Depois que a China e a Rússia retornaram ao capitalismo, sendo que a Rússia compete hoje com o Brasil para ver quem é mais corrupto, a esquerda tradicional, adepta da ideologia marxista, continua manifestando sua simpatia para com estes dois países, como se ainda eles estivessem em marcha para o socialismo. A explicação psicológica deste transtorno ideológico é simples: como os Estados Unidos, a Inglaterra e seus aliados eram – e continuam sendo – ferozes inimigos do socialismo igualitário, o da sociedade sem classes, a esquerda, resignada, busca se consolar nos ombros dos camaradas dirigentes da China e da Rússia, mantendo assim a sua fidelidade ideológica, ou melhor fé ideológica, que como tal dispensa o rigor cruel da razão. A resignação é tamanha que até um Putin da vida é acolhido como a mais nova figura da “estabilidade mundial” ( e não mais da revolução mundial). Dentre as diversas falácias do discurso de Putin, essa merece especial atenção
“A Rússia sempre se opôs firme e consistentemente, sempre, contra o terrorismo em todas as suas formas”
Se eu fosse o marketeiro de Putin, mandaria o nosso camarada remover essa frase do discurso porque além de não acrescentar nada ao conjunto das falácias, usa o verbo no passado, o que nos remete à época de Stalin que obviamente cometeu uma das formas do terrorismo genocida. Stalin, como todos já sabem (ou deveriam saber) não passou de um “psicopata do poder” que enterrou o sonho socialista da igualdade e da justiça sociais. O sonho se dissiparia de qualquer maneira, mas sem as barbáries stalinistas.
Como esse discurso é marcado por ambiguidades, o próprio Putin reconhece as barbáries praticadas por Stalin, nestes termos:
“Todos devemos lembrar o que nosso passado nos ensinou. Também recordamos alguns episódios da história da União Soviética. ‘Experimentos sociais’ para exportação, tentativas de impor mudanças dentro de outros países baseadas em preferências ideológicas, quase sempre levaram a consequências trágicas e à degradação, não ao progresso.”
Vejamos apenas mais duas falácias do discurso
“A ONU é única em sua legitimidade, representação e universalidade”
A ONU não é nada disso! Se fosse, teria o poder de botar ordem no caos universal que ela representa. “Legitimidade e representação” sem poder decisório não servem para nada. A ONU é quando muito um órgão de consultoria global na nova (des)ordem mundial estabelecida.
“Poderíamos chegar a um mundo dominado pelo egoísmo, não pelo trabalho coletivo. Um mundo cada vez mais caracterizado pela violência, não pela igualdade e por democracia e liberdade genuínas”
Putin menciona essa possibilidade como um argumento em defesa da ONU, como se ainda não chegamos no “mundo dominado pelo egoísmo”. Chega a ser hilário Putin falar em democracia e liberdade genuínas. Será que o que ele leu corresponde ao que ele pensa? Se sim, o objetivo dele é competir com os EUA pela liderança da ONU.
A par destas falácias, Putin atua* no discurso se colocando como um líder emergente de uma sonhada democracia universal. ( do socialismo igualitário evoluímos agora para a democracia mais linda da história)
*o discurso em política, cumpre, via de regra, a função do “acting out”, termo utilizado na psicanálise para definir representações urdidas em nossa mente inconsciente; a diferença é que o discurso dos políticos, conforme ensinou Maquiavel, tem que respeitar essa regrinha básica: agradar à plateia, o que requer, de quem discursa, a plena consciência das falácias, embora, no caso dos políticos honestos
eles possam incidir no auto-engano acreditando mesmo em suas idealizações.
A atuação de Putin atingiu o ápice com esta frase:
Confio que, trabalhando juntos, conseguiremos fazer do mundo lugar pacífico e seguro, e asseguraremos condições propícias para o desenvolvimento de estados e nações.
Será que Putin estava sendo sincero quando disse isso? Bem ... se ele estava realmente acreditando nas suas próprias palavras foi vitima de um delírio inconsciente.
