Como se forma o petróleo abiótico?
As elevadas temperaturas do magma são a fonte de energia para este fenómeno geológico. O resultado deste processo designa-se de petróleo abiótico, pois a sua produção não deriva de formas biológicas de vida, mas sim por um processo químico no interior da Terra. Este processo acontece ininterruptamente e continuamente.
O artigo tem apenas a função de dar a informar explicações diferentes para a origem do petróleo. E apesar das técnicas, neste momento, serem altamente poderosas e refutarem, quase por completo, a origem abiogénica, não deixa de ser uma teoria que foi defendida durante muitos anos e que continua a ser aceite por alguns.
RESPOSTA:
Como é sabido nada é inesgotável, não só no Planeta, como no Universo. Tudo o que nasce morre, estando tudo sujeito à segunda Lei da Termodinâmica, no que concerne à regra Universal da Entropia, (quantidade de desordem existente num sistema) que aponta, para toda ou qualquer substância, a ‘flecha do tempo’, num só sentido, ou seja a corrida ininterrupta, essa sim, para a decadência e morte.
Quando o hidrogénio, num futuro longínquo, se extinguir, no nosso Universo finito, (dado se ter descoberto há cerca de seis anos atrás, os seus limites) e por consequência deixar de alimentar, como combustível, as estrelas que compõem as galáxias, na sucessiva transformação de elementos químicos mais leves em elementos químicos mais pesados, chamada nucleossíntese, acontecerá inexoravelmente, por força da Lei da Entropia anteriormente referida, a toda a massa ou matéria, versus energia o desaparecimento progressivo do calor ou temperatura, dando início ao seu arrefecimento até atingir o zero absoluto, ou seja 273,16 graus célsius negativos, correspondente à morte absoluta, traduzida nas paragens das nuvens electrónicas em redor de todos os núcleos atómicos, durante um período de 1, seguido de cem zeros, deixando de haver, como é evidente, qualquer movimento ou animação, contrariamente ao que vem acontecendo, desde os primeiros instantes após a ocorrência do Big Bang, até aos dias de hoje, em que nada mesmo nada, está parado no Universo, conforme conclusão unânime da comunidade científica, encabeçada pelo ‘monstro’ da física Albert Einstein.
Quando o autor do documento afirma que o petróleo não é, ou nunca foi, um combustível fóssil e põe em causa os conhecimentos adquiridos no decorrer dos últimos dois séculos, mente e erra de novo, pelas seguintes razões:
O petróleo aparece em bacias de rochas sedimentares, para onde são dirigidas e acumulados os detritos (sedimentos) de rochas mais antigas, substâncias químicas principalmente matéria orgânica, de origem animal e vegetal. À medida que mais sedimentos se vão acumulando na bacia, vai aumentando a pressão e temperatura sobre a matéria orgânica depositada. O petróleo é o resultado de acção de pressão e temperaturas exercidas pelas camadas de rochas ao longo de tempo geológico de milhões e milhões de anos, sobre a matéria orgânica depositada. O carbono é o principal elemento constituinte da matéria orgânica. O petróleo resulta das combinações de moléculas de hidrogénio e carbono, motivo por que se dá a denominação de hidrocarbonetos, para o petróleo e gás natural.
A origem orgânica, está fundamentada, entre outras evidências, pelas análises geoquímicas, pelos estudos de Paleontologia e pela ocorrência e compostos orgânicos nitrogenados, efectuados ao longo destes dois últimos séculos por milhentos Institutos, Universidades, Laboratórios etc., com o aval de toda a comunidade científica. Outros factores contribuem para este resultado. Como a subducção da massa basáltica, existente no subsolo oceânico, deriva dos Continentes, provocada pelo movimento das placas tectónicas etc., que me escuso de explanar, para não tornar o documento demasiado extenso e fastidioso.
Quando o autor do documento ‘ficcionado’, afirma que a Rússia, está a extrair petróleo ou petróleo abiótico, segundo sugere, dos 310 poços ou jazidas de petróleo, cada um deles, com mais de l3 quilómetros de profundidade, passando, por isso, com aquela extracção, a figurar como o primeiro país produtor daquelas matérias-primas, em detrimento da Arábia Saudita, é a única verdade, que encontro no documento, em relação a este último aspecto, no reconhecimento em termos estatísticos, de um quantitativo superior extraído pela Rússia, pois é sabido que a maior jazida de petróleo do mundo, chamada de Ghawar, situada naquele País Árabe, da qual ainda há bem pouco tempo se chegava a extrair 7,5 milhões de barris diários, começou a declinar há cerca de dois anos, por ter atingido o chamado pico de Hubbert, vulgo ‘peak oil’.
Por essa altura a Arábia Saudita, como principal produtor de petróleo da OPEC, chegou a produzir, ainda há bem pouco tempo, 12 milhões de barris de petróleo por dia, passando, na actualidade a produzir cerca de 9,45 milhões de barris, permitindo assim, a ultrapassagem por parte da Rússia, cuja produção atinge pelos últimos dados recolhidos, cerca de 10,700 milhões de barris diários.
Em relação à primeira parte, no que se refere aos 310 poços com mais de l3 quilómetros de profundidade, localizados na Rússia, de onde se vem extraindo petróleo abiótico, segundo é sustentado na referida teoria, dificilmente se poderá mentir, com tanta lata e desfaçatez. Como diz o Povo, apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.
Na província de Kola, na Sibéria, mais propriamente junto ao círculo polar Árctico, a Rússia, com objectivos e propósitos exclusivamente geológicos, procedeu já há alguns anos, à perfuração do maior furo do Planeta, tendo parado a perfuração, por razões que não me recordo, exactamente à profundidade de 12 quilómetros e 23 metros, com o objectivo de estudar a composição das rochas e ainda se possível desvendar segredos ou outros fenómenos ocultos que porventura pudessem vir a serem revelados do interior do nosso Planeta, para melhor conhecimento da sua composição química em locais totalmente inexplorados.
Ficaram desiludidos por verificarem ou terem encontrado, com grande surpresa e àquela profundidade rochas graníticas, onde nunca por nunca, mesmo que não fosse o objectivo inicial, alguma vez poderiam encontrar qualquer gota de petróleo, pois como acima ficou sublinhado só poderá ser encontrado em rochas sedimentares.
Em termos matemáticos, subtraindo um poço, mesmo assim de menor profundidade do que os 310, descritos ou apontados, pelo autor do documento, faltam ainda 309 poços. Patranhas, pantomimas, embustes, banha da cobra, desta grandeza, só podem ser achadas no ‘Continente’ ou na Feira da Ladra.
Que eu saiba, nunca ninguém até hoje, extraiu petróleo a essas profundidades., desafiando quem quer que seja, a começar pelos trabalhadores das grandes empresas petrolíferas Shell, Exxon, Gazpron Petrobrás, Repsol Galp etc., todos os seus quadros superiores, sem esquecer ainda o autor do documento. Uma conclusão foi tirada, dessa dita perfuração, passou-se a saber para registo e acréscimo de conhecimento que à profundidade de 10 quilómetros foi encontrada e uma temperatura de 200 graus célsius.
Como o meu amigo sabe há cerca de oito anos o Brasil, no momento considerado um produtor mundial de petróleo, já com uma certa dimensão, descobriu através da Petrobrás duas grandes jazidas de petróleo na bacia de Santos, uma a 70 quilómetros e outra a 270 quilómetros da costa, escondidas debaixo de duas camadas de sal, uma com 300 metros e outra com 3000 metros de espessura, de sal, conhecidas, por isso, como jazidas de petróleo de pré-sal.
Como é sabido, aqui há anos, o consumo de energia, de um barril de petróleo dava para extrair cerca de 30 barris ou mais, porque o petróleo jorrava muito perto da superfície. Quanto mais se extrai mais profundo fica e como é evidente essa mesma extracção exige, cada dia que passa muito maior consumo de energia, calculando-se hoje, em termos mundiais, o consumo de energia de um barril, para conseguir a extracção de três, com tendência evidente e racional para maior e pior cenário, fazendo subir cada vez mais o seu preço.
Por isso mesmo e tendo em conta a grande profundidade daquelas jazidas Brasileiras situada entre os 5 e os 7 quilómetros, muito recentemente o Presidente do Brasil senhor Inácio Lula, num discurso para consumo interno e externo, proferiu a seguinte frase.
O Petróleo não nos vai partir o coração, temos etanol extraído da cana do açúcar e algum petróleo, que nos vai chegando, ficando este desiderato, extracção em profundidade, para as gerações futuras. Para um bom entendedor meia palavra basta. Ele sabe muito bem que daquelas jazidas poderá extrair quando muito cerca de um terço, porque ao chegar a uma determinada profundidade, consumirá inexoravelmente mais energia do que a vai obter. Exemplificando, é como ir ao banco, depositar dois mil euros e ao sair da porta, ficou a saber o depositante que passou a ter somente no dito banco, l500 euros. As leis da Física nunca por nunca poderão ser ultrapassadas, excepto pelos Deuses.
Diz ainda o brincalhão do articulista que o petróleo abiótico devido às altas pressões, sobe pelas fendas ou falhas, das (13) placas tectónicas, tantas quantas eu conheço, até às rochas impermeáveis. Se assim fosse e com os meios tecnológicos conhecidos do autor do documento, mas ignorados por mim, dado não os ter divulgado, absolutamente necessários para a extracção daquela matéria-prima, todos os países do mundo, incluindo o nosso, teriam direito através de licenças concedidas pelos Organismos Internacionais, petróleo ‘inesgotável’ por produção contínua, como ele afirma, passando a vigorar uma nova Lei da Economia, até hoje desconhecida, ou seja, a perpetuação da oferta sobre a procura, enquanto durar a vida do nosso planeta, cuja descoberta dará ao autor da teoria, sem qualquer dúvida o prémio Nobel da Economia, para o ano de 2010, retirando à inteligência Norte-Americana, aquele prémio, habituados que estão a recebê-lo há um bom par de anos.
Era só colocar um tubo, nas ditas fendas ou falhas e ‘chupar’, como dizia o Maradona, numa atitude precipitada para os seus críticos, quando conseguiu, com muito custo e sorte à mistura, colocar o seu País, na rota da África do sul, para a disputa do campeonato do Mundo de futebol, custando-lhe, dois meses de inactividade, como castigo, por parte da FIFA, por este Organismo, considerar essas declarações infelizes, acintosas e provocantes, atentatórias das regras da boa educação e dos bons costumes.
Teríamos todos a gasolina que queríamos e mais os seus derivados, ao preço da chuva, para gáudio de todos os cidadãos do Mundo, ao poderem andar todos de ‘popó’. Mais feliz ficava ainda, o nosso actual primeiro-ministro, engenheiro Sócrates, que ia esfregar as mãos de contente, por passar a ter uma oportunidade única, de nunca mais parar de rasgar ou fraccionar o nosso Território, tanto na horizontal como na vertical, com a construção de mais e mais auto-estradas, não deixando, tenho a certeza, nenhum espaço para a plantação de frutas e cereais tais como, uvas, couves, batatas e tomates.
Além disso, resolveria de uma vez por todas as dificuldades das dívidas, interna e externa, com uma cobrança nunca vista, enchendo os cofres do Estado com arrecadação de milhões e milhões de euros, oriundos das portagens e mais portagens, ficando para minha satisfação e até ao fim dos meus dias, assegurada o pagamento da totalidade minha pensão, que cada vez mais a vejo, por antecipação a ser cortada parcialmente, a curto ou a médio prazo, pela diminuição assustadora da produção de riqueza, sinónimo de empobrecimento que nos espera, em resultado, quase exclusivo, do encarecimento das energias, cada vez mais escassas, indispensáveis ao investimento, em todos os sectores da actividade.
Outrossim, resolveria também definitivamente o problema de desemprego pela instalação nunca antes vista de fábricas de automóveis, passando quase a totalidade dos Portugueses na formação profissional acelerada, a tirar cursos de mecânica, electrónica, pintura e chaparia, permitindo, como antevisão, a troca de veículos automóveis, como quem muda de camisa. Fiquei a pensar na aquisição de um grande espaço para a instalação, para mim e para a família, de uma fábrica de encher pneus, para garantia da minha independência económica.
Voltando ao artigo, afirma o nosso artista, que em Titã, lua do Planeta Saturno, foi encontrada, grande quantidade de hidrocarbonetos, em lagoas, querendo com isso e sub-repticiamente, lançar a confusão nos espíritos menos avisados. Pois se na Terra, o petróleo, tem origem na decomposição orgânica dos seres vivos e, como em Titã, não se descobriu, até hoje, quaisquer sinais de vida presente ou passada, logo portanto, passaria a ter alguma consistência a existência de petróleo abiótico, como é defendida na sua tese, o que é de espantar pelo acerto.
É sabido que em quase todos os Planetas do nosso sistema solar, foram encontrados sinais da existência de metano, cuja composição química de uma sua molécula, com o símbolo CH4, é composta por um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogénio, tratando-se, também, como se evidencia, de um hidrocarboneto, que pode ter origem, da forma seguinte:
O metano é uma substância primordial e aparece durante a evolução natural, no nosso Planeta por reacções químicas complexas e que seguidamente passo a destacar: -
-Decomposição de matéria orgânica por reacções químicas realizadas por bactérias;
-Processo de digestão de animais herbívoros;
-Emanação de vulcões de lama;
-Fontes naturais de ex-pântanos;
-Extracção de combustíveis minerais, entre outros.
Está mais ou menos calculado 90% de metano produzido por decomposição orgânica e os restantes 10% de origem anorgânica, não se podendo extrapolar como é evidente, estas percentagens para outros planetas e luas ou satélites, que destes fazem parte integrante, por não ter sido descoberto, neles até hoje, qualquer espécie de vida.
Assim o metano/hidrocarboneto, existente nas lagoas da Lua de Titã, é com quase toda a certeza de origem anorgânica e primordial, encontrando-se segundo se presume em estado líquido, dada a temperatura de 179 graus negativos existente naquele local, que obriga aquele elemento químico, ou seja o metano a ficar liquefeito a 171 graus abaixo de zero.
Em termos de conclusão é nítido, claro e transparente que o referido documento não tem a mínima credibilidade, como ficou demonstrado. No meu ponto de vista estas brincadeiras são muito semelhantes a muitas outras como por exemplo:
Quando os anjos deixaram de voar, apareceram os ‘OVNIS?
Quando se começa a avistar o fim dos recursos energéticos que movem os transportes terrestres (automóveis de todo o tipo), marítimos e aéreos, indispensáveis à circulação de mercadorias e passageiros à escala global que sustenta o modelo de desenvolvimento que vimos conhecendo, não tem faltado projectos imaginativos, sinónimo de fraude ou embuste, há dezenas de anos a esta parte, como carros movidos a ar comprimido, ar quente, energia solar, moto-contínuo, etc., mas nunca os vemos, a circular, excepto em fotografia. Neste caso particular e à semelhança de muitos outros se houvesse algum fundo de verdade, toda a imprensa regional, nacional e mundial, como todos os meios de comunicação audiovisual noticiavam durante meses este acontecimento.
Além disso as Empresas Petrolíferas disputariam a inteligência do nosso artista a preço da platina, com menosprezo por centenas de milhar de engenheiros, físicos e químicos que fazem parte dos seus quadros e ainda das dezenas de milhões de cientistas que se formam todos os anos nas Universidades e Institutos, em Países de grandes economias, nem a Administração Bush, durante os dois mandatos de quatro anos, cada, mandava perfurar nas plataformas continental e marítima, dos Estados Unidos da América, 180.000 (cento e oitenta mil) furos, em tentativas desesperadas de encontrar mais alguma jazida, não tendo obtido, como é sabido, quaisquer resultados, quando, com um simples e-mail, poderiam ter recorrido, ao nosso iluminado articulista. Que grandes palermas!
Por último, recentemente, como é de conhecimento Universal, a comunidade científica e a pessoas que acompanham com preocupação os fenómenos da alteração climática e do aquecimento global, lamentaram profundamente o fracasso, acontecido na decisão dos grandes protagonistas, maiores consumidores de energias, na dita reunião de Copenhaga, tais como Estados Unidos, China, Índia e Japão, que vai conduzir o Planeta para a catástrofe, quando tinham uma oportunidade única para orientar a política para um menor consumo de combustíveis fósseis e consequente redução de emissões poluentes, preocupação que não encontrei, por muito pouca que fosse, por parte do aldrabão e autor de tal hilariante documento.
A ironia que coloco no texto, faz parte integrante da minha estrutura intelectual e da minha própria identidade, sendo dirigida com total exclusividade ao autor do documento e nunca por nunca, nem ao de leve, tem o objectivo de atingir o meu amigo ou outro qualquer leitor.
Na perspectiva e esperança de contribuir para o apuramento da verdade de um assunto de uma importância colossal, cujo impacto já se faz sentir nos dias de hoje e que ninguém pode ignorar, ou assobiar para o lado, devendo, por isso, estarmos preparados para os enormes trambolhões, pela negativa da economia global, a caminho e ao encontro inexorável da pobreza. Acredite, que coloquei todo o meu saber e total seriedade e honestidade intelectual, com o objectivo de atingir um esclarecimento cabal e inequívoco do meu amigo, que é simultaneamente o meu médico de família, que muito prezo.
Santa Marta de Portuzelo, 5 de Janeiro de 2010-01-07
Quando o hidrogénio, num futuro longínquo, se extinguir, no nosso Universo finito, (dado se ter descoberto há cerca de seis anos atrás, os seus limites) e por consequência deixar de alimentar, como combustível, as estrelas que compõem as galáxias, na sucessiva transformação de elementos químicos mais leves em elementos químicos mais pesados, chamada nucleossíntese, acontecerá inexoravelmente, por força da Lei da Entropia anteriormente referida, a toda a massa ou matéria, versus energia o desaparecimento progressivo do calor ou temperatura, dando início ao seu arrefecimento até atingir o zero absoluto, ou seja 273,16 graus célsius negativos, correspondente à morte absoluta, traduzida nas paragens das nuvens electrónicas em redor de todos os núcleos atómicos, durante um período de 1, seguido de cem zeros, deixando de haver, como é evidente, qualquer movimento ou animação, contrariamente ao que vem acontecendo, desde os primeiros instantes após a ocorrência do Big Bang, até aos dias de hoje, em que nada mesmo nada, está parado no Universo, conforme conclusão unânime da comunidade científica, encabeçada pelo ‘monstro’ da física Albert Einstein.
Quando o autor do documento afirma que o petróleo não é, ou nunca foi, um combustível fóssil e põe em causa os conhecimentos adquiridos no decorrer dos últimos dois séculos, mente e erra de novo, pelas seguintes razões:
O petróleo aparece em bacias de rochas sedimentares, para onde são dirigidas e acumulados os detritos (sedimentos) de rochas mais antigas, substâncias químicas principalmente matéria orgânica, de origem animal e vegetal. À medida que mais sedimentos se vão acumulando na bacia, vai aumentando a pressão e temperatura sobre a matéria orgânica depositada. O petróleo é o resultado de acção de pressão e temperaturas exercidas pelas camadas de rochas ao longo de tempo geológico de milhões e milhões de anos, sobre a matéria orgânica depositada. O carbono é o principal elemento constituinte da matéria orgânica. O petróleo resulta das combinações de moléculas de hidrogénio e carbono, motivo por que se dá a denominação de hidrocarbonetos, para o petróleo e gás natural.
A origem orgânica, está fundamentada, entre outras evidências, pelas análises geoquímicas, pelos estudos de Paleontologia e pela ocorrência e compostos orgânicos nitrogenados, efectuados ao longo destes dois últimos séculos por milhentos Institutos, Universidades, Laboratórios etc., com o aval de toda a comunidade científica. Outros factores contribuem para este resultado. Como a subducção da massa basáltica, existente no subsolo oceânico, deriva dos Continentes, provocada pelo movimento das placas tectónicas etc., que me escuso de explanar, para não tornar o documento demasiado extenso e fastidioso.
Quando o autor do documento ‘ficcionado’, afirma que a Rússia, está a extrair petróleo ou petróleo abiótico, segundo sugere, dos 310 poços ou jazidas de petróleo, cada um deles, com mais de l3 quilómetros de profundidade, passando, por isso, com aquela extracção, a figurar como o primeiro país produtor daquelas matérias-primas, em detrimento da Arábia Saudita, é a única verdade, que encontro no documento, em relação a este último aspecto, no reconhecimento em termos estatísticos, de um quantitativo superior extraído pela Rússia, pois é sabido que a maior jazida de petróleo do mundo, chamada de Ghawar, situada naquele País Árabe, da qual ainda há bem pouco tempo se chegava a extrair 7,5 milhões de barris diários, começou a declinar há cerca de dois anos, por ter atingido o chamado pico de Hubbert, vulgo ‘peak oil’.
Por essa altura a Arábia Saudita, como principal produtor de petróleo da OPEC, chegou a produzir, ainda há bem pouco tempo, 12 milhões de barris de petróleo por dia, passando, na actualidade a produzir cerca de 9,45 milhões de barris, permitindo assim, a ultrapassagem por parte da Rússia, cuja produção atinge pelos últimos dados recolhidos, cerca de 10,700 milhões de barris diários.
Em relação à primeira parte, no que se refere aos 310 poços com mais de l3 quilómetros de profundidade, localizados na Rússia, de onde se vem extraindo petróleo abiótico, segundo é sustentado na referida teoria, dificilmente se poderá mentir, com tanta lata e desfaçatez. Como diz o Povo, apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.
Na província de Kola, na Sibéria, mais propriamente junto ao círculo polar Árctico, a Rússia, com objectivos e propósitos exclusivamente geológicos, procedeu já há alguns anos, à perfuração do maior furo do Planeta, tendo parado a perfuração, por razões que não me recordo, exactamente à profundidade de 12 quilómetros e 23 metros, com o objectivo de estudar a composição das rochas e ainda se possível desvendar segredos ou outros fenómenos ocultos que porventura pudessem vir a serem revelados do interior do nosso Planeta, para melhor conhecimento da sua composição química em locais totalmente inexplorados.
Ficaram desiludidos por verificarem ou terem encontrado, com grande surpresa e àquela profundidade rochas graníticas, onde nunca por nunca, mesmo que não fosse o objectivo inicial, alguma vez poderiam encontrar qualquer gota de petróleo, pois como acima ficou sublinhado só poderá ser encontrado em rochas sedimentares.
Em termos matemáticos, subtraindo um poço, mesmo assim de menor profundidade do que os 310, descritos ou apontados, pelo autor do documento, faltam ainda 309 poços. Patranhas, pantomimas, embustes, banha da cobra, desta grandeza, só podem ser achadas no ‘Continente’ ou na Feira da Ladra.
Que eu saiba, nunca ninguém até hoje, extraiu petróleo a essas profundidades., desafiando quem quer que seja, a começar pelos trabalhadores das grandes empresas petrolíferas Shell, Exxon, Gazpron Petrobrás, Repsol Galp etc., todos os seus quadros superiores, sem esquecer ainda o autor do documento. Uma conclusão foi tirada, dessa dita perfuração, passou-se a saber para registo e acréscimo de conhecimento que à profundidade de 10 quilómetros foi encontrada e uma temperatura de 200 graus célsius.
Como o meu amigo sabe há cerca de oito anos o Brasil, no momento considerado um produtor mundial de petróleo, já com uma certa dimensão, descobriu através da Petrobrás duas grandes jazidas de petróleo na bacia de Santos, uma a 70 quilómetros e outra a 270 quilómetros da costa, escondidas debaixo de duas camadas de sal, uma com 300 metros e outra com 3000 metros de espessura, de sal, conhecidas, por isso, como jazidas de petróleo de pré-sal.
Como é sabido, aqui há anos, o consumo de energia, de um barril de petróleo dava para extrair cerca de 30 barris ou mais, porque o petróleo jorrava muito perto da superfície. Quanto mais se extrai mais profundo fica e como é evidente essa mesma extracção exige, cada dia que passa muito maior consumo de energia, calculando-se hoje, em termos mundiais, o consumo de energia de um barril, para conseguir a extracção de três, com tendência evidente e racional para maior e pior cenário, fazendo subir cada vez mais o seu preço.
Por isso mesmo e tendo em conta a grande profundidade daquelas jazidas Brasileiras situada entre os 5 e os 7 quilómetros, muito recentemente o Presidente do Brasil senhor Inácio Lula, num discurso para consumo interno e externo, proferiu a seguinte frase.
O Petróleo não nos vai partir o coração, temos etanol extraído da cana do açúcar e algum petróleo, que nos vai chegando, ficando este desiderato, extracção em profundidade, para as gerações futuras. Para um bom entendedor meia palavra basta. Ele sabe muito bem que daquelas jazidas poderá extrair quando muito cerca de um terço, porque ao chegar a uma determinada profundidade, consumirá inexoravelmente mais energia do que a vai obter. Exemplificando, é como ir ao banco, depositar dois mil euros e ao sair da porta, ficou a saber o depositante que passou a ter somente no dito banco, l500 euros. As leis da Física nunca por nunca poderão ser ultrapassadas, excepto pelos Deuses.
Diz ainda o brincalhão do articulista que o petróleo abiótico devido às altas pressões, sobe pelas fendas ou falhas, das (13) placas tectónicas, tantas quantas eu conheço, até às rochas impermeáveis. Se assim fosse e com os meios tecnológicos conhecidos do autor do documento, mas ignorados por mim, dado não os ter divulgado, absolutamente necessários para a extracção daquela matéria-prima, todos os países do mundo, incluindo o nosso, teriam direito através de licenças concedidas pelos Organismos Internacionais, petróleo ‘inesgotável’ por produção contínua, como ele afirma, passando a vigorar uma nova Lei da Economia, até hoje desconhecida, ou seja, a perpetuação da oferta sobre a procura, enquanto durar a vida do nosso planeta, cuja descoberta dará ao autor da teoria, sem qualquer dúvida o prémio Nobel da Economia, para o ano de 2010, retirando à inteligência Norte-Americana, aquele prémio, habituados que estão a recebê-lo há um bom par de anos.
Era só colocar um tubo, nas ditas fendas ou falhas e ‘chupar’, como dizia o Maradona, numa atitude precipitada para os seus críticos, quando conseguiu, com muito custo e sorte à mistura, colocar o seu País, na rota da África do sul, para a disputa do campeonato do Mundo de futebol, custando-lhe, dois meses de inactividade, como castigo, por parte da FIFA, por este Organismo, considerar essas declarações infelizes, acintosas e provocantes, atentatórias das regras da boa educação e dos bons costumes.
Teríamos todos a gasolina que queríamos e mais os seus derivados, ao preço da chuva, para gáudio de todos os cidadãos do Mundo, ao poderem andar todos de ‘popó’. Mais feliz ficava ainda, o nosso actual primeiro-ministro, engenheiro Sócrates, que ia esfregar as mãos de contente, por passar a ter uma oportunidade única, de nunca mais parar de rasgar ou fraccionar o nosso Território, tanto na horizontal como na vertical, com a construção de mais e mais auto-estradas, não deixando, tenho a certeza, nenhum espaço para a plantação de frutas e cereais tais como, uvas, couves, batatas e tomates.
Além disso, resolveria de uma vez por todas as dificuldades das dívidas, interna e externa, com uma cobrança nunca vista, enchendo os cofres do Estado com arrecadação de milhões e milhões de euros, oriundos das portagens e mais portagens, ficando para minha satisfação e até ao fim dos meus dias, assegurada o pagamento da totalidade minha pensão, que cada vez mais a vejo, por antecipação a ser cortada parcialmente, a curto ou a médio prazo, pela diminuição assustadora da produção de riqueza, sinónimo de empobrecimento que nos espera, em resultado, quase exclusivo, do encarecimento das energias, cada vez mais escassas, indispensáveis ao investimento, em todos os sectores da actividade.
Outrossim, resolveria também definitivamente o problema de desemprego pela instalação nunca antes vista de fábricas de automóveis, passando quase a totalidade dos Portugueses na formação profissional acelerada, a tirar cursos de mecânica, electrónica, pintura e chaparia, permitindo, como antevisão, a troca de veículos automóveis, como quem muda de camisa. Fiquei a pensar na aquisição de um grande espaço para a instalação, para mim e para a família, de uma fábrica de encher pneus, para garantia da minha independência económica.
Voltando ao artigo, afirma o nosso artista, que em Titã, lua do Planeta Saturno, foi encontrada, grande quantidade de hidrocarbonetos, em lagoas, querendo com isso e sub-repticiamente, lançar a confusão nos espíritos menos avisados. Pois se na Terra, o petróleo, tem origem na decomposição orgânica dos seres vivos e, como em Titã, não se descobriu, até hoje, quaisquer sinais de vida presente ou passada, logo portanto, passaria a ter alguma consistência a existência de petróleo abiótico, como é defendida na sua tese, o que é de espantar pelo acerto.
É sabido que em quase todos os Planetas do nosso sistema solar, foram encontrados sinais da existência de metano, cuja composição química de uma sua molécula, com o símbolo CH4, é composta por um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogénio, tratando-se, também, como se evidencia, de um hidrocarboneto, que pode ter origem, da forma seguinte:
O metano é uma substância primordial e aparece durante a evolução natural, no nosso Planeta por reacções químicas complexas e que seguidamente passo a destacar: -
-Decomposição de matéria orgânica por reacções químicas realizadas por bactérias;
-Processo de digestão de animais herbívoros;
-Emanação de vulcões de lama;
-Fontes naturais de ex-pântanos;
-Extracção de combustíveis minerais, entre outros.
Está mais ou menos calculado 90% de metano produzido por decomposição orgânica e os restantes 10% de origem anorgânica, não se podendo extrapolar como é evidente, estas percentagens para outros planetas e luas ou satélites, que destes fazem parte integrante, por não ter sido descoberto, neles até hoje, qualquer espécie de vida.
Assim o metano/hidrocarboneto, existente nas lagoas da Lua de Titã, é com quase toda a certeza de origem anorgânica e primordial, encontrando-se segundo se presume em estado líquido, dada a temperatura de 179 graus negativos existente naquele local, que obriga aquele elemento químico, ou seja o metano a ficar liquefeito a 171 graus abaixo de zero.
Em termos de conclusão é nítido, claro e transparente que o referido documento não tem a mínima credibilidade, como ficou demonstrado. No meu ponto de vista estas brincadeiras são muito semelhantes a muitas outras como por exemplo:
Quando os anjos deixaram de voar, apareceram os ‘OVNIS?
Quando se começa a avistar o fim dos recursos energéticos que movem os transportes terrestres (automóveis de todo o tipo), marítimos e aéreos, indispensáveis à circulação de mercadorias e passageiros à escala global que sustenta o modelo de desenvolvimento que vimos conhecendo, não tem faltado projectos imaginativos, sinónimo de fraude ou embuste, há dezenas de anos a esta parte, como carros movidos a ar comprimido, ar quente, energia solar, moto-contínuo, etc., mas nunca os vemos, a circular, excepto em fotografia. Neste caso particular e à semelhança de muitos outros se houvesse algum fundo de verdade, toda a imprensa regional, nacional e mundial, como todos os meios de comunicação audiovisual noticiavam durante meses este acontecimento.
Além disso as Empresas Petrolíferas disputariam a inteligência do nosso artista a preço da platina, com menosprezo por centenas de milhar de engenheiros, físicos e químicos que fazem parte dos seus quadros e ainda das dezenas de milhões de cientistas que se formam todos os anos nas Universidades e Institutos, em Países de grandes economias, nem a Administração Bush, durante os dois mandatos de quatro anos, cada, mandava perfurar nas plataformas continental e marítima, dos Estados Unidos da América, 180.000 (cento e oitenta mil) furos, em tentativas desesperadas de encontrar mais alguma jazida, não tendo obtido, como é sabido, quaisquer resultados, quando, com um simples e-mail, poderiam ter recorrido, ao nosso iluminado articulista. Que grandes palermas!
Por último, recentemente, como é de conhecimento Universal, a comunidade científica e a pessoas que acompanham com preocupação os fenómenos da alteração climática e do aquecimento global, lamentaram profundamente o fracasso, acontecido na decisão dos grandes protagonistas, maiores consumidores de energias, na dita reunião de Copenhaga, tais como Estados Unidos, China, Índia e Japão, que vai conduzir o Planeta para a catástrofe, quando tinham uma oportunidade única para orientar a política para um menor consumo de combustíveis fósseis e consequente redução de emissões poluentes, preocupação que não encontrei, por muito pouca que fosse, por parte do aldrabão e autor de tal hilariante documento.
A ironia que coloco no texto, faz parte integrante da minha estrutura intelectual e da minha própria identidade, sendo dirigida com total exclusividade ao autor do documento e nunca por nunca, nem ao de leve, tem o objectivo de atingir o meu amigo ou outro qualquer leitor.
Na perspectiva e esperança de contribuir para o apuramento da verdade de um assunto de uma importância colossal, cujo impacto já se faz sentir nos dias de hoje e que ninguém pode ignorar, ou assobiar para o lado, devendo, por isso, estarmos preparados para os enormes trambolhões, pela negativa da economia global, a caminho e ao encontro inexorável da pobreza. Acredite, que coloquei todo o meu saber e total seriedade e honestidade intelectual, com o objectivo de atingir um esclarecimento cabal e inequívoco do meu amigo, que é simultaneamente o meu médico de família, que muito prezo.
Santa Marta de Portuzelo, 5 de Janeiro de 2010-01-07
(Luiz Gonzaga Parente Ribeiro Moreira)
E-mail luís.g.moreira@sapo.pt
Telefone 258830323
Telemóvel 966250450
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