pela maçonaria, assegura Varnhagen,  quando 
as  denúncias  chegaram 
ao  general  inglês Beresford, que  ocupava o reino devoluto com suas tropas.
Pretendia-se proclamar D. João VI  rei constitucional  (12), primeira etapa para a república.  Antes 
de  subir  ao 
cadafalso,  Luiz  XVI 
jurara  a  constituição. O plano  era  mais ou  menos o  da  Inconfidência 
de  Vila  Rica, 
seguido  o  modelo  da 
antiga  tática  judaica 
do  golpe  de 
Estado. 
Surpreendiam-se e matavam-se as autoridades.
Provocava-se um motim. O general Gomes Freire, grão-mestre da maçonaria,
fingindo-se alheio ao combinado, seria aclamado  chefe e 
convocaria as côrtes  para  proclamarem a monarquia constitucional (13). Beresford
mandou efetuar prisões, funcionaram tribu- nais  de 
emergência  em  processos 
sumários  e  dez 
cabeças  da  conjura,  militares  e 
paisanos,  foram  enforcados. 
Um  deles,  porém, 
estrangeiro  suspeitíssimo,  o 
barão  Frederico  de 
Eben,  foi  somente 
expulso  (14). 
Quando  o 
general  Gomes  Freire 
caminhava  lentamente  para 
o  patíbulo erguido  no 
Alqueidão,  em  frente 
ao  Tejo  azul, 
um  oficial  das 
tropas  inglesas, a única farda vermelha
presente à lúgubre cerimônia, o tenente- coronel  Haddock, 
avançou  para  ele, 
estendeu-lhe  a  mão  e  deu-lhe 
os toques maçônicos  (15).
À 
conspiração descoberta e dominada de 
Gomes Freire em Lisboa correspondeu  deste 
lado  do  Atlântico 
a  revolução  de 
Pernambuco,  no mesmo ano de 1817. Este movimento
foi "gerado nas sociedades secretas, que  passaram 
a  funcionar  no  Brasil",  sendo  outro 
motivo  importante "o  impulso 
português  no  intuito 
de  determinar  pelo 
ressentimento  o  regresso de  D. 
João  VI  (16)". 
Desde alguns anos, as atividades
maçônicas recrudesciam no nosso país.  "Antes 
da  famosa  loja Comércio  e  Artes, que  data  de 
24  de junho de  1815, teriam existido outras no Rio,  Bahia e 
Pernambuco, que continuaram,  sob o governo de  D.  João
VI, a desenvolver sua atividade silenciosa, fundando-se  mesmo  uma, composta  em  parte 
de  empregados  do 
paço, com  conhecimento  do 
então  Príncipe  Regente, 
cujo fervor religioso nunca foi grande
e menos ainda de caráter ultramontano.
Drummond  contesta 
formalmente  que  D. 
João  VI  tivesse 
ciência  dessa loja  (17), 
mas o  fato dela denominar-se,
como ele próprio escreve,  São João de  Bragança (18),  depõe  contra a 
sua negativa (?). A perseguição às  lojas 
maçônicas  só  ocorreu 
quando  a  revolução 
pernambucana  de 1817 patenteou  seu 
caráter político anti-monárquico. O alvará de  penas foi  até 
mandado  transitar  pela 
chancelaria  do  Reino, 
o  que,  escreve  Drummond,  já 
caíra  em  desuso. 
Houve  por  algum 
tempo  o  pânico 
da  maçonaria,  alimentado 
por  espias e delatores, e  não  só  as 
lojas foram mandadas dissolver, como se criou
um juízo da inconfidência, que cometeu  arbitrariedades  (19). 
Vê-se bem que o rei pouca
importância deu às lojas até se descobrir sua  atuação 
revolucionária e  só  então, diante 
das  provas  irrecusáveis, se  determinou 
a  agir.  Antes 
de  funcionar  na 
Praia  Grande  (Niterói), 15onde 
era  sua  sede, 
a Comércio  e  Artes realizava  suas  seções 
no  Rio  de 
Janeiro,  na  Pedreira 
da Glória,  em  casa 
do dr.  José  Joaquim 
Vahia. Depois 
da  perseguição,  passou 
a  reunir-se  na 
residência  do  capitão  de  mar  e 
guerra  Domingos  de 
Ataíde  Moncôrvo  (20). 
Foi  dessa  loja que surgiu  a  idéia 
da  instalação  dum poder  maçônico brasileiro.  Em 1821, ela 
estava solenemente montada no Rio e batia-se pelo liberalismo político  e econômico.
Em  1822, 
quando  se  fundou 
o  Grande  Oriente do 
Brasil,  dividiu-se  em 
três.  Dela  nasceram 
duas  oficinas  maçônicas  célebres 
em  nossos  anais: União  e 
Tranqüilidade, e Esperança  da  Vitória, de  Niterói 
(21). 
As  lojas
judaicas da  Grã-Bretanha haviam  mandado dois emissários para  a  América 
do  Sul,  afim 
de  conhecerem  os 
progressos  revolucionários do 
continente:  o general  Miranda, que 
comandara exércitos franceses 
na  Revolução,  para 
a  Venezuela,  e  Domingos  Martins,  natural  do 
Espírito  Santo,  que 
acudia  também  pelo 
nome  de  Dourado, 
homem de 
aventuras  e  negócios, 
para  o  Brasil. 
As  filiais comerciais do  último  deviam 
fornecer  os  meios pecuniários  para  o  movimento, 
cujos  planos os  dois  haviam 
longamente  discutido  nos 
conciliábulos  presididos  em  Londres, 
por  Miranda.  A 
missão  cometida  a 
ambos era de 
"portentosos efeitos 
(22)". Domingos Martins 
veio  acompanhado pelo  capitão 
de artilharia 
Domingos  Teotônio  Jorge, 
acreditado  perante  o 
Grande  Oriente da  Bahia.  Em 
1815, o primeiro voltou a  Londres
e  "a revolução começou a mover-se 
(23)". Ficou combinado que seus chefes no Recife esperariam o  aviso  dos mestres do  Sul, 
os  quais  o  dariam  depois 
de  receberem aviso dos mestres da Europa,
conforme  refere  um 
manuscrito  do  padre  Teles 
de  Menezes . A 
preparação  maçônica  vinha 
sendo  lenta  e 
seguramente  feita. 
Diversos 
pedreiros-livres,  enviados  para 
aqui  e  para 
ali,  desde  1809,  fundavam 
lojas nas  cidades de  seu 
domicílio, de acordo com  o  Governo  Supremo, 
exercido  pelo  Grande 
Oriente  da  Bahia, 
onde  residia  maior número 
dos  maçons  "que 
tinham  sido  iniciados 
e  elevados  aos 
altos graus 
na  Europa  (24)". 
Em  1816,  já 
Pernambuco  contava  uma 
Grande Loja 
provincial  e  4 
regulares  (25),  todas 
articuladas  com  as 
baianas e 
fluminenses,  uma  das 
quais,  a Distinta ou Distintiva de  Niterói, 
era freqüentada 
por  um  dos 
irmãos  Cavalcanti  de 
Albuquerque  (26),  que participara 
da  conjura  de 
1801  e  participaria 
da  de  1817. 
O 
governo  real  recebia 
denúncias  anônimas  da 
trama.  Diziam-lhe que  os  revolucionários    pretendiam 
deixar-lhe  unicamente  o 
título  de D.  João  de 
Bragança  (27).  O 
processo,  aliás,  estava 
nos  moldes  da  maçonaria, 
que  já  crismara  
o infeliz  Luiz XVI  como 
Luiz  Capeto tout court.
Talvez  por 
isso  houvessem  dado 
aquele  nome  de 
São  João  de Bragança 
à  loja  da 
gente  do  próprio  paço. 
Esses  jogos  de 
palavras simbólicas 
são  uma  das 
muitas  especialidades  da 
seita. 
Aproximava-se 
em  Pernambuco  a 
época  fixada  para 
o  estouro  do  movimento 
que  o  governador 
Caetano  Pinto  de 
Miranda  Montenegro, tolerante, 
descuidoso  e  indolente, 
não  era  homem 
para  reprimir  com a 
energia  necessária.  No 
"Correio  Brasiliense",
Hipólito  da  Costa 
atribuiu-o, depois, ao descontentamento do povo pelas
contribuições e conscrições 
forçadas  para  a 
guerra  da  Banda 
