Autor: Glenn Beck
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 384
Ano de Publicação: 2011
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 384
Ano de Publicação: 2011
“Um plano para destruir os EUA vem sendo preparado
há cem anos, e agora está prestes a ser colocado em prática… Alguém será capaz
de impedi-la?
E se você descobrisse que tudo em que você
acreditou até hoje não passa de uma grande farsa? Que a roupa que você veste
todos os dias pela manhã, assim como o carro que você dirige não são escolhas
suas? Que o governante que você elegeu na última eleição para comandar sua
cidade e seu país também não depende de você? E se chegasse à conclusão de que
toda autonomia e livre-arbítrio que você julga ter, na verdade, atendem a um
outro comando que não as suas ideias e a sua própria vontade?”
Se pudesse descrever o livro em uma palavra,
escolheria “inteligente”. Tal característica se faz visível tanto nos fatos
inseridos no enredo quanto pela maneira de como Glenn Beck desenvolveu sua
narrativa.
O livro cheira à “conspiração”. O autor fez uso de
fatos reais – todos devidamente referenciados no posfácio – para criar o
enredo, fazendo com que o leitor se questione sobre o que é ficção e o que não
é.
Para que haja um debate mental durante a leitura,
duas diferentes (e extremas) visões são apresentadas. Elas se contrapõem e
aguçam o senso crítico de quem lê, ainda que haja uma tendência para um dos
lados apresentados, por meio das reflexões que incitam.
Selecionei um quote que, acredito,
represente muito bem o livro além de explicar seu título:
“-
Isto se chama Janela de Overton (…); é uma maneira de
descrever o que a opinião pública está disposta a aceitar em um determinado
momento em relação a uma questão qualquer, para que se decida qual é a melhor
maneira de manipulá-la a aceitar o que se quer.”
(página 182)
Certamente, o que mais me agradou na leitura foi a
exposição das mais diversas teorias. Às vésperas de uma eleição, acho
importante pensarmos no que pode estar por trás de tantas promessas e
discursos: a exposição da necessidade do povo ou a vontade de quem está no
poder. Não apenas em épocas de eleição, A Janela de Overtonfaz um
lembrete de que devemos manter nosso senso crítico em qualquer situação
política, a fim de sermos capazes de evitar possíveis manipulações.
Também, gostei das personagens criadas,
principalmente de Molly. Sua personalidade me agradou, talvez, em parte, por
conta de sua imprevisibilidade. Porém, o que realmente me fez admirar a
personagem, tal qual sua mãe, foi sua incrível força de defender aquilo que ela
acredita. Ainda, gostei da relação desenvolvida entre ela e Noah, exatamente
por causa do forte temperamento da mulher.
Apesar de a narrativa ser bem estruturada e fluida,
nem em todos os momentos me mantive completamente inserida na história; diria
que fiz uma leitura mais superficial, mais de quem observa e reflete sobre a
história do que se vê participando dela. Contudo, isso não significa que tenha
sido uma má leitura, muito pelo contrário.
Indico o livro a todos que gostem de leituras
polêmicas, recheada de fatos históricos. O posfácio é também muitíssimo
recomendado, uma vez que há a listagem das referências utilizadas e as
explicações do autor sobre todos os fatos reais sutilmente mencionados no
livro.
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