- Esses dois pontos é adendo em junho 17 de 2019.
- Ë com um duplo sentimento de tristeza que reproduzo essa aula de Adriano Benayon (que não era nem comunista nem pró-capitalistas) Uma parte da tristeza se deve ao falecimento de Adriano e outra parte se deve ao fato de ver o Brasil sendo transformado num grande quintal de negócios do capital estrangeiro. Que futuro pode ter um país cuja sobrevivência depende da oligarquia financeira e das grandes corporações que ditam as regras para os nossos (des)governantes, como por exemplo, a de desnacionalizar as nossas grandes empresas? Ós militares assistem de camarote a essa degradação da soberania nacional ( que eu prefiro chamar de independência) ?
Essa aula de história dada de uma forma sintética, é muito boa
para alimentar uma “síntese da história do Brasil” focada nas razões do
nosso sub-desenvolvimento.
Porém resta uma dúvida: será que os destinos de uma nação são
realmente regidos pelo povo, como sugere o artigo? O problema é que o povo só
atua de maneira eficaz sob duas condições, dentre outras:
a) Ter uma liderança comprometida com os interesses do povo
b) Atuar de forma organizada com objetivos estratégicos
previamente definidos.
[AB. Essas duas condições estão, pelo
menos, implícitas no artigo. Veja o parágrafo 8:
“8. Entretanto, o presidente não
havia organizado o povo, nem formado seguidores para liderá-lo após sua morte.
O único talvez com têmpera para isso, Brizola, ainda era um jovem deputado
estadual.”
Além disso, em vários pontos, deixo
claro que teria bastado que Vargas tivesse permitido (ou ordenado a) que
chefes militares pusessem seus efetivos em marcha em defesa do governo, para
que ele permanecesse no poder e continuasse sua obra.
O que a história, em vários países,
tem demonstrado é que, para ter chances de conservar-se no poder, mesmo quando
defende a sociedade de seu País – pois, não costuma haver dificuldade, se é
traíra e subserviente aos poderosos seja locais, seja potências estrangeiras –
um governante precisa tanto de sustentação popular, como das armas, estejam
elas com as FFAA ou com o próprio povo.
As duas coisas costumam ser
combinadas, como, por exemplo, quando Brizola, em 1961, na campanha da
Legalidade, conseguiu, além de galvanizar o povo pelo rádio, armá-lo e
persuadir chefes militares do RS a acompanhar a resistência).
Uma outra dúvida que a aula suscita é a seguinte:
Porque muitos militares que têm por oficio defender a Nação
não são muito nacionalistas? Será que confundem nacionalismo com comunismo?
[AB. Muita gente no Brasil, mesmo sendo militar, não é
nacionalista, pois nosso País é extremamente aberto ao que vem de países mais
adiantados, é muito deslumbrado.
Além disso, as potências imperiais investiram muita grana
no Brasil, para dominar a comunicação social, imprensa, TV etc., e também
infiltrou agentes e corrompeu pessoas de influência em vários setores da
sociedade. Mesmo que nem todo militar tivesse sido cooptado diretamente, suas
famílias e seu meio foram influenciados afetiva e culturalmente.
Além disso, o sentimento anticomunista, que já seria
natural neles, pois a maioria era religiosa e de meio conservador (sobretudo as
esposas), houve a intentona comunista em 1935, e tudo isso foi magnificado para
que o sentimento anticomunista fosse colocado à frente de outras considerações.
Quando fui diplomata nos EUA, de 1978 a 1982, vi o grande
número de militares brasileiros das três armas, que lá serviam, em diferentes
funções e missões (e isso acontecia de muito tempo, muito tempo: a doutrinação
e o realce dos valores norte-americanos era muito grande, e muitas cabeças
alteravam sua visão das coisas entre o início e o término da missão.
Ademais, foi instrumental para que os militares
brasileiros vissem nos EUA os defensores da democracia e, ao mesmo tempo, a
potência que combatia o comunismo e, portanto, era nossa amiga, o fato de
passarem a hostilizar os comunistas e a União Soviética, imediatamente após ter
esta conseguido acabar com a máquina de guerra nazista, após três anos seguidos
de grandes batalhas.
