terça-feira, 15 de junho de 2010

Holocausto dos indios e negros na América do Sul

Os invasores da Europa nas terras da América do Sul, ingleses, franceses, portugueses, espanhóis... e os Árabes que se beneficiaram do trabalho escravo dos pobres negros da África, dos índios assassinados, genocídios, o maior holocausto do mundo, e expropriação do solo em nossas terras, o roubo do ouro, prata, e bens preciosos, as custas do sangue dos povos que em paz no paraíso perdido viviam. Ancoraram suas naus nas costas não respeitando ninguém; mataram, assassinaram, estupraram, deixaram a sífilis, expropriaram. Tudo o que aconteceu, deve ser revisto nos tribunais internacionais e ressarcido aos povos prejudicados que no final, HERDARAM à dívida externa e interna deixada pelos saqueadores.

A  chegada dos invasores na América,  nada mais é do que usurários invasores que comemoram como suas,  as descobertas dos outros; aliado ao crime de não-reconhecimento do outro sim como objeto, e não como pessoas de direitos iguais, mas de culturas diferentes, “gozo de poder” exercido sobre o outro.

Escravos na lavagem de diamantes 
Escravos catando ouro
 
 
 
“Somente durante um século foi para Portugal, extraído das minas de quatro províncias brasileiras, a insignificante soma de 63,417 arrobas de ouro bruto”. “De 1751 a 1769, os navios saídos do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco levam para Lisboa, em moedas de ouro cunhadas no Brasil 29,265:352$000 para o erário régio, e para os particulares”. Imaginem quem está a ler; O quanto levaram de bens preciosos do Brasil de 1492 à 1750?= ouro, prata, diamantes, estanho, páu-brasil, óleo de baleia, açúcar... sem custo algum, a terra grátis, a mão-de-obra grátis, índios e negros assassinados... calaram as suas bocas.
Sabias palavras de Léon de Poncis: a Maçonaria é um conjunto e uma superposição de associações secretas, espalhadas no mundo inteiro. Seu fim é destruir a atual civilização de base cristã substituindo-a por outra civilização racionalista, e ateia que teria como religião a razão e a ciência, o que conduz, em linha reta, para o materialismo. É o conflito entre o racionalismo e a idéia cristã, entre os direitos de Deus e os direitos dos homens que seria promovido a homem-Deus, dirigindo pelo Estado-Deus. Para chegar a esse resultado final foi necessário começar mentindo, enganando  as monarquias que representam os princípios da autoridade e da tradição, para substituí-las lentamente, pela república maçônica ateia e universal.
 

escravo no transporte do ouro

Tão fabulosa a exportação de capitais, não foram mais que o início de um plano  para garantir a reconstrução da bárbara Europa (6). Enganaram às massas ocultando à verdade, manipularam a história...  A mentira e a hipocrisia tornam-se a característica de todos os movimentos revolucionários  da maçonaria judaica, utilizando como lema a mentira, mentir como um demônio; como escrevia Voltaire: o lema destes movimentos é mentir sempre e com audácia. Não esqueçamos o que disse Benjamim Disraeli, primeiro ministro britânico: o mundo é governado por personagens muito diferentes daquelas que são imaginadas por aqueles que não estão atrás dos bastidores.

 
A Europa deve a América do Sul
 
... a Europa não seria a Europa sem a matança dos indígenas na América, sem a escravização dos filhos da África, para trazer à luz apenas um par de exemplos desses esquecimentos. "Deve os brasileiros contestarem, pela passagem dos séculos da invasão do território brasileiro, refletir sobre os milhões de índios assassinados pela ganância do homem branco. Inclusive indagar aos europeus beneficiados o porque da vergonha que carregamos por ser o último país que aboliu a escravidão. Inclusive, protestar, exigindo das autoridades o reembolso pela exploração das riquezas que foram extraídas de nossas terras nos famosos ciclos econômicos (ou exploratórios) para o enriquecimento da Europa."