Oriental  contra  Artigas 
(28). 
O duque de Palmela replicou-lhe, esmagando-lhe os
argumentos de arranjo,  com  as 
provas  de  que 
não  fôra  lançado 
tributo  algum,  porque 
as tropas em 
campanha  estavam  sendo 
pagas  pelo  erário 
de  Lisboa!  Além disso, as milícias nacionais que  operavam no Sul eram na quase totalidade  do  Rio 
Grande,  Santa  Catarina 
e  São  Paulo: 
gaúchos  da  fronteira, guaranis 
missioneiros,  o  regimento 
dos  Barriga-Verdes  e 
a  formidável Legião 
dos  Paulistas.  Havia, 
na  verdade,  carestia 
de  vida,  mas 
não  por culpa 
de  impostos  do 
governo.  Ela  fôra 
provocada  por  especuladores  que 
açambarcavam   os  carregamentos 
de  gêneros  e 
"os  revendiam  a retalho 
ao  público de 
maneira  a  mais 
arbitrária  (29)".  O 
que  ofendia ao  povo  miserável 
não  era  nenhum 
arrocho  do  governo 
real  que  foi,  na 
opinião  da  João 
Ribeiro  e  Oliveira 
Lima,  sempre  paternal, 
mas  a ostentação 
de  luxo  e 
de  empáfia  dos 
comissários  de  algodão 
em  maré de  fartura,novos  mascates,cheios  de 
dinheiro  pela  alta 
do  produto, conseqüência 
ainda  da  cessação 
do  bloqueio  continental 
e  da  guerra  entre  a  Grã-Bretanha 
e  os  Estados 
Unidos, de  1812  a 
1813. Havia certa rivalidade 
entre  brasileiros e portugueses.
A  insolência dos  ricaços cristãos-novos 
aumentava-a. 
A  maçonaria
aproveitou habilmente a carestia e a situação, atribuindo  a  primeira 
ao  governo  e 
a  segunda  aos  portugueses,  quando 
ambas eram 
resultado  da  atuação 
da  mesma  casta 
judaica.  O  próprio 
Caetano de  Miranda
Montenegro, na  ordem  do dia de 
4  de março de  1817, apesar de  ter  sido 
até  então  iludido 
pelos  que  mais 
de  perto  o  cercavam  (30),  reconhecia que 
se  havia  lançado 
mão de  tais meios. Toda a gente
estava farta 
de  saber  que 
a  conspiração  se 
forjava  nas  lojas 
maçônicas  (31). 
Hipólito da 
Costa  apelava  para a explicação do descontentamento  popular,  porque  isso 
lhe  convinha  como 
maçon.  Rosa-Cruz  que 
era  (32). 
Se 
fomes  e  carestias 
por  si  sós 
determinassem  revoluções,  cada 
seca no 
Ceará  seria  um 
apocalipse  social,  entretanto, 
nenhum  povo  sofre  mais 
resignado  do  que  o  cearense. 
As  fomes e  as carestias 
são  sempre  adrede 
provocadas  pelas  forças 
ocultas  para  criar 
climas  revolucionários, em que os agitadores demagogos possam mover
as massas desatinadas. 
Em  geral,  "os filósofos e  intrigantes 
são   sempre  os 
autores das 
revoluções  (33)".  O 
povo  não  passa 
de  pretexto  ou 
de  força  bruta  Posta 
em  movimento  para 
sr  conseguirem  certos 
fins.  A  revolução 
de 1817 não foi absolutamente feita pelo povo, nem
teve o apoio do povo, como  o  reconhecia 
o  brigadeiro   Lima 
e  Silva,  em 
1824,  antes  pelo contrário, 
pois  o  interior, 
mais  tradicionalista  do 
que  o  litoral 
e  livre das influências 
cosmopolitas,  ou  não 
aderiu  a  ela 
ou  contra  ela 
se 17 insurgiu de armas na mão. A  revolução foi 
feita unicamente pela maçonaria, 
servindo-se  da  tropa, 
indisciplinada  de  antemão, 
cujos  inferiores  tinham 
chegado  ao  ponto 
de  atentar  contra 
a  vida  de 
seus  superiores e 
dentro  dos  quartéis! 
A  6  de 
março  de  1817, 
houve  motim  no 
corpo  de  artilharia 
da guarnição,  transpassando  um  dos 
oficiais  o  comandante 
com  a  espada. 
O 
governador  mandou  prender 
o  culpado  e 
mais  outros  colegas, 
bem como  o  agitador 
Domingos  Martins  Dourado 
(34),  de  volta 
de  Londres,  onde 
quebrara, dizem uns 
que fraudulentamente (35),  mas 
ele  defendeu-se da 
imputação. Tais prisões determinaram o 
levante, decerto antes do  tempo, o
que  fez gorar a revolução geral, ainda
não de todo articulada nas 
outras  províncias.  As 
unidades  rebeladas  abriram 
fogo  de  fusilaria  contra 
os  elementos  fiéis 
à  legalidade  e 
o  governador  se 
recolheu  à  fortaleza 
do  Brum,  onde 
não  tardou  a 
capitular,  sendo  remetido 
para  o  Rio  de 
Janeiro.  Soltaram-se  os 
maçons presos  e  todos 
os criminosos da  cadeia
pública, que vieram engrossar as fileiras revolucionárias, meio técnico de 
todas as  revoluções judaicas para
espalhar o terror e entocar a 
burguesia,  como  preceituam 
as diretivas  atuais da  Internacional. 
Essa gente 
cometeu  os mais horríveis
excessos  (36). Arengaram ao populacho desenfreado, 
pelas  esquinas,  Domingos 
Martins,  o  padre 
João  Ribeiro  Pessôa 
e,  a  dar 
crédito  aos  ofícios 
governamentais  e  consulares 
da  época, 
o  ouvidor  de 
Olinda,  Antonio  Carlos 
Ribeiro  de  Andrada, 
que  alguns 
papéis  dizem de  Abreu, acusado  até  de 
homicídio  na  pessoa  dum 
negociante  de  Santos 
(vide  a  nota 
26).  Segundo  Muniz 
Tavares,  o  mesmo  era 
um  dos  que 
anteriormente  peroravam  com 
veemência  nos  conciliábulos 
maçônicos.  Todavia,  nos 
interrogatórios a  que mais  tarde  foi 
submetido,  o  irmão 
de  José  Bonifácio 
defendeu-se,  ao  que 
dizem,  com 
algum  fundamento,  dessas 
increpações  e  "verberou  o 
movimento  (37)". 
Era, entretanto, maçon e de alto bordo!... Foi, segundo o manifesto maçônico 
de  1832,  assinado 
por  José  Bonifácio, 
o  1.°  Grão-Mestre 
do  Grande 
Oriente  do  Brasil. 
Fundara  em  Pernambuco 
uma  Universidade  Secreta, 
nos  moldes  do 
Areópago  de  Arruda 
Câmara. 
Deu-se 
a  interessante  coincidência 
de  estarem  surtos 
no  porto  do 
Recife  vários  navios 
franceses,  entre  os  quais  "La 
Felicité",  cujo imediato 
Luiz Vicente  Bourges, isto é,
Borges, descendente dos cristãosnovos 
emigrados  de  Portugal 
para  Bordéus,  não 
perdeu  a  oportunidade  de 
fazer  grande  carga de 
gêneros da  terra,  sobretudo 
algodão,  a preços vis, 
graças  ao  movimento 
revolucionário  (38).  Repitamos 
ainda  a  frase  sacramentai 
de  Sombart:  "A 
guerra  é  a 
seara  do  judeu!". 
Constituiu-se 
um governo provisório, composto 
de 5 membros:  Domingos 
Martins,  José  Luiz 
de  Mendonça,  Manuel 
Corrêa  de  Araujo, 
o  coronel 
Domingos  Teotonio  Jorge 
e  o  padre 
João  Ribeiro Pessôa.  Para  captar 
simpatias,  essa  junta 
aboliu  certos  impostos 
e  aumentou  o 
soldo  da 
tropa,  praticando  "atos políticos  repassados 
de  moral jacobina  (39)". 18 preparou-se  para 
resistir  a  qualquer 
reação  ou  para 
coadjuvar  outros  pontos rebelados, montando navios
armados,  com tripulações estrangeiras. Os oficiais e  soldados 
rebeldes arrancaram das fardas e barretinas as armas e topes reais. Pensaram,
ao princípio, em conservar a bandeira portuguesa  sem o escudo, porque, sendo branca, de longe
haveria confusão e  os 
navios  de  passagem 