Daí que outro erro sério de Vargas (este nem
mencionei no artigo – e já estou escrevendo mais um ) foi ter feito questão de
enviar a FEB à Itália, na 2ª Guerra Mundial. Isso aproximou sobre maneira
dos EUA alguns oficiais de elite que foram à Itália. Depois, talvez ao escrever
novo artigo, já fazendo uma série) posso detalhar mais isso.
O fato é que os que o depuseram em 1945 (basicamente
as mesmas lideranças de 1954 e 1964) , estiveram em combate dentro de uma
divisão norte-americana e sob o comando dos chefes dessa divisão, e ainda
por cima, em contato diário com oficiais de ligação bem-preparados pelos
serviços de inteligência, entre os quais o conhecido Wernon Walters.
Havia, ainda, a tal estória de que a guerra, para o lado
ocidental, significava lutar pela democracia, estória em que quase todo mundo
acreditou.
Nessa linha: lembro-me dos anos da 2ª Guerra Mundial,
quando era criança, época na qual a diversão mais generalizada, entre nós, e
das famílias em geral, era ir, semanalmente ao cinema, onde reinava absoluta a
indústria de Hollywood, com filmes de todos os gêneros, inclusive os de guerra,
exaltando os valores e o heroísmo dos estadunidenses.
Obrigado pela aula, Prof. Benayon.
https://www.youtube.com/watch?v=vJjDwwbA5z0&feature=share
projeto de governo de Getúlio Vargas como solução para a crise
projeto de governo de Getúlio Vargas como solução para a crise
Nessa outra aula do Dr. Benayon: Eliminar
a causa do mal, para sobreviver no país
é necessário nacionalizá-lo.
O
que acontece no Brasil é que se forma muito mais gente do que o comercio pode
absorver devido a desnacionalização, ex um Engenheiro não atua ou se
especializa no ramo na energia indo na direção do buraco, ou ele vai para
lanchonete ou vai para o exterior porque a transnacional está no Brasil não
para desenvolver tecnologia, é para expropriar. O que a transnacional quer do
Brasil? como o golpe de 54? Dos militares
ligados aos EUA com a UDN o mais importante era apoiar os EUA então fez-se esse
governo Café Filho para entregar tudo,
permitindo as empresas trazerem as
máquinas para o Brasil por valor zero, amortizado, nos mercados vindo no governo Juscelino. O fato é que
deram o Brasil inteiro para as transnacionais, os próprios militares
fizeram investimentos em cima disso. Mas
já tinham atraído as transnacionais acabando assim o direito ao capital
nacional, as industrias nacionais. A Farsa dos comunistas pelos EUA enganou os
militares que foram entregando tudo a eles. Surgindo a Dívida Pública externa
brasileira e os militares resolveram retornar o desenvolvimento de acordo com o
sistema financeiro mundial com taxa de crescimento acima de 7% em 1968/78 e não
agüentou muito tempo assim toma-se novos empréstimos fazendo a dívida subir assustadoramente em
1994 era 135 bilhões. O assassino da economia brasileira FHC não tinha feito ainda
a federalização das dívidas locais federais e estaduais. No final de 2014 3,3
trilhões chega a dívida. Isso significa que a dívida interna nos 20 anos do
Real cresceu a 17,3% ao ano composto.Esses 3,3 trilhões em 17,3 ao ano vão se
transformar em 366 trilhões dividindo pelo dólar subentende-se a 118 trilhões
de dólares quase duas vezes o PIB dos países do mundo somados. Aí, o Brasil já
chegou a escravização total. É
terrível, atualmente o Banco Central faz
a tapeação, adquirem os títulos do Tesouro Nacional na mega fraude brasileira
do plano Real. A Constituição Brasileira de 1988 não é democrática, nela está
inserida o sistema financeiro que mandou por lá e proíbe ao Tesouro emitir moeda, somente o
Banco Central que pode Art. 164 da CF/88. Como o Art. 166 fraudando o sistema
da dívida. sem o crivo do Congresso .