Colombo desejava  encontrar ouro e prata para libertar a "Terra Santa” Jerusalém dos turcos otomanos
 
O Grande Khan, Imperador da China,  em solicitação endereçada, no século XIII, ao  navegador veneziano Marco Polo, para ser instruído na doutrina cristã,  a expansão  da fé cristã e a concretização da prédica de Cristo, Ide e pregai a toda criatura, presente nos  Evangelhos canônicos, representando para a mentalidade medieval cristã, a edificação de uma  Republica Christiana universal, (Manuel Rosa "Colón. La Historia Nunca Contada",à  aventura dos Grandes Descobrimentos).  Encoraja assim,  Cristovan Colombo,  conforme Garcia de la Riegla, de Pontevedra, na Galiza,  Colombo era de raça judia da primeira metade do século XV (11)”, juntou-se a seu irmão Bartolomeu, bom cartógrafo e construtor de esferas era muito entendido em cosmografia, e bom marinheiro, embora não se saiba onde foi buscar esses conhecimentos, sendo sempre um colaborador leal e eficaz do navegador,(10). O imaginário de Colombo, ao pretender, com as riquezas em ouro  e prata das recém-descobertas Índias Ocidentais, equipar e enviar uma cruzada destinada a  libertar a “terra santa” Jerusalém dos turcos otomanos, então governados pelo Sultão Solimão, o Magnífico.  Colombo expressa, em seu Diário de Viagem, na data de 26 de dezembro de 1492, que deseja  encontrar ouro em “quantidade suficiente para que os Reis possam, em menos de três anos,  preparar e empreender a conquista da Terra Santa”. Ademais, na Carta aos Reis , de 31 de  agosto de 1498, o almirante prossegue, afirmando que ‘foi assim que manifestei a Vossas  Altezas o desejo de ver os benefícios de minha atual empresa consagrados à conquista de  Jerusalém, o que fez Vossas Altezas sorrirem, dizendo que isto lhes agradava, e que mesmo  sem este benefício, este era seu desejo.” (5).
 
A Profecia de Las Casas
“Creio que por causa dessas obras ímpias, criminosas e ignominiosas, perpetradas de modo tão injusto, tirânico e bárbaro, Deus derramará sobre a Espanha, bem ou mal sua fúria e sua ira, porque toda a Espanha, bem ou mal, teve o seu quinhão das sangrentas riquezas, usurpadas à custa de tanta ruína e extermínio.” (01)
 
Segundo Tzvetan Todorov, o massacre dos índios ocorrido na América, não se deixa explicar somente pelo desejo de riqueza, com a submissão de todos os valores ao ouro, ele traz à baila a questão do “gozo de poder” exercido sobre o outro, favorecido pela dissonância entre as leis que regem a metrópole e as que regem a colônia (02). 
 
Segundo Alfredo Bosi, Estranha religião, meio barroca meio mercantil (...) a cruz chantada na terra do pau-brasil, e subjugará os Tupi, mas em nome da mesma cruz, haverá quem peça liberdade para os índios e misericórdia para os negros. O culto celebrado nas missões jesuíticas dos Sete Povos será igualmente rezado pelos habitantes que ungidos por seus capelães, irão massacrá-los sem piedade. A colonização é um projeto totalizante cujas forças motrizes poderão sempre buscar-se no nível do ‘colo’: ocupar um novo chão, explorar os seus bens, submeter os seus naturais. Mas os agentes desse processo não são apenas suportes físicos de operações econômicas, são também crentes... É uma luta material e cultural ao mesmo tempo.(03). Coloca-nos a indagação porque “o primeiro ato de Colombo ao desembarcar no Novo Mundo foi erguer uma cruz, dessa forma, a conquista teria sido feita em nome do cristianismo, da necessidade de propagar a religião cristã” (4).


Por Las Casas as medidas para o término com a escravidão dos índios:

• Proibir trabalho Indígena, com o objetivo de repovoamento. Este tipo de trabalho, só poderia ser feito em parceria com lavradores espanhóis.


• Possibilitar a todos uma vida mais humana, fazendo-os viver em comunidade.

• O alvo de Las casas era criar um sistema colonial que substituísse o atual, visando a proteção e garantindo a justiça para os índios, evitando que ocorressem mais massacres no Novo Mundo.
 
Após a frustração de seu projeto de Colonização Pacífica, Las Casas começa a redigir uma obra chamada de "A brevíssima relação da destruição das Índias". Um livro polêmico onde narra o processo de invasão do Caribe, América Central, México, Colômbia, Venezuela e Peru. Neste livro Las Casas narra a sangrenta participação dos soldados espanhóis nas invasões. Vejamos um trecho:
“Os espanhóis,  com seus cavalos, espadas e laças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e faziam em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas obre quem, de um só golpe de espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem mais habilmente e mais destramente e um só golpe lhe cortaria a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe.”
 