Cabe assinalar que as criticas do comandante russo ao imperialismo/capitalismo selvagem reproduzem a realidade dos fatos, o que contraditoriamente, representam um tiro no pé, pois certamente ele não vai atuar (no sentido racional do termo), levando à prática o combate a essa selvageria. Para evitar uma 3ª. guerra mundial a China e a Russia têm que aceitar as injunções do capitalismo selvagem que se materializam na concentração esquizofrênica da renda, o que já ocorre no capitalismo destes dois países. Na verdade, o motivo desta guerra seria a pura disputa pelo poder político e econômico que agora será dividido entre as grandes potências dos dois lados, visto que hegemonia absoluta do império anglo-americano já acabou. Porém, ninguém pode assegurar que algum psicopata que esteja no poder ou que venha a ocupá-lo, não vá lançar uma bomba atômica.
Matnos Calil
Text of Russian President Vladimir Putin’s address to the U.N. segunda-feira, 28 de setembro de 2015. Mary Altaffer AP McClatchy
Washington Bureau
translate google
Discurso do Presidente russo, Vladimir
Putin à Assembleia Geral das Nações Unidas na segunda-feira, uma tradução não
oficial conforme preparado para apresentação.
Sua Excelência o Senhor Presidente, Sua
Excelência Sr. Secretário-Geral, Senhores Chefes de Estado e de Governo,
Senhoras e Senhores Deputados,
O septuagésimo aniversário da
Organização das Nações Unidas é uma boa ocasião para fazer um balanço tanto da
história e falar sobre nosso futuro comum.
Em 1945, os países que derrotaram o
nazismo uniram seus esforços para estabelecer bases sólidas para a ordem
mundial do pós-guerra. Deixe-me lembrá-lo que as decisões-chave sobre os
princípios orientadores da cooperação entre os Estados, bem como sobre a
criação da Organização das Nações Unidas foram feitas no nosso país - na
Criméia, em Yalta - na reunião dos líderes da coalizão anti-Hitler.
O sistema de Yalta na verdade nasceu em
trabalho de parto. Ele nasceu com o custo de dezenas de milhões de vidas e
duas guerras mundiais que varreram o planeta no século 20.Vamos ser justo - que
ajudou a humanidade por meio turbulento, em momentos dramáticos, acontecimentos
das últimas sete décadas. Ele salvou o mundo de revoltas em larga escala.
As Nações Unidas é único em sua
legitimidade, representatividade e universalidade. É verdade que
ultimamente a ONU tem sido amplamente criticado por supostamente não serem
suficientemente eficientes e para o facto de a questões fundamentais sobre a
tomada de decisões barracas devido a diferenças inultrapassáveis - em primeiro lugar entre os membros do Conselho de
Segurança.
No entanto, gostaria de salientar que
sempre houve diferenças na ONU ao longo de todos estes 70 anos. O direito
de veto foi sempre exercida pelos Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a
China, a União Soviética e Rússia iguais.
É absolutamente natural para uma
organização tão diversa e representativa. Quando a ONU foi fundada, seus
fundadores fez nem um pouco pensar que sempre haveria unanimidade.Por uma
questão de fato, a missão da organização é buscar e alcançar
compromissos. Sua força vem de tomar diferentes pontos de vista e opiniões
em consideração.
As decisões debatidas dentro da ONU
pode ser tomado como resoluções ou não. Como diplomatas dizem que quer
"passar ou não passar." O que quer que as ações de um Estado leva
ignorando este procedimento são ilegítimos, ser contrária ao Carta das Nações
Unidas e desafio ao direito internacional.
Todos nós sabemos que após o fim da
Guerra Fria, um centro único de dominação surgiu no mundo. E então aqueles
que se encontra no topo do que pirâmide foram tentados a pensar que, se estamos
tão forte e excepcional, em seguida, nós sabemos melhor do que ninguém o que
fazer e por isso em tudo devemos contar com a ONU, que em vez de autorizar de
forma automática e legitimando decisões necessárias muitas vezes cria
obstáculos ou, em outras palavras, "está no caminho."
Ela tornou-se lugar-comum dizer que, em
sua forma original, a organização tornou-se obsoleto e completou a sua missão
histórica.