A
participação da industria no total do PIB brasileiro caindo para 11% com tendência de acelerar esse
processo o que faltando agora o que estão fazendo atacando a Petrobrás e os
tais dos empreiteiros mal ou bem desenvolvendo
tecnologias importantes não junto a Petrobras, mas em vários outros setores
para uso militar e outros usos desse tipo. Já dá para entender né, outros senhores como Moro em cima dos
últimos bastiões,...
Aquela
que fica implícita, camuflada, a Força Armada, houve um abuso de poder por
parte dos EUA por imposição do critério dos bancos que tem de emitir dinheiro à
vontade e tudo isso pela força militar. Que O juiz da Vara Federal no Paraná esteja exercendo seletivamente o que resta de
empresas nacionais de grande porte dotadas de tecnologias de competitivas e
prejudicando as atividades da Petrobras
O
sistema político e econômico é gerador de crises cada vez maiores e a situação de todas as pessoas que estarão
massacradas pelo atual ajuste que é o de afundar cada vez mais. O sistema que é
agrupado para tirar grana de você.
Se não endireitar as
graves falhas estruturais, como é que vai tirar impostos. O único jeito é se
desamarrar, se soltarem do Governo Mundial. Os
militares Foram enganados foram
convencidos pelos americanos que o comunista iria tomar conta. Fui convidado
por amigos maçons assistir a palestra do General Heleno ele apresentava uma “prova” em um manuscrito de jornal, que o
Jango iria invadir, Maçon, çom ligeiro vamos cortar a ideologia, Não aceitar a terminologia do império, Levy, Loyola, de FHC
que os da esquerda chaman de neoliberais, são serventes do império, uma
infinidade de economistas que são neo-liberal são serventes do império é jogada
do império o termo neoliberal, liberal, para desviar a atenção, liberal, Eles
são altamente intervencionistas. Eles intervém contra a sociedade. O liberal é
a favor da intervenção do Estado contra a sociedade. E O PESSOAL VAI NESSA
CONVERSA INVLUSIVE OS MILITARES. Teríamos que limpar a cabeça dos que foram HIGIENIZADOS
mentalmente inclusive dos militares. Sempre tem um agente em Israel na Suiça,
Esqueçam essa gente. O Brasil tem recursos próprios
Enviada em: segunda-feira, 31 de agosto de 2015 07:59
Assunto: Getúlio Vargas - Aprendendo com os erros
Assunto: Getúlio Vargas - Aprendendo com os erros
Com cumprimentos,
Segue artigo.
AB
Getúlio Vargas - Aprendendo com os erros
Adriano Benayon * 31.08.2015
Agosto de 1954 foi o marco para a destruição do desenvolvimento do País, que o presidente Vargas entendia, corretamente, só ser possível havendo autonomia nacional.
2. Ele conduzia o País na direção do desenvolvimento, o que tornou o alvo a abater pelo império angloamericano. Documentos históricos provam ter sido Vargas derrubado duas vezes (1945 e 1954), por intervenções das potências angloamericanas (EUA e Reino Unido).
3. Isso corresponde à lógica imperial: era-lhes intolerável o surgimento de uma potência no Hemisfério Sul e no “Hemisfério Ocidental”. Geopolítica pura.
4. O objetivo foi atingido por intermédio de agentes locais - pagos ou não, conscientes ou não -, como jornalistas, políticos e militares, os quais apareceram mais que aquelas potências diante do público.
5.. Pensando nos que contemplam lutar pela sobrevivência do País, discuto, neste artigo, erros de Vargas que contribuíram para o êxito dos inimigos do País.
6. Desfazendo mitos, rejeito a versão rósea e insustentável - embora geralmente aceita - de que o suicídio do presidente e a carta-testamento teriam impedido os golpistas de fazer prevalecer suas políticas. Veja-se o título de um dos livros sobre o presidente: “Vitória na Derrota – A Morte de Getúlio Vargas.”
7. É verdade que a tragédia revelou o profundo amor do povo a Getúlio. Durante, pelo menos, quinze dias, o povo reagiu, até com violência, fazendo se esconderem desafetos e caluniadores de seu líder.