Com o fracasso de seu projeto, Las Casas começa a incentivar a escravidão negra como meio de resgatar os índios da escravidão. Ele fazia isto, devido a influência da época de que os negros haviam sido escravizados ha mais tempo, e por isto eram acostumados ao trabalho forçado. Mais tarde, Las Casas Reconheceu que este tipo de escravidão era tão repugnante quanto a escravidão negra, e se retratou do incentivo que dera contra os negros.




Às jovens nações africanas cujo sangue, no século XVI e XVII muito concorreu para cimentar a riqueza da América Inglesa. O tráfico negreiro explorado largamente, ligado por interesses econômicos e pelo entabulamento das jazidas mineralógicas. Quando o ouro do Brasil ponderou na economia européia levaram ouro, prata, diamantes, estanho, pau Brasil, assucar, tabaco, óleo de baleia... O escravismo era um negócio de natureza capitalista, ao alcance da burguesia. [Aonde o mercado consumidor de “peças”(escravos) estava voltado para Portugal, Ilhas adjacentes, Espanha e Índias Ocidentais.] E... os ingleses estabelecem uma benfeitoria na guiné, de onde levam escravos para as ilhas Barbados (7). 

O tráfico do ébano africano recebe o apoio do venturoso D.Manuel. Os reis do congo mercenários, déspotas, "vejam o Haiti de hoje", mantém acordos com os Europeus em 1547, 1567 e 1571 para o escambo de "peças" (escravos).


A proibição de usarem os índios como escravos conforme decreto de 1595 e 1596 deu início nos resgates na África Ocidental. O "ouro negro" resgatado da Guiné, do Congo e Angola eram cobiçados pelos franceses, ingleses e holandeses. Amarravam os infelizes dois a dois até as canoas e embarcados as doenças e epidemias eram resolvidas atirando-os ao mar por ordem de seus donos para evitar despesas. A Longa viagem jamais seria esquecida por aqueles que chegavam vivos no destino, assentados em filas paralelas de uma à outra extremidade de cada cobertura, ao se deitarem para dormir curvavam-se para trás deitando a cabeça sobre o colo dos que os seguiam nas fileiras, navegavam amontoados uns por cima dos outros, raramente se banhavam a bordo ou se alimentavam devidamente; as peças postas à venda: crianças, moleques, jovem ou adulto, macho ou fêmea. O eclesiástico Tomás de Mercado, na obra Summa de Tratos e Contratos de 1571 considerava ser ilícito o tráfico de negros assim como os lucros em que os europeus economistas e mercadores da época não admitiam. Ao descrever as viagens afirmou que os escravos eram transportados nus, famintos e sedentos; que em uma só nau os mercadores colocavam quatrocentos a quinhentos escravos afirmando que em uma só noite morreram cento e vinte. Por ousadia do  D.João III as arqueações chegavam a 400 toneladas quando ultrapassava o peso a solução dos mercadores era atirar no oceano "porções" do carregamento. Enquanto isso os ingleses e holandeses se beneficiavam com navios mais modernos, velozes e  leve. Os navios pertencia aos da estirpe hebreia cristãos-novos (8)


Mercado árabe de escravos

A escravidão foi uma instituição presente na maior parte do mundo. Na África, ela surgiu antes mesmo da era dos descobrimentos marítimos dos europeus. Desde a antiguidade clássica, escravos negros eram vendidos para os mercados da Europa e da Ásia através do Deserto do Saara, do Mar Vermelho e do Oceano Índico. Eles eram vendidos entre os egípcios, os romanos e os muçulmanos, mas há notícias de escravos negros vendidos em mercados ainda mais distantes, como a Pérsia e a China, onde eram recebidos como mercadorias exóticas.

slavecargo

Uma das raízes mais profundas da dura realidade africana é o mercado de escravos, explorado por árabes e europeus entre os séculos XVI e XIX. Naquele período, mais de ONZE milhões de seres humanos foram capturados por portugueses, holandeses, ingleses e franceses, e transportados à força, principalmente para as plantations dos Estados Unidos e para as possessões portuguesas na América. 