Claro, o mundo está mudando e as Nações
Unidas devem ser coerentes com esta transformação natural. Rússia está
disposta a trabalhar em conjunto com todos os parceiros com base em amplo
consenso, mas consideramos as tentativas de minar a autoridade ea legitimidade
das Nações Unidas como extremamente perigoso. Eles podem levar a um
colapso de toda a arquitetura das relações internacionais. Então, na
verdade, nós ficaria com nenhuma outra regra do que a regra da força.
Gostaríamos de obter um mundo dominado
pelo egoísmo em vez de trabalho coletivo. Um mundo cada vez mais
caracterizado por ditar em vez de igualdade, a verdadeira democracia e
liberdade. Um mundo onde os Estados verdadeiramente independentes seria
repl ced por um número cada vez maior de de facto protetorados e territórios
controlados externamente.
Qual é a soberania do Estado depois de
tudo? É basicamente sobre a liberdade eo direito de escolher livremente o
seu próprio futuro para cada pessoa, nação ou estado.
No mesmo sentido vai a pergunta sobre o
chamado legitimidade da autoridade estatal. Não se deve brincar com ou
manipular palavras. Cada termo no direito internacional e assuntos
internacionais deve ser clara, transparente e ter entendido uniformemente
critérios.
Somos todos diferentes. E devemos
respeitar isso. Ninguém tem que obedecer a um único modelo de
desenvolvimento que alguém tem uma vez por todas reconhecido como o único
caminho certo.
Todos devemos lembrar que nosso passado
nos ensinou. Também nos lembramos certos episódios da história da União
Soviética. "Experimentos sociais" para exportação, as tentativas
para pressionar por mudanças dentro de outros países com base em preferências
ideológicas, muitas vezes levaram a consequências trágicas e à degradação ao
invés de progresso.
Parece, no entanto, que, longe de aprender
com os erros dos outros, todo mundo fica repetindo-los. E assim a
exportação de revoluções, desta vez dos chamados os "democráticos",
continua.
Basta olhar para a situação no Oriente
Médio e Norte da África. Certamente, os problemas políticos e sociais da
região foram se acumulando por um longo tempo. E as pessoas não desejava
mudanças.
Mas como é que ele realmente
vir? Ao invés de realização de reformas, uma interferência externa
agressiva resultou em uma destruição flagrante de instituições nacionais e do
próprio estilo de vida. Em vez de o triunfo da democracia e do progresso
que temos violência, pobreza e um desastre social. E ninguém se importa um
pouco sobre os direitos humanos, incluindo o direito à vida.
Eu não posso deixar de perguntar aqueles
que causaram esta situação: Você percebe agora o que você teria feito? Mas
eu estou com medo, ninguém vai responder a isso. Na verdade, as políticas
baseadas na presunção, ea crença na excepcionalidade de um e impunidade, nunca
foi abandonado.
É agora óbvio que o vácuo de poder
criado em alguns países do Oriente Médio e Norte da África levou ao surgimento
de áreas de anarquia. Aqueles imediatamente começou a ser preenchido com
extremistas e terroristas. Dezenas de milhares de militantes estão lutando
sob as bandeiras do Estado islâmico chamado. Suas fileiras incluem
ex-militares iraquianos que foram lançados para a rua após a invasão do Iraque
em 2003. Muitos recrutas também vêm da Líbia, um país cuja soberania foi
destruído como resultado de uma grave violação da resolução do Conselho de
Segurança da ONU de 1973.
E agora as fileiras dos radicais estão
sendo acompanhado por membros da chamada oposição síria "moderada"
apoiada pelos países ocidentais que. Primeiro, eles são armados e
treinados, e então eles desertar para o Estado islâmico.
Além disso, o Estado Islâmico em si não
apenas surgiu do nada. Ele também foi inicialmente forjada como uma
ferramenta contra regimes seculares indesejáveis. Tendo estabelecido um
ponto de apoio no Iraque e na Síria, o Estado Islâmico começou a expandir
activamente a outras regiões. Ele está à procura de uma posição dominante
no mundo islâmico. E seus planos de ir mais longe do que isso.
