quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A sociedade civil orgânica e os intelectuais orgânicos

As civilizações precisam duma identidade coerente ou então elas perdem a força e deixam de existir. 

O enfraquecimento da identidade cultural do Ocidente Cristão é precisamente o propósito do Marxismo Cultural.


  • Antonio Gramsci (1891-1937), pensador e político foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 1921, e o primeiro teórico marxista a defender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos, capitaneados por Vladimir Illitch Ulianov Lênin (1870-1924) e seguido por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953). -  Durante sua prisão na Itália em 1926, que se prolongou até 1935, escreveu inúmeros textos sobre o comunismo os quais começaram a ser publicados por partes na década de 30, e integralmente em 1975, sob o título Cadernos do Cárcere. Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coréia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos. -  Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária Fidel Castro, com certeza, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin. Poder-se-á dizer que Fidel é o último dos moicanos às avessas considerando que seus discípulos Lula, Morales, Kirchner, Vasquez e Zapatero, Chaves, estão aplicando, com sucesso, as teses do Caderno do Cárcere, de Antônio Gramsci. Chávez, o troglodita venezuelano, optou pelo poder força bruta e fraudes eleitorais. -  No Brasil, por via das dúvidas, mantêm-se ativo e de prontidão o MST e a Via Campesina, como salvaguarda, caso tenham que optar pela revolução cruenta que é a estratégia leninista. - Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todos os brasileiros, os quais, por uma inocência pueril, seja pelo resultado de uma proposital fraqueza do ensino, seja por uma ignorância dos reais intentos das esquerdas, nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruída.(01).
Sintomas da revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. 

Esta é a forma como funciona o Marxismo Cultural /Politicamente Correto. O movimento homossexual e o movimento feminista em nada estão relacionados com os propósitos dos homossexuais ou das mulheres; estes movimentos são formas (armas) através das quais o esquerdismo avança na sociedade sem que as vozes conservadoras possam resistir sem serem classificadas de "homofóbicas" e "machistas". 

O mesmo se passa com as igrejas; encontrem "valores" que sejam opostos aos valores do Cristianismo, e transformem-nos em "direitos". Depois digam que os Cristãos são contra os "direitos humanos". Por isso é que atualmente temos ativistas homossexuais que se assumem como "defensores dos direitos humanos" (como se ter uma preferência sexual pela pessoa do mesmo sexo fosse um "direito humano"). 

O Marxismo Cultural é a táctica primária da esquerda militante. Todos os adversários políticos são catalogados de "racistas" quando são contra a imigração em massa, de  "homofóbicos" quando defendem que o casamento é entre um homem e uma mulher, ou de "misóginos" quando defendem que existem distinções fundamentais entre o homem e a mulher. Olhando para as acções dos esquerdistas segundo este prisma, fica mais fácil entender as suas motivações, e construir rotinas de refutação mais eficazes.

O filósofo positivista pode concordar com a afirmação de Henry Ford que a história é um amontoado de bobagens, porque ela não pode ser confirmada empiricamente. Tipicamente, a história é escrita pelos vitoriosos. Destruíram a herança cultural das nações. Cada geração tinha rejeitado as revisões históricas nos anos 1940s e 1950s, mas desta vez o público estava atarefado demais para observar. 
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Em 1960, foi criada a expressão "White Anglo-Saxon Protestant", mas ninguém reivindicou a autoria. A criação e a negatividade que existe por trás do termo WASP é uma manifestação das regras de linguagem que se tornou conhecida como Correção Política. Durante várias décadas, a correção política esteve indefinida e permaneceu oculta. Mas, sua ideologia estava bem-definida. Nos anos 1960s, ela ajudou a moldar a contracultura. A Escola de Frankfurt forneceu as ideias para o novo movimento dos jovens, enquanto que o Instituto Tavistock forneceu as distrações — os filmes, a música e as drogas. A música Rock reforçou a rebelião dos jovens, deu-lhes uma nova linguagem e a liberdade de todas as restrições. Parece que Freud estava com a razão. As massas não têm amor algum pela renúncia instintiva(02)
  • o capitalismo aplaude o pequeno número de empresários que conquistam largas fatias dos mercados de massa. Isto requer produzir coisas em escala, o que induz a uma dupla uniformização da sociedade: toneladas e toneladas de pessoas que compram os mesmos produtos e toneladas e toneladas de pessoas que fazem o mesmo trabalho. Uma individualidade que viceja dentro deste sistema é muitas vezes extremamente superficial.
  • Resultado de imagem para Vivemos em um mundo das ideias e a imaginação se tornou realmente muito má.
Herbert Marcuse, um membro da Escola de Frankfurt em Eros e Civilização e O Homem Unidimensional ele prometeu que a superação do capitalismo e de sua falsa consciência resultarão em uma sociedade em que as grandes satisfações serão as sexuais, de um tipo que o moralista burguês Freud chamava de polimorfo e infantil." "A conclusão alcançada é que a realização do objetivo de tolerância propõe a intolerância com relação às políticas, atitudes e opiniões predominantes, e a extensão da tolerância às políticas, atitudes e opiniões que são proibidas ou suprimidas... o que é proclamado e praticado como tolerância hoje está, em muitas de suas manifestações mais efetivas, servindo como causa de opressão." 
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Nossas universidades levaram isto adiante e se recusaram a contratar professores conservadores. Como não mais estudamos a "etimologia" — a origem das palavras — não estamos cientes da engenharia social que resultou da engenharia verbal.
Nossos jovens foram, ensinados a serem tolerantes com todos os estilos de vida diferentes. Por meio do sistema público de ensino, nossas crianças são expostas a um amplo mundo de culturas variadas e vibrantes, cada uma com seus próprios valores, verdades e modos de vida. A "verdade" se torna relativa, semelhante a uma "crença", o que extingue qualquer desejo por iluminação pessoal, porque nenhuma verdade é válida.Patrick Buchanan explicou a ideologia que está por trás dessas regras: "O politicamente correto é Marxismo Cultural, um regime para punir os dissidentes e estigmatizar a heresia social, como a Inquisição punia a heresia religiosa. Sua marca registrada é a intolerância.

"O multiculturalismo é um produto do politicamente correto que produz diversidade e divide a nação.

O multiculturalismo requer uma nova definição de "bem comum", uma definição para uma sociedade secularizada em que os direitos são concedidos pelos governos. O centro de estudos e debates Center for American Progress, afirma que o governo é essencial quando as pessoas buscam seus sonhos. Eles redefiniram o bem comum como políticas governamentais que beneficiam a todos, ao mesmo tempo que equilibram o interesse pessoal com as necessidades de toda a sociedade. 
Talvez isto explique por que o governo estadual do Texas removeu o "bem comum" dos livros-texto das escolas públicas. O bem comum se tornou um termo progressista que se refere aos direitos para aqueles que estão em desvantagens, os necessitados, e incluiu os grandes socorros financeiros para as grandes empresas de proprietários maçons.

Os dois principais objetivos de todos os governos totalitários são reduzir o pensamento crítico independente e eliminar a responsabilidade moral individual. Nossas universidades estão sendo usadas como instrumentos neste processo. Mais de 20 anos atrás, Bloom lamentou: "Aquilo que aconteceu nas universidades na Alemanha nos anos 1930s é o que está acontecendo hoje por toda a parte.

"Uma educação liberal ensinava antigamente o pensamento independente, o que levava muitos alunos a continuarem sua educação por toda a vida, o que expandia sua capacidade de pensar crítica e criativamente. Isto é intolerável hoje, pois criaria discordância da tirania da opinião pública, o que desestabiliza o Estado totalitário".

Nossos mais proeminentes psicólogos e sociólogos estão deliberadamente recriando nossa sociedade e levando-a em direção ao marxismo cultural por meio da transformação das nossas mais importantes instituições e tradições — e da linguagem associada com elas. Eles estão criando uma cultura de total falta de esperança e de desespero. Eles assumem que quando o niilismo prevalecer, estaremos prontos para a solução socialista que eles têm a nos oferecer.
Eles usam suas descobertas para aperfeiçoar os métodos de persuasão das massas e de controle mental. Isto se reflete nas idéias e na linguagem que eles nos dão. As idéias podem ser mais poderosas quando as massas não têm pista alguma, como todos os ditadores bem-sucedidos já demonstraram. As mudanças podem ser manipuladas bem diante dos olhos das massas. Quando novas idéias se tornam populares, as palavras são criadas para expressar as mudanças, enquanto outras são modificadas ou descartadas. As palavras mudam naturalmente, mas algumas vezes, elas mudam de forma deliberada para promover uma agenda cultural.

Hoje, a "verdade" se tornou relativa. Os valores podem ser adaptados por cada pessoa. Além disso, a "automação sem alma" de Eric Fromm é epidêmica. A "culpa" não é mais uma motivação para a mudança; ela é considerada não saudável.
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 A "sublimação" de Freud, com sua associação com a "repressão" foi finalmente liberada. O "homem" era um animal e tinha aprendido a se comportar como tal.
A "alma" foi banida da educação, da mídia e da arte moderna e é raramente cultivada. O escritor americano Saul Bellow lamentou que "Vivemos em um mundo das ideias e a imaginação se tornou realmente muito má."

"Carisma" foi transformada em seu oposto. Ela costumava ser uma palavra com sentido espiritual, derivada da palavra grega charis, que significa "graça" de Deus. Algumas vezes essa graça vinha sobre um líder, capacitando-o para liderar com a sanção divina e expressar suas opiniões de forma mais poderosa. Hoje, muitos dos nossos líderes se esforçam para enriquecerem. Alguns deles são chamados de carismáticos por que despertam as emoções e nos motivam a segui-los. Eles rejeitaram o "serviço ao público" em favor do "autosserviço" e não recebem qualquer inspiração do nosso Deus doador de graça.
Quando o vocabulário comum não contém mais as palavras vitais e as ideias dos grandes livros dos gênios, a conscientização permanecerá muito pequena. E aqueles que negligenciam seu idioma e sua herança não estarão cientes que perderam alguma coisa. Cada palavra acrescentada na memória e cada etimologia estudada aumenta a conscientização. A leitura de bons livros ajuda a expandir a conscientização. O adjetivo "Orwelliano" pode ser compreendido superficialmente por uma consulta ao dicionário, mas a verdadeira jornada para compreender seu significado começa com a leitura da obra de George Orwell.

As palavras nobres dos nossos antepassados se tornaram silenciosas. No passado, as mentes inquiridoras se reuniam e discutiam a religião e a política à luz de suas tradições históricas. Hoje, não há mais investigação, não há mais curiosidade, e não há vergonha por esses tópicos terem sido banidos das conversas comuns por serem considerados controversos.

Os cientistas sociais estudaram muitos anos atrás o comportamento humano, nossa linguagem, nossas crenças e nossos hábitos. Alguns deles se venderam à indústria e usaram seu conhecimento para desenvolverem melhores campanhas de propaganda e publicidade. Outros, são mais perversos e trabalham com os progressistas da Escola de Frankfurt e do Instituto Tavistock para criarem métodos mais poderosos para influenciar nosso comportamento e nosso pensamento. (Dr. JOHN COLEMAN, “O Instituto Tavistock de Relações Humanas”)
O Instituto Tavistock de Relações Humanas”)
Eles se infiltraram no sistema educacional, no governo, na mídia de massa, nas artes e até em nossas igrejas.

Os intelectuais orgânicos devem se organizar e homogeneizar sua classe com vistas à hegemonia, uma casta consciente preparada para a produção de atividades propagandísticas travestidas de intelectuais. Esta casta forma uma verdadeira escola para atuar como agentes transformadores da consciência e a paulatina modificação do senso comum: são os 'formadores de opinião', conscientes de sua atuação.

Deve-se lembrar que durante os governos militares, quando a palavra comunista era proscrita e podia dar cadeia, os comunistas rapidamente encontraram uma palavra substituta: intelectuais Estes se reuniam abertamente em locais como o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, sem despertar suspeitas e sem correrem riscos, pois seria um absurdo prender intelectuais que "apenas estavam discutindo assuntos de sua exclusiva competência".  Na verdade eram os intelectuais orgânicos - a intelectualidade ampliada - que cumpriam duas tarefas: primeiramente estas reuniões eram usadas para tornar públicas as decisões tomadas à sombra pelos comitês centrais das diversas organizações revolucionárias em segundo lugar, como recomendava Gramsci, tentavam assimilar e conquistar ideologicamente os intelectuais tradicionais e isolar os recalcitrantes expelido-os de seus lugares, títulos, cargos e tudo o mais, assumindo assim a hegemonia. Restou a estes a convicção do reconhecimento da sua dignidade, o que é muito mais dos que os primeiros podem ostentar com todas as comendas e currículos acadêmicos.
Recentemente, muitos patriotas despertaram do sono e estão agora lutando na arena política com algum sucesso aparente, mas isto parece ter pouco efeito geral. À medida que eles lutam nessa escaramuça, a guerra total ocorre em torno deles em todas as outras arenas da vida. Podemos estar cercados, mas este não é um tempo para fraquejar. Não há tempo para recuar. O poder a ser enfrentado não está mais na ponta de um fuzil ou em atentados terroristas, mas já ultrapassou a Quarta Fronteira, a fronteira mental da quase totalidade da população de tal forma que não basta enfrentar um establishment identificável; o establishment é a força das idéias hegemônicas do que Gramsci recomendava: o 'Estado ampliado', a sociedade civil orgânica por ele idealizada.

Pesquisas:
01 - A estratégia que Gramsci professava era utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas que sejam docilmente aceitas pelo povo, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, a priori, representam a grande maioria da população, de modo que, entorpecidos pelo melífluo discurso gramsciano, as consciências já não possam mais perceber o engodo em que estão sendo envolvidas.
“A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela ´análise da situação´, de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isto deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo ´intelectual coletivo´ (o partido), que as dissemina pelos ´intelectuais orgânicos´ (ou formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores – principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população”.
Quanto à “ocupação de espaços”, pode ser claramente vislumbrada pela nomeação de mais de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro, cujos detentores desses cargos, militantes congênitos, têm a missão de fazer a acontecer a “hegemonia”.
Retornando a Gramsci e segundo ele, os principais objetivos de luta pela mudança são conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica (escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social, artistas, sindicatos etc.), uma vez que, os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis. O proletariado precisa transformar-se em força cultural e política, dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês. E o partido deve adaptar sua tática a esses preceitos, sem receio de parecer que não é revolucionário. Isso o povo brasileiro não está percebendo, pois suas mentes já foram entorpecidas pelo governo revolucionário que está no poder.
02 - Instituto Tavistock arma de controle da multidão. Em 1920, o sigiloso Instituto Tavistock de Psicologia Clínica foi fundado na Inglaterra; depois de pouco tempo ele foi renomeado como Clínica Tavistock.  Sigmund Freud foi o primeiro diretor. Em 1947, com financiamento da Fundação Rockefeller, o Instituto Tavistock das Relações Humanas foi criado como outra agência para a transformação da mente, para derrubar qualquer governo que não se alinhasse com seu objetivo de longo prazo de criar um governo mundial.  http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2011/02/instituto-tavistock-arma-de-controle-da.html
-   Robert F. Beaudine, Freedom Advocates, 6 de junho de 2011. http://www.FreedomAdvocates.org, 
-   Antonio Gramsci, Os Intelectuais e a Organização da Cultura, Civilização Brasileira.
-   Gramsci e a Educação: a renovação de uma agenda esquecida, in Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n. 70, p. 353-372, set./dez. 2006

Um comentário:

Johnny Mnemonic disse...

Ótimo texto!
Dá uma visão ampla das coisas que tem acontecido nas últimas décadas.