quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ruptura institucional, uma quebra completa e definitiva das regras do jogo político

O Brasil ainda vive em uma democracia em consolidação, ainda incipiente. Infelizmente, em grande parte de nossa história, vivemos à sombra de golpes de estado e revoluções, como a de 1930 e mais recentemente em 1964. A cada ruptura institucional, o regime democrático sofria um duro golpe, atingindo-o no seu ponto fundamental: o respeito ao Estado Democrático de Direito.

O Brasil está pagando um preço alto pela falta da prática democrática através dos anos e como conseqüência, a falta de ética e transparência em suas instituições. O amadurecimento está acontecendo do modo mais difícil. É necessário que o Brasil passe por estes acontecimentos, pois eles fazem parte da maturação pela qual o Estado brasileiro tem que, necessariamente, passar. Ainda hoje, em grau infinitamente menor, ainda existem denúncias de corrupção em um regime amadurecido e estável, de mais de 200 anos, como é o caso da democracia norte-americana, onde a ética está no topo dos valores nacionais, como foi recentemente retratado no livro “Shadow” de  Bob Woodward.

De qualquer forma, o caminho que o Brasil tem que trilhar ainda é longo e depende principalmente da consolidação do regime democrático e do respeito ao Estado de Direito, que são os pilares básicos de sustentação de uma sociedade estável e ética. ( Márcio C. Coimbra) http://www.ambito-juridico.com.br/


Sem violências mas com toda a energia, há de se fazer a limpeza pelo expurgo dos mandatos políticos e dos postos administrativos, daqueles que se mostram indignos do voto do povo ou se serviram dos cargos em que se encontram para  enriquecimento ilícito.

Está provavelmente, no Ministério da Educação, o setor de maior importância na “operação limpeza” por isso mesmo que através dele é que se instala o veneno da ideologia na mente dos jovens. O comunismo dedicou sempre especial carinho aos processos educacionais, por considerá-los eficazes veículos de doutrinação.  "Infelizmente".

Jamais se viu qualquer comunista, dos que enchem a boca com as grandes frases da defesa dos Direitos Humanos, protestar contra as dezenas de milhões de pessoas que foram torturadas e mortas nas prisões russas, nem contra as deportações em massa para a Sibéria, nem contra os fuzilamentos incessantes e as prisões cheias em Cuba.

Tratando-se de inimigo do comunismo tudo é para os partidários de Marx e Lenin, e sobretudo de Stalin, perfeitamente justo e até necessário. Devemos, porém, provar que os métodos comunistas que abominamos não devem ser admitidos numa democracia
como a nossa.  “o ocultamento, negação ou obscurecimento de relações de dominação, são apresentadas de uma maneira que desvia nossa atenção, ou passa por cima de relações e processos existentes” estratégia de expurgo do outro “construção de um inimigo, seja ele interno ou externo, que é retratado como mau e perigoso, contra o qual os indivíduos são chamados a resistir coletivamente ou a expurgá-lo”. “o poder lhe confere a palavra e a palavra lhe assegura o poder”. Nesse sentido, a manipulação das informações se transforma, assim, em manipulação da realidade. (Maria Lourdes. História e imprensa. In Revista Comunicação e Artes, Ano 15, n.24, set/dez, 1990, p. 58).

Os agentes da CIA teceram, sem dúvida, toda a rede da conspiração contra o governo de João Goulart, com a colaboração não só de militares brasileiros, mas, também, de latifundiários, comerciantes e industriais, amatilhando os radicais da direita para atos de terror e sabotagem, lutas de guerrilha e anti-guerrilha  (BANDEIRA, Moniz. O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Civilazão Brasileira, 1983) O golpe militar no Brasil foi um contra-revolução dentro da suposta revolução que estaria em curso.

É o Congresso e não o presidente da República que deve encaminhar as reformas e ajuizá-las na sua conveniência e em sua profundidade.

Os devaneios continuístas e ditatoriais que tumultuam o cenário político nacional geralmente sob inspiração extracontinental, certamente estão verificando que seu programa de subversão da ordem pública é impraticável: a consciência democrática brasileira vem demonstrando capacidade magnífica para reagir às ações destinadas a destruir o regime de liberdades individuais vigentes no País. [...] É preciso lembrar, também, que a liberdade – que os comunistas reclamam para pregar a dissolução da democracia - não existiu na sua pátria intelectual, a União Soviética muito menos em Cuba.

A suposta infiltração de comunistas cubanos no Brasil, a racionalização construída analisa: (O episódio de 1937, quando Vargas decretou o Estado Novo calcado na ameaça de uma insurreição comunista, é um exemplo dessa construção simbólica do comunismo como uma ameaça em potencial para o Brasil).

As garantias soviéticas asseguradas ao comunismo – vão além e incluem o direito de Cuba intervir na vida interna de países latino-americanos despachando para os mesmos agentes subversores, armas e explosivos.

Ao associar a tática de Hitler à mesma utilizada por Fidel Castro em Cuba, constrói-se uma racionalização que objetivaria construir uma imagem negativa do comunismo, bem como dos países que o representavam.

É, como se vê, uma ameaça igual as que têm por objetivo sustentar, em Havana, o detestado traidor de Sierra Maestra, igual também as que Adolf Hitler proferia aos berros para preparar os seus crimes, os seus latrocínios políticos, conseguindo com essas ameaças manter a distância os que eram jurídica e moralmente obrigados a opor se á sua prepotência. (25/1/1964, “O inimigo comanda a fortaleza”, editorial)

As investigações policiais que feitas, depois da Revolução trouxe  á luz farta documentação de que indivíduos e grupos recebiam armas e dinheiro de Fidel Castro, sobretudo no Nordeste (3/6/1964, “Retardamento estranhável”, editorial.)

Em editorial que tratou da preocupação do Papa Paulo VI com o futuro da Igreja no hemisfério sul, a racionalização construída defendeu que era preciso dar à América Latina bons sacerdotes, que tenham zelo e confiança, e “que não professem de um materialismo agnóstico e anti cristão”. Faz-se necessário estar atento, pois a “infiltração comunista” já chegou bem forte aos círculos religiosos. Deste modo: O autêntico e distintivo nome cristão a que se refere o Santo Padre é, em nosso Continente, alvo das mais perigosas tentações. O inimigo ronda, espreita, para se aproveitar das fraquezas daqueles cujos passos acompanha semeando o caminho de armadilhas sutis e, por isso, terrivelmente perigosas. Ora, a transigência de homens que têm uma delicada missão a cumprir influi vincadamente no ânimo das criaturas simples, predispondo-as a uma capitulação total. (6/3/1964, “Heroísmo pastoral”, editorial)

O Brasil nada tem feito de sério para lutar contra o terrível mal que está destruindo até o cerne a sua frágil economia. Os governos, há mais de trinta anos, confrontam o problema pôr meio de paliativos que apenas enganam aqueles que querem se deixar enganar. Já chegamos aos níveis mais baixos da renda nacional, nos últimos trinta anos, a moeda desvaloriza-se numa proporção superior a cem por cento, como já aconteceu no ano passado, e as medidas governamentais não invariavelmente as mesmas: aumentar os salários ao mesmo tempo em que se abandona o setor da produção. (1/3/1964. “Fim do túnel”, editorial)   Entre as missões das Forças Armadas figura em primeiro lugar e com absoluta prioridade sobre todas as demais, a defesa da unidade nacional. Neste momento, a unidade nacional está correndo o maior risco a que se expôs desde os dias da Independência. Jamais duvidaremos de que as Forças Armadas estejam firmes e inabaláveis no juramento de defender a integridade e unidade política do Brasil. Mas pode acontecer, como de fato sucede agora, que as Forças Armadas pareçam inadvertidas da tremenda ameaça que pesa sobre a unidade que tantos sacrifícios custaram aos nossos maiores e que é o grande título de nosso orgulho nacional. 

Quem ameaça a unidade nacional são os comunistas que infestam os altos postos governamentais, que se encontram como assessores do presidente da República e que estão até mesmo dentro do Conselho Nacional de Segurança. 

O Brasil salvou-se, graças à energia do seu povo, à impetuosa resistência das mulheres brasileiras e à adesão das Forças Armadas, fiéis como sempre á sua vocação histórica de amor à democracia e de defensoras da unidade nacional. E salvando-se a América e o mundo de novos assaltos do comunismo. 

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