A situação é mais do que
perigoso. Nestas circunstâncias, é hipócrita e irresponsável para fazer
declarações fortes sobre a ameaça do terrorismo internacional, enquanto
fechando os olhos para os canais de financiamento e de apoio terroristas,
incluindo os provenientes do tráfico de drogas e comércio ilícito de petróleo e
braços. Seria igualmente irresponsável para tentar manipular grupos
extremistas e colocá-los a seu serviço, a fim de alcançar os próprios objetivos
políticos, na esperança de "lidar com eles", ou, em outras palavras,
liquidando-los mais tarde.
Para aqueles que assim que eu gostaria
de dizer: Prezados Senhores, sem dúvida, você está lidando com pessoas rudes e
cruéis, mas eles não são de forma primitiva. Eles são tão inteligente como
você é e que você nunca sabe quem está manipulando quem. Os dados recentes
sobre a transferência de armas a este mais oposição "moderada" é a
melhor prova disso.
Acreditamos que qualquer tentativa de
jogar com os terroristas, e muito menos para armá-los, não são apenas míope mas
"fogo perigoso." Isso pode resultar em ameaça terrorista global
aumentando dramaticamente e engolindo novas regiões. Especialmente tendo
em conta que os campos de estado islâmico treinar militantes de muitos países,
incluindo os países europeus.
Infelizmente, a Rússia não é uma
exceção Não podemos permitir que esses criminosos que já sentiam o cheiro de
sangue para voltar para casa e continuar suas más obras. Ninguém quer que
isso aconteça, não é?
A Rússia sempre foi firme e consistente
na oposição ao terrorismo em todas as suas formas.Hoje, nós fornecemos militar
e assistência técnica tanto para o Iraque ea Síria que estão lutando contra
grupos terroristas. Achamos que é um erro enorme de se recusar a cooperar
com o governo sírio e suas forças armadas, que estão corajosamente combatem o
terrorismo face-a-face. Devemos finalmente reconhecer que ninguém, mas
forças armadas do presidente Assad e Kurd milícia está realmente lutando contra
o Estado islâmico e outras organizações terroristas na Síria.
Caros colegas, devo observar que uma
tal abordagem honesta e direta da Rússia foi recentemente utilizado como
pretexto para acusá-lo de ambições de crescimento (como se aqueles que dizem
que não tem ambições em todos). No entanto, não é a questão das ambições
da Rússia, mas o reconhecimento do fato de que não podemos mais tolerar o
estado atual das coisas no mundo.
Em essência, nós sugerimos que devemos
ser guiados por valores e interesses comuns, em vez de ambições. Devemos
unir esforços para lidar com os problemas que todos nós estamos enfrentando com
base no direito internacional, e criar uma ampla coalizão genuinamente
internacional contra o terrorismo.
Semelhante à coalizão anti-Hitler, que
poderia unir uma ampla gama de forças que estão dispostos a resistir
resolutamente aqueles que apenas como os nazistas semear mal e do ódio da
humanidade.
E, naturalmente, os países muçulmanos
estão a desempenhar um papel-chave na coalizão, ainda mais porque o Estado
islâmico não tem apenas representam uma ameaça direta para eles, mas também
profana uma das maiores religiões do mundo por seus crimes sangrentos.Os
ideólogos de militantes fazer uma paródia do Islã e perverter seus verdadeiros
valores humanistas.
Eu gostaria de abordar líderes
espirituais muçulmanos, sua autoridade e sua orientação são de grande
importância no momento. É essencial evitar que as pessoas recrutadas por
militantes de tomar decisões precipitadas. E aqueles que já foram
enganados e que, devido a várias circunstâncias, encontraram-se entre os
terroristas precisam de ajuda para encontrar um caminho para a vida normal, que
estabelece os braços e colocando um fim a fratricídio.
Como o atual presidente do Conselho de
Segurança, a Rússia em breve convocar uma reunião ministerial a realizar uma
análise global das ameaças no Oriente Médio. , Em primeiro lugar, propomos
a discutir se é possível chegar a acordo sobre uma resolução destinada a
coordenar as ações de todas as forças que confrontam o Estado Islâmico e outras
organizações terroristas. Mais uma vez, esta coordenação deve basear-se
nos princípios da Carta das Nações Unidas.