ou  arribada,  vendo-a tremular  nos fortes, não  notariam 
a  mudança  de 
situação e  não  levariam 
a notícia a outros portos, o que daria  tempo de 
se aperceberem melhor para a luta. Quiseram,  depois, 
adotar  a  tricolor 
francesa  (40).  E 
acabaram  aceitando  o projeto de bandeira  maçônica apresentado  pelo padre João Ribeiro  Pessôa: "bicolor, azul-escuro e
branca,  sendo as cores partidas
horizontalmente;  a 
primeira  em  cima 
e  esta  por 
baixo,  e  tendo, 
no  retângulo superior  azul, 
o  arco-íris  com 
uma  estrela  (41) 
em  cima  e  o  sol 
por baixo, dentro do  semi-círculo; e no inferior, branco, uma
cruz  vermelha (42)". Entregues à tropa, as
novas bandeiras foram solenemente abençoadas no campo do Erário (43), numa
espécie de reprise, em ponto pequeno, da  Festa 
da  Federação  do 
Paris revolucionário,  no  Campo 
de  Marte. 
Dizem os historiadores da
revolução de  1817 que o arco-íris
significaria,  nas 
suas  três  cores 
fundamentais,  Paz,  Amizade 
e  União.  Este  é o significado demótico,
aparente. O significado verdadeiro e profundo somente  o 
pode  revelar  a 
cábala  maçônico-judaica  que 
esses  historiadores  desconheciam. 
O  arco-íris  é  o AZILUTH 
cabalístico  do  Grande Pentáculo da  Luz 
Eterna  sob os atributos do Sol,
que não foi esquecidoe 
está  posto  embaixo, 
como  seu  gerador. 
O  AZILUTH  é 
a  síntese  da  Unidade a que correspondem as 7
vozes ou cores da análise (44). Sobre essa síntese,  dominando 
o  mundo, a  Estrela de cinco  pontas do 
Microcosmo salomônico, o  Homem Divinizado. Todos esses símbolos,
note-se bem,  estão sobre a  Cruz  ensangüentada!  Afirma-se 
que  esta  relembra  o 
primitivo  nome  do 
Brasil,  —  puro 
engodo  dos  simbolistas 
sibilinos. 
A 
hermenêutica  cabalística  ensina 
que arco-íris,  sol  e 
estrela  dominam  e 
ensangüentam a  cruz!  As cores das 
duas  faixas  repetem 
as das palas da bandeira maçônica da revolução
baiana de 1798, azul e branca, cores de  Israel, que 
figuram  no  pavilhão 
sionista  da  Palestina 
com a  Magsen  David  em 
traços  de  ouro. A 
leitura  exata  desses 
símbolos  cabalísticos  mostra o verdadeiro caráter do
movimento de 1817. Os ignorantes poderão  sorrir 
desta  interpretação.  Pouco 
importa!  Os  judeus 
cabalistas  e os  maçons 
que  conhecem  os 
seus símbolos  sabem  que ela é 
absolutamente verdadeira.
A revolução logo se estendeu
à  Paraíba e ao Rio  Grande do Norte; mas seus emissários ao Ceará e
à  Bahia, o sub-diácono José Martiniano de Alencar e o padre Roma, José
Inácio de Abreu Lima, nada conseguiram. José  Pereira 
Filgueiras,  o  grande 
caudilho  sertanejo,  levantou 
em  prol  da  realeza 
o  interior  do 
Ceará  (45). O  sul 
de  Pernambuco  insurgiu-se contra  os 
republicanos  maçons  do 
Recife.  A  contra-revolução  estalounos sertões  de 
Alagoas. As  outras províncias
próximas  ou  remotas 
conservaram-se  indiferentes. Antonio Gonçalves da Cruz, o
Cabugá, enviado aos Estados Unidos, nenhum
socorro obteve oficialmente e mal conseguiu algumas  provisões 
de  guerra  por 
meio  da  "especulação  particular",  as  quais  nem 
chegaram a  tempo.  Parece que se pensou em nomear Hipólito da Costa, ministro da nova
República em Londres, mas a idéia, se existiu, não  foi 
avante. 
Alguns  fugitivos de 
Pernambuco,  chegando em  breve prazo à Bahia de  tudo 
informaram  o  governador 
conde  dos  Arcos, 
que  tomou  providências enérgicas e  imediatas 
com  os recursos de que dispunha.
O padre Roma  foi 
preso.  Aprestaram-se  expedições 
para  atacar  por 
mar  e  terra  o 
foco  da  rebeldia. 
Lá dentro,  lavraram  dissenções. 
Muitos dos  revoltosos  haviam 
sido  iludidos,  como 
sói  acontecer,  quanto 
aos  verdadeiros  intuitos da maçonaria. Tinham-se
levantado contra impostos e vexações, não  contra 
o  poder  real. 
Demonstra  isso  a 
proposta  de  José 
Luiz  de  Mendonça  ao 
Governo  Provisório  de  que  participava, 
que  vem  na 
obra  de  Muniz 
Tavares  (46).  Idêntica 
traça  fôra  posta em 
prática  na  Inconfidência  Mineira. 
É 
digno  de  nota 
o  grande  número 
de  sacerdotes  que 
tomaram  parte ativa na revolução:    Alencar, Roma, Miguelinho, Caneca, João Ribeiro.  Além 
dessas  figuras  principais, 
muitos  frades,  cônegos, 
vigários  e coadjutores.  Diz 
Mario  Melo  que 
tinham  sido  enfeitiçados 
pelo  liberalismo  (47). 
Eram  todos  maçons! 
padre  Miguelinho,  Miguel 
Joaquim  de Almeida  Castro, 
iniciara-se  em  Lisboa, 
no  ano  de 
1807  (48).  O 
padre  João  Ribeiro 
era  iniciado,  segundo 
Oliveira  Lima,  nos 
"mistérios  da  democracia".  Todos 
esses  religiosos,  homens 
mais  ou  menos 
cultos,  não  podiam  ignorar   que   incorriam  
na  maior  penalidade 
da  Igreja, a 
excomunhão  maior, ipso  facto, que  pesa  sobre 
a  cabeça  de 
todo  católico  que se fizer maçon. Não vale dizer, como
assoalham  os ignorantes  no 
assunto,  que  a 
maçonaria,  nessa  época, 
ainda  não  tinha 
sido  condenada  pela 
Santa  Sé,  porque 
isso  absolutamente  não 
é  verdade. 
A 
primeira  condenação  foi 
feita pela bula de  Clemente XII,
IN  EMINENTI, em  1738, 
e  a  segunda, 
pelo  breve  PROVIDUS, 
de  Bento  XIV, 
em  1751  (49). Os eclesiásticos maçons de
Pernembudo foram vítimas do que Valéry-Radot  denomina 
"paródia  demoníaca  da 
mensagem  evangélica  da 
fraternidade  (50)". 
Já  nesse  tempo, 
1817,  a  maçonaria 
punha  em  prática no  Brasil-Reino 
o  processo que, vinte e  nove anos mais tarde, em  1846, figura  nas 
INSTRUÇÕES  SECRETAS  da Alta 
Venda  Carbonária de  Roma,  documento  preciosíssimo 
apanhado  pela  polícia 
de  Sua  Santidade 
o   Papa  Gregório 
XVI:   "O  clero 
deve  marchar  sob 
o  vosso  estandarte, julgando  sempre 
que  está  marchando 
à  sombra  da 
bandeira  das  chaves apostólicas (51)". Estavam,
na verdade, enfeitiçados, como diz 
o  maçon Mario  Melo, 
ilustre  jornalista  e 
historiador.  O  termo 
não  poderia  ser  melhor  empregado. 20 
As 
providências  do  conde 
dos  Arcos  puseram 
rapidamente  termo à 
revolução  pernambucana.  A 
frota de  Rodrigo  Lobo 
bloqueou  o  Recife  restabeleceu 
a  ordem  em 
Natal,  de  onde 
o  governo  revolucionário  fugiu 
Para  a  serra 
do  Martins.  O 
marechal  de  campo 
Cogominho  de  Lacerda 
marchou  contra  os 
rebeldes  com  alguma 
tropa  da  Bahia, 
pelo  interior. 
Sem  apoio  no 
sertão  conflagrado  o 
Governo  Provisório  da  República 
Maçônica  procurou  negociar 
uma  capitulação  com 
o   comandante 
da  esquadra,  que  se
recusou  a qualquer entendimento.  Então, Domingos Teotonio Jorge, como os irmão do Rio  Grande do Norte, buscou refúgio 
fora  da  capital, 
levando  a  guarnição 
e  os  cofres 
que  nó  início  da 
revolução  estavam  "bastante  cheios 
(52)". 
Ao 
aproximar-se  Cogominho,  Rodrigo 
Lobo  deu  um 
desembarque.  
O 
Recife  foi  ocupado 
sem  resistência.  O 
padre  João  Ribeiro 
Pessôa suicidou-se. Os 
republicanos dispersaram-se. Alguns dos que  foram apanhados 
seguiram  presos  para 
a  Bahia  (53). O governador  nomeado 
para Pernambuco, 
Luiz  do  Rego, 
seqüestrou  os  bens 
dos  réus  e 
fez  julgar  vários 
por  uma  comissão 
militar.  Mandaram-se  alguns 
para  os  cárceres  de  Lisboa;
degredaram-se  outros  para  a
África; arcabuzaram-se  outros. 
Foram  passados
pelas  armas  na 
Bahia, com  horrível  aparato, 
Domingos Martins, 
José  Luiz  de 
Mendonça  e  o 
padre  Miguelinho. Mais três
vítimas oferecidas pela maçonaria aos  seus deuses ocultos! O padre  Roma havia sido 
fuzilado  a  23 
de  março. 
O movimento terminou a 20 de maio de  1817,dominado com relativa facilidade, porque 
"estalou 
prematuramente"  e  os maçons da 
Bahia  "desorientados 
com  a  iniciativa 
do  conde  dos 
Arcos,  nada  puderam 
fazer (54)". 
Durante  a  rebeldia 
e  o  processo, 
os anônimos preveniam  D. João VI  que  os 
"presos eram 
abundantemente  socorridos  e 
protegidos abundantemente 
segundo  os  capítulos 
da  seita  (55)". 
Denunciavam  mesmo os 
maçons  de  sua entourage,como  o 
conde  de  Parati, 
o  marquês  de  Angeja e o barão de São Lourenço. Os dois primeiros
abjuraram, penitenciaram-se 
e  receberam  o 
perdão  do  soberano 
indulgente. O  último  era  mais 
ladino  e  perigoso. 
Chamava-se  Francisco  Bento 
Maria  Targini  e exercia 
o  cargo  de 
conselheiro  da  fazenda. 
Filho  dum  italiano 
astuto, sem 
eira  nem beira  nem 
ramo de  figueira, judeu
disfarçado pelos moldes e  modos,
alçara-se de mero guarda-livros duma comandita ou sociedade anônima 
lisboeta  aos  altos 
postos  do  Estado. 
Enriquecia  no  que 
hoje se 
denomina  advocacia  administrativa  e 
corrompia  toda  a 
gente  que  rodeava 
o  monarca, a  poder 
de  ouro. As denúncias  apontavam-no 
como  "chefe 
dos  traidores  (56)". 
O 
judaísmo  maçônico  fôra 
vencido  à  luz 
do  sol  em 
Lisboa  e  no Recife. 
Voltaria  à  carga 
pelos  subterrâneos  e 
já  tinha  plantado 
suas  daninhas 
sementes  dentro  da 
própria  casa  de 
El  Rei! 
Mal decorrera um semestre desde o término da
revolução pernambucana  e  já 
se  preparava  outra, 
com  a  mesma 
finalidade,  disfarçada  na idéia da constitucionalização do reino, afim de não
ferir susceptibilidades e 
angariar  maior  número 
de  adeptos,  em 
Portugal.  Em  janeiro 
de  1818,  o desembargador 
Manuel  Fernandes Tomás, o advogado-poeta  José  Ferreira 
Borges,  raça de  cristãos-novos,  e 
outros constituíram  um  SINHÉDRIO,  —  que 
evocava,  diz  acertadamente 
Rocha  Martins,  o 
"supremo 
conselho 
dos  judeus".  O 
judaísmo-maçônico  é  o 
eterno  gato  escondido  com  o  rabo 
de  fora.  Como 
o  avestruz,  julga 
que  ninguém  o 
vê,  porque  ocultou 
a  cabeça  e não  está  vendo 
ninguém... 
Em  tal  SINHÉDRIO  figuravam negociantes abastados  e  práticos: João 
Ferreira  Viana  (?), 
Lopes Carneiro, Duarte  Lessa,  José 
Gonçalves  dos Santos e 
Silva,  José  Pereira de 
Menezes. Apoiavam-nos os militares maçons, 
sobretudo  os da  loja Liberdade.
A  voz do povo apontava todos os 
constitucionalistas  como  maçons 
e  herejes  (57). 
Foi  daí  que 
partiu  e  se  avolumou 
a  revolução  portuguesa 
de  1820,  que 
criou  as  Cortes,  arrancou D.João VI ao seu querido Brasil e levou-o
a morrer na Bemposta da água-tofana dos
mistérios...  (58). 
A 
maçonaria,  que  parecia 
ter  perdido  a 
cartada,  acabou  ganhando o jogo. As 
lojas,  os  sinhédrios, 
as  sinagogas,  os 
kahals daquém e além - mar, marchando ao som do "trovão de  França" que ainda se  não apagara na 
história,  caminhavam,  com 
a  lentidão  de 
quem  anda  apalpando 
as  trevas, 
para  o  Domínio 
Universal!!  Que  lhes 
importava  o  cadáver 
do boníssimo 
rei  que  o veneno estendera no leito mortuário?  Envenenariam 
mais ainda 
do  que  o 
corpo  a  sua 
memória,  cobrindo-o  de 
ridículo  imerecido
Nota minha:
[*]OS PROTOCOLOS DOS SáBIOS DE
SIÃO by GUSTAVO BARROSO
[*]OS PROTOCOLOS DOS SáBIOS DE
SIÃO by GUSTAVO BARROSO
"Vou me
tornar teu inimigo, porque te conto a verdade?" Gálatas 4:16
https://archive.org/details/OsProtocolosDosSbiosDeSio
https://archive.org/details/OsProtocolosDosSbiosDeSio
[**]BARROSO, Gustavo. BRASIL – Colônia
de Banqueiros (História dos empréstimos de1824 a 1934). 5. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira S/A, 1936.
https://pt.scribd.com/doc/8698255/BR-Colonia-de-Banqueiros
[***]Indicação bibliográfica para citações e
referências: Bispo, A.A. (Ed.), „São Paulo (SP) Academia X Convento.
Secularização e anti-secularização em referenciações alemãs:  a Bucha e a
restauração franciscana no caminho da urbe à metrópole- Lembrando Frei Basilius
Röwer OFM (1877-1958)- Revista
Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 150/2 (2014:4). http://revista.brasil-europa.eu/150/Sao_Paulo-AcademiaXConvento.html
NOTAS Capítulo XIII - Vol.4:
(1)  Oliveira 
Martins,  "História  de 
Portugal",  tomo  II, 
pág.  235.  
(2)  Rocha 
Martins,  "A  independência 
do  Brasil",  Lisboa, 
1922,  pág.  46.  
(3)  Pe. 
Joaquim   Dias   Martins,  
"Os   mártires  pernambucanos",  pág. 
12.  Um  dos  
Arruda  Câmara, 
o  botânico,  médico 
formado  em  Montpeilier, 
partidário  exaltado  das 
idéias  
francesas,   fundara  
o   Areópago,   sociedade  
secreta   intencionalmente   posta  
nos   limites   
de   Pernambuco 
e   Paraíba,  que 
doutrinava  para  a 
democracia  e  a 
revolução  maçônica,  
sementeira  de 
onde  brotaram  os 
grandes  movimentos  revolucionários  do 
Brasil,  no  século 
XIX.  Do 
Areópago  provêm  a Academia dos Suassuna, a Academia do  Paraíso, a Universidade 
Secreta  de 
Antonio  Carlos,  a 
Escola  Secreta  de 
Vicente  Ferreira  dos 
Guimarães  Peixoto,  
a 
Oficina  de  Iguarassu, 
etc.  Cf.  Mario  Melo, 
"A  loja  maçônica 
seis  de  março 
de  1817",  
Recife,  1921, 
e  "As  academias 
secretas  de  Pernambuco";  Pereira 
da  Costa,  "A 
maçonaria  
em   Pernambuco"  e 
"Dicionário  de  pernambucanos 
ilustres";  M.  L. 
Machado,   Introdução   
à 
"História  da  Revolução 
de  1817",  de 
Muniz  Tavares.  
O   segredo  
do   que   se  
passava   nesses   grêmios  
era  tão  importante 
que,  antes  
de  morrer,  
Arruda  Câmara  escrevia 
ao   padre  João 
Ribeiro  Pessôa,  mais 
tarde  corifeu  
da  revolução 
de  1817  e 
que  se  suicidou 
para  conservar  talvez 
o  silêncio,  ordenando-lhe 
que   mandasse 
para  os  Estados 
Unidos  ao  amigo 
N.  a  sua
 
obra  secreta,
 
"por  conter  
110 
coisas  importantes 
que  não  convêm 
o  feroz  despotismo 
ter  dela  o 
menor  conhecimento".  
E acrescentava:  "Remeta 
logo a  minha circular  aos 
amigos  da América  Inglesa e 
Espanhola.  
Sejam  unidos 
com  esses  nossos 
irmãos  americanos,  porque 
tempo  virá  de 
sermos  todos  
um, e  quando 
não  for  assim, 
sustentem  uns  aos 
outros".  Cf.  Pereira da Costa, "Dicionário 
de  pernambucanos 
ilustres"  e  Mario 
Bhering,  Introdução  ao 
tomo  XLIII-XLIV  dos 
"Anais  
da  Biblioteca 
Nacional".  
M.   L. 
Machado,  na  citada 
Introdução,  escreve:  "Era 
o  Areópago  uma 
sociedade  
política, secreta,
intencionalmente  colocada  na raia de 
Pernambuco e  Paraíba (sic),
freqüen-
tada  por 
pessoas  salientes  de  uma  e 
outra  parte  e 
donde,  saíram,  como 
de  um  centro 
para   a  
periferia,   sem   assaltos  
nem   arruídos,   as  
doutrinas   ensinadas.   Tinha  
por  fim  
tornar  conhecidos 
o  estado  geral 
da  Europa, os  estremecimentos  e 
destroços  dos  governos 
absolutos,  sob 
o  influxo  das 
idéias  democráticas.   Era 
uma  espécie  de 
magistério  que  
instruía  e 
despertava  entusiasmo  pela 
república
 
(sic),
 
mas  em  harmonia 
com  a  natureza 
e 
dignidade  do  homem 
e  ao  mesmo 
tempo inspirava ódio  à  tirania dos 
reis.  Era,  finalmente,  
a 
revolução  doutrinada  que 
traria  a  independência 
e  o  governo 
republicano  a  Pernambuco".  
Tudo  está 
comprovado  pelo  escritor 
maçon  Mario  Melo, 
"A  maçonaria  no 
Brasil"  
in
 
"Livro  Maçônico  do 
Centenário",  ed.  do 
Grande  Oriente  do 
Brasa,  1922,  pág. 
191:  
"A  maçonaria 
surgiu  no  Brasil, 
como  havia  aparecido em 
Portugal;  uma associação secreta,
movida  pela 
liturgia,  COM  FINS 
POLÍTICOS-SOCIAIS...  A  primeira 
loja  maçônica,  COM  
FINS  POLÍTICO-SOCIAIS,  fundada 
no  Brasil,  foi 
o  Areópago  de 
Itambé  (Pernambuco).  
Instalou-o o  botânico 
Arruda Câmara, ex-frade carmelita, 
médico  pela faculdade de Montpe-
Hier,  no 
último  quartel  do 
século  XVIII,  em 
1796.  
Decerto  as 
organizações  secretas  de 
Pernambuco  tinham  ligações 
no  Rio  de Janeiro, 
onde   já 
a  maçonaria  se 
estabelecera.   Leia-se  esta 
efeméride  de  Rio  
Branco,  do  dia  
29  de 
julho  de  1800: 
"Uma  divisão  naval 
francesa,  comandada  pelo 
capitão  Landolphe,  
tendo   cruzado  
alguns   dias   perto  
da   barra   do  
Rio  de  Janeiro, 
fez  algumas  presas 
e  
seguiu  nesta 
data  para  o 
Norte.  Na  altura 
do  Porto  Seguro 
encontrou-se  com  a 
esquadra  
do  comodoro 
inglês  Rowley  Bulteel, 
e  no  combate 
renderam-se  duas  fragatas 
francesas.  
Os  prisioneiros 
foram  entregues  no  Rio  de 
Janeiro  ao  vice-rei 
conde  de  Rezende. 
Refere  
o 
comandante   Landolphe  que 
foi  bem  tratado, 
porque  era  pedreiro-livre.  Um 
dos  filhos  
do  vice-rei  
levou-o  a  uma 
festa   maçônica.  "Introduzido   no 
recinto  do  tempo 
(diz  ele  
em   suas  
"Memórias"),   ouvi   com  
muito   prazer   o  
discurso   do   venerável;  
mas   o   que   
me   encheu  
de   admiração   voi  
ver   nesse  lugar, 
entre  os   primeiros  
chefes   militares  e  
administradores  da 
colônia,  personagens  revestidos 
das  primeiras  dignidades 
da  Igreja".  
Como  o 
Brasil  já  começava 
a  ser  minado 
pela  seita!  
(4)  Francisco  
Muniz   Tavares,   "História   da  
revolução  de   Pernambuco  
em   1817",   
ed  anotada 
por  Oliveira  Lima, 
Recife,  1917,  pág. 
XXII.  
(5)  Joaquim 
Felicio,  "Memórias  do 
distrito  diamantino",  págs. 
254-255.  
(6)  Henry 
Robert  Petit,  "Le 
drame  maçonnique",  pág.  88
 
in
 
nota.  
(7)  Léon  
de   Poncins,  "La 
guerre   Occulte".  Os  
aventais   e   faixas  
maçônicas   de   
Napoleão  figuram 
na  coleção  de 
relíquias  do  Príncipe 
Napoleão,  em  Bruxelas. 
V.  Gérard  
Harry,  "Un 
trésor  napoleonien",
  
in
 
"LMIIustration", 
Paris,  12  de 
novembro  de  1910,  
n.°   
3533,  págs. 
337  e  segs.  
(8)  Henry 
Robert  Petit,  op. 
cit.  págs.  87-89. 
(9)  G. 
Barroso,  "Brasil  — 
colônia  de  banqueiros",  pág. 
27.  
(10)  Francisco 
Muniz  Tavares,  op. 
cit.,
 
notas
 
de  Oliveira  Lima, 
pág. 81. 
(11) Rocha  Martins, 
op.  cit.  pág. 
38.  
(12) Varnhagen,  "História  da 
Independência", 
Imprensa  Nacional,  1917, 
pág.  32.  
(13) Rocha  Martins, 
op.  cit.  pág. 
50.  
(14)  Op. 
cit.  pág.  46.  
(15)  Op. 
cit.  pág.  52.  
(16)  Oliveira 
Lima, "D.  João  VI  no  Brasil", 
tomo  I,  pág. 
537.  
(17)  Menezes  
Drummond, 
"Autobiografia"
  
in
 
"Anais  da  Biblioteca 
Nacional",  vol.  
XIII. 
A   própria  
maçonaria  confessa  que,  em   1809, 
José  Maria  Rebelo, 
brigadeiro  da  
Guarda  Real 
da  Polícia do  Rio de Janeiro, entregou ao  Príncipe Regente  D. João "considerável 
lista  de 
maçons".  Cf.  "Livre 
Maçônico  do  Centenário",  ed. 
do  Grande  Oriente 
do  Brasil.  
Rio,  1922, 
pág.  16.  
(18)  Podia  
ser   para
  
despistar
  
os   fâmulos   do  
paço.   É  bom  
não   esquecer   que   
111 
os   maçons 
se   ligam  à 
tradição  gnóstica,  aos 
cristãos  ditos  joanitas, 
sendo  São  João  
Evangelista  para 
eles  figura  cabalística 
venerabilíssima.  
(19)  Oliveira 
Lima,  "O  movimento 
da  Independência",  pág. 
238.  Sobre  o 
movimento  
maçônico  desse 
tempo,  V.  Pedro 
Calmon,  "História  da 
civilização 
brasileira",  págs.  115  
e 
segs.  
(20)  Os  nomes  de 
localidades  são  geralmente preferidos pelos cristãos-novos.
Segun-
do  os 
estudos  de  Mario 
Sáa,  Moncôrvo,  em 
Portugal,  é  berço 
tradicional  de  judeus. 
(21)  Oliveira 
Lima,  op.  cit. 
loc.  cit.  
(22)  Pe. 
Joaquim  Dias  Martins,  op. 
cit.  pág.  258.  
(23)  Op. 
cit.  págs.  258-259. 
(24)  Francisco 
Munis  Tavares,  op. 
cit.  pág.  LXXXV. 
(25)  Op. 
cit.  loc.  cit.  
Notas   à   mesma, 
de   Oliveira   Lima, 
pág.  78.  As 
4  lojas  
regulares  eram:
  
Pernambuco  do  Oriente,
 
fundada  por  Cruz 
Cabugá;
 
Pernambuco  do  
Ocidente,
  
por   Domingos  Martins;
 
Restauração  e  Patriotismo,
 
e
 
Guatimozin.
 
É  a  
primeira  vez 
que o nome de Guatimozin surge na maçonaria brasileira. Veremos a
importância 
que  tomou 
mais  adiante.  
(26)  Rocha 
Martins,  op.  cit., 
pág.  13.  Alguns 
historiadores  escrevem
 
Distinta
 
e  
ouros
 
Distintiva.
  
Parece  que,  a 
última  versão  é 
a  certa.  Na 
sua  "História  do 
Brasil  
Reino  e 
do  Brasil  Império",  ed. 
de  1871,  diz 
Melo  Morais:  "No 
ano  de  1812, 
na  freguesia  
de  S. 
Gonçalo  da  Praia 
Grande  ou  Niterói, 
se  organizou  uma 
loja  maçônica,  denominada 
Distintiva,
  
com   sinais,   toques  
e   palavras   simbólicas,  
diversos   dos   toques,  
sinais  e  
palavras   das 
outras  instituições  deste 
gênero,   tendo  por  
emblema   no  selo 
grande  um  
índio  vendado e manietado com grilhões, e um gênio
em ação de o desvendar e desagrilhoá-lo. 
Esta  loja, 
verdadeiramente  republicana  e 
revolucionária,  era  dominada 
pela  influência  de  
dois   membros  
mui   proeminentes,   que  
eram   José   Mariano 
Cavalcanti  de  Albuquerque, 
que  tinha 
vindo  de  Pernambuco 
para  este  fim 
(o  qual  foi 
um  dos  principais 
colaboradores  
da  revolução 
de  6  de 
março  de   1817, 
e  que  assassinou 
o  brigadeiro  Manuel 
Joaquim  
Barbosa,   comandante 
do   regimento   de 
artilharia,  do  qual 
era  secretário,   para 
auxiliar  
o 
capitão  José  de  
Barros  Lima,  Leão  Coroado,  de 
quem  era  genro), 
e  Antonio  Carlos 
Ribeiro  de  
Andrada   Machado  e  
Silva,  então  oculto  
por  causa  da 
imputação  de  morte  
feita   na  
pessoa  do  negociante 
José   Joaquim  da 
Cunha  da  vila 
de  Santos",  pág. 
16.  
Acrescenta   Melo 
Morais  que  a 
papelada  dessa  loja 
foi  roubada  e 
levada  ao  intendente 
de   polícia  
Paulo   Fernandes   Viana,  
que   mandou   chamar  
os   implicados   e 
os  advertiu,  
prometendo  eles 
não  mais  fazerem 
nada.  
(27)  Rocha 
Martins,  op.  cit. 
pág.  12.  
(28) "Correio  Brasiliense",  n.° 
108,  de  maio 
de  1817.  
(29)
 Ofício
 de 
Maler  sobre  a 
revolução  de  1817
 
in
 
"Revista  do  Instituto 
Arqueológico  
de  Pernambuco".  
(30)  L. 
F.  de  Tollenare, 
"Notas 
dominicais",  trad.  de 
Alfredo  de  Carvalho, 
Recife,  
1908,  pág. 
176.  
(31)  Oliveira 
Lima, "D.  João  VI  no  Brasil", 
tomo  II,  pág. 791. 
(32) No   retrato 
de   Hipólito,   em  
ponto   grande  e 
colorido,  que  se  
acha  na  sala  
das   sessões  
comuns   da   Academia  
Brasileira  de   Letras,  
tirado  de  gravura 
da  época,  
se  vê, 
pendente  dum  fitão, 
ao  pscoço,  a 
insígnia  do  grau 
18,  cavaleiro  Rosa-Cruz. 
(33)  L. 
F.  de  Tollenare, 
op.  cit.  pág. 
185.  
(34)  O 
nome,  a  vida, 
os  meios  de 
que  lançava  mão,  a  agitação 
constante  fazem  
suspeitar  que 
fosse  cristão-novo.  Negociante-revolucionário,  só 
judeu.  
(35)  Oliveira  
Lima,  op.  cit.  
tomo  II,  pág.  
792.   A  casa  
comercial  era  Barroso, 
Martins,   Dourados 
e  Carvalhos.  A 
quebra  é  exata, 
o   que  não 
é  de  pasmar  
com  um  
chefe  revolucionário...  
(36) Todos  esses 
excessos  estão  pormenorizadamente  escritos 
no  cap.  IV 
da  obra  
citada  de 
Francisco  Muniz  Tavares, 
historiador  dos  mais 
conscienciosos.  
(37)  Francisco 
Muniz  Tavares,  op. 
cit.
 
notas
 
de  Oliveira  Lima, 
pág.  155.  
(38)  Oliveira 
Lima,  op.  cit. 
tomo  II,  pág. 
794.  
Bandeira  da 
revolução  maçônica  de 
1817,  em  Pernambuco. 
Sobre  a  Cruz 
ensangüentada,  
o 
Sol,  o  Arco-íris  
e  a   Estrela 
de   cinco  pontas. 
Leiamos  estes  símbolos 
cabalísticos;  
O 
sangue  que  se 
vê  na  cruz, 
embaixo,  segundo  Eliphas 
Lévi,  "La  science 
des  esprits",  
págs.  213-215,  
é   "o   grande  
agente   simpático   da  
vida,   o   motor  
da   imaginação   e  
o   
112 
fluido  universal",  ao 
mesmo  tempo  que 
exprime  a  violência 
contra  a  cruz. 
O  resultado  
disso   é  
o  Arco-íris,  o 
Aziluth,   síntese  produzida 
pela  fonte  de 
vida  material,  o 
Sol,  
e 
dominada  pela  Estreia. 
Isto  é:   ensangüentando  a 
cruz  se  constrói 
uma  nova  síntese 
social   de  
fundo   materialista,  dominada 
pelo   homem   divinizado.  
Não   há  na 
leitura  dos  
hieróglifos  maçônicos 
a  menor  dose 
de  imaginação.  Ela 
resulta  somente  da 
interpretação  
dos  seus 
símbobs  como  preceituam 
as  sumidades  na 
matéria.  
(39)  Op. 
cit.  tomo  II, 
pág.  801.  
(40)  L. 
F.  Tollenare,  op. 
cit.  págs.  203-205. 
(41) Certas  versões 
dão  3  estrelas, 
correspondendo  às  três 
províncias  levantadas:  
Pernambuco,  Paraíba 
e  Rio   Grande 
do  Norte;  mas 
os  modelos  oficiais 
trazem  somente  
uma,  de 
acordo  com  esta 
descrição.  
(42)  Varnhagen, "História  Geral 
do  Brasil",  2.ª 
ed.,  Rio  de 
Janeiro,  págs.  1133-1134. 
(43)  Francisco 
Muniz  Tavares,  op. 
cit.  págs.  99-101 
da
 
2;
 
ed.,  Recife,  1884.  
(44)  Eliphas  
Lévi,  "Les  mystéres 
de  Ia  Kabbale",  Nourry,  
Paris   1920,  pág. 
158.  
Esse  simbolismo  
não  passou  despercebido  
ao  brigadeiro   Inácio  
Madeira,  que,  a 
17  de  
março  de 
1822,  escrevia  a  D.  João 
VI,  historiando  os 
sucessos  que  ocorriam 
na  Bahia  
e   relembrando  
os  de  1817,  e  dizia: 
"...o   escudo  de  
suas   armas   foi  
subsituído   pelas   
pinturas  do  
sul  e  da 
lua  e   alguns 
outros   hieróglifos..."   O 
velho   soldado  teve 
a  clara  
intuição   da  
importância   dos   símbolos.  
Entre  os   hieróglifos,   não 
estava  a  lua,  
mas  o  
arco-íris,  o 
AZILUTH  cabalístico,  cujas 
sete  cores  se 
resumem  em  três 
cores  irredutíveis.  
A   respeito, 
explica   Dario   Veloso, 
em   "O  templo 
Maçônico",  pág.  174, 
referindo-se  ao  
arco-íris:  "Arte, 
Ciência  e  Mistério 
são  os  três 
veículos,  os  três 
focos  iniciáticos,  que  
irradiam   a  
luz  branca,  a 
vermelha  e  a 
azul,  luzes   que 
se   harmonizam   em 
esplendor  
único:  o 
esplendor do Verdadeiro:  da
Causa:  Energia:  Essência: 
Deus".  Esse  Deus-Causa-
Energia   é  
o   Deus-Matéria  da  
maçonaria.   A   respeito  
da   significação  do 
sol,  escreve  
ainda  o 
referido  autor  maçônico 
à  pág.  208 
da  op.  cit. 
que,  "interpretado
 
literalmente,  
pode  significar 
astro,  luz,  calor, 
vida,  força;
 
figuradamente,
 
Criador  dos  Seres, 
imagem  
de  Deus, 
símbolo  do  Eterno, 
luz  do  Universo".  As 
nossas  interpretações  estão, 
portanto,  
de  pleno 
acordo,  segundo  se vê, 
com  uma grande  autoridade da própria maçonaria brasileira: 
o 
sr.  Dario  Veloso. 
(45)  Barão 
de  Studart,  "O 
movimento  de  17 
no  Ceará",  pág. 
35.  
(46)  Op. 
cit.  pág. CX. 
(47)  "A 
maçonaria  e  a 
revolução  pernambucana  de 
1817"
 
in
 
"Revista  do  Instituto 
Arqueológico  de 
Pernambuco",
 
passim.
 
