O general venezuelano Carlos Peñalosa exilado
político em Miami (EUA) e a capa de seu livro abordando a ingerência cubana na
Venezuela e demais países latino-americanos.
O “Plano PROCER” foi
desenvolvido no máximo segredo por um seleto grupo dos mais brilhantes
professores e alunos da Universidade de Ciências Informáticas (UCI) de Cuba, em
conjunção com o G2. Seu objetivo foi controlar o sistema eleitoral venezuelano
desde Havana para potencializar o carisma e popularidade de Chávez. Este centro de estudos tem
seu pedigree na inteligência militar cubana porque foi criado nas antigas
instalações da “Base Lourdes”. Esta instalação secreta era a sofisticada
estação de rádio-escuta e guerra eletrônica soviética criada para espionar e
atacar ciberneticamente os Estados Unidos durante a Guerra Fria.
Duas semanas antes das eleição de 14 abril na
venezuela, chegou aos Estados Unidos um novo exilado político fugindo dos
corpos de segurança do Estado venezuelano. Tratava-se de Christopher Bello
Ruiz, um engenheiro eletrônico expert em segurança de sistemas de informáticos
em telemática e SMARTMATIC.
Esse engenheiro tinha uma pequena empresa privada
que havia feito vários trabalhos secretos nos computadores de Diosdado
Cabello. Uma de suas últimas designações foi um trabalho de checagem
ordenado por Cabello dentro da rede de computadores do CNE. Nessa atividade
Bello detectou a presença de redes secretas utilizadas para enviar mensagens
ilegais. Curiosamente, estas redes secretas não incluíam os reitores do CNE e
vários dos usuários clandestinos estavam fora das instalações do CNE. Bello
tomou nota das chaves para monitorá-las no dia das eleições, para denunciar o
uso ilegal de informação que se estava fazendo.
Dilma e Diosdado Cabello
Antes das eleições Diosdado Cabello o
acusou de revelar informação pessoal e deu instruções para que o SEBIN (Serviço
Bolivariano de Inteligência) e o CICPC (Corpo de Investigações Científicas,
Penais e Criminalísticas) começassem a investigá-lo. Bello soube que lhe
preparavam um “cozido” para desacreditá-lo e metê-lo na cadeia, e decidiu sair
do país. Este engenheiro encontra-se nos Estados Unidos e está solicitando
asilo político. Christopher Bello possui informação classificada sobre a fraude
realizada em 14 de abril que fará estremecer não só o CNE ou o PSUV, senão toda
a Venezuela. Essa informação está bem resguardada e será entregue às
autoridades norte-americanas no caso de que nos ocorra algo a Bello ou a minha
pessoa, em razão desta denúncia.
Através da “rede cubana” se transmitem a cada hora
atualizações dos totais da marcha da eleição. Um dos usuários é alguém no
comando de campanha de Chávez. Isto implica dizer que esse comando sabe quantos
votaram, como vai a eleição e quantos votos leva cada candidato. Com esta
valiosa informação secreta e ilegal, esse comando pode tomar decisões para se
assegurar do triunfo no final do dia. Enquanto se mantivesse o segredo, o jogo
estava em suas mãos.
No domingo 14 de abril, Christopher Bello, usando
suas chaves, conseguiu entrar no sistema informático do CNE e monitorou a rede
cubana obtendo informação sobre a marcha da votação que me passou durante o
dia.
O CNE diz que as máquinas só enviam os dados ao
centro de totalização em teleport depois do fechamento das mesas. Essa é a
informação que eles têm, porém, como no caso do marido cornudo, são os últimos
a saber. Esta transmissão se faz efetivamente no final da eleição, mas o
segredo da fraude radica na existência de redes secretas entre as máquinas de
SMARTMATIC e um controle central clandestino em Cuba, cuja existência os
reitores do CNE desconhecem. No dia das eleições esse sistema transmite
secretamente, em tempo real, através de duas redes dentro de uma intranet
secreta que tem um limitado e secreto número de usuários. A intranet é uma
espécie de Internet privada que os governos e grandes empresas têm.
O engenheiro Bello está iniciando os trâmites para
solicitar seu asilo político e oferece ao Comando Bolívar acesso à informação
que ele tem. As provas dessa fraude estão bem resguardadas. Espero que os
diretores desse comando se comuniquem comigo com a máxima brevidade possível. O
caso de Bello se une agora ao de Anthony Daquin, um engenheiro de sistemas
exilado político. Daquin também teve acesso aos sistemas do CNE e aos de uma
cedulação, e inclusive viajou a Cuba para fazer treinamento. Daquin está
exilado nos Estados Unidos e deu declarações em CNN antes das eleições. Este
fato causou alarme entre os cubanos que controlam o sistema. Agora Bello confirma
as denúncias que vem fazendo desde há mais de um ano. Bello e Daquin estão
dispostos a depor ante técnicos do Comando Bolívar para dar mais detalhes da
fraude e apresentar suas provas.
[1] “O império de Fidel” é meu livro sobre as
ingerências de Castro na Venezuela, em busca de se apoderar de nosso petróleo.
Está à venda em Tecnociencia e Las Novedades.
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