Esperamos que a comunidade
internacional será capaz de desenvolver uma estratégia global de estabilização
política, bem como a recuperação social e econômica do Oriente Médio.Então, não
haveria necessidade de novos campos de refugiados.
Hoje, o fluxo de pessoas que foram
forçadas a deixar sua terra natal tem literalmente engolida Europa. Há
centenas de milhares deles agora e pode haver milhões em pouco tempo. Na
verdade, é uma nova grande e trágica migração dos povos. E é uma dura
lição para os europeus.
Eu gostaria de salientar: refugiados,
sem dúvida, precisam de nossa compaixão e apoio. No entanto, a única
maneira de resolver esse problema em um nível fundamental é para restaurar a
condição de Estado onde foi destruído, para fortalecer as instituições do
governo onde eles ainda existem ou estão a ser restabelecida, a prestar
assistência abrangente - militar, econômico e material - para os países em uma
situação difícil; e, certamente, para aquelas pessoas que não vai
abandonar as suas casas, apesar de todas as provações.
Naturalmente, toda a assistência a
Estados soberanos pode e deve ser oferecido em vez de impostos, mas única e
exclusivamente em conformidade com a Carta das Nações Unidas.Em outras
palavras, tudo neste campo que está sendo feito ou será feito de acordo com as
normas do direito internacional deve ser apoiada por nossa organização
universal. Tudo o que viola a Carta das Nações Unidas deve ser rejeitado.
Acima de tudo, eu acredito que é da
maior importância para ajudar a restaurar as instituições governamentais na
Líbia, apoiar o novo governo do Iraque e prestar assistência abrangente para o
governo legítimo da Síria.
Colegas, assegurar a paz ea
estabilidade regional e global continua a ser o objectivo fundamental da
comunidade internacional, com a ONU à sua frente.
Acreditamos que isso significa criar um
espaço de segurança igual e indivisível que não é para os poucos eleitos, mas
para todos. Sim, é uma tarefa desafiadora, difícil e demorado, mas
simplesmente não há outra alternativa.
No entanto, o bloco pensamento dos
tempos da Guerra Fria eo desejo de explorar novas áreas geopolíticas ainda está
presente entre alguns dos nossos colegas.
É lamentável, contudo, que alguns dos
nossos colegas, até agora, escolheu um caminho diferente - a de explorar novos
espaços geopolíticos.
Primeiro, eles continuaram a sua
política de expansão da NATO e da sua infra-estrutura militar. Em seguida,
eles ofereceram os países pós-soviéticos uma falsa escolha - ou seja com o
Ocidente, ou com o Oriente.
Cedo ou tarde essa lógica de
confrontação foi obrigado a desencadear uma grave crise geopolítica. Este
é exatamente o que aconteceu na Ucrânia, onde o descontentamento da
"população com as autoridades atuais foi usado e um golpe militar foi
orquestrada de fora que desencadeou uma guerra civil como um resultado.
Estamos confiantes de que somente
através de aplicação integral e leal dos acordos de Minsk de 12 de fevereiro de
2015, podemos pôr fim ao derramamento de sangue e encontrar uma saída para o
impasse.
Integridade territorial da Ucrânia não
pode ser assegurada através de ameaças e força das armas. O que é
necessário é uma verdadeira consideração pelos interesses e direitos das
pessoas na região de Donbass, e respeito pela sua escolha. Há uma
necessidade de coordenar com eles, tal como previsto pelos Acordos de Minsk, os
elementos-chave da política do país.
Estas medidas irão garantir que a
Ucrânia vai se desenvolver como um estado civilizado, como um elo essencial na
construção de um espaço comum de segurança e da cooperação económica na Europa
e na Eurásia.
Senhoras e senhores, eu mencionei um
espaço comum de cooperação económica de propósito. Não muito tempo atrás,
parecia que na esfera econômica, com suas leis objectivas do mercado,
gostaríamos de aprender a viver sem linhas divisórias. Gostaríamos de
construir em regras transparentes e formulados conjuntamente, incluindo os
princípios da OMC estipulam a liberdade de comércio e investimento e
concorrência aberta.