8. Entretanto, o presidente não havia organizado o povo, nem formado seguidores para liderá-lo após sua morte.. O único talvez com têmpera para isso, Brizola, ainda era um jovem deputado estadual.
9. Devido a esse vácuo, o furor popular arrefeceu, Eugênio Gudin e Otávio Bulhões, ligados à finança britânica, foram designados para comandar a economia e instituíram a política antinacional destinada a acabar com a autonomia industrial e tecnológica do País.
10. Em janeiro de 1955, foram baixadas as Instruções 113 e seguintes, da SUMOC, e mais medidas para entregar a economia ao controle dos carteis transnacionais, com subsídios incríveis. Desde 1956, essa política foi aplicada intensivamente por JK e nunca mais revertida.
11. É óbvio que a versão conformista interessa aos simpatizantes do império. Mas, paradoxalmente, predomina também entre a maioria dos admiradores e supostos seguidores de Vargas.
12. De resto, as atitudes políticas de muitos desses demonstram terem sido infieis ao nacionalismo do presidente, fosse por ingenuidade, covardia, falsidade ou até por colaboração interessada com o sistema de poder transnacional.
13. Entre os erros fatais de Getúlio esteve admitir a falsa – ou, no mínimo, irrelevante - pecha de ter sido ditador.
14. Queixavam-se de ele ter ficado 15 anos consecutivos na presidência, de 1930 a 1945, e o acusavam de tencionar voltar a ser ditador, mesmo quando eleito pelo voto direto, em 1950.
15. Na realidade, o espírito de Vargas era conciliador.. Não, revolucionário. Assumira a liderança da revolução de 1930, por ser o político mais proeminente do Rio Grande do Sul. Outros foram mais ativos no movimento.
16. À frente de uma revolução, tinha de comandar um governo autoritário e designar interventores nos Estados, a maioria tenentes, que simbolizavam o apoio do Exército ao movimento, além de ideais de mudança política e social.
17. Nos primeiros meses de 1932 Vargas já promulgara a nova lei eleitoral e marcara para 03.05.1933 as eleições para a Assembleia Constituinte. Sem razão, em julho de 1932, foi desencadeada a revolução “constitucionalista”, na verdade, um movimento liderado pela oligarquia paulista vinculada aos interesses britânicos.
18. A Constituição de 1934 estabeleceu eleição indireta para a presidência da República. Eleito Vargas, não cabe qualificá-lo de ditador.
19. Durante o prelúdio da 2ª Guerra Mundial, novembro de 1937, um ano após a tentativa comunista de novembro de 1935, veio, por iniciativa de oficiais do Exército, o golpe criando o “Estado Novo”, com o objetivo de reprimir os comunistas..
20. Portanto, Vargas só poderia, em tese, exercer dois mandatos em condições democráticas. O primeiro, quando presidente constitucional, de 1934 a 1937, interrompido pelos chefes militares.
21. O modelo político-econômico do Estado Novo combinou conceitos que Vargas e o General Góis Monteiro haviam formulado em 1934, sendo a ideia básica o desenvolvimento industrial sob a direção do Estado.
22. No final do Estado Novo e no mandato ganho em 1950 - e abortado pelo golpe de 1954 - Getúlio preocupou-se em desmentir a imagem de ditador. Foi demasiado tolerante – e até complacente - diante das agressões, complôs e conspirações.
23. O problema era que sempre esteve sob fogo do império angloamericano, inconformado com a permanência de uma liderança no Brasil capaz de conduzi-lo ao desenvolvimento.
24. Embora exalte sempre o presidente Vargas, vejo uma contradição entre sua personalidade conciliadora e a consciência, que tinha, de ser a autonomia nacional indispensável para realizar o desenvolvimento..
25. Sendo essa a via escolhida, não havia campo para facilitar as ações subversivas de seus adversários. Ademais, enfrentava-se um império mundial n vezes mais poderoso que o Brasil: financeira, industrial e militarmente.
26. Em 1952, Vargas ajudou o inimigo ao não prestigiar o Ministro do Exército, Estillac Leal, quando os quintas-colunas Góis Monteiro e João Neves da Fontoura “negociaram” com os EUA o famigerado acordo militar pelas costas de Estillac.
27. Com isso, este se demitiu do ministério e foi perseguido, nas eleições para o Clube Militar, por oficiais golpistas, cujas pressões sobre Leal e partidários deste lhe determinaram a derrota.
28. Novamente, em 1953, o presidente mostrou pulso fraco, não mandando punir os coroneis signatários do manifesto contra o reajuste do salário-mínimo.
29. Daí, a conspiração de agosto de 1954 encontrou-o enfraquecido, quando implicaram a guarda pessoal do presidente no assassinato do Major Vaz, da Aeronáutica, em esquema montado para fazer crer que o alvo do crime fosse o virulento jornalista e deputado Carlos Lacerda.
30. O crime foi articulado sob a direção de Cecil Borer, titular da DOPS - Delegacia de Ordem Política e Social, em que ingressara, em 1932, com o Chefe de Polícia, também pró-nazista, Filinto Muller.
31. Borer continuou com Dutra, simpatizante fascista. Vargas não o substituiu, em 1950, não obstante saber que os nazi-fascistas, então, colaboravam intensamente com os serviços secretos angloamericanos.
32. Getúlio também foi imprevidente, ao nomear o jovem – e sempre acomodador - deputado Tancredo Neves para o ministério da Justiça, ao qual se subordina a Polícia. Deviam ter impedido as ilegalidades do inquérito policial-militar.
33. A própria instauração do IPM, uma semana após o atentado, significou quebra da autoridade do presidente, concedida por este próprio.
34. Mesmo tendo logrado distorcer os fatos, através da ação combinada do DOPS e da Aeronáutica, e da campanha da mídia, os conspiradores não teriam conseguido derrubar Vargas, se ele não se tolhesse por preconceitos ideológicos de seus adversários.
35. Teria lutado para inteirar-se da verdade e fazê-la conhecer. Se esta já não lhe interessava - por estar cansado e decepcionado – certamente era do interesse do povo. O Brasil precisava dela.
36. Getúlio podia ter feito prevalecer os interesses do País, apoiado pela Vila Militar, no Rio, onde estavam os tanques. Essa era sua obrigação perante o Brasil, como em 1945, quando da anterior deposição por militares manipulados por potências estrangeiras.
37. Então, o pretexto foi a intenção de continuar no poder, falsamente atribuída a Vargas. Tanto não a tinha, que - além de ter convocado eleições e não ser candidato -, Getúlio dissuadiu de subjugar o golpe os chefes militares que tinham poder de fogo e faziam questão fazê-lo, não fosse a ordem contrária do presidente, sob a irrelevante justificativa de não querer o derramamento de sangue.
38. Isso não estava em questão, pois, dada a superioridade de forças dos legalistas, os golpistas se retrairiam. Vide Hélio Silva: “1945 Por Que Depuseram Vargas” – Civilização Brasileira 1976, pp. 253/4, em que reporta o apoio ao presidente do Gen. Odylio Denys, então Comandante da Polícia Militar, e do Marechal Renato Paquet, Comandante da Vila Militar..
39. Consequência da saída de Getúlio, por desapego ao poder, e sem substituto à altura, resultou, de 1945 a 1950, a interrupção do desenvolvimento do País: o Mal. Eurico Dutra, vencedor das eleições, graças a Vargas, traiu os votos, sendo subserviente às potências angloamericanas.
40. Durante a 2ª GM, Vargas reduzira a quase zero a dívida externa e acumulara reservas cambiais. Dutra as dilapidou com importações supérfluas. Prejudicou a industrialização e dissipou as divisas congeladas pelo Reino Unido, “em troca” de ferrovias obsoletas, do Século XIX.
41. O custo do golpe de 1954 foi muitíssimo mais alto: a entrega subsidiada da indústria ao controle do capital estrangeiro, o que inviabiliza, até hoje, o desenvolvimento. Isso só pode ser revertido através de transformações estruturais profundas.
42. De fato, a dependência do País não cessou de aumentar, desde a legislação dos pró-imperiais instalados com o golpe, a qual foi aplicada e ampliada por JK - outro que traiu os votos getulistas e iniciou a sequência de crises que até hoje persegue o País...
* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
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