Na  lista  da 
devassa  procedida  na 
Bahia e  publicada  
por  Muniz 
Tavares,  figuram  nada 
menos  de  35 
eclesiásticos!  
(48)  Pereira 
da  Costa,  "A 
maçonaria  em  Pernambuco,
 
passim.  
(49) Vieram,  depois,  
mais  cinco  condenações: 
em   1821,  pelo 
breve  ECCLSIAM,  
de   Pio 
VII;   em   1825,  
pela  bula   QUO 
GRAVIORA,  de   Leão 
XII;  em   1832,  
pela  bula  
MIRARI   VOS, 
de   Gregorio  XVI; 
em   1865,  pela 
bula  MULTIPLICES   INTER, 
de  Pio  IX;  
em  1884, 
pela  bula  HUMANUM 
GENUS,  de   Leão 
XIII,  Cf.  Raich, 
"Kirchenlexicon", 
art.°  
"Frei maurer". 
(50) "Le  temps 
de  Ia  colére", 
B.  Grasset,  Paris, 
1932,  pág.  270.  
(51)Crétineau-Joly,  "L'Eglise  "Romaine 
en  face  de 
Ia  Révolution".  
(52)  Francisco  
Muniz  Tavares,  op. 
cit.  cap.  XVII; 
Varnhagen,  "História  Geral 
do  
Brasil".  3; 
ed.  integral,  tomo 
V,  pág.  192.  
(53)  Op. 
cit.  cap.  XVIII. 
(54) Carta  de 
D.  Carlos  de 
Alvear,  então  no 
Rio  de  Janeiro, 
a  D.  Matias 
Irigoyen,  
datada  de 
25  de  abril 
de  1817,  que 
se  encontra  nos 
papéis  do  Foreign 
Office  de  Londres, 
traduzida  para 
o  inglês.  
(55)  Rocha 
Martins,  op.  cit. 
págs.  12-13.  
(56)  Op. 
cit.  loc.  Entre 
os  conspiradores  de 
1817,  encontra-se  um  
David  Targini.  
O   nome  
dá   que   pensar. 
Aliás   o   Targini  
barão   andou   pelo  
Nordeste   em   funções  
da   
fazenda.  Esteve 
até  no  Ceará, 
onde  fez  versos...  
(57)  Op. 
cit.  págs.  56-57, 
62  e  66.  
(58)  Pedro  
Calmon,   "O   Rei  
Cavaleiro",   Companhia   Editora  
Nacional,   São   Paulo,  
1935,  pág. 
183;  "No  dia  3  fôra 
à  quinta  do 
Belém  ver  uma 
procissão.  A  4,  na  Bemposta, 
comera  umas 
laranjas:  sobreviera-lhe  o 
acidente,  meia  hora 
antes  do  despacho, 
e  como  
se  nenhuma 
peça  daquele  organismo 
túrgico  resistisse  à 
corrosão,  em  cinco 
dias  acabou  
113 
entre  terríveis 
padecimentos".  Pedro  Calmon, 
"O   Rei   do 
Brasil",  José  Olímpio, 
Rio  de  
Janeiro,   1935,  
pág.  321:   "O  
embaixador   A'   Court,  
dois   meses   depois, 
em   audiência   
que  Carlota  
Joaquina   lhe  deu,  
ouviu   aos   lábios  
da  rainha  viúva 
a  acusação  de 
terem  
envenenado   o   seu   marido  
com
  
doses   sucessivas   de  
água   tofana,   um  
composto   
de   arsênico.
 
"Ela   poderia  mesmo 
precisar  quando  foi 
propinada  a  primeira 
dose".  Cf.  
Alberto  Pimentel. "D.  Miguel", 
Lisboa,  1905.  
Rocha   Martins,  
"A   independência  do 
Brasil",   Lisboa,   1922, 
págs.  343-344;  "...a 
doença  fôra 
súbita  e  violenta, 
ou  muito  poderoso 
o  veneno  ingerido. 
É  certo  que 
ninguém  
duvidou   de  
que   o   rei  
morresse   empeçonhado   e 
à  volta  do   finamento  da 
negra,   sua   
dedicada,  a 
que  provava  a  sua  comida 
e  não  estivera 
em  Belém,  grande 
atoarda  soara.  
O   imperador-rei   falecera  
em   março;   em  
novembro   acabara   o  
físico-mor   do   reino  
e   
relacionou-se   tudo  
isto,   falava-se   em  
personagens   misteriosas  emistelando  
a   laranja,   
doce   e  
sumarenta   em   filtros  
raros   muito   secreto  
que   não   deixavam  
vestígios,   uma   
tática  nova 
a  substituir  as 
revoltas,  adotada  pelos 
conspiradores".  
Depois  disso, 
Rocha  Martins  dá 
curso  à  balela 
maçônica  de  que 
o  veneno  viera  
das   mãos  
de   Carlota   Joaquina,  
quando   a   declaração  
desta   a   A'  
Court   a  desmente, 
pois,  se 
fosse  ela,  não precisaria afirmar ao  diplomata estrangeiro,  que 
nada  lhe perguntara, 
que  estava 
certa  da  peçonha 
e  de  quando 
haviam  começado  a 
aplicá-la.  A  maçonaria 
tem  grande 
experiência  da
 
água  tofana
 
e  sabe  habilmente 
lançar  a  desconfiança 
sobre  
as  pessoas 
que  lhe  convêm... 
Dona  Carlota  Joaquina 
foi  uma  inimiga 
terrível  da  maçonaria, 
a 
qual  acumulou  sobre 
a  memória  da 
rainha  todas  as 
calúnias  imagináveis.  Basta 
lembrar  
que   o  
Manifesto   Maçônico  de 
1831,  publicado  em  
1832,  redigido  por 
Gonçalves   Lêdo   
e 
assinado  por  José 
Bonifacio,  denomina-a  textualmente: 
"o  Dragão  que 
cavou  o  abismo 
em  que 
correram  risco  de  ser  tomados 
todos  os  maçons 
brasileiros".  
Na  "Linguagem   Maçônica",  constante 
do  "Livro  Maçônico 
do  Centenário",  à 
pág.  
148  se 
lê:  "ÁGUA  TOFANA  
—   Preparado  químico 
de  um  tóxico 
destinado  aos  perjuros 
e 
aos  traidores  nas 
antigas  iniciações  e 
entreos  Iluminados.  Hoje  é  apenas 
um  símbolo  
que  representa 
o  desprezo  que 
têm  os  maçons 
para  o  Irmão 
perjuro".  Apesar  do disfarce, 
a   própria  
maçonaria   em   publicação  
oficial   do   Grande  
Oriente   reconhece  a 
existência  
da
  
água  tofana,
 
que  é   um  
veneno,   que   se 
empregou   contra  perjuros 
e  traidores,  e  
que   ainda  
a  palavra  permanece  
como   símbolo...   Para 
assunto  tão  grave, 
a  confissão  
não  podia 
ser  mais  explícita. 
Sobre  o 
preparo  e  aplicação da Água  Tofana, v. A. Z. Mueller,
"Entdeckte  llluminaten-
rècepte 
von  Áqua  Totana 
und  anderen  geheimen 
Mitteln",  Berlin  1788.  



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