No entanto, hoje sanções unilaterais
que infrinjam a Carta das Nações Unidas tornaram-se quase banal. Além
disso, para alcançar objectivos políticos, estas sanções servir como um meio de
eliminar concorrentes.
Gostaria de salientar um outro sinal de
uma crescente "egoísmo econômico". Alguns países optaram por criar
fechada e "exclusivo" associações económicas, com o seu
estabelecimento a ser negociado nos bastidores, em segredo desde próprios
cidadãos desses países, o general público ea comunidade de negócios.
Outros estados, cujos interesses podem
ser afectados, não são informados de nada. Parece que estamos prestes a
ser confrontados com um facto consumado que as regras do jogo foram alteradas
em favor de um grupo restrito de privilegiados, com a OMC ter nada a
dizer. Isso poderia desequilibrar o sistema de comércio completamente e
desintegrar o espaço econômico global.
Essas questões afetam os interesses de
todos os estados e influenciar o futuro da economia mundial como um
todo. É por isso que propomos a discuti-los no âmbito da ONU, OMC e G-20.
Ao contrário do que a política de
"exclusividade", a Rússia propõe uma harmonização projetos econômicos
regionais. Refiro-me à chamada "integração de integrações" com
base em regras universais e transparentes do comércio internacional.
Como exemplo, eu gostaria de citar os
nossos planos para interligar a União Económica da Eurásia e da iniciativa do
Cinturão Económica Silk Road da China. Continuamos a acreditar que a
harmonização dos processos de integração na União Económica da Eurásia e da
União Europeia é altamente promissor.
Senhoras e Senhores Deputados, as
questões que afetam o futuro de todas as pessoas incluem o desafio da mudança
climática global.
É do nosso interesse fazer o L, N,
Conferência sobre Mudança Climática que será realizada em dezembro em Paris um
sucesso. Como parte da nossa contribuição nacional, pretendemos reduzir
até 2030 as emissões de gases de efeito estufa para 70-75 por cento do nível de
1990.
Sugiro, no entanto, devemos ter uma
visão mais ampla sobre este assunto. Sim, podemos neutralizar o problema
por um tempo, definindo quotas sobre as emissões nocivas ou tomando outras
medidas que não são nada, mas tático. Mas não vamos resolvê-lo dessa
forma.
Precisamos de uma abordagem
completamente diferente. Temos de nos concentrar na introdução de novas
tecnologias, fundamentalmente, inspirados pela natureza, que não prejudicaria o
ambiente, mas estaria em harmonia com ela. Além disso, eles iriam
restaurar o equilíbrio entre a biosfera ea tecnosfera perturbado por atividades
humanas.
É realmente um desafio de âmbito
planetário. Mas estou confiante de que a humanidade tem um potencial
intelectual para enfrentá-lo.
Temos de unir nossos
esforços. Refiro-me, em primeiro lugar, para os estados que têm uma base
sólida investigação e que fizeram avanços significativos na ciência
fundamental.
Propomos a convocação de um fórum
especial sob os auspícios da ONU para uma consideração abrangente das questões
relacionadas com o esgotamento dos recursos naturais, destruição de habitat ea
mudança climática. Rússia estaria disposta a co-patrocinar tal fórum.
Senhoras e Senhores Deputados, foi em
Londres, em 10 de janeiro de 1946, que a Assembleia Geral das Nações Unidas
reuniram-se para sua primeira sessão. Zuleta Angel, um diplomata
colombiano e ao presidente da Comissão Preparatória, abriu a sessão dando,
creio eu, uma definição concisa dos princípios básicos que a ONU deve seguir em
suas atividades, que são livre-arbítrio, desafiando esquemas e artimanhas, e
espírito de cooperação.
Hoje, suas palavras soam como uma
orientação para todos nós.
Rússia acredita no enorme potencial das
Nações Unidas, que deve nos ajudar a evitar um novo confronto global e
estabelecer uma cooperação estratégica. Juntamente
com outros países, vamos trabalhar de forma consistente no sentido de reforçar
o papel de coordenação central da ONU
Estou confiante de que, trabalhando
juntos, vamos fazer do mundo um lugar tranquilo e seguro, bem como fornecer
condições para o desenvolvimento de todos os estados e nações.
Obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário