domingo, 23 de setembro de 2012

PT constrange partidos aliados a assinar nota de apelo golpista em favor de Lula e contra a imprensa, contra o STF e contra os fatos!


Circula por aí uma nota de espírito golpista — contra os fatos, contra a imprensa, contra o STF e, pois, contra a democracia — assinada por presidentes de seis partidos políticos. O líder, claro, é Rui Falcão, chefão do PT.  Leiam o texto. Volto em seguida.

À SOCIEDADE BRASILEIRA
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.
As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.
O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.
Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo. 
Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de 2012.
VolteiVamos ver. A maioria dos presidentes de partido foi constrangida a assinar a nota. Quem os mobilizou falou pessoalmente em nome de Lula. Ficou claro que era um favor de caráter pessoal.
Quanto ao mérito, dizer o quê? “Fantasiosas” são as convicções democráticas dos que promoveram essa peça patética — mais um desdobramento da loucura que vai tomando conta de Lula.
Golpista é roubar dinheiro do Banco do Brasil para financiar um projeto de poder. Golpista é tentar montar um Congresso paralelo, sustentado por uma propinoduto. Golpista é tentar intimidar o Supremo. Golpista é tentar calar a imprensa livre.
Golpismo, no entanto, inútil. Pela maioria de suas vozes, o Supremo deixa claro que zela por sua independência. A imprensa independente, por sua vez, continuará a fazer o seu trabalho: retratar os fatos, zelar pela verdade e vigiar os Poderes da República, tendo como referência a Constituição.
Golpistas de 1954? Golpistas de 1964? Essa nota é assinada pelo PMDB, de que José Sarney, aliado dileto de Lula, é um dos capas-pretas? Seria aquele mesmo Sarney que foi estrela da UDN, que fez oposição severa a Getúlio, e que presidiu depois o PDS (partido sucedâneo da Arena) e que comandou os votos governistas na rejeição da emenda das Diretas? Trata-se de uma apreciação, também ela, fantasiosa e ridícula.
Os signatários que apenas fazem um favorzinho pessoal a Lula não se dão conta de que põem sua assinatura num documento que tenta, a um só tempo, constranger a imprensa e a Justiça. Uma tentativa, acreditem vocês e os signatários, inútil.
Por Reinaldo Azevedo

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