Las Casas foi nomeado capelão da Armada Espanhola durante a invasão de Cuba. Testemunhou, em primeira mão, o massacre dos povos nativos pelo genocida sanguinário Hernán Cortéz. Viu com os próprios olhos o comandante da conquista de Cuba degolar sete mil índios. Las Casas Recebeu como pagamento pelos seus serviços, terras e índios. Porém, neste período decidiu abandonar suas posses, seus escravos e consagrar a vida á defesa dos indígenas do Novo Mundo.  Las Casas converteu-se à causa indígena pela pregação dominicana, tornando-se, no século XVI, um dos principais defensores destes povos ameríndios frente aos abusos e violência promovidos pelo processo de colonização. O renomado Tzvetan Todorov coloca, que a imposição da religião embora seja uma forma mais sutil de violência, não é menos evidente e cruel. É violência também não aceitar o outro como ele é.   

O Imperador (9)
Carlos V e a espantosa sucessão de heranças recebidas de supetão, fazendo com que na sua pessoa se unissem as casas do Norte (Áustria e Borgonha) e as do Sul (Castela e Aragão), Do lado do avô materno, Carlos herdou a Espanha e suas colônias americanas, a Sicília, a Sardenha e Nápoles. Pelo lado do avô paterno, a Áustria, o Tirol, algumas províncias do Sul da Alemanha, os Países Baixos e o Franco-Condado (O historiador Earl J.Hamilton (in American Treasure and the price revolution in Spain, 150).  Não só isso; ainda que não tivesse impacto imediato na economia européia, na mesma data, lá do outro lado do Atlântico, no Novo Mundo, o conquistador Hernán Cortés desembarcava em 1519 no litoral do México, em Vera Cruz, para ir tomar de assalto o Império Asteca de Montezuma.contribuíram para com que Carlos V de alguma forma se sentisse um missionado por Deus. Nos anos seguintes, galões abarrotados de prata, carregados em seguida também com o ouro dos incas do Peru, dominados por Pizarro em 1532, iriam afluir para Sevilha, para dali irrigar com metal precioso o restante do império de Carlos V.  da ascensão do trono de Carlos V, em 1520, até sua abdicação em 1555, a Espanha saltou de 1.246.124 para 11.838.637 maravedis em metal precioso  “expropriados com o sangue” do Novo Mundo, isto é, aumentou nove vezes e meia. Carlos V veio a falecer em 1558. Não chegara a completar 60 anos, mas estava exausto. Poucos governantes tiveram tanto poder e tantos súditos, tantos mares e oceanos navegados em seu nome e tantos povos sujeitos a sua lei, e no entanto ele voltou sua costas a isso tudo, isolando-se do mundo para abraçar a vida de  monge.  vejam, A Profecia de Las Casas.
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01- O escritor Tzevetan Todorov em seu livro A Conquista da América, a questão do outro, comenta o que ele chama de a profecia de Las Casas, espécie de testamento que o padre espanhol escreveu no final da vida, proferindo suas palavras:
02- Todorov Tzvetan . T. Op. Cit. pp.151-173, capítulo III, “Conhecer, amar e destruir”.
03- Dialética da Colonização,  Alfredo BOSI, Op. Cit. pp. 15-33.
04- MORSE, Richard M. O espelho de próspero: cultura e idéias nas Américas. São Paulo: Cia das Letras, 1988.
05- TODOROV Tzevetan, 1999, p. 12.
06- Discurso a Europa del Cacique Guaicaipuro Cuatemoc
07- A.H.U. O tráfico do Ébano Africano, Cabo Verde, cx. 2, capilha 242,  aonde os reis do congo em 1547,1567,1571 mantém acordos para o escambo de “peças” com apoio do venturoso D. Mannuel.
08- A.H.U., h cx. 3, doc. 88
09- 
Carlos V. Imperator Mundi - Ele foi o monarca mais poderoso do século 16 e o primeiro da Europa a desvincular sua política dos bancos. Ele deu início à Era Moderna e aos princípios do capitalismo. Durante seu governo a globalização nasceu e os atritos entre as religiões cristãs eclodiram. Nenhum governante antecipou os atuais conflitos da política mundial como Carlos V, soberano de um império "no qual o Sol
jamais se punha" Foi contra Lutero pela reforma da Igreja.

10 - Salmoral 1992, p. 80
11 - Salmonal 1992, p.83
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6.
Ana Lorym Soares, Jesuítas, Indígenas, Discurso, Ambigüidade.
Geledés- Instituto da Mulher Negra.
http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br
 
 
 
 
